No primeiro ano de Lula, número de empregados sem carteira é o maior da história

O Antagonista

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgados nesta quarta-feira, relevam que, após o primeiro ano do governo Lula 3, o número de empregados sem carteira assinada é o maior da história. - Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.  Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo... e muito mais.  Link do canal:   https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344  Apoie o jornalismo independente, torne-se um assinante do combo O Antagonista | Crusoé e fique por dentro dos principais acontecimentos da política e economia nacional:   https://hubs.li/Q02b4j8C0  Não fique desatualizado, receba as principais notícias do dia em primeira mão se inscreva na nossa newsletter diária:  https://bit.ly/newsletter-oa  Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.  Leia mais em www.oantagonista.com.br  |  www.crusoe.com.br

Transcript

00:00Os dados da PNAD, divulgados nesta quarta-feira, 31, revelam que, após o primeiro ano do governo Lula III,

00:07o número de empregados sem carteira assinada é o maior da história.

00:11Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,

00:1513,5 milhões de pessoas estavam empregadas, mas sem ter a carteira assinada.

00:22Em 2012, no início da série histórica, esse número era de 11,1 milhões de trabalhadores nesta situação.

00:30Vamos mostrar aqui o gráfico, por gentileza?

00:33Está aqui, você sai de 11,2 milhões, você teve uma redução ali entre a Dilma 1, Dilma 2,

00:43aí começa a crescer um pouquinho ali no governo Temer.

00:47Em 2019 e 2020, você teve uma queda desse número, você teve menor patamar em 2020,

00:54e aí ele volta a crescer até chegar em 13,5 milhões de trabalhadores que estão empregados,

01:04mas não estão com carteira assinada, tá bom?

01:08Rodrigo Oliveira, a gente conversou muito hoje pela manhã sobre esse assunto, pelo WhatsApp,

01:12trocamos várias informações, nossas impressões, etc.

01:15E ter esse número, a gente precisa interpretá-lo, como você bem me explicou, né, Rodrigo?

01:21A gente precisa explicar sobre dois pontos.

01:25Você tem aí um cenário em que a carteira assinada acaba não sendo determinante, né?

01:30Mas, de qualquer forma, para um governo, que é o governo do PT,

01:34que sempre clama pelo emprego com carteira assinada,

01:37é um dado que não dá para o Postman comemorar.

01:39Não é isso, Rodrigo Oliveira?

01:40Boa tarde para você, seja muito bem-vindo a mais uma edição do Meio de Brasília, querido.

01:43Bom dia, boa tarde, aliás, Wilson, boa tarde, pessoal do chat.

01:48Não, não dá para o Postman comemorar, é uma tradição petista.

01:53A gente até, eu comentei com você hoje pela manhã,

01:56a gente até fez uma capa da Cruz Oé sobre isso,

01:58que era o PT em busca de trabalhadores, né,

02:01tentando colocar todo mundo dentro dessa caixinha do trabalhador.

02:05E as coisas mudaram, né?

02:06Ali nesse, até o primeiro jogatino aqui fala, é tudo Uber.

02:10É mais ou menos isso mesmo.

02:13Conta ali o pessoal de aplicativo,

02:16eles contam aí e contam também no conta própria, né?

02:19Às vezes cai num lugar, às vezes cai no outro.

02:21Nesse aí do Sem Carteira Assinada,

02:23eles equivalem a mais ou menos 10% desse total aí.

02:26Mas tem também o pessoal que faz aí o Last Mile, né,

02:29que a gente chama para Amazon, Magalu, Mercado Livre, né?

02:35Tem o centro de distribuição próximo aqui,

02:38por exemplo, em Sucupira,

02:40a gente tem um centro de distribuição próximos

02:43e precisa de alguém para ir até o centro de distribuição

02:45para buscar e trazer até as nossas residências, né?

02:50Essa aí é a última milha,

02:52às vezes é feita por pessoas que não estão empregadas formalmente.

02:56Mas é uma prova, né?

02:58Se o PT precisava de alguma prova

03:01de que o mundo mudou de 2002 para cá,

03:05está ficando cada vez mais claro,

03:07está ficando cada vez mais fácil de enxergar.

03:10Esse é um dos números que mostra esse tipo de mudança, né?

03:15E a PNAD, o relatório da PNAD,

03:17veio com uma taxa de desemprego menor do que a esperada também.

03:23A expectativa do mercado ali, o consenso Bloomberg,

03:27era de 7,6%, então sairia de 7,5% para 7,6% de desempregados.

03:34Mas veio 7,4%.

03:37O nosso querido Otávio Augusto até colocou uma matéria

03:40no nosso site, aí, do Antagonista,

03:43quem tiver curiosidade para dar uma olhadinha.

03:45Porque o que acontece, né?

03:47Toda notícia boa agora que vem do IBGE

03:49vem com aquela pulguinha atrás da orelha,

03:53deixa a gente com uma pulguinha atrás da orelha,

03:55que é aquilo que eu falei para vocês

03:57quando deu o problema com o IPCA 15.

03:59O IPCA 15 tem que sair às 9 da manhã,

04:03saiu às 8,

04:04depois sumiu do site de novo,

04:06depois voltou às 9.

04:07Ora, isso não é isonômico,

04:12dá informações de formas separadas para grupos separados,

04:17isso não é bom.

04:18Além disso, veio bem abaixo do que o mercado esperava,

04:22assim como veio também abaixo,

04:24não muito abaixo, mas um pouco abaixo,

04:26a taxa de desemprego do IBGE do Postman.

04:30Esse é o problema, presidente.

04:33O senhor não entendeu quando a gente falava lá atrás?

04:35Este é o custo de colocar pessoas

04:38com a credibilidade em xeque,

04:41em que há dúvidas sobre a credibilidade.

04:44As notícias boas ficam sempre sob suspeição.

04:48E eu acho que isso não é bom para ninguém.

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