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No Papo Antagonista desta terça-feira, 26, uma conversa com Catarina Rochamonte sobre o avanço do islamo-esquerdismo. O assunto será abordado na edição especial de Crusoé de fim de ano, que vai ao ar na sexta-feira, 29.

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00:55Com a qualidade e a independência de O Antagonista na tela da sua TV.
01:05Eu quero construir uma narrativa para destruir o inimigo.
01:09Com vingança!
01:10Estou aqui para me vingar dessa gente.
01:11Eu não vou esperar foder minha família, por isso vou interferir!
01:16Salve, salve! Sejam bem-vindos ao Papo Antagonista.
01:18Eu sou Felipe Moura Brasil e a gente começa agora mais uma edição especial de fim de ano.
01:23Nessa última semana entre o Natal e o Réveillon de 2023, a gente está tendo conversa com aqueles
01:28que colaboraram para a última edição da revista Cruzoé, que sai nesta sexta-feira, 29 de dezembro.
01:35Se você está assistindo a esse vídeo antes, ainda está em tempo de assinar para usufruir esse conjunto de ensaios,
01:43que é praticamente um livro extraordinário.
01:46Se você está vendo esse vídeo no futuro, corre lá para encontrar em cruzoé.com.br
01:51essa edição especialíssima.
01:54Hoje a gente recebe a Catarina Rocha Monte, que já é colaboradora de O Antagonista.com.br,
01:59tem publicado as suas análises, os seus artigos,
02:03sobre o que está acontecendo na cultura contemporânea, nesse momento, no Brasil e no exterior.
02:08E aqui comigo na mesa, antes da apresentação dela, Carlos Graeb e Duda Teixeira.
02:13Salve, salve, Graeb.
02:14Salve, Felipe. Boa noite.
02:16Duda.
02:17Salve, boa noite.
02:19E Catarina, seja bem-vinda aqui ao Papo Antagonista.
02:22Boa noite.
02:23Eu já começo pedindo que você conte um pouquinho da sua história,
02:26porque eu sei que você tem uma formação acadêmica na área de filosofia.
02:30O que levou você para essa área?
02:32É antes da gente falar do tema, que é o islamo-esquerdismo, do seu artigo para a cruzoé.
02:40Legal, Felipe. Prazer estar aqui conversando com vocês.
02:44Realmente, eu tenho aí uma trajetória acadêmica, né?
02:47Eu tenho graduação em filosofia, mestrado em filosofia, doutorado em filosofia
02:53e pós-doutorado na área de direito.
02:57Eu também tenho escrito textos jornalísticos desde 2015.
03:05E essa carreira paralela, digamos assim,
03:09de um lado a carreira acadêmica na filosofia
03:11e de outro lado um certo engajamento dentro de uma perspectiva
03:20de leitura da realidade mais liberal, conservadora,
03:25acabou, de certa forma, se chocando, essas duas coisas.
03:30E aí eu acabei não seguindo a carreira acadêmica propriamente dita na universidade.
03:37Eu tive alguns probleminhas dentro da universidade onde eu lecionava,
03:42que é a Universidade Estadual de Ceará.
03:44E foi uma treta, assim, bem daquelas grandes mesmo,
03:48que teve processo e tudo.
03:50De modo que eu saí como persona não grata aí do meio acadêmico
03:55e fui tocando a vida, né?
03:57Tocando barco, escrevendo meus livros.
03:59Hoje eu tenho seis livros publicados.
04:02Alguns na área de filosofia política,
04:05outros na área de espiritualidade.
04:07Tenho um livro de poesias.
04:09Então, eu sou um pouquinho eclética, né?
04:11É por aí.
04:12Eu quero dizer que você é persona muito grata aqui em O Antagonista, na Cruzoé.
04:21E, é claro, no nosso programa, O Papo Antagonista.
04:23A gente sabe o que vem acontecendo no meio acadêmico no Brasil e no exterior.
04:28E a gente viu o ápice disso, provavelmente, naquela audiência com as reitoras americanas,
04:35que foi um marco universitário nesse ano de 2023,
04:39quando elas relativizaram a pregação do genocídio de judeus,
04:43dizendo que depende do contexto.
04:45Foram questionadas sucessivamente a respeito de pregar genocídio de judeus.
04:51É assédio, é algo que merece investigação e punição por parte da universidade.
04:56E elas responderam seguidamente que dependia do contexto,
05:00entre algumas risadinhas também, que foram vistos como algo muito grave.
05:06O que você também escreveu a respeito disso no Antagonista?
05:10E o que você acha que isso ilustra?
05:13Quer dizer, é sintoma do quê?
05:16Como é que você contextualiza isso para a gente
05:18num momento em que você tem um alinhamento de discursos
05:23entre essa esquerda global,
05:25que tenta controlar os centros disseminadores de ideia da sociedade,
05:29como as universidades,
05:31e os radicais islâmicos, os terroristas,
05:34de grupos como o Hamas, de grupos como o Hezbollah?
05:39Pois é, Felipe.
05:40A gente fala desse episódio aí,
05:44das reitoras, das universidades americanas,
05:48mas a gente sabe que aqui no Brasil isso reverbera também.
05:51Tem toda essa questão aí que já é tratada há muito tempo,
05:55da questão da doutrinação dentro das escolas e dentro das universidades.
06:00Só uma pena que essa pauta acabou sendo,
06:03de certa forma, incorporada pelo outro lado do espectro ideológico,
06:08que é uma direita mais reacionária,
06:12é tão lobotomizada quanto a extrema esquerda.
06:16Então, questões que são realmente problemáticas,
06:20a gente sabe que existe um discurso homogêneo,
06:24hegemônico da esquerda dentro da universidade,
06:27elas acabam sendo reduzidas, digamos assim,
06:32na sua complexidade,
06:34para ser instrumentalizada por determinados campos políticos.
06:37Mas realmente existe essa intolerância
06:42com o pensamento diverso dentro das universidades.
06:46E foi isso que eu vivenciei.
06:48Você perguntou, não é uma coisa totalmente pessoal,
06:53é importante que eu fale porque é sintomático.
06:56O que eu passei, o que eu vivenciei é sintomático.
07:00O que eu vivenciei dentro da universidade
07:02foi a hipocrisia, a hipocrisia de um corpo docente
07:07que se diz tolerante, que se diz plural,
07:11mas que perseguiu uma mulher que tinha um pensamento diferente
07:17do pensamento hegemônico.
07:19Então, assim, não é fácil você manter a sobriedade,
07:26não é fácil você manter a lucidez,
07:30na verdade, não é fácil você manter minimamente o bom senso
07:33dentro do quadro ideológico que perpassa hoje a universidade.
07:40Então, de certa forma, esse meu distanciamento,
07:43depois de toda a celeuma que aconteceu na universidade comigo,
07:49também foi me fortalecendo um pouco nesse sentido.
07:52Eu sempre fui muito resiliente
07:54e eu acho que a gente tem que prezar muito
07:57essa questão da autonomia intelectual.
07:59Mas é uma pena, assim, eu ainda fico muito, assim,
08:04às vezes abismada, às vezes entristecida
08:06em ver pessoas dentro da universidade
08:09que deveria ser realmente um ambiente de discussão,
08:11um ambiente de tolerância,
08:14as pessoas com agressividade contra o pensamento diferente,
08:18sem suportar o contraditório,
08:22e também as pessoas hoje defendendo abertamente
08:26um grupo terrorista.
08:27Então, eu vejo, às vezes, postagens
08:30desses ex-colegas, professores,
08:34que estão lá dizendo
08:36que os sionistas estão sendo mortos
08:38e comemorando e dizendo, escrevendo
08:41que o Hamas não é terrorista,
08:43eles realmente consideram como uma resistência.
08:46Então, isso é um negócio, assim,
08:47porque, para mim, é muito asqueroso, assim,
08:49no sentido de uma repulsa moral.
08:52Uma repulsa moral, né?
08:54Então, a gente está nisso.
08:55A gente está nesse momento muito tenso, né?
08:58Não apenas mundial,
09:01mas no nosso próprio país.
09:03A gente vivencia isso.
09:04E como é que é o ponto do seu artigo,
09:09que tem o título
09:10Islamo-esquerdismo?
09:11Como esses dois movimentos
09:13se unem nesse momento?
09:18O que você pesquisou?
09:20O que você viu, inclusive,
09:21na cobertura internacional,
09:22com colunistas, com intelectuais,
09:25de percepções,
09:26que muitas vezes estão alinhadas
09:28àquilo que a gente fala há muito tempo
09:31sobre essa instrumentalização universitária?
09:34Mas, indo aqui para o ponto
09:36em que a esquerda e o terrorismo islâmico
09:38se unem num discurso
09:40anti-Israel e anti-semita,
09:42o que você destaca
09:43a respeito desse elo?
09:46Pois é, esse artigo que eu escrevi
09:47para a Cruz Ué,
09:49ele tenta mostrar isso
09:51que alguns franceses estão
09:52tentando entender, né?
09:55Porque a gente sabe que essa questão
09:57dos muçulmanos na Europa,
09:59ela realmente é grave, né?
10:02E a gente sabe que na França
10:03houve aí inúmeros atentados terroristas.
10:07Então, essa aproximação da esquerda
10:09com o islã,
10:10eles chamam de islamogostismo, né?
10:13Islamoesquerdismo.
10:15Claro que essa é uma referência crítica, né?
10:19Quem critica essa aproximação
10:20do islã com a esquerda
10:22é intitulo dessa maneira.
10:23E aí, a gente tentando entender, né?
10:27Entender porque aparentemente
10:30é um contrassenso,
10:31porque se a gente pensa na esquerda
10:35como aquela defensora das minorias,
10:38defensora dos gays,
10:42defensora dos trans,
10:44e aí você vê o islã
10:46como uma perspectiva ideocrática, né?
10:48Totalmente contra as liberdades,
10:50a gente acha estranho essa aproximação.
10:54Então, a gente tem que abrir
10:54algumas chaves interpretativas, né?
10:57Então, no artigo,
10:58eu abro duas chaves interpretativas.
11:00A primeira é uma remissão
11:04ao Congresso de Baku,
11:07que foi um congresso que houve em 1920,
11:10que foi convocado pela Internacional Comunista,
11:14onde se reuniram vários anticolonialistas, né?
11:18Então, o que é que ficou ali daquele congresso?
11:21Ficou a ideia de um combate global,
11:23uma luta global contra o colonialismo.
11:27Então, essa ideia, né?
11:28Embora ela remeta aí a 1920,
11:31ela tem ecoado muito, hoje em dia,
11:33naquilo que as pessoas chamam
11:35hora de decolonização,
11:37hora de perspectivas pós-colonialistas.
11:40Então, esse é um ponto muito importante.
11:42Por quê?
11:42Porque a gente só consegue entender
11:44que a esquerda se una com o Islã
11:49quando a gente entende o inimigo comum.
11:52E qual é o inimigo comum?
11:54É o Ocidente, né?
11:55O Ocidente colonizador.
11:57Então, quando você pega essa ideia
12:00do Ocidente colonizador
12:02e você pega uma outra ideia mais contemporânea,
12:05que é uma ideia mais de uma nova esquerda, né?
12:08Que não se trata mais de uma classe social específica,
12:11como o proletariado,
12:14mas se trata, sim, de você conseguir
12:16criar um sujeito revolucionário
12:19através do foco nesse inimigo comum,
12:22aí a gente entende a cooptação dos movimentos.
12:25Então, se você pega o movimento antirracista,
12:28o movimento indigenista,
12:31o movimento ambientalista,
12:33o movimento LGBTQI, WXYZ,
12:36aquela coisa toda,
12:37você junta tudo isso, né?
12:39Qual é o discurso que vai conseguir homogeneizar
12:43todas essas bandeiras diferentes?
12:46É justamente o discurso da vitimização e da culpabilização.
12:51A vitimização das minorias
12:53e a culpabilização de um Ocidente
12:56supostamente colonizador, opressor, racista
12:59e um discurso contra o imperialismo, né?
13:04Naquela época do Congresso de Baku,
13:06o imperialismo, o colonialismo europeu,
13:09hoje em dia o tal do imperialismo norte-americano.
13:13Então, é basicamente esse tipo de discurso, né?
13:16Que vai sendo manipulado ali
13:21até que se dê essa aproximação.
13:24E a gente tem realmente comprovações
13:27dessa aproximação da esquerda com o Islã.
13:30Se a gente vê, por exemplo,
13:31uma figura central da filosofia esquerdista, né?
13:36Desses pensadores intelectuais de esquerda,
13:38que é o Michel Foucault.
13:39O Michel Foucault teve um grande entusiasmo
13:42em relação à Revolução Iraniana,
13:45que a gente viu no que deu, né?
13:47Uma coisa que tirou a liberdade das mulheres
13:49que lutam hoje em dia
13:51para combater aquela opressão absurda,
13:54mas estavam lá os caras da esquerda,
13:57da extrema esquerda, defendendo, né?
13:59Então, se a gente retoma também, por exemplo,
14:02a questão dos primeiros atentados terroristas
14:05das últimas décadas, né?
14:07Sei lá, até o World Trade Center.
14:09Se a gente se lembrar
14:12quem é que estava comemorando,
14:15a extrema esquerda estava lá,
14:17não estava condenando o ataque, né?
14:18Mas estava justificando
14:20com base naquele discurso de ódio aos Estados Unidos.
14:24Então, é uma espécie de mosaico de ódio, né?
14:27Que consegue congregar todas essas pautas
14:31aparentemente diversas.
14:33É, lembrando que em vários regimes islâmicos,
14:36você tem a perseguição a mulheres
14:37que usam errado ou não querem usar
14:39o jihab, o jihab,
14:42o véu islâmico.
14:44E também o apedrejamento até a morte
14:47das mulheres adúlteras.
14:49Você tem o enforcamento de homossexuais.
14:52Quer dizer, tudo que soa contrário
14:56àquela pauta de suposta defesa da minoria
15:00no campo da esquerda.
15:02Duda Teixeira.
15:03Catarina, gostei muito do texto.
15:06Eu nunca tinha ouvido falar do Congresso de Baku.
15:09Achei muito interessante.
15:11E ali no Congresso de Baku
15:12tem uma aproximação da esquerda
15:16com a irmandade muçulmana, não é isso?
15:19que deu origem depois ao Hamas,
15:22que é o grupo que fez o atentado
15:24agora contra o Israel.
15:25Você podia contar mais esse papel
15:27da irmandade muçulmana
15:28e como é que ela se aproxima, então,
15:30da esquerda ocidental?
15:33Pois é.
15:34Tem uma perspectiva mais radical na França,
15:39que acabou se aproximando
15:41da irmandade muçulmana,
15:43até pelo fato da irmandade muçulmana
15:45ter um discurso mais radical
15:47no sentido de uma islamização mesmo
15:51da sociedade.
15:53A esquerda, ela tem um...
15:55A esquerda radical, né, que eu falo.
15:57Eu acho importante fazer essa diferença.
15:59A esquerda radical, ela tem uma perspectiva transgressora.
16:03Então, essa perspectiva de ódio ao Ocidente
16:07é uma perspectiva de transvaloração, né?
16:10Uma perspectiva de não seguir aquilo
16:14que é a linha mestra da civilização ocidental,
16:17que é a nossa ética, né?
16:18A nossa moral.
16:20Então, esse acordo, ele acabou sendo
16:24uma espécie de mote político, né?
16:28De muitos políticos de esquerda
16:30que hoje em dia acabam surfando
16:32um pouco nessa onda.
16:34Quando a gente vê a quantidade
16:36de muçulmanos que existe hoje na Europa,
16:40a gente entende também que
16:42existe um público, né,
16:46de eleitores ali.
16:48Então, existe um ramo aí da política
16:51que se sustenta mesmo
16:53na defesa dessas pautas, né,
16:55que acabam sendo bem problemáticas
16:59se a gente for ver a dificuldade
17:01que existe de conectar o islam
17:04com a nossa sociedade,
17:06com a sociedade ocidental.
17:08Então, pautas como, por exemplo,
17:10de defender colégios baseados no Corão,
17:15a própria assistência social aos muçulmanos,
17:18a abertura de mesquitas.
17:19Então, todo esse apoio político, né,
17:22que os muçulmanos têm,
17:24eles vêm muito dessa esquerda
17:26que acaba tendo como referência
17:29de um eleitorado ali
17:31que vai ficando um eleitorado ali fiel, né.
17:36Então, isso é um processo
17:37que acaba também sendo problemático
17:39para o outro lado.
17:40Por quê?
17:41Porque quando você tem
17:42essa abertura muito grande,
17:45essa frouxidão muito grande
17:47em relação à expansão do islã,
17:50da cultura islâmica dentro da Europa,
17:53aí você tem também
17:54o fortalecimento da extrema-direita
17:56que vem com um discurso oposto.
17:58E aí a gente conversou também, Duda,
18:00sobre aquele outro artigo que eu escrevi, né,
18:03que falava da questão mais específica da França,
18:06que teve a marcha contra o antissemitismo,
18:09e qual é a questão lá?
18:11É que a extrema-direita,
18:13que, obviamente,
18:15se você for remeter ali
18:17à Alemanha nazista e tudo,
18:19era onde engraçava o antissemitismo,
18:23a extrema-direita atual,
18:25ela acaba se distanciando desse antissemitismo,
18:29ela acaba focando no discurso
18:31contra os muçulmanos,
18:32e a extrema-esquerda está comprando
18:34a pauta muçulmana.
18:36E aí isso ficou claro
18:37na grande passeata que teve
18:40da marcha contra o antissemitismo na França,
18:44onde a Marie de Le Pen,
18:46que é a representante
18:47do partido mais da extrema-direita,
18:51participou,
18:52e o Luc Mélenchon,
18:54que é da extrema-esquerda,
18:56não participou.
18:57Então, o que a gente pode interpretar daí?
18:59É que existe um deslocamento
19:02na contemporaneidade,
19:04nos nossos dias,
19:05do antissemitismo da extrema-direita
19:07para a extrema-esquerda.
19:09Então, para essa extrema-esquerda,
19:12seja a irmandade muçulmana,
19:13seja a Hamas,
19:15seja o Estado Islâmico,
19:17qualquer um,
19:18eles acabam apoiando
19:20por paradoxal que seja.
19:22O que é uma barbaridade
19:23que a gente fica tentando
19:25entender através dessas várias
19:28possibilidades de interpretação.
19:31É, e que sempre fique claro
19:33que entender é a compreensão do fenômeno
19:35para a gente poder expressar,
19:37analisar e criticar o comportamento.
19:40Não é jamais legitimar.
19:42É isso que todos nós estamos falando aqui.
19:45Carlos Graebi.
19:47Catarinho, boa noite.
19:50Bom ter você aqui
19:52batendo papo com a gente.
19:54Eu queria que você falasse um pouco
19:56sobre esses dois aspectos
20:00do antissemitismo.
20:02A ideia de que ele é uma revolta
20:06contra o colonialismo
20:08e também é uma revolta
20:10contra o Ocidente.
20:12O que é que pega mais
20:15em relação a Israel?
20:18Qual é a alavanca mais poderosa?
20:21É a ideia de que ele é um poder
20:23colonizador por si só
20:24ou é a proximidade dele
20:26com os Estados Unidos, por exemplo?
20:30É, eu acho que são...
20:31Uma espécie de ponta de lança
20:33do Ocidente ali no Oriente Médio.
20:35Eu acho que são todas as coisas.
20:38Mas eu vou aproveitar a tua pergunta, Graebi.
20:42Vou fazer uma digressão
20:43que eu acho importante.
20:47O que é a Europa?
20:50Eu gosto muito de uma frase
20:54do Bento XVI.
20:55Até anotei ela aqui,
20:56que ele diz o seguinte.
20:58Eu não anotei.
20:59Anotei aqui para pegar.
21:02É porque é interessante para dizer
21:04a cultura da Europa
21:06nasceu do encontro
21:07entre Jerusalém,
21:09Atenas e Roma.
21:11Do encontro entre a fé
21:12no Deus de Israel,
21:13a razão filosófica dos gregos
21:15e o pensamento jurídico de Roma.
21:18Este tríplice encontro
21:20forma a identidade íntima da Europa.
21:22Isso aqui é um discurso
21:24do Bento XVI
21:25feito no parlamento alemão em 2011.
21:29Então, por que eu trouxe isso aqui?
21:30Porque quando a gente vê
21:31o que está acontecendo na Europa
21:33e quando a gente vê
21:35esse discurso dos universitários
21:37contra o eurocentrismo,
21:41então a gente entende
21:42que de fato existe uma tentativa
21:44de minar esse movimento espiritual
21:48próprio do Ocidente.
21:50Então, a coisa é muito mais profunda.
21:53Quando você fala,
21:55não é simplesmente
21:56criticar o eurocentrismo
21:59no sentido de criticar a Europa.
22:01é criticar o que é que está
22:02na raiz da Europa.
22:05Então,
22:06quando eu escrevi
22:08o meu primeiro texto
22:09nesses últimos dias
22:11contra o Hamas,
22:13defendendo Israel e tudo,
22:15imediatamente
22:16um pessoal aí marxista
22:18fez uma live, né?
22:20Ele esculhambando comigo
22:22como é de praxe,
22:24mas eu achei interessante
22:25uma coisa que eles falaram
22:26foi o seguinte,
22:28ela se acha ocidental,
22:32ela quer fazer parte
22:34dos colonizadores e tudo,
22:35porque o discurso deles
22:37é um discurso
22:38de contra o colonialismo
22:40e que nós brasileiros,
22:42nós não fazemos parte disso.
22:45Então, assim,
22:46todas as civilizações
22:48que não forem
22:49à civilização ocidental,
22:51eles vão,
22:52em tese,
22:52apoiar,
22:53porque o que eles querem
22:54minar
22:55é esse horizonte maior, né?
22:59Então,
23:00esse ponto é importante.
23:02Então,
23:02eu acho que a gente
23:03tem o Israel
23:05moderno,
23:07o Israel contemporâneo,
23:08o Israel que é
23:09bem-sucedido,
23:10que é próspero,
23:12que está ali aliado
23:13aos Estados Unidos
23:15e que isso também
23:16leva para esse ranço
23:19ideológico da esquerda,
23:21mas a gente também tem
23:22Israel bíblico, né?
23:24Então,
23:24a gente tem
23:25esse aspecto
23:26mais espiritual
23:28que também é relevante.
23:30Então,
23:30eu acho que é uma questão
23:32de valores mesmo,
23:36de perspectiva
23:37de vida.
23:39Então,
23:40para que haja
23:41uma predominância
23:44da visão de mundo
23:46materialista,
23:47da visão de mundo
23:48revolucionária,
23:49da visão de mundo
23:50transgressora,
23:52é preciso minar
23:53essa base,
23:54esse alicerce
23:56espiritual do Ocidente, né?
23:58E Israel faz parte disso.
24:00O Nietzsche,
24:00que era um filósofo
24:03genial, né?
24:04Apesar de louco,
24:05que não invalida
24:06a coisa,
24:07ele fazia uma crítica
24:09à civilização ocidental,
24:11mas a crítica
24:12que ele fazia
24:13era uma leitura
24:14correta,
24:15assim,
24:15em certo sentido.
24:16Vou explicar.
24:17Ele sempre se referia
24:18como a civilização
24:20socrático-judaico-cristã.
24:23A civilização ocidental
24:26é a civilização socrático-judaico-cristã.
24:29O Nietzsche criticava
24:30porque ele achava
24:31que esse movimento espiritual,
24:35esse movimento racional,
24:36esse movimento que nos moldou
24:41era uma decadência.
24:42Mas isso é a coisa do Nietzsche.
24:43Mas quando ele junta isso tudo,
24:45ele está mostrando
24:46que há uma linearidade,
24:48que há um percurso.
24:49Então, o que eu estou querendo dizer?
24:51É que eu acredito
24:53que existe realmente
24:55uma espécie de telos,
24:56uma espécie de finalidade,
24:58uma espécie de movimento espiritual,
25:01que é o nosso legado,
25:03que é a nossa herança.
25:05Então, eu sei que eu estou falando demais,
25:07mas só para resumir,
25:08um outro texto que eu escrevi também
25:10falava sobre um artigo
25:13da Ayam Yisraeli,
25:15que é uma ex-muçulmana.
25:17E nesse texto também
25:19ela falou algo interessante.
25:22Ela acaba renegando,
25:24ela já tinha renegado antes
25:25a religião islâmica,
25:27e nesse artigo
25:27ela se auto-intitula cristã.
25:30E ela vai dizer
25:31que contra as grandes ameaças
25:35que o Ocidente tem que enfrentar,
25:37a gente precisa achar
25:39algo que nos une.
25:40E você vê que ela diz
25:41algo que nos une,
25:42ou seja, ela já se coloca
25:44nesse movimento do Ocidente.
25:47E o que é que nos une?
25:48A defesa do legado
25:49da tradição judaico-cristã.
25:51Então, eu sei que algumas vezes
25:54esse discurso parece ser reacionário,
25:56ele parece já ter sido cooptado
25:58por uma direita mais deslocada,
26:01mas de fato é o nosso legado.
26:03A gente precisa atentar para isso.
26:05Então, acho que tudo isso está em jogo.
26:07E, Catarina, para a gente ir encerrando,
26:11já que já demos muitos aperitivos
26:14a respeito do seu artigo,
26:15mas vale a leitura completa
26:17para quem ainda não assinou
26:18cruzoe, cruzoe.com.br,
26:20você fala da expressão
26:22nunca mais,
26:24que marcaria a Europa
26:26após a Segunda Guerra Mundial,
26:27após a Holocausto,
26:28e isso foi repetido recentemente
26:32pelo presidente dos Estados Unidos,
26:34Joe Biden.
26:35Dá para acreditar que nunca mais,
26:38depois de um ataque
26:39com 1.200 pessoas assassinadas
26:41pelo Hamas?
26:44Pois é.
26:46Sempre que eu estudava algo
26:47na época do nazismo,
26:49assistia aqueles filmes,
26:51eu acho que eu e outras pessoas
26:53também devem ter o sentimento parecido,
26:55ficavam me perguntando,
26:56o que é que levou as pessoas
26:59a aderirem a isso,
27:00a aderir ao nazismo.
27:02E a Rona Arendt fala que
27:04a gente também não deve acreditar
27:07que foi simplesmente
27:09uma enganação,
27:10que a massa estava enganada.
27:12Não, a maioria dos alemães
27:14aderiu ao nazismo.
27:17E aí eu ficava pensando
27:17como era possível
27:19uma tal situação.
27:23Depois do ataque do Hamas
27:25de 7 de outubro,
27:26que eu vi
27:27o que estava acontecendo
27:29nas redes sociais,
27:30o que estava acontecendo
27:31nas universidades,
27:32o que estava acontecendo
27:33nas ruas da Europa
27:34e na Avenida Paulista.
27:38Aí eu não tive mais dúvida,
27:39eu digo,
27:40o que é que torna possível isso?
27:44A própria ideologia.
27:46Porque a ideologia,
27:47ela é o embotamento, né?
27:49Ela é o embotamento
27:50daquilo que há de mais genuíno,
27:52da nossa compaixão,
27:53do nosso bom senso.
27:55E aí eu sei que parece
27:56uma digressão, né?
27:58Eu me lembrei
27:59da questão evangélica
28:01dos pobres de espírito, né?
28:04Porque Jesus dizia
28:05os pobres de espírito.
28:07Os pobres de espírito
28:08são aqueles
28:09que conseguem ainda
28:12olhar para as coisas
28:14e na sua singeleza,
28:16na sua simplicidade,
28:18ver a realidade das coisas.
28:20O intelectual
28:21que acha que é crítico,
28:25que entende
28:26os movimentos sociais,
28:29ele acaba se embotando
28:31de um modo tal
28:32que ele não consegue
28:34ver o mal
28:35quando o mal
28:35está completamente explícito.
28:37Então,
28:38quando eu vi
28:39que pessoas
28:40eram capazes
28:41de justificar
28:42as barbaridades,
28:43as atrocidades,
28:45os crimes adiondos
28:46que foram cometidos
28:48ali pelo Hamas,
28:49eu percebi
28:50que é um problema
28:51mesmo ideológico
28:52que a gente
28:53precisa combater.
28:55Então,
28:55essa necessidade
28:58de dar justificativa,
29:00de apelar
29:00para um contexto
29:01mostra um embotamento
29:02moral muito grande.
29:04Então,
29:04a gente precisa
29:05ter clareza moral,
29:06a gente precisa
29:07retomar esse bom senso,
29:08essa lucidez,
29:09essa compaixão.
29:10Então,
29:11sim,
29:13é possível.
29:13É possível
29:14que haja de novo
29:15algo como
29:16o Holocausto
29:17a partir do momento
29:18em que você vê
29:19que crianças
29:20foram sequestradas,
29:22assassinadas,
29:23degoladas,
29:24queimadas,
29:25mulheres estupradas,
29:26as coisas mais
29:26horrendas aconteceram
29:28e tem um cara
29:29do teu lado
29:30que está defendendo,
29:31que está vendendo
29:32bandeira,
29:33que está fazendo
29:33broxinho.
29:35Então,
29:35realmente existe
29:37esse risco
29:38e a gente precisa
29:38estar alerta.
29:40Você falou
29:41de bom senso,
29:42lucidez,
29:43compaixão,
29:43são tantos valores
29:44importantes
29:45que precisam estar
29:46acima da ideologia
29:47e, no entanto,
29:48nesse momento
29:49de polarização,
29:51de contemporaneidade
29:52belicosa,
29:53estão abaixo.
29:54Eu costumo dizer
29:55que a decência
29:55deveria estar aí
29:56no topo
29:58da hierarquia
29:59de valores
29:59e muita gente
30:00está colocando,
30:01lamentavelmente,
30:02a ideologia.
30:03Só para encerrar,
30:04Catarina,
30:05para não perder o gancho,
30:06porque você citou
30:07o ataque do Hamas
30:08a mulheres
30:09e você escreveu
30:10vários artigos também
30:11no Antagonismo
30:12sobre o silêncio
30:13das feministas,
30:14de grandes entidades,
30:15da ONU Mulheres,
30:17que é aquele setor
30:18das Nações Unidas
30:19dedicado à defesa
30:20das mulheres
30:20que demorou 52 dias
30:22para se pronunciar
30:23depois de muita pressão
30:24nossa.
30:25E quem fez aqui no Brasil
30:26fomos nós.
30:27Eu e você
30:28escrevemos artigo
30:29no Antagonista
30:30e aí teve
30:31um ou outro colunista
30:32na imprensa
30:32que acabou vindo atrás
30:34e depois
30:35começou a haver
30:36reação internacional.
30:38Quer dizer,
30:39manifestação
30:40de algum
30:41resquício
30:43de compaixão
30:44sob pressão.
30:45Como é que você
30:46avalia,
30:47para a gente
30:47encerrar aqui
30:48a nossa conversa,
30:49o silêncio
30:49das feministas
30:50e essa demora toda?
30:53Primeiro,
30:53assim,
30:54parabenizar a tua cobertura,
30:55a cobertura do Antagonista,
30:57que realmente
30:57a gente tenta ir ali
30:58nas gêneses,
30:59a gente tenta
31:00perceber
31:01a hipocrisia
31:03de alguns setores,
31:05mas isso já
31:07é notório
31:09em outros momentos.
31:11então o feminismo
31:13ele já é
31:14um movimento
31:14cooptado,
31:15já um movimento
31:16ideologizado
31:17que não defende
31:19a mulher
31:19explicitamente,
31:22defende a mulher
31:22que adere
31:23às suas pautas,
31:25que tem
31:25um engajamento
31:27com o seu partido,
31:30então a gente vê
31:31que há
31:31essa falha moral,
31:35essa falha moral
31:36de defender
31:37o negro
31:38só se for
31:39o negro
31:40de esquerda,
31:41se for o negro
31:41de direita,
31:42não vale,
31:43defender a mulher
31:44mas só se for
31:45a mulher
31:46da esquerda,
31:48então tudo isso
31:50mostra que realmente
31:50isso, Catarina,
31:50só para deixar claro,
31:52é um feminismo
31:53mais contemporâneo,
31:54porque no começo
31:55você tinha
31:55algumas pautas,
31:57algumas lutas
31:58legítimas,
31:59mas houve
32:00o sequestro
32:01dessas pautas
32:02por um campo
32:03político ideológico
32:04da esquerda
32:05e uma radicalização,
32:07é claro que você ainda
32:07encontra mulheres
32:08defendendo
32:09uma certa igualdade,
32:11agora você tem
32:12toda essa hipocrisia
32:13por aqueles
32:14que olham o mundo
32:14sob a lente ideológica,
32:16a mesma questão
32:17envolvendo as pessoas
32:18pretas,
32:19envolvendo LGBT
32:21e tudo mais,
32:23só para fazer
32:23essa diferenciação
32:24aqui,
32:25para deixar claro
32:25que o nosso público
32:26eu sei que você
32:27sempre considera isso.
32:29Não, sim,
32:30importante,
32:30importante mesmo,
32:31o feminismo
32:32ele tem
32:32o que a gente chama
32:33de várias ondas,
32:34a primeira onda
32:35do feminismo
32:36é a onda liberal,
32:37porque de fato
32:38se você for ver
32:39a situação da mulher
32:40em um determinado momento
32:42ela era proibida
32:43de estudar,
32:43ela tinha
32:45problemas
32:46de ter
32:47a sua emancipação,
32:49a gente sabe
32:50de todas as dificuldades
32:51que a mulher passou,
32:52precisou passar
32:53e nesse momento
32:54a luta pelo sufrágio
32:56então tinha realmente
32:57essa importância,
32:58essa necessidade,
33:00só que houve
33:00um movimento mesmo
33:02de cooptação
33:04pela própria esquerda
33:05e a partir daí
33:07virou essa coisa
33:08meio nefasta
33:09para as mulheres,
33:10né,
33:10então quando a gente
33:12vê essa mistura
33:14de ideologias,
33:16a gente vê
33:17que prejudica
33:17a mulher,
33:19essa questão,
33:19por exemplo,
33:20dos transgêneros,
33:22né,
33:22da mulher,
33:24eu também fui
33:25completamente execrada
33:27porque eu escrevi
33:28um texto sobre isso
33:29na época
33:30e que era
33:31a questão
33:32do homem,
33:33né,
33:33que é a mulher trans
33:35dentro do esporte feminino,
33:37então tudo isso
33:38é injustiça
33:39e quando você vê
33:40também
33:41mulheres
33:42defendendo
33:43essa perspectiva
33:45islâmica
33:46é a coisa mais
33:47paradoxal
33:49e absurda
33:50que pode imaginar
33:51porque a gente
33:52sabe como é
33:53que a mulher
33:53é tratada
33:54dentro desses regimes,
33:55né,
33:56então
33:56precisa realmente
33:58a pessoa fazer um
33:59contorcionismo
34:00intelectual
34:01pra justificar
34:02esse tipo de coisa.
34:04Perfeito.
34:05Perfeito.
34:06Catarina Rochamonte,
34:07alguma consideração final?
34:08Duda Teixeira,
34:08Carlos Graebi?
34:10Isso.
34:11Tá tudo muito bem dito,
34:13o título do artigo é
34:14Islamo-esquerdismo,
34:16diga pra gente
34:17o resto do,
34:18o sobrenome do artigo.
34:20A nova face
34:21do ódio ao judeu.
34:23Isso,
34:23Islamo-esquerdismo,
34:24agora eu abri aqui,
34:25a nova face
34:26do ódio ao judeu
34:27de Catarina Rochamonte,
34:28você encontra
34:29nessa edição
34:30de fim de ano
34:30lançada em 29 de dezembro
34:33de 2023
34:33pra vocês que estão vendo
34:34no futuro
34:35esse vídeo,
34:36é só procurar,
34:37vale muito a pena,
34:38artigo muito bem escrito
34:39como todos que ela faz
34:40para o antagonista
34:42ou para a Cruzoé.
34:43Muito obrigado,
34:44Catarina,
34:45Carlos Graeb,
34:45Duda Teixeira
34:46por esse papo antagonista,
34:48boa noite,
34:48bom trabalho
34:49e boas festas
34:50pra você.
34:51Obrigada.
34:53E a gente continua
34:54essa semana
34:56com edições especiais
34:58do papo antagonista,
34:59aliás,
34:59abordamos aqui
34:59de passagem
35:00o feminismo,
35:01mas vamos entrar
35:02nos detalhes,
35:03inclusive dessas
35:04quatro ondas
35:04citadas pela Catarina,
35:06na conversa
35:07com a psicanalista
35:08Tânia Coelho dos Santos,
35:09imperdível
35:10essa conversa,
35:12assim como o artigo dela
35:13e tantos outros
35:14dessa edição.
35:15Às 18 horas,
35:16ao vivo,
35:17sempre de segunda a sexta,
35:18você acompanha a gente
35:19aqui no canal
35:20de um antagonista
35:20no YouTube.
35:21Compartilhem,
35:22grande abraço,
35:23até a próxima.
35:24Você sabia
35:25que pode assistir
35:26aos programas ao vivo
35:27de um antagonista
35:28na sua Smart TV?
35:30Conecte a sua Smart TV
35:31à internet
35:32se ela ainda
35:33não estiver conectada.
35:34Acesse o aplicativo
35:35do YouTube
35:36na sua Smart TV
35:37ou,
35:38se ele ainda
35:38não estiver instalado,
35:40baixe diretamente
35:41da loja de aplicativos
35:42da sua TV.
35:44Procure pelo canal
35:45de um antagonista
35:46no YouTube.
35:47Se inscreva no canal
35:48e ative as notificações
35:50para receber os alertas
35:51dos programas ao vivo.
35:53Outra opção
35:54é espelhar o conteúdo
35:56diretamente
35:57do seu smartphone.
35:58Abra o aplicativo
35:59do YouTube
35:59em seu aparelho,
36:01procure pelo canal
36:02de um antagonista
36:03e depois clique aqui
36:04neste ícone de espelhamento.
36:06Encontre a sua TV
36:07e pronto,
36:09agora você pode assistir
36:10os programas
36:10de um antagonista
36:11na sua Smart TV
36:12sempre que quiser.
36:14Não perca tempo
36:15e aproveite
36:16os melhores conteúdos
36:17sobre política,
36:18economia,
36:18cultura e muito mais.
36:20Com a qualidade
36:21e a independência
36:22de um antagonista
36:23na tela da sua TV.

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