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Moro critica STF: razões se perdem para anular condenações
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00:00
Senador, Gilmar Mendes decidiu livrar o petista José Dirceu das suas condenações no âmbito da Lava Jato.
00:07
Eu fiz uma análise em um antagonista.com.br daquela decisão.
00:12
O senhor tinha feito também uma publicação apontando que uma denúncia que ele usou para justificar a sua decisão,
00:21
que foi feita pelos procuradores do Ministério Público contra a filha do Dirceu, foi, na verdade, rejeitada pelo senhor.
00:27
Quer dizer, se a intenção do Gilmar era, e pelo que estava escrito, era apontar o conúbio, como ele diz,
00:34
o conluio entre procuradores e juízes com base numa denúncia contra a filha do Dirceu,
00:39
conúbio, evidentemente, não há quando o juiz, que era o senhor, recusa, rejeita a denúncia
00:45
e os procuradores têm que recorrer ao TRF4, Tribunal de Segunda Instância, que acaba acatando.
00:51
Como é que o senhor viu essa decisão, que me parece bastante emblemática dessa série de impunidade?
00:59
Olha, o que a gente vê, Felipe, é muito claramente um revisionismo político da Lava Jato.
01:05
As razões jurídicas vão se perdendo, os fatos vão se perdendo, as provas vão se perdendo.
01:11
Então, simplesmente, a ideia é anular os processos, anular as condenações.
01:15
E não importa muito mais quais sejam as razões.
01:20
Esse caso do José Dirceu é emblemático.
01:23
Não faço aqui ataque à instituição, ao STF, ao ministro, porque quando se fala,
01:29
quando se tenta, muitas vezes, discutir esses temas, o outro lado busca se vitimizar
01:35
e utilizar isso como se a gente tivesse uma postura, vamos dizer, antidemocrática,
01:41
que eu gosto muito de falar.
01:42
Agora, todas as instituições merecem críticas, inclusive decisões judiciais.
01:46
Nunca houve nenhum conluio, nunca houve nenhuma ali quebra de imparcialidade
01:51
dentro daqueles processos.
01:53
Se houvesse até um vício subjetivo, vamos destacar o seguinte,
01:58
as decisões foram mantidas pelo Tribunal da Quarta Região,
02:02
três demarcadores, foram mantidas pelo STJ, cinco ministros.
02:08
Então, se o juiz estivesse mal intencionado na avaliação daquelas provas,
02:14
para fazer um juízo condenatório, perseguir alguém,
02:18
tudo isso teria sido superado pela manutenção das decisões das instâncias recursosais.
02:23
Ou a gente vai acreditar que tinha uma gigantesca conspiração contra todo mundo.
02:28
Mas se a gente vai aos fatos, é um pouco similar àquilo que a gente viu no caso da JF,
02:35
de anular o acordo, anular os processos, invocando lá Curitiba.
02:40
Curitiba não teve nada a ver com os processos da JF.
02:44
Quando vai nos fatos relacionados ao José Dirceu,
02:47
o que a gente tem é uma objetividade, prova documental,
02:51
pelo menos segundo o que foi reconhecido na sentença,
02:53
e nos acordos depois anulados,
02:56
que mais ou menos 15 milhões de um contrato da Petrobras
03:01
foram direcionados de pagamentos em benefício ao ex-ministro.
03:06
E vejam até que interessante, durante o julgamento do Marcelão,
03:09
enquanto o Supremo dizia lá que o José Dirceu era o mentor
03:13
daquele grande esquema criminoso,
03:15
que foi considerado um símbolo da corrupção na época,
03:17
ele continuava recebendo esses valores.
03:20
tanto que ele não negou o recebimento,
03:22
ele quis criar lá uma causa lícita para aquilo,
03:26
dizendo que era um empréstimo.
03:27
Só que ele não tinha contrato e o dinheiro nunca voltava,
03:30
não batia, evidentemente, com as demais provas.
03:34
Então, se tenta criar uma história de poluno, por quê?
03:37
Ninguém quer assumir a responsabilidade pela impunidade.
03:41
Então, quem anula a decisão não quer assumir essa responsabilidade.
03:43
E tem que dizer que a responsabilidade é do juiz
03:46
e do procurador que estava mal impressionado.
03:48
esquecendo que tem decisões das instâncias recortais e superiores,
03:54
mantendo tudo aquilo, reconhecendo tudo aquilo.
03:58
Aliás, Felipe, nenhum desses casos anulados,
04:02
ninguém teve craje de dizer que as pessoas eram inocentes,
04:07
que a Petrobras não foi roubada.
04:09
Por isso que a gente vê a só um discurso, uma narrativa,
04:12
a tentativa de construir uma narrativa,
04:14
olha, estou anulando, mas eu não quero impunidade.
04:17
Agora, eu preciso apontar que a culpa da impunidade
04:21
foi o juiz ou o promotor que agiram erroneamente.
04:25
Perseguiram as pessoas.
04:26
Perseguiram quem?
04:27
Inocentes? Não.
04:29
Culpados.
04:30
Então, a história não fecha.
04:32
Aliás, em otagorista.com.br,
04:35
vocês podem encontrar também o texto do nosso Wilson Lima,
04:37
de Brasília, que fala,
04:38
é bonde do Dirceu, dois ministros, duas sentenças,
04:41
para mostrar a divergência entre Dias Toffoli e Gilmar Mendes,
04:46
num caso muito similar, que é pedido de extensão
04:49
dos efeitos da decisão sobre o caso do Lula.
04:52
Então, o Toffoli avaliou um pedido para a defesa do ex-deputado
04:56
e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e acabou negando.
04:58
E o Gilmar aceitou aquela extensão pedida pela defesa do José Dirceu
05:04
em relação ao caso do Lula.
05:06
Nem sequer há uma segurança jurídica sobre como proceder nesses pontos,
05:09
lembrando que o PGR, o Paulo Gonê, Procurador-Geral da República,
05:13
foi contra essa decisão do Gilmar e apontou ali,
05:16
tecnicamente, como nós expusemos.
05:18
Duda Teixeira.
05:19
Senador, a Lava Jato brigou muito para devolver para os brasileiros,
05:23
para o Estado brasileiro, o dinheiro que tinha sido roubado
05:26
pelas empreiteiras e pelos políticos.
05:30
Como é que o senhor vê agora que essas anulações,
05:33
as condenações pelo Dias Toffoli já somam 17 bilhões de reais?
05:38
Como é que o senhor vê isso?
05:41
A agenda anticorrupção, ela é necessária para o desenvolvimento do país.
05:47
Primeiro, é o dinheiro público, que é desviado,
05:50
que falta na educação, saúde e na obra pública.
05:52
Dois, a corrupção endêmica gera aquilo que a gente viu na Lava Jato,
05:58
que é o capitalismo de compadril,
06:00
gerando eficiência na nossa economia,
06:03
que as empresas passam a investir mais e ficar próximas do governo,
06:06
do que a inovação e tecnologia,
06:08
que é o que faz o Brasil crescer.
06:11
Três, é incompatível com a própria ideia da democracia.
06:14
Vamos lembrar o Lincoln, governo do povo,
06:17
pelo povo e para o povo.
06:18
A corrupção disseminada é o governo para os governantes apenas,
06:24
em benefício dos governantes.
06:26
Então, o abandono na pauta anticorrupção é muito ruim,
06:30
é muito maior do que a questão da Lava Jato.
06:33
Tanto que a gente vê outras operações
06:35
que não tinham nada a ver com a Lava Jato,
06:37
sendo igualmente anuladas.
06:39
Aquelas que envolviam desvio de dinheiro de fundo de pensão,
06:43
que era a operação aqui, Greenfield, em Brasília,
06:48
tudo anulado.
06:49
Então, tudo está sendo anulado.
06:51
Não é uma questão...
06:52
Se fosse um problema só do NIS,
06:53
não justificaria a anulação dessas várias outras.
06:57
E outras operações que hoje em investigação vão aparecendo,
07:00
normalmente são mortas no seu nascedor.
07:03
Então, o país entrou num caminho errado
07:04
e o que a gente precisa é retomar o caminho certo.
07:08
Agora, isso pode acontecer como?
07:10
Aqui em Brasília vai ser muito difícil,
07:11
porque hoje o ambiente está muito inóspito,
07:14
especialmente dentro de um governo Lula.
07:17
O que eu tenho defendido lá nessa campanha municipal,
07:20
e a gente vai retomar essa agenda,
07:22
nos municípios.
07:23
Vamos criar, por exemplo,
07:25
municípios que a União Brasil ganhou,
07:27
alguns municípios lá do Paraná,
07:29
agência municipal anticorrupção,
07:32
que seria uma espécie de CGU a nível municipal,
07:35
encarregado da prevenção e combate à corrupção,
07:37
mas com autonomia,
07:38
com diretor com mandato,
07:40
para a gente ir fortalecendo a institucionalidade,
07:44
até que a gente possa recuperar essa agenda
07:46
de uma maneira mais robusta aqui em Brasília.
07:49
Essa é a questão das emendas parlamentares.
07:52
As minhas emendas são transparência ativa.
07:54
Eu tenho lá um aplicativo,
07:56
eu já contratei um serviço,
07:57
um canal de denúncia profissional,
08:00
está lá, contato seguro,
08:01
gabinete Sérgio Moro,
08:02
estão todas as minhas emendas,
08:04
a gente discrimina quem é o beneficiário,
08:06
quem está recebendo,
08:08
onde está a fase dessas emendas na execução,
08:11
a gente precisa retomar essa agenda
08:13
e a gente precisa ir dando o exemplo passo a passo.
08:16
Mas eu tenho certeza que ela vai acabar sendo retomada cedo ou tarde,
08:21
porque ou a gente está condenado,
08:23
daí eu subdesenvolvendo.
08:24
Eu agradeço imensamente a participação do senador Sérgio Moro,
08:27
ex-juiz da Lava Jato em Curitiba,
08:29
aqui no Papo Antagonista.
08:31
Só não queria encerrar, senador,
08:32
sem o senhor fazer uma síntese
08:34
do que o senhor percebeu
08:36
com o resultado das eleições municipais de 2024,
08:39
mas já agradecendo ao senhor pela disponibilidade
08:42
nessa semana corrida de feriado.
08:46
Fazer até uma piada, né?
08:47
Tem aquela música da Beyoncé,
08:50
na turn to the left, to the left, to the right agora, né?
08:54
Houve uma inclinação à direita
08:56
e creio que em 1926
08:59
teremos a direita forte no Brasil,
09:04
uma direita que espero que seja liberal,
09:06
uma direita que espero que seja também comprometida
09:08
com os valores da nossa República,
09:11
é claro que isso é algo a ser construído.
09:13
Mas a gente vê que a esquerda fracassou,
09:17
porque apesar, por exemplo, dessas anulações,
09:20
o povo não é bobo, o povo sabe o que aconteceu.
09:24
E a insatisfação com o governo Lula é muito grande.
09:28
A gente está vendo uma economia sendo deteriorada,
09:31
a gente está vendo um governo que não tem projeto,
09:34
salvo esse revisionismo histórico.
09:36
A gente está vendo a segurança pública abandonada,
09:39
com a visão errada de que o criminoso
09:41
é uma vítima da sociedade e não ao contrário.
09:44
Então, a tendência, claro,
09:46
que essas coisas podem mudar,
09:48
e a gente não sabe em que termos isso vai ser realizado,
09:52
mas creio que será um fortalecimento da direita
09:56
e da centro-direita nas eleições de 2026.
09:59
Espero que possam ser feitas escolhas com sabedoria.
10:03
É, o que pode ter sido reforçado aí
10:04
pela vitória de Donald Trump nos Estados Unidos.
10:06
Senador, muito obrigado pela entrevista,
10:08
boa noite, bom trabalho, bom fim de semana para o senhor.
10:10
Obrigado, mais uma vez é um prazer aqui falar com o Antagonista,
10:15
ainda mais nesse dia da República,
10:17
como disse já no início, né?
10:18
Algo que nós temos que construir,
10:21
é uma tarefa de todos,
10:22
e não é fácil,
10:23
e ela também comporta retrocessos, infelizmente.
10:28
Maravilha, conversamos com o Sérgio Moro,
10:29
vamos dar prosseguimento aqui no Papo Antagonista,
10:32
tchau, senador.
10:32
Doutor Teixeira,
10:35
várias questões aí sobre segurança pública,
10:37
sobre corrupção,
10:38
sobre impunidade,
10:40
a gente vê que depois de cinco mandatos do PT,
10:43
a cobrança em relação ao combate às facções criminosas aumenta,
10:47
e o fato de que o PT lutou muito pela impunidade geral da classe política
10:52
em matéria de corrupção daquela classe política,
10:56
obviamente envolvida nesses escândalos,
11:00
acaba reforçando essa percepção negativa,
11:03
que como o senador apontou,
11:04
persiste na sociedade.
11:06
Quer dizer, você tem uma sociedade que sente que o país é um país inseguro,
11:10
as famílias ficam com receio de que seus filhos não voltem para casa,
11:13
você tem cenas de roubo, de assalto, de assassinato,
11:17
e ainda tem uma corrupção desenfreada.
11:20
Obrigado.
11:21
Obrigado.
11:24
Obrigado.
11:25
Obrigado.
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