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Lula dobra o Bolsa Pano das TVs amigas
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00:00
Lula quer reservar um valor recorde para turbinar a publicidade oficial do governo em 2024, ano eleitoral.
00:07
De acordo com a Folha, a previsão de despesa nessa área para o ano que vem é de 647 milhões de reais.
00:15
Em 2023, a verba disponível é de 359 milhões de reais.
00:20
Então, para quem não entendeu, aquilo que eu chamo de bolsa pano vai passar de 359 para 647 milhões de reais.
00:28
Ou seja, o Lula está quase que dobrando essa meta, para usar aquela velha expressão que virou meme por causa da Dilma, né?
00:37
Por causa da meta.
00:39
É, dobra a meta, quando a gente atinge a meta a gente dobra a meta.
00:42
A do Lula é da meta da inflação, como é que é a do Lula?
00:46
Não lembro.
00:47
Se a gente não atinge a meta, muda a meta.
00:51
Ah, sim, sim, sim.
00:53
Muito bem, o aumento foi inserido no projeto de orçamento do ano que vem, que ainda será votado pelo Congresso.
00:58
Segundo a reportagem, considerando os gastos classificados como publicidade institucional da presidência da República,
01:04
trata-se da maior cifra registrada desde 2004.
01:08
Nas últimas eleições municipais, o PT conquistou o menor número de prefeituras nos últimos 20 anos.
01:15
Se você não entendeu ainda, ano que vem é ano de eleição municipal.
01:18
É ano em que você vai às urnas para votar para prefeito.
01:21
O PT tem tido derrotas nessas eleições municipais.
01:26
Então, o Lula está dobrando o valor de publicidade para fazer propaganda.
01:31
E aí, quem recebe dinheiro é a imprensa amiga, principalmente,
01:37
para poder veicular as propagandas estatais, propaganda de governo.
01:41
E aí, você tem, muitas vezes, aquele escambo da República do escambo.
01:47
Dá o dinheiro para fazer a publicidade, recebe a cobertura positiva.
01:52
Isso que eu denuncio há muito tempo como algo que deveria ser evitado.
01:58
E eu acredito que deveria haver regras, não interessa aos políticos,
02:03
mas deveria haver contrárias ao fornecimento de dinheiro público para veículos de comunicação.
02:10
Há exceções, podemos conversar sobre campanhas de vacinação, coisas assim mais sensíveis.
02:17
Ok, agora, da maneira que está hoje, sem critério, sem transparência,
02:22
em nível municipal, estadual, federal, isso, muitas vezes, serve para comprar apoio midiático.
02:28
E a gente vê isso de todos os lados.
02:30
Conversa fiada que Bolsonaro acabou com isso, só mudou para onde se canalizava essa grana.
02:35
Então, você tinha as emissoras amigas do bolsonarismo,
02:39
você tem as emissoras amigas do lulismo.
02:41
E vai criticar a liderança ou membros desse grupo dentro dessas emissoras
02:48
que estão interessadas em receber essa bolada.
02:51
Fica complicado ter voz, ter microfone nesses lugares.
02:56
E, além disso, no pleito de 2020, o partido não elegeu prefeito em nenhuma capital pela primeira vez,
03:02
desde a redemocratização.
03:03
E, procurada, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a SECOM,
03:08
afirmou que estão previstos recursos para promover medidas do governo que atendem à população,
03:13
além de gastos com comunicação interna e o combate a informações falsas.
03:19
Mas que mentira, né?
03:20
Já começa com essa mentira aí a respeito desses gastos.
03:24
Nos seis primeiros meses de governo, Lula priorizou a veiculação de propaganda oficial na televisão.
03:28
Então, é isso aí, ele está priorizando a TV, senhoras e senhores.
03:32
Não sei se vocês estão entendendo.
03:33
Destinando 73% da verba para esse formato.
03:38
73% está indo para as TVs.
03:42
O que vocês estão achando das coberturas das emissoras de TV?
03:46
Coloquem aí no chat.
03:47
Nos quatro anos da gestão, Bolsonaro e as TVs ficaram com 47% do montante.
03:53
É um montante alto também, né?
03:55
Mas o Lula tem um foco ali maior nas TVs.
04:00
O Bolsonaro pulverizava, né?
04:02
Você tinha raiz, tem o pessoal da internet, né?
04:05
Tem muita gente que faturou alto aí na época do bolsonarismo e muita gente que está faturando alto agora.
04:12
Como é que você vê essa iniciativa, Graieb?
04:15
E, claro, todo esse contexto histórico que você conhece bem.
04:18
Bom, o PT tem um histórico de utilizar baldes de dinheiro com publicidade.
04:27
É um partido que acredita no papel da propaganda para cativar corações e mentes, né?
04:34
Esses R$ 639 milhões, não é isso?
04:39
Isso.
04:40
São quase que...
04:43
É um valor muito próximo de tudo que o Bolsonaro gastou ao longo do governo dele.
04:48
O Bolsonaro, ao contrário, não acreditava tanto assim no poder da propaganda tradicional.
04:54
O Bolsonaro, se eu não me engano, gastou cerca de R$ 900 milhões ao longo dos quatro anos.
04:59
Em um ano só, o Lula vai gastar dois terços disso.
05:03
São R$ 647 milhões.
05:06
R$ 47 milhões.
05:07
Então, em um ano, o Lula vai gastar dois terços do valor que o Bolsonaro gastou ao longo do governo todo.
05:14
Como você dizia, Felipe, isso significa que o Bolsonaro foi mais cuidadoso na maneira de gastar o dinheiro público em propaganda?
05:25
Não.
05:26
A lógica...
05:27
Ele gastou menos.
05:29
Isso é fato.
05:30
A lógica não foi tão boa assim.
05:33
Houve muita compra de apoio político por meio de dinheiro de publicidade.
05:39
Muita compra de apoio midiático, se a gente quiser usar a palavra dessa maneira.
05:44
Não foi um governo que deixou de lado essa prática.
05:48
E o PT, enfim, voltou com tudo.
05:54
73% nas televisões.
05:57
Do ponto de vista técnico, se é que a gente pode usar essa palavra, não é sem sentido, num país como o Brasil,
06:07
onde a televisão aberta ainda atinge um número enorme de pessoas, ainda é um veículo super eficiente de comunicação,
06:16
não é sem sentido você investir bastante nas televisões, né?
06:23
O problema é sempre o efeito colateral.
06:26
O problema é o efeito colateral, né?
06:28
O Bolsonaro, por exemplo, você estava falando das campanhas de internet, Felipe,
06:33
a maior campanha que o governo Bolsonaro fez foi um gasto de 90 milhões de reais em 2022
06:40
com o Google e Meta, que é a empresa do Facebook, né?
06:46
Gastou muito dinheiro nos dois veículos para tentar divulgar sua marca em ano eleitoral também.
06:55
E também aumentou o investimento em televisão no ano de 2022, que também era ano eleitoral.
07:01
Agora tem aquelas publicidades obscuras de Banco do Brasil, para site amigo, para blog sujo.
07:06
O volume de publicidade de governos sempre é muito maior do que aquilo que é anunciado.
07:15
Que, na verdade, é descoberto pela imprensa, não é sequer anunciado pelo governo.
07:19
As estatais, de certa forma, estão fazendo propaganda do governo.
07:24
E se você não ficar vigiando, se você não ficar esperto,
07:28
é muito fácil essa propaganda se desviar para uma propaganda do...
07:36
Eu falei errado, né?
07:37
As estatais fazem propaganda também.
07:41
E se você não ficar esperto, é muito fácil que ela se desvie para uma propaganda de governo,
07:45
o que não deveria ser.
07:46
A Petrobras não pode fazer propaganda do governo petista.
07:50
A Petrobras pode fazer propaganda do seu negócio e das suas iniciativas.
07:55
Mas, se você não ficar esperto, eles usam dinheiro para outra coisa,
08:01
mesmo que seja ali subliminarmente, vamos dizer assim.
08:05
É, isso no conteúdo.
08:07
Agora, você tem o controle das verbas de publicidade das estatais pelo governo,
08:12
pelos agentes do governo,
08:14
e esse escambo que se faz com determinados veículos.
08:18
Quer dizer, a estatal coloca dinheiro naqueles veículos
08:21
para veicular a sua própria propaganda institucional
08:24
em troca de o veículo fazer uma cobertura positiva do governo.
08:30
Porque são agentes do governo que acabam negociando com os empresários,
08:33
donos do veículo, para colocar dinheiro naquela emissora.
08:36
E muitos empresários querem esse dinheiro.
08:39
E eles topam fazer esse tipo de escambo.
08:42
Não dar notícias negativas, evitar críticas mais incisivas,
08:49
calar jornalistas inconvenientes, incômodos.
08:52
Então, tudo isso acontece no mercado.
08:54
E é bom que o público saiba, conheça o sistema,
08:58
independentemente do poder de turno.
09:00
Porque é o desvio do sistema que é importante cada um ter em mente.
09:06
Quer dizer, como é que acontece essa troca de favores,
09:11
de influência e de dinheiro?
09:13
Rende muita grana, senhoras e senhores.
09:15
Então, é preciso prestar atenção sobre esse funcionamento.
09:18
E aí você vai ver cada caso particular por si só.
09:22
É, eu acho que tem uma outra coisa
09:23
que a gente precisa chamar atenção, Felipe.
09:26
Não é só que os governos compram boa vontade
09:29
nos meios de comunicação.
09:32
Os meios de comunicação também vendem neutralidade
09:38
ou crítica positiva.
09:42
Tem veículo de comunicação que ameaça o governo.
09:47
Que sobe o tom das críticas em determinados momentos
09:51
na expectativa de ser agraciado com uma verba ali
09:55
que está para sair, porque sabem que vai ter campanha disso ou daquilo.
09:58
Quer dizer, bate para receber.
09:59
Bate para receber.
10:00
É uma espécie de chantagem isso, certo?
10:06
Então, assim, não é uma relação saudável
10:11
que se estabeleceu entre meios de comunicação e governos,
10:16
para usar uma expressão, no que diz respeito à propaganda.
10:21
Os valores deveriam ser menores, bem menores do que são.
10:27
E olhando hoje em dia, eles deveriam ser ao máximo possível
10:30
restringidos àquela publicidade, àquela comunicação de utilidade pública.
10:36
Exatamente.
10:37
De fato.
10:38
Porque tem coisas que você precisa comunicar que os governos fazem.
10:42
Por exemplo, campanha de vacinação, que o Felipe falou.
10:45
Ou então, vamos lembrar uma situação do governo de São Paulo, lá atrás, seca.
10:53
Os reservatórios ficando sem água.
10:55
Você precisa fazer campanha sobre economia de água, esse tipo de coisa.
10:59
Um governo sempre terá comunicação de utilidade pública e de necessidade pública para fazer.
11:05
Então, acho que seria longe demais você proibir o uso de dinheiro público para qualquer tipo de comunicação.
11:12
Agora, propaganda governamental deveria ser restrita a uma margem muito, muito pequena dessa grana.
11:21
Porque, se não, vira essa maluquice que virou.
11:24
Vira essa maluquice que virou.
11:26
Uma coisa que não é saudável.
11:35
Uma coisa que não é saudável.
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