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O Banco Mundial apresentou propostas urgentes para o Brasil sanear suas contas, visando combater as dívidas do país. Dora Kramer e Cristiano Vilela analisam a situação e a falta de diálogo do atual governo Lula, citando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e as tensões com as instituições econômicas.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/ihZmlaq_CJE

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Transcrição
00:00Banco Mundial divulgou hoje um conjunto de propostas para que as contas públicas aqui no país voltem ao azul nos próximos anos.
00:08A informação do repórter Matheus Dias chegando agora ao jornal Jovem Pan, o que contempla esse estudo?
00:14As medidas encomendadas no relatório podem resultar em um melhor equilíbrio fiscal?
00:19É isso que se discute aqui no Brasil e não é de hoje, né Matheus? Bem-vindo, boa noite.
00:26Obrigado, Tiago. Boa noite para você também e a todos que nos acompanham.
00:29A maior expectativa é que sim haja essa melhora porque são medidas fiscais e também ambientais nesse relatório, viu Tiago?
00:35Toda essa carta então foi escrita pelo Banco Mundial e enviada ao governo federal aqui.
00:41Essa carta ela pede uma série de mudanças, mudanças essas praticamente de uma grande maioria das coisas como são feitas aqui na economia brasileira hoje.
00:53De todas as formas, mudanças muito significativas.
00:56Eles começam com mudanças pequenas e depois pedem reformas por completo.
01:01Uma das primeiras mudanças que já aparece na carta deles logo de início é uma fiscalização melhor do que se é realizada hoje sobre o Bolsa Família,
01:11no qual eles pedem que uma mesma família não tenha formas de se dividir e solicitar o benefício duas vezes para receber um valor maior do que o devido.
01:21Só que além disso, além do Bolsa Família, eles pedem reformas gerais envolvendo salário mínimo, envolvendo seguro-desemprego, abono salarial.
01:30Pedem até uma nova reforma, inclusive, na Previdência Social, viu Tiago?
01:34São várias as mudanças que eles pedem.
01:37Uma das que mais impactariam o governo federal agora, que vai de contramão com o que se é discutido nesse momento,
01:43é o caso de terem mais pessoas ligadas, mais contribuintes ao imposto de renda.
01:49Vai totalmente contra isso, porque o governo federal atual, eles tentam bolar uma proposta que isentaria pessoas com salários até 5 mil reais do imposto de renda.
02:00Na dica passada pelo Banco Mundial, eles pedem que tivessem mais contribuintes no imposto de renda.
02:07Além de todas essas medidas fiscais, também tem algumas medidas ambientais, como a tributação de combustíveis fósseis.
02:15Uma maior tributação do que já é realizada hoje, para que se diminua a emissão de gases poluentes, mas também se equilibre as contas públicas.
02:23Segundo o Banco Mundial, tendo todas as medidas que eles descrevem nessa carta, são muitas as medidas, muitas as mudanças que eles pedem,
02:30mas se todas forem cumpridas, tanto fiscais quanto ambientais, eles preveem que o país pode, em pouco tempo,
02:38não só equilibrar as contas e pagar as dívidas que ficaram em aberto em 2024, mas também aumentar a economia do país em até 5% do PIB, viu Tiago?
02:48Pois é, então o Banco Mundial informando ao governo o que pode ser feito, talvez a lição de casa, que não é feita,
02:54mas ter os dias com as informações.
02:56Ô Dora Kramer, nessa semana o presidente Lula afirmou o seguinte, que o FMI, por exemplo, não precisa explicar para o Brasil o que é austeridade fiscal.
03:05Agora, será que o governo se sensibiliza com um relatório como esse ou não, Dora?
03:12Nem pensar, e você lembrou exatamente o que eu estava pensando, porque aí, quando eu ouvi o presidente falando de FMI de novo,
03:19meu Deus do céu, quando a gente fala que ele está com a cabeça lá atrás, em 20 anos,
03:24FMI é um inimigo do passado, tá certo? Mas ele vai repetir, se for perguntado, se ele resolver falar sobre essas propostas do Banco Mundial,
03:34ele vai repetir essa lógica, dizendo que não se metam aqui e tal, não vai se sensibilizar,
03:39porque essa receita do Banco Mundial, não sei se na totalidade, mas em grande parte,
03:44é o que os especialistas, os economistas, os ex-ministros, todos vêm dizendo, os pais do plano real,
03:50todos vêm dizendo aqui há tempos que é preciso fazer, e o governo acha que está certo,
03:56o governo acha que do jeito que ele conduz, está certo, e está dando errado, está certo?
04:02Está dando certo, é, está dando errado, mas o governo acha que está certo.
04:07Então não adianta o Banco Mundial vir com propostas, porque é uma colaboração,
04:12mas eu acho que pelo jeito do presidente Lula, não é assim que ele vê.
04:17Ele vê como intromissão, um desrespeito, ele não lida bem com a controvérsia,
04:23ele só lida bem com o aplauso, então vai ficar muito difícil.
04:27Quer dizer, difícil não, impossível, o governo não vai adotar de jeito nenhum.
04:32A questão não é, Vilela, nesse governo, ou qualquer outro governo,
04:35tem sempre um atrito entre política e economia, né?
04:38E é muito difícil encontrar o meio termo, Vilela?
04:43É bastante difícil, viu, Tiago?
04:45Até porque durante o início do governo, durante as primeiras partes do governo,
04:49a gente via, por exemplo, o Ministério da Fazenda, a equipe econômica,
04:54buscando diálogo, de alguma forma se equilibrando na manutenção do diálogo,
04:59não apenas com relação aos atores do mercado, mas também com o próprio parlamento.
05:05O fato é que me chama muito a atenção que o ministro Haddad, por exemplo,
05:09ele abandonou totalmente esse papel.
05:11O ministro Haddad tem tido um discurso político,
05:14hoje mesmo deu uma entrevista com uma forte conotação política,
05:17e não foi a primeira vez, abraçando esse discurso do nós contra eles,
05:22que era muito usado pelo presidente da República.
05:25Então chama a atenção, porque muito provavelmente,
05:29falta quem faça esse meio de campo, quem faça essa intermediação.
05:32O governo está fazendo o couro de uma nota só,
05:36e isso é muito ruim, porque acaba fazendo com que não se permita
05:40a construção de uma frente mais ampla, a construção de consensos.
05:44E diante de um cenário como esse, é natural que fique cada vez mais evidenciado
05:49o isolamento, seja do ponto de vista político,
05:52seja do ponto de vista institucional do governo federal nesse momento.

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