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  • 26/06/2025
Belmiro Gomes revela porque as famílias brasileiras têm optado por compras em estabelecimentos que vão além dos supermercados convencionais. Rede conta com mais de 300 lojas e 87 mil profissionais pelo país.

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Transcrição
00:00Olá, boa noite! Está no ar o Show Business, o mais tradicional talk show de negócios da TV brasileira.
00:08E no programa de hoje vamos receber Belmiro Gomes, CEO do Açaí Atacadista,
00:14uma das maiores varejistas do Brasil, com mais de 300 lojas e uma receita bruta de 80 bilhões e 500 milhões de reais.
00:26Eu sou Bruno Meier e seja muito bem-vindo ao Show Business que começa em instantes.
00:44Ele acaba de completar 40 anos de uma carreira inspiradora.
00:50Foi sorveteiro, estoquista, vendedor, até virar CEO de um segmento do varejo que caiu nas graças do mercado e, sobretudo, do público.
01:03O atacarejo, tendo o Açaí Atacadista, uma companhia com mais de 80 mil funcionários, como uma das gigantes do setor.
01:14Nós vamos conversar nesta edição do Show Business com Belmiro Gomes, CEO do Açaí Atacadista.
01:23Belmiro, obrigado pela presença em nosso estúdio.
01:27Vamos começar falando desse segmento do atacarejo, a junção aí do atacado com varejo,
01:35que tem ganhado força em tempos recentes no Brasil.
01:39E o grupo Açaí é um dos grandes exemplos, né?
01:45Por que a família brasileira passou a ver o atacarejo como destino das compras do mês?
01:53Obrigado, obrigado pela pergunta.
01:56Antes disso, eu queria agradecer o convite, parabenizar o trabalho, o seu Bruno Beyer,
02:01o trabalho feito pelo Show Business.
02:02Para quem estiver nos assistindo hoje, esperamos transmitir algumas informações importantes
02:07e falar de um segmento que eu estou há 37 anos, que é o setor atacadista ou o setor alimentar.
02:14O atacarejo, como hoje é chamado, ou o atacado de autosserviço ou cash and care,
02:18como você bem disse, ele junta duas propostas.
02:23Atender consumidores finais, ou seja, predominantemente famílias,
02:27sejam em compras abastecedoras e repositoras, mas também uma grande gama de empreendedores.
02:33O Brasil, como nós sabemos, é um país muito do empreendedorismo.
02:37Então, nós atendemos desde bares, restaurantes, lanchonetes, padarias, escolas,
02:42uma infinidade de segmentos, que com isso, atendendo esses dois público-alvo,
02:47nós reduzimos custo operacional e nos concentramos na principal proposta
02:52desse modelo de negócio, que é o quê?
02:54Preço baixo.
02:55Vender alimento, limpeza, perfumaria, com preços reduzidos,
03:00em relações ao que nós temos em outros canais que operam no setor.
03:04O atacarejo é a resposta para o Brasil de hoje?
03:08Ele foi uma consequência de uma série de características do Brasil.
03:13O país nosso, nós somos um país de dimensões continentais,
03:17com uma malha logística extremamente custosa,
03:21uma complexidade tributária também e produtos de baixo valor agregado,
03:26principalmente o alimentar, o que faz com que seja difícil o transporte
03:29e, principalmente, a entrega ponta a ponta.
03:32Nas grandes metrópoles brasileiras, nós temos metrópoles muito adensadas
03:36com dificuldade de logística.
03:37Então, esse modelo surge para atender esses dois públicos
03:41e numa pressão também de economia,
03:44dado que também, infelizmente, nós somos um país de grandes desigualdades sociais,
03:48onde você sempre teve, por mais que, independentemente,
03:52no momento agora nós temos juros elevados, uma inflação alimentar,
03:55mas sempre teve a necessidade brasileira de economizar.
03:59Então, o modelo nasce para suprir isso,
04:02começando na periferia das grandes cidades brasileiras,
04:04mas hoje o modelo, durante décadas de transformação,
04:09ele é um modelo que penetra em todas as classes sociais,
04:13desde a classe AB até a classe CDE e em praticamente todas as gamas de comércio.
04:17Para que você tenha uma ideia, Bruno, o setor responde hoje,
04:20todos os players juntos, por mais de 50% do mercado alimentar brasileiro.
04:24Isso, se a gente comparar com 5, 10 anos atrás, é quanto?
04:29É uma crescente.
04:3010 anos atrás era quanto, mais ou menos?
04:32Setor representava em torno de 20%.
04:3420%?
04:36Setor passou...
04:36Muito relevante, né?
04:38Exatamente.
04:38Agora, você está falando de um motivo definidor,
04:44que é preço baixo.
04:46A ascensão do atacarejo no Brasil nos últimos anos é porque vende mais barato
04:51e as pessoas estão atrás de produtos mais baratos.
04:55Quanto, em média, vocês vendem mais barato do que os concorrentes de supermercados?
05:02Há uma diferença que ela depende da categoria, né?
05:06Mas quando o atacarejo começa, o formato dominante era o hipermercado no Brasil,
05:12que tem uma queda, dado que quando o e-commerce principalmente entra,
05:16muita gente até acha que foi o atacarejo que disruptou o hipermercado.
05:20E não foi, foi o comércio.
05:22Há 20 anos atrás, se você precisasse de um forno de micro-ondas, você ia onde?
05:25No hiper.
05:26Uma furadeira?
05:27No hiper.
05:27Celular?
05:28No hiper.
05:29Na medida que o e-commerce entra no produto de alto valor agregado, não perecível,
05:34o e-commerce é uma grande solução, você compra e recebe em casa e recebe na porta.
05:38Isso aumentou os custos dos hipermercados, fazendo com que ele tivesse mais dificuldade
05:43de competir contra o atacarejo.
05:45A diferença de preço de um atacarejo em relação ao hipermercado era em torno de 15%.
05:5115%, normalmente os estudos mostram que para você criar um novo formato de hardscount,
05:56na maioria dos países, quando você tem uma proposta de preço, que o preço é menor
06:00em torno de 10% na categoria alimentar, esse modelo tende a ter sucesso, que é o que aconteceu.
06:06Então hoje você tem uma diferença a depender do operador, que vai de 12% a 15% em relação
06:12aos hipermercados ou em relação aos supermercados.
06:15Então, 12% a 15% mais barato.
06:19E aí fica a pergunta, como é que vocês ganham dinheiro?
06:23Primeiro, o nosso negócio é um negócio de margem baixa, então o que a gente busca ganhar
06:29é principalmente na escala.
06:31Principalmente porque, da medida que você atende o público comerciante, o comerciante
06:37para ele o preço de compra é custo.
06:40Então, para ele, para esse comerciante, para quem tem uma mercearia pequena, mesmo para
06:43quem tem um restaurante, para quem está operando, o custo de compra é algo muito importante
06:48para ele.
06:48Então, por isso que o nosso setor, ele normalmente, você opera buscando ganhar em volume e uma margem,
06:56tanto que a margem líquida do setor, ela trabalha, quando muito, não é nem o cenário
07:00atual, em 2% de lucro líquido.
07:03No máximo isso, o ano passado, dado que os juros estão elevados, para que você tenha
07:07uma ideia, se a gente olha para 2024 e soma as quatro companhias de capital aberto, do
07:13setor alimentar, o lucro líquido foi inferior a 1%.
07:15Obviamente que parte disso está explicado pelo ciclo de juros altos que o Brasil vem
07:20passando, mas é um setor que, ou seja, ele visa, nós visamos volume, escala e repasse
07:26de produto a preço baixo, fazendo para as indústrias, na nossa visão, um papel importante
07:30que é o de distribuidor complementar.
07:32Se nós olharmos para pouco tempo do passado, você veria caminhões das indústrias fazendo
07:37entrega, porta a porta.
07:39Se você vai, por exemplo, pegar um exemplo, uma grande metrópole como Nova Iorque, se
07:42você for na 4ª avenida, 5ª avenida, até as 10 horas da manhã, você vai ver caminhões
07:46de 3 eixos, 4 eixos, fazendo entrega.
07:49Isso é impossível em São Paulo.
07:50Imagina aqui na Alameda Santos, ou no próprio Rio de Janeiro.
07:53Você ter os caminhões.
07:54Os caminhões fazendo entrega, porta a porta.
07:56Então, o nosso modelo acaba que nós somos um distribuidor complementar também da indústria,
08:01para esse pequeno comerciante.
08:03E para o pequeno comerciante, para ele é uma vantagem, por quê?
08:06É como se nós fôssemos o centro de distribuição dele, aonde quem tem, por exemplo, um comércio
08:11de food service, ele vai muitas vezes diariamente na loja, ele vê o produto que ele precisa
08:15e faz uma reposição muito rápida.
08:17Qual é o impacto do cenário econômico para companhias de varejo como a sua?
08:23Infelizmente, o juros chegou agora a 15%, quando foi na última, na semana passada, na última
08:30quarta-feira, um pouco antes da véspera do feriado, o Copom elevou os juros no Brasil
08:35para 15%, o que faz com que nós tenhamos hoje um dos maiores juros reais do mundo.
08:39O cenário que nós temos visto, a consequência disso, é um corte de investimento da maioria
08:44das companhias.
08:45No caso mesmo do açaí, nós passamos por um ciclo de expansão tanto orgânico, muito
08:50elevado, que demandou uma quantidade gigantesca de investimentos e o último grande projeto
08:55que nós fizemos foi exatamente a compra dos hipermercados do Extra, 70 pontos comerciais,
09:01que são 70 pontos muito bem localizados no Brasil, o que fez com que a companhia tivesse
09:06tanto na compra de ponto, como também nos custos para converter essas lojas de hipermercado
09:11em atacarejo, um investimento elevado.
09:13Então, o nível de alavancagem da companhia, quando nós fizemos, tomamos essa decisão,
09:17o juro no Brasil estava acho que 5%, havia uma expectativa que ficaria em torno de 7% e
09:23foi a 14,75% e a semana passada foi a 15%.
09:27Então, isso faz com que uma série de ajustes tenham que ser necessários.
09:31Com isso, haverá uma desaceleração na abertura de lojas do açaí?
09:36Sim, o cenário atual de juros faz com que a companhia, não somente o açaí, mas várias
09:41companhias estejam muito focadas nesse momento em reduzir a exposição a dívidas no processo
09:46de desalavancagem, dado que as previsões de juros, mesmo se nós voltarmos ao ano de 2024
09:52e olhasse qual era a previsão de aterrissagem final da taxa selica ao final de 25%, pode-se
09:57olhar que ela está muito acima do que esperava.
10:00Então, isso causa para as companhias um cenário de incerteza que, nesse momento, dívida,
10:05então a preservação de caixa e foco em redução de dívida está em foco na maioria
10:09das companhias, isso reduz os investimentos, principalmente materializados, no nosso caso,
10:14na expansão de novas unidades.
10:16Mas nos próximos tempos terão aberturas de lojas ou vai reduzir totalmente?
10:22Não, a gente não chega, no caso da açaí, a gente não chega a eliminar totalmente, até
10:26porque vários projetos, principalmente projetos de lojas orgânicas, eles têm um tempo longo
10:32para obtenção de licença, alvaraz, dependendo da cidade do Brasil, você pode chegar até
10:36três anos o tempo de aprovação.
10:39Essas decisões são tomadas com bastante anterioridade, então, para que você tenha
10:43uma ideia, nós tínhamos um plano de expansão que previa 20 unidades para esse ano e 20 lojas
10:48para o ano que vem, que foram reduzidas agora para 10 lojas.
10:51E, obviamente, a companhia sempre vai estar olhando qual o nível de custo que a dívida
10:56está tendo em relação à nossa geração de caixa e podendo ajustar os seus níveis
11:00de investimento.
11:01Você falou da conversão das lojas do extra, que vocês adquiriram em tempos recentes.
11:08Como é que foi essa operação?
11:10Porque eu imagino que a operação logística de construção, que é você converter lojas.
11:18Foi muito complexo?
11:20Muito, e aí eu já queria até aproveitar um gancho que quando se pergunta, fala bem,
11:24por que o atacarejo consegue ser 12% ou 15% mais barato do que era o hipermercado?
11:30Muitas vezes as pessoas imaginam, ah, porque é um atacado, compra em grande volume e comprando
11:34em grande volume ele reduz o preço de compra.
11:37E não é isso.
11:38Bem, na verdade, o preço de compra é muito similar para qualquer canal de varejo com
11:42as grandes indústrias.
11:43O que faz com que nós possamos ter um custo mais baixo é, primeiro, um menor custo logístico.
11:49A logística no Brasil era muito cara.
11:51Então, a principal diferença entre uma loja de hipermercado para uma loja de atacarejo
11:55é o quê?
11:56Nós estocamos o produto direto em loja.
11:58A indústria nos entrega a maior parte do volume de produto de baixo valor agregado
12:03diretamente nas nossas lojas.
12:06Então, isso faz com que, ao eliminar uma etapa da cadeia, que é o centro de distribuição
12:11num produto de baixo valor agregado, a gente consegue reduzir o custo de operação,
12:16transformando e transferindo essa vantagem no preço de venda.
12:18Então, a logística própria em loja explica a vantagem.
12:22Por outro lado, isso cria uma dificuldade.
12:24No nosso caso, nós fizemos a compra de 70 pontos, grandes lojas do Extra, um parque
12:29de lojas irreplicável, com localizações que hoje seriam muito difíceis de serem obtidas
12:35através de uma expansão orgânica.
12:37mas era necessário fazer um trabalho.
12:39Eu quero o quê?
12:40Converter o hipermercado, que para que você tenha uma ideia, para quem estiver nos assistindo,
12:44o hipermercado, ele trabalha com 800 a 700 quilos de resistência do piso por metro quadrado.
12:50No atacarejo, você precisa ir para 4 toneladas, 3 toneladas e meia.
12:54E toda a estocagem do perecível, que são câmeras frias, que operam muitas vezes com 9 metros
13:00de altura, quase 1.000 metros quadrados a menos 20 graus, é feito em loja.
13:04Então, para que você tenha uma ideia, nós chegamos, Bruno, em 2022, no período de conversão,
13:09a ter 15 mil pessoas de construção civil, trabalhando concomitantemente nas obras que
13:16estavam sendo.
13:17Entre instalador elétrico, pessoal de concreto, esquadria, mais de 240 engenheiros, foi uma
13:23das maiores obras, um dos maiores projetos já feitos no setor alimentar brasileiro.
13:28Impressionante, hein?
13:2815 mil pessoas.
13:30Agora, deixa eu girar um pouco o assunto, porque o setor, ele está no meio de uma discussão
13:36da qual, evidentemente, você faz parte, porque o setor tem discutido publicamente sobre a venda
13:44de medicamentos isentos de prescrição no varejo alimentar.
13:49E a gente está falando de supermercados, a gente está falando dos atacarejos.
13:55Qual é a sua visão nesse assunto?
13:56Perfeito, excelente pergunta, Bruno.
14:00Esse é um pleito que a Abras tem encabeçado.
14:03Se a gente olha para a maioria dos outros mercados...
14:06É a associação de supermercados.
14:07Isso, a Abras é a Associação Brasileira de Supermercados.
14:10Nós apoiamos a Abras nesse pleito.
14:13Se você olha a maioria dos países de primeiro mundo, ou vários outros países, você compra
14:17medicamento também no supermercado.
14:18Então, havia uma demanda inicial feita pela Abras da venda de medicação, de medicamentos
14:24isento de prescrição.
14:26Esse pleito, a Abras alterou agora e o pleito que está sendo feito é a venda de medicamentos
14:31tanto isento de prescrições, mas também o prescritos com a presença do farmacêutico
14:38em loja, no conceito store-in-store, que é o quê?
14:41Você poder ter uma farmácia dentro do supermercado com as mesmas regras do ponto de vista sanitário,
14:48de Anvisa, de regulação, que tem para as farmácias, trazendo o Brasil para algo que,
14:53na minha visão, nós estamos quase que 20, 25 anos atrasados.
14:57Esse conceito é um conceito existente na Inglaterra, na Alemanha, na França, nos Estados
15:01Unidos e diversos outros mercados, aonde você, quem tiver mesmo nos ouvintes, que
15:06já foi nos Estados Unidos, visitou uma loja do Walmart, visitou uma loja do Cusco, você
15:09encontrou uma farmácia lá dentro.
15:11Replicando, é o que a Abras hoje pleiteia e é um movimento que nós, como atacarejo,
15:16também apoiamos.
15:17Estou falando agora como presidente do Açaí, mas também como presidente do Conselho
15:20da Abas, que é a Associação Brasileira dos Atacados de Alto Serviço, que reúne todos
15:25os operadores do nosso setor.
15:27Mas qual que é o momento?
15:28Isso está parado em Brasília?
15:30Em que momento está?
15:31Está no momento, nesse momento, há uma discussão muito forte, vários projetos foram apresentados,
15:36tem uma série de audiências públicas acontecendo, com a participação de representantes de
15:42diversas entidades envolvidas nessa discussão e temos muito confiante que nós podemos criar
15:48um avanço, porque no fim, isso beneficia sempre, a maior nível de concorrência, ele beneficia,
15:54só tem um beneficiado nisso, que é o consumidor final, que é o brasileiro.
15:59O fato de você ter mais competição em qualquer um do setor, da mesma forma que o atacarejo,
16:04nós somos capazes de reduzir preço de alimento, tão importante quanto reduzir preço de alimento,
16:09é também reduzir preço de medicamento.
16:11Então, há discussões acaloradas, como de você ir, de esperar, dentro de uma discussão
16:16como essa, mas o que a gente vê que, se for aprovado, o consumidor final vai ter mais
16:23uma opção.
16:23Com mais opção, sempre o brasileiro vai ser o beneficiado.
16:27Deixa eu voltar para o grande negócio de vocês, porque vocês tiveram, recentemente, investimentos
16:34altos em novos serviços.
16:38Empório, açougue, padaria, isso dentro dos atacarejos.
16:44Qual que foi o resultado disso?
16:45Essa aposta valeu a pena?
16:48E o peso disso no negócio de vocês?
16:51Foi, as mudanças que foram feitas, elas foram, na minha visão, uma evolução natural do
16:56modelo.
16:56O modelo de atacarejo, ele nasce, principalmente, para atender o público da periferia e para
17:03atender os comerciantes.
17:05Mas, vamos lembrar, infelizmente, o Brasil é um país de muita desigualdade social, né?
17:09E, na medida que nós precisávamos também penetrar dentro das classes sociais, A, B, em
17:15lojas, em localização, maior você encontra um outro público com um outro nível de demanda.
17:21Então, muito da evolução do atacarejo, ela foi feita da seguinte forma.
17:24Aliano, sempre preço baixo, mas uma melhoria na experiência de compra, né?
17:31Tanto que, um pouco antes de gravar o programa, você viu que eu fiz uma enquete praticamente
17:34com todo mundo aqui da Jovem Pan, que a gente encontrou se o quê?
17:37Se comprava no açaí, em que loja comprava?
17:39Em que loja, exatamente.
17:40Em que loja.
17:41Porque não era só falar que comprava, você perguntava da unidade, inclusive.
17:46Exatamente, primeiro para saber e para ver se tinha alguma reclamação.
17:49Mas, praticamente, qualquer um deles, se você olhar, você vai ver que a experiência
17:52de compra, ela evoluiu muito.
17:54Então, houve uma busca por redução de custo, que também ela foi investida na experiência
17:58do cliente.
17:59Quando você olha para uma loja de atacarejo hoje, contra o que era 20 anos atrás, teve
18:04uma série de evoluções na iluminação da loja, na inclusão do ar-condicionado, na
18:09qualidade do perecível do produto que está lá dentro, na quantidade de treinamento de funcionário
18:14e na qualidade do sortimento.
18:16Então, essas evoluções, elas fizeram com que nós conseguíssemos adentrar em outras
18:20classes sociais e também, agora, penetrar em outras categorias de produto, como foi
18:25a que você perguntou, o caso do açougue, o caso do fatiamento, o caso, por exemplo,
18:30do empório de frios que nós temos nesse momento e outras categorias.
18:34Há exemplo também do que acontece em outros países do mundo.
18:36Então, era uma evolução natural, tanto que hoje, quando a gente olha para o açaí,
18:40nossa participação, nós estamos presentes, até aproveitando para fazer uma propaganda
18:45também, no açaí, ele atende 40 milhões de pessoas por mês nas suas 302 lojas.
18:50Nós estamos presentes em um de cada três domicílios no Brasil.
18:54Em algumas regiões, nós chegamos a estar presentes praticamente em um de cada dois domicílios
18:58no Brasil, com 88 mil colaboradores.
19:01E temos uma penetração em todas as classes sociais, conforme o poder de compra que essa
19:07parcela tem também de poder de compra da população.
19:10Então, o quanto a classe AB tem de poder de compra dentro do PIB, é a nossa participação.
19:16Então, ou seja, é um modelo que é muito democrático, que ele visa atender.
19:20Por quê?
19:20Preço baixo, bem, na verdade, é uma demanda, independentemente de que classe social você
19:25está.
19:25Agora, o peso desses novos serviços, você tem um número exato para o negócio do açaí?
19:33Ele hoje tem uma representatividade crescente, por ser companhia de capital aberto.
19:37A gente não pode divulgar alguns níveis de detalhe nesse período, mas assim, para que
19:42tenham uma ideia, nós fizemos os primeiros projetos e implantamos praticamente em todas
19:45as lojas.
19:46O açaí é conhecido por ser, talvez, uma das referências de fonte de inovação do setor.
19:51Então, nós fizemos a implantação de serviços, alguns concorrentes seguiram.
19:55Recentemente, agora, nós fizemos uma implantação massiva de self-checkout.
19:58Por quê?
19:59Você tem uma parte, hoje, da população que busca a compra abastecedora, que é onde
20:04nós somos especialistas, mas você tem uma parte também que busca a compra repositora.
20:09Dado que, nesse momento, no Brasil, a gente tem uma migração do modelo de contratação.
20:15Nós tivemos um aumento grande da mão de obra que ganha por dia e não que ganha por mês.
20:20Então, ou seja, se você tem um trabalhador numa faixa de renda que ele recebe, por exemplo,
20:253 mil reais mensal, ele tem uma probabilidade maior de comprar nota careja, nós detectamos.
20:31Se ele ganha os mesmos 3 mil, mas em 100 reais por dia, trabalhando como Uber, como iFood,
20:37ou seja, fazendo entrega, ele tinha uma tendência maior de comprar nota careja.
20:40Então, muito da mudança de tornar o perecível, localização de loja, é para que você pegue
20:45essa parcela da mão de obra ocupada, quase 38 milhões de trabalhadores, e consiga também
20:50ter uma proposta de falar, ok, eu sou uma boa alternativa para você de preço baixo,
20:54não somente numa compra de grande volume, mas se você vai comprar muito ou vai comprar
20:59pouco, nós continuamos mantendo o preço baixo.
21:01Ô Belmiro, você falou em desigualdade social do Brasil e você tem propriedade nesse assunto
21:07porque você passou, ao longo da sua vida, por dificuldades.
21:12Como um ex-sorveteiro, um ex-engraxate, fez um bico de engraxate, virou um dos CEOs mais
21:23relevantes e importantes do varejo no Brasil?
21:27Obrigado.
21:27De fato, é um orgulho a trajetória.
21:30Sempre que tem oportunidade, a gente gosta de dar o exemplo.
21:34Até porque um país, assim como uma empresa, é feito de gente e de exemplos.
21:38O exemplo é algo que é muito importante.
21:40A gente gosta de transmitir o exemplo para mostrar que, através de trabalho, de persistência,
21:46você pode ter reconhecimento pelo seu trabalho.
21:48Ah, isso significa que você tem que virar presidente de companhia, um CEO de companhia?
21:51Não.
21:52Na realidade, nós queremos ser reconhecidos pelo nível de esforço que nós colocamos.
21:57Então, ou seja, eu comecei minha vida muito jovem, como você bem falou, fui sorveteiro,
22:00trabalhei em três colhetas de algodão, fui em Goiá Fria.
22:03Engraxato não deu muito certo, para falar a verdade, sei lá em Maringá, no Paraná.
22:07Fiz um bico ali.
22:08Fiz um bico, mas não tinha tanta demanda.
22:10Como sorveteiro, 40 graus no norte do Paraná, havia uma possibilidade maior.
22:14Fazia sucesso.
22:15Tenho registro desde os 13 anos.
22:18Comecei como office boy em 1985, fiz 40 anos, agora é dia 1º de maio, de trabalho registrado.
22:24O mercado, como você bem sabe, mudou muito.
22:26Acho que o que a somatória de uma curiosidade, persistência, esforço, e no começo também
22:34um pouco de falta de opção, me levou, e acho que uma curiosidade é natural.
22:39Então, eu aprendi, fui aprender programação de computador, que iniciava lá na década
22:44de 80, por conta, virei programador em COBOL, que foi até meu primeiro emprego no setor.
22:49Eu entrei no Atacadão como programador em COBOL em 1988, cheguei a ter dois, três empregos
22:54que trabalhava ali simultaneamente, e uma curiosidade natural.
22:57Então, isso eu passei por diversas áreas, com vendas, compras, supervisão, controle
23:04de estoque, como você mencionou no início, e essa curiosidade e a tomada de risco.
23:09Por quê?
23:10Se você quer crescer, se você quer, você tem que tomar risco.
23:13Muitas vezes, alguns movimentos que eu fazia eram movimentos que não eram só para cima,
23:18eram movimentos que aparentavam ser laterais ou para baixo, mas ela me dava maior bagagem
23:22que era o quê?
23:23Conhecimento.
23:24E essa bagagem, conhecimento, depois somado ao longo de 40 anos de trajetória, foi
23:30o que me permitiu também ser chamado para assumir o comando do açaí atacadista, assumir
23:34o comando em fevereiro de 2011, já tinha 22 anos no Atacadão, tinha passado por diversas
23:40áreas, trabalhei no projeto de venda da companhia para o Grupo Carrefour.
23:43Então, acho que é essa persistência, curiosidade e talvez acho que uma das maiores capacidades
23:49que até você falou, que é a questão da comunicação e a empatia com pessoas.
23:53Porque você é um bom comunicador.
23:56Quem está acompanhando esta entrevista já reparou, evidentemente, você é bom de conversa,
24:02de oratória.
24:04Você se considera o quê, além de CEO?
24:07Você se considera um vendedor?
24:09Acho que seria um grande vendedor, acho que assim, primeiro que o sorvete, você tinha
24:15que ter o talento para...
24:17Eu fui dar uma palestra numa grande indústria, eu comecei, meu primeiro emprego foi muito
24:21bom, a empresa me deu um carro para trabalhar e 20% de comissão.
24:25Eu tinha que forrar o carro, era um carrinho de sorvete.
24:26E mesmo que você vendeu sorvete, você precisa olhar para o cliente e ver se tinha uma molecada
24:33e se a mãe estava perto.
24:34Quando você via que tinha muito, você reduzia a velocidade do carrinho, aumentava a buzina
24:38para você conseguir fazer a venda.
24:40Ou seja, você precisa saber se comunicar.
24:43E aí um detalhe sempre, que a gente gosta de falar e transmitir, porque eu gosto de ser
24:47um vendedor, mas eu gosto de ser um inspirador de pessoas.
24:49E quando você vai se comunicar, é preciso assim, um exemplo que eu gosto de usar é
24:53assim, você já escutou a sua própria voz gravada no WhatsApp?
24:57Provavelmente quando você escutou, você viu que ela era diferente.
25:00Então se nem a nossa própria voz, entre o que a gente acha que ela é, para o que os
25:05outros nos percebem, é diferente, significa que a maioria das vezes na vida você precisa
25:11também olhar tão importante quanto o fato e a percepção dele.
25:16Como que eu estou sendo percebido?
25:17Então, ou seja, eu estou sendo percebido como comunicador, como o Bruno, que está
25:21aqui com todo esse talento natural, ou seja, de que maneira você é percebido?
25:25Isso vale independente da posição que você está, porque a bem da verdade, você vai
25:29ser julgado, promovido, casado, separado, demitido, pelo que você acha ou pelo que o
25:36outro percebe de você.
25:37Então é muito importante trabalhar com a percepção.
25:39Mas falando de vendas, que é uma área que você ficou muitos anos, uma dica infalível
25:46para vender desde picolé, sorvete, até os produtos da sua companhia?
25:53Primeiro, transparência, honestidade, sinceridade com o cliente.
26:00Então, ou seja, a boa venda é aquela que você tira a segunda venda.
26:04Então a venda que você só acontece, que você só realiza uma vez, a bem da verdade,
26:09ela te causa um problema, porque se você não tiver a reposição.
26:12Então, acima de tudo, seja honesto com o teu cliente.
26:14O teu produto fale a verdade.
26:16independente se ele não vai atender tudo, mas é sempre preferível estar acima de
26:21tudo, empatia com a necessidade do cliente.
26:23Porque você não vende o produto.
26:25Na realidade, você atende um desejo.
26:27E atendendo um desejo, seja o nosso caso da Tacarejo, por exemplo, que é preço,
26:30comodidade, experiência de compra, com a proposta de forma que seja clara.
26:35Falando agora em desejo, desejo do consumidor.
26:39Com mais de uma década como CEO e muitos anos no setor, quais as mudanças no perfil
26:49do consumidor brasileiro e, sobretudo, no desejo do consumidor brasileiro?
26:57Sim, as mudanças, para quem tem 40 anos de carreira, a gente tem visto o quanto a sociedade.
27:02O mundo sempre mudou.
27:03Acho que nunca tão rápido como tem sido nos últimos anos.
27:06E a única certeza que nós temos é que ele vai continuar mudando.
27:10E a segunda certeza que nós temos é que, provavelmente, seja o que nós imaginamos,
27:14nós vamos errar.
27:16Então, ou seja, a capacidade para você se ajustar a mudanças que ela ocorre.
27:20Então, ou seja, há um desejo, claro, do consumidor de ter o melhor nível de consumo
27:24e continuar economizando.
27:26E tem mudanças, muitas vezes, que elas não são bem-vindas, mas que ocorrem e que você
27:30tem que lidar.
27:31No caso do Brasil, a gente está passando, recentemente, por um fenômeno, uma pandemia,
27:35que é a pandemia das mercados de apostas esportivas.
27:39O Brasil se tornou, de longe, o maior mercado de acesso.
27:43Tem um dado bem interessante que mostra que o Brasil, sozinho, ele está na frente do segundo,
27:47terceiro e quarto colocado em número de acesso.
27:53Então, isso teve uma mudança de comportamento dos consumidores.
27:57E como isso impacta o varejo nacional?
27:59Tem um impacto, né?
28:01Num cenário onde você está com juros elevados e um cobertor curto do ponto de vista de gasto,
28:07qualquer um outro novo gasto que entra, ele vai gerar impacto, seja em redução de consumo,
28:12seja em troca de produto.
28:14Tanto que nós temos visto nos últimos anos, além de tudo, nós passamos por um ciclo de inflação alimentar
28:19muito elevado no período pós-pandemia.
28:21A pandemia é um exemplo de como que a previsibilidade seria algo que talvez um ano antes julgaríamos como impossível.
28:28O ciclo de alto de juros, porque era o consenso de mercado, mostra que a previsão do futuro foi,
28:33no caso do mercado de apostas, ele tem impactado os outros setores de ruas.
28:37E impacta as suas lojas.
28:39Impacta a loja.
28:40Impacta a loja, impacta colaboradores.
28:42Qualquer empresário hoje que tem uma quantidade, que atua no comércio,
28:45mesmo que não há da indústria, que tem uma grande quantidade de funcionários,
28:49ele tem visto o impacto desse mercado, já não sabe se vai ter uma normalização,
28:53mas o fato é que o Brasil se tornou o país do mundo com maior número de acesso
28:58à frente dos Estados Unidos, Inglaterra e Turquia.
29:02Depois que tiver curiosidade, eu coloco o link para que você possa assistir
29:05ou tiver também a disponibilização, que é um tema, sim,
29:08que também, do mesmo jeito das farmácias, que gera um certo nível de polêmica
29:12ou de desconforto, mas é uma realidade.
29:15O nosso trabalho, como uma companhia que atende 40 milhões de pessoas
29:18de todas as classes sociais e que tem como propósito principal
29:21levar prosperidade, apoiando o micro e pequeno empreendedor,
29:25que nós temos como propósito, levar prosperidade para o colaborador,
29:28fazendo com que nós, para ter uma ideia, com um plano de carreira,
29:32onde nós comemoramos todas as promoções que são feitas,
29:35até pela minha própria trajetória, nós criamos, por exemplo,
29:37dentro do Açaí, uma universidade, que são mais de 22 cursos ministrados,
29:41porque a gente acredita, sim, no trabalho e na ascensão como meio de ascensão social.
29:46Então, obviamente, que nosso papel também é fazer uma leitura do mercado
29:49e refletir e falar para o investidor também a verdade, acima de tudo.
29:55Então, ou seja, é o exemplo que a gente fala,
29:57mas dói quando você fala algumas verdades, dói.
29:59É a história de você ir no médico, ele vai te fazer um exame, vai te apalpar.
30:03Onde não doer, tem problema? Não.
30:06Mas onde apalpar e doer, aí tem um problema.
30:09Bom paralelo. Agora, você está falando de colaboradores,
30:12você comanda mais de 80, quase 90 mil colaboradores, 87 mil funcionários.
30:18Perfeito, hein?
30:19Vocês têm um programa que me chamou muito a atenção,
30:22que pouco é falado, inclusive, entre os meus convidados aqui no Show Business.
30:27Vocês têm um programa de inclusão de pessoas com mais de 50, 60 anos.
30:35Por que essa decisão excelente de incluir essa turma de 50, 60, 70 anos?
30:45E o que representa isso na companhia?
30:47O Açaí, ele é uma referência.
30:49Acho que, em vez de você tratar o tema de forma complicada, para ter uma ideia,
30:53PCDs, nós temos mais de 5, nós temos 5.3, que é acima da cota legal.
30:58Normalmente, são profissionais, né? A pessoa com deficiência.
31:02E tem uma série de programas na companhia de inclusão,
31:06tanto do ponto de vista dos 50 a mais, como você citou,
31:09mas também voltado, também a raça, voltado a gênero, a representatividade.
31:14Sempre a visão que a companhia precisa representar a sociedade que ela está,
31:18e mais do que isso, representar os clientes que nós atendemos.
31:22Então, para dar um exemplo muito simples,
31:23quem eu quero que compre no Açaí?
31:25Todos.
31:26Independentemente de idade, independente de gênero,
31:28independentemente de orientação sexual.
31:31Então, ou seja, eu quero que a pessoa vai comprar num concorrente?
31:33Não, eu quero que compre no Açaí.
31:35Então, ou seja, da mesma forma que se a empresa abre as portas para o clientela,
31:39eu preciso abrir também no meu quadro de colaboradores.
31:42Então, diante disso, o Açaí é, sim, reconhecido como uma das companhias mais diversas.
31:46Então, a diversidade, ela tem nos ajudado e tem nos apoiado,
31:49obviamente, trabalhando de maneira séria,
31:51tendo o trabalho e a meritocracia com um dos valores
31:54para que você possa promover também as melhores pessoas.
31:58Então, isso, o Açaí tem sido, acho que, uma referência de trabalho.
32:01Vocês tiveram uma mudança importante nos últimos tempos,
32:05tempos extremamente recentes, acho que foi em 2023.
32:08Vocês não têm mais um acionista controlador, é isso?
32:13Perfeito.
32:13O Açaí é uma das poucas true corporation ou companhia sem controlador.
32:18Agora, a tradução correta, que é o modelo fora, seria a companhia sem dono.
32:22Mas essa tradução, eu não gosto dela, porque, na realidade, nós trabalhamos até
32:25como se fosse dono da companhia, né?
32:27Meu pai e minha mãe transmitiram um valor onde você cuida bem do que é teu.
32:32Mas quando você está cuidando dos outros, você precisa cuidar melhor.
32:34Você pode errar no que é teu, mas não errar nos outros.
32:36Então, o Açaí, ele não tem, desde que saiu o último acionista controlador,
32:40que era o grupo francês Casenot.
32:42Então, até 2020, de forma rápida, o Açaí, ele fez um split com o grupo Pão de Açúcar,
32:47com o GPA, passando a estar listado individualmente na Bolsa.
32:50E no final, e no início de 2023, o grupo Casenot vendeu as suas ações,
32:56fazendo com que hoje nós não temos nenhum acionista controlador.
32:59Então, é uma companhia de controle disperso, com vários fundos de investimento.
33:02Ou quem tiver vontade, até convido, compre a Açaí do Açaí.
33:06Olha o vendedor, olha o sorveteiro falando agora, falando alto aí.
33:12Mas excelente, vai lá.
33:13Esse ano, né, nós já registramos um aumento de 100% no valor da ação, né?
33:17O mercado de ações do Brasil com esse ciclo de juro alto passou por fase difícil,
33:21mas a companhia está no rumo de desalavancagem.
33:23Quem estiver nos ouvindo, compra aí a SAI 3, né, o ticket da companhia,
33:27e passa a ser dono do Açaí, assim como nós.
33:29Daqui a pouco eu vou estar comprando um monte de coisa.
33:32Estou com o meu celular aqui, o meu tablet aqui,
33:34vou estar comprando coisas de vocês nesse momento da gravação,
33:38porque você é muito vendedor, Belmiro.
33:41Falando nisso, como é que anda a digitalização de vocês?
33:46Não, obrigado.
33:47Nós temos tudo, não é mais do que vender um produto,
33:49nós temos que vender uma ideia.
33:50Porque a gente está falando de unidades físicas, né?
33:53A gente está falando de mais de 300 unidades,
33:56a gente está falando das mudanças do atacarejo no Brasil,
33:59porque teve essa ascensão,
34:02mas você citou o comércio eletrônico.
34:05Como é que entra a digitalização, o comércio eletrônico,
34:10num negócio de vocês,
34:12que o grande negócio de vocês é a loja,
34:16é a loja física.
34:16Tanto que vocês fizeram um investimento poderoso aí,
34:18em novos serviços nas lojas físicas.
34:22Mas como é que vocês encaram aí o telefone, o tablet?
34:26Eu fiz uma brincadeira, mas eu estou falando sério.
34:28Como é que vocês encaram isso?
34:30Bem, de que forma a companhia encara, né?
34:32Obviamente, sim, o mundo passa por mudança, indiscutível o avanço do e-commerce.
34:36No caso do setor alimentar,
34:38e principalmente na entrega de produto perecível,
34:41existe uma dificuldade na compra pela internet.
34:44Bem, na verdade, é mais fácil você entregar um iPhone
34:46do que um pé de alface.
34:48Mas é muito simples,
34:50você compra uma caixa de som da JBL,
34:52que custa 100 reais,
34:53e a empresa de e-commerce te cobra 5 reais para entregar.
34:57Você paga? Paga.
34:595 reais, 100 reais, pesando meio quilo.
35:01Se você compra um quilo de açúcar,
35:02custa 5 reais e eu te cobrar 5 reais para entregar,
35:05que é justo a tendência a não pagar.
35:07Então, a aderência do e-commerce,
35:09especialmente no produto perecível,
35:11que precisa de transporte especial,
35:12e tem produto que é produto de escolha.
35:14O que é um bom tomate?
35:16Para algumas pessoas é maduro.
35:18Para outras pessoas é verde.
35:20Provavelmente você sempre errou
35:21quando a sua esposa pediu para comprar.
35:23E provavelmente...
35:24Então, ou seja, isso gera uma dificuldade.
35:26Então, o que a gente olha para o digital, sim,
35:28nós temos o app meu a sair,
35:29mas é uma junção do que se chama hoje do Fidgeton,
35:32que é a integração do mundo físico com o digital,
35:34que você consiga oferecer produtos.
35:37A pesquisa com o nosso cliente,
35:39por incrível que pareça,
35:39receber o produto e-commerce do alimentar
35:42é talvez a oitava preocupação dele,
35:45do ponto de vista da digitalização.
35:46Ele quer saber se o produto que ele está aí na loja tem,
35:49o nível de preço,
35:50se tem vaga de estacionamento,
35:52por incrível que pareça.
35:53Talvez é mais importante para esse cliente.
35:55Tanto que, sim, nós vemos o impacto da digitalização.
35:58Como eu falei, a minha origem é na TI,
36:00nesse setor.
36:01Ou seja, no setor exatamente de programação e distribuição.
36:04Então, acho que nós temos um grande potencial,
36:06mas ainda tem um desafio no alimentar.
36:08Enquanto isso,
36:08quer produto de qualidade com preço baixo para uma loja a sair.
36:11Muito bem, nós estamos falando não com o CEO,
36:14a gente está falando, sobretudo, com um vendedor.
36:18O vendedor Belmiro Gomes,
36:21que hoje é o CEO do Açaí.
36:24O Show Business faz uma breve pausa e volta em instantes.
36:34E nós voltamos com o Show Business,
36:37nesta edição,
36:38com o CEO do Açaí,
36:40Belmiro Gomes.
36:42Belmiro, vocês estão em praticamente
36:45todos os estados brasileiros,
36:47com mais de 300 unidades.
36:51tem muita diferença
36:53nas unidades pelas regiões?
36:56Se a gente pegar o Paraná,
36:58se a gente pegar
36:59o centro-oeste desse país,
37:02se a gente pegar o nordeste do país,
37:04tem muita diferença?
37:06Do ponto de vista de...
37:08estruturas de loja, não.
37:10Do ponto de vista de sortimento de produto,
37:13maneira de trabalhar,
37:14totalmente diferente.
37:15O Brasil não é um país.
37:17O Brasil é um continente.
37:18Com diferenças socioeconômicas,
37:20culturais,
37:22calendário de importância,
37:23totalmente diferente,
37:24aonde tem uma marca muito forte,
37:26que é a regionalização.
37:27Tanto que, por exemplo,
37:28vou dar uma informação que talvez até surpreenda.
37:30Nós temos 22 centrais de compras
37:32em todo o Brasil.
37:34Então, ou seja,
37:34no Brasil, nós temos
37:35160 marcas de café hoje ativo.
37:38Então, não tem condição nenhuma
37:40de uma pessoa nossa aqui em São Paulo
37:42saber que produto eu estou vendo em Manaus.
37:44Então, ou seja,
37:45o último estado, por exemplo,
37:46que nós entramos foi Espírito Santo.
37:48De 10 mil itens,
37:492.200 foi cadastrado somente
37:51para o Espírito Santo.
37:52O fato de nós termos
37:53um país continentais
37:54faz com que a gente tenha
37:55uma quantidade gigantesca
37:57de marcas regionais.
37:58E a companhia,
37:59ela precisa espelhar
38:00exatamente o que nós vendemos,
38:01não o que nós queremos,
38:02nós vendemos o que o cliente quer comprar.
38:04Então, isso faz com que
38:05nós tenhamos um nível
38:06de regionalização
38:07do ponto de vista de logística.
38:10Imagina, nós temos lojas em Santarém,
38:12boa parte do transporte é fluvial,
38:13lojas em Macapá,
38:15ou seja, loja em Boa Vista.
38:17Então, isso faz,
38:18o Brasil, ele é um continente.
38:20Então, isso faz com que
38:21a companhia, ela tem que se adaptar
38:23para cada um dos mercados.
38:24O maior desafio
38:25de comandar uma empresa
38:27como essa
38:27é a distribuição?
38:29Acho que é a distribuição,
38:31mas sempre o maior desafio
38:32para qualquer grande estrutura
38:33é a comunicação.
38:35É a comunicação.
38:35Mas para você não é difícil.
38:37Mas sempre é a comunicação.
38:38Inclusive, você acabou de falar
38:40agora no intervalo aqui
38:42entre os blocos do showbiz,
38:45você já inclusive fez locução
38:46em rádio, não.
38:48Em loja, é isso?
38:50Em loja, já.
38:51Em loja, já.
38:52Até de vez em quando,
38:53quando tem a inauguração.
38:54Conta isso, conta isso.
38:55A gente pega o microfone
38:56para anunciar as ofertas
38:57para o cliente,
38:58para mandar o cliente
38:59a comprar para fazer.
39:00Assim, você já economiza
39:02em locutor também.
39:03Ele gosta, né?
39:04Mas a comunicação, né?
39:06Ela é um...
39:07Por que a comunicação
39:08é importante
39:08numa estrutura desse tamanho?
39:10Com 88 mil colaboradores.
39:12Até porque, primeiro,
39:13o mercado, principalmente
39:14o mercado de varejo,
39:15ele muda constantemente.
39:17Então, você tem que trocar
39:18ou mudar de estratégia,
39:20seja em produto
39:21ou nível de margem
39:22que vai ser trabalhado
39:22de forma muito veloz.
39:24E a pior comunicação
39:26que pode ter
39:27é aquela que você imagina
39:28que aconteceu.
39:30Por quê?
39:30A comunicação que você sabe
39:32que não aconteceu,
39:32você vai tentar novamente.
39:33Aquela que você pensa
39:35que o outro entendeu
39:36para comunicar ao colaborador
39:38sempre é um dos maiores desafios.
39:40A logística, bem ou mal,
39:42você ganha expertise
39:43e uma vez estabelecido
39:44um processo,
39:46você mantém o processo.
39:48A comunicação precisa
39:48ser ajustada diariamente.
39:50E a comunicação,
39:51quando eu falo,
39:52ela tem...
39:53Não é somente
39:54a comunicação
39:55de uma via só.
39:57É principalmente,
39:58talvez,
39:58a que seja mais difícil,
39:59que é você ouvir
40:00o que teu colaborador
40:01ou teu cliente
40:02está falando.
40:03tanto que eu nunca acredito
40:04no primeiro tudo bem.
40:06Quem me acompanha
40:06a trajetória sabe
40:07que se eu vou
40:08na inauguração de loja,
40:09a diretoria inteira
40:10vai almoçar com o time
40:11da loja que está ali
40:12implantando.
40:13E eu vou sentar junto
40:14e vou perguntar
40:15para a pessoa,
40:16está tudo bem?
40:16Ah, está tudo bem.
40:17Está tudo bem?
40:18Está tudo bem.
40:18Não, mas pensa bem.
40:20Você não sonhou
40:20estar do lado
40:21no dia do presidente
40:22para poder falar
40:22dos defeitos,
40:23dos problemas?
40:24Ah, é.
40:24Então, não é hoje.
40:25Então, sempre a bem da verdade.
40:27Quem está na ponta,
40:28ele tem uma visão melhor
40:29do que a diretoria.
40:30Quem está atendendo o cliente,
40:32quem está no processo,
40:33você vai ter informações
40:34relevantes.
40:35Já teve um caso
40:36que eu gosto de contar
40:37que eu cheguei
40:37em uma loja,
40:39estava a pessoa
40:41da limpeza
40:42do terceirizado
40:42e eu falei,
40:43tudo bem?
40:43Me apresentei,
40:44sou belmeiro,
40:45tal.
40:46Você tem alguma dica
40:47para me dar?
40:47Alguma coisa?
40:48Ela me olhou assustada.
40:49Não, alguma coisa
40:49que a gente esteja fazendo
40:50que você tenha visto
40:51que está errado.
40:51Ah, mas eu só limpo,
40:52amor de Deus.
40:53Eu falei,
40:53não, mas você não tem?
40:54Ela falou,
40:54bem, vocês recebem
40:56mais mercadoria
40:57no mesmo dia
40:58que faz a detetização.
40:59Vocês isso,
41:00no fim nós saímos
41:01com seis mudanças operacionais.
41:03Pessoa que está na ponta,
41:05é uma lição,
41:05sempre é uma lição.
41:06O fato de ter vindo
41:07de classes sociais baixas
41:08e eu busco sempre
41:09essa conexão com o cliente,
41:11dado que o Brasil,
41:12um dos erros
41:13que a gente pode cometer
41:14é só se comunicar
41:15com quem está
41:15no teu extrato social.
41:16Nós precisamos entender
41:17que o Brasil é diverso,
41:18é um país de desigualdades,
41:20que o que serve muitas vezes
41:21para um.
41:22É totalmente
41:22o que não serve para outro.
41:24Belmiro,
41:24o que é um atacarejo,
41:26um supermercado de sucesso?
41:29É aquele que o cliente volta.
41:31Sempre, como eu falei,
41:32a venda é a segunda.
41:34É que a marca,
41:35quando você é a primeira opção
41:37pensada em termos de marca,
41:38que isso se traduz em números,
41:39que a gente chama do INPS,
41:42mas é aquele que o cliente
41:44te busca como um ponto de apoio,
41:45que ele te enxerga,
41:46no caso do público empreendedor,
41:48como lugar de abastecimento,
41:49que ajuda o negócio dele
41:50e ajuda ele a prosperar.
41:52E para o consumidor final,
41:53que seja um ponto de economia
41:54para ele.
41:55E o que um dono
41:56de supermercado,
41:58de um atacarejo,
41:59não pode fazer
42:00de forma alguma?
42:03Achar que conhece
42:04toda a demanda
42:04do seu cliente.
42:05Está sempre buscando
42:07inovar,
42:08buscando ajustar,
42:09sempre deixar de ouvir o cliente.
42:12Isso não pode ser feito
42:13de maneira alguma.
42:13Eu destaquei no primeiro bloco
42:16a trajetória,
42:17mais do que notável,
42:19mais do que inspiradora,
42:21do Belmiro Gomes.
42:23E eu esqueci de falar
42:25de um detalhe
42:27que chama muito a atenção
42:28da nossa audiência.
42:31Você virou o CEO
42:32antes dos 40 anos
42:34e virou o CEO
42:35de uma gigante
42:37do setor de varejo
42:39no Brasil.
42:40para você,
42:42se for elencar
42:43um único fator,
42:45o único fator
42:46mais determinante
42:47para essa ascensão
42:48de ter virado
42:49um CEO
42:50aos 39 anos.
42:52O que foi?
42:54O principal fator
42:55foi
42:56o não desistir.
42:59O fato de,
42:59mesmo em dificuldade,
43:00de buscar novos desafios,
43:02buscar aprendizado,
43:03mesmo que isso
43:03me colocasse em risco,
43:05foi o que permitiu
43:05eu ter tido
43:06uma série de promoções.
43:08E, óbvio,
43:08que é difícil elencar
43:09numa carreira
43:10um único fator.
43:12Quando eu fui convidado
43:13para ser presidente do Açaí,
43:14o Açaí era uma companhia
43:15pequena ainda,
43:15era 38 lojas apenas.
43:17A companhia estava deficitária.
43:19Tinha, na época,
43:21o Grupo Pão de Açúcar
43:21tinha comprado
43:22e não havia
43:23uma expertise
43:24de atacarejo.
43:25Então, a companhia estava
43:26tanto que,
43:27quando eu aceitei
43:27mesmo convite,
43:28muita gente falou,
43:28putz,
43:29talvez não seja
43:30uma boa escolha.
43:32De lá para cá,
43:32nós nunca recebemos
43:33sequer um real
43:34de investimento,
43:36nem do Grupo Pão de Açúcar,
43:37nem do Grupo Casinô,
43:38nem dos investidores.
43:38Tudo que a companhia fez
43:40e se transformou
43:41nessa gigante
43:42foi feita com geração
43:43de caixa própria,
43:44que é um dos fatores
43:45grandes de destaque
43:46do trabalho do time
43:47que está a frente do Açaí,
43:48não somente eu,
43:49mas também uma série
43:49de pessoas,
43:50todo o time que está junto.
43:51Nunca um único executivo,
43:53uma única pessoa,
43:54ele é capaz.
43:55Então,
43:55os maiores acertos
43:56que você pode fazer
43:57é exatamente
43:57cercar de pessoas certas,
43:59de pessoas
44:00nas outras posições.
44:01É impossível
44:01numa empresa desse porte
44:02você conseguir
44:03uma única pessoa.
44:05A empresa nunca é
44:06uma empresa
44:07de uma pessoa só.
44:08Acima de tudo
44:09e até mais
44:10do que as pessoas
44:11é a cultura.
44:12Como eu te falei,
44:13tem um antigo chefe,
44:15um antigo líder,
44:16que é até um dos donos
44:17do atacadão,
44:18que falava,
44:18a empresa é feita
44:19de gente e de exemplos.
44:21Então,
44:21isso a gente segue
44:21até hoje.
44:22Você citou
44:23o avanço,
44:24a evolução do atacarejo
44:26no Brasil
44:26nos últimos tempos.
44:28Há 10 anos
44:29era 20%
44:30do setor de varejo.
44:31É isso?
44:32Do setor alimentar.
44:33do setor alimentar.
44:34Em torno de 20%.
44:35Hoje,
44:37ultrapassou
44:38os 50%
44:40para a gente ver
44:40e ter noção
44:42da evolução
44:43do setor.
44:44Há ainda
44:45muito espaço
44:46para o atacarejo
44:47avançar?
44:49Menor do que antes,
44:50obviamente,
44:51até pela própria taxa,
44:52mas ainda o setor
44:53deve continuar evoluindo.
44:55Ele deve continuar evoluindo
44:56para novos produtos,
44:58novas categorias.
44:59E até ainda,
45:00do ponto de vista
45:02de expansão orgânico.
45:03E o futuro,
45:04como eu disse,
45:05nós temos
45:07a capacidade
45:08de vender
45:08outros produtos
45:09para o cliente.
45:10Um exemplo
45:10que nós falamos
45:10agora há pouco
45:11das farmácias,
45:12dos medicamentos.
45:13Pneu,
45:13por incrível que pareça,
45:14nós saímos
45:14um dos maiores vendedores
45:15de pneu do Brasil.
45:16Nós somos
45:17um dos maiores vendedores
45:17de airfryer do Brasil.
45:18É mesmo?
45:19Pneu e airfryer.
45:21Ou seja,
45:21produtos que não seriam
45:22muitas vezes óbvios.
45:23Vinho,
45:24por incrível que pareça,
45:24nós éramos setor alimentar
45:26e o vinho,
45:26nós demos um destaque
45:27e hoje nós vendemos
45:28em média
45:28três mil garrafas
45:29por hora.
45:30Três mil garrafas
45:31por hora.
45:32Vocês sabem tudo então?
45:33Qual é a uva
45:35preferida do brasileiro?
45:37Você sabe?
45:37Mas vende loja a Niagra.
45:39Isso é que vende loja a Niagra.
45:40É mesmo?
45:42E vocês têm
45:43uma imensidão
45:43de dados
45:44extraordinária, né?
45:46Porque vocês têm
45:47o dado de todos,
45:48são quantos
45:49clientes
45:50por dia,
45:52por mês
45:53ou por ano
45:54que passam por vocês?
45:55Aproximadamente
45:5640 milhões de pessoas
45:57mensalmente.
45:5840 milhões
45:59de pessoas
46:00nas lojas
46:02de vocês.
46:04A inteligência
46:05artificial
46:06já chegou
46:06no setor,
46:07já chegou
46:08no açaí?
46:09A gente está falando
46:10de dado
46:11e dado é a matéria-prima
46:12da inteligência artificial.
46:14Sim.
46:15Ainda assim,
46:16a inteligência
46:16acho que ela vai mudar
46:17o mundo, né?
46:18A gente ainda não sabe
46:19aonde aterriza
46:20para a grande massa
46:21de dados, né?
46:22Porque existe muita coisa
46:23que se chama hoje
46:24inteligência artificial,
46:25mas não é.
46:25Quando o nome também
46:26entra em moda,
46:27então algumas coisas
46:29são ainda o algoritmo, né?
46:30Se estivesse aí
46:31falando um pouco, né?
46:32Sem querer ser muito técnico, né?
46:33Porque eu vim da área TI.
46:35Mas o que é um algoritmo?
46:36Tudo aquilo que o programador
46:37ele sabe exatamente
46:38a resposta que o sistema
46:40dá e por que dá
46:41é algo pré-programado.
46:42É o que nós temos hoje
46:43como os algoritmos.
46:44A inteligência artificial
46:45nem quem programou
46:45sabe como ela te deu
46:46aquela resposta.
46:48Então ela seja,
46:48tem ainda um horizonte
46:50pela frente,
46:50ela vai mudar o mundo.
46:51Isso é certeza.
46:52A forma como se relaciona
46:54principalmente na geração
46:55de texto,
46:56correção,
46:57a inteligência gerativa
46:58e ela tem sido, né?
46:59Uma velocidade muito grande,
47:01então ela deve ajudar
47:01ainda muito as companhias.
47:03Mas para a massa de dados
47:04que nós temos,
47:05ainda não tem sistema
47:06de inteligência artificial
47:07para isso.
47:08Tem algoritmo,
47:08que é meio que similar,
47:10que nos ajuda também
47:11em tomada de decisões.
47:13Mas muito,
47:14para falar a verdade,
47:14ainda são com base
47:16em percepções.
47:17Percepção de quem conduz
47:18o negócio,
47:19percepção e sensibilidade.
47:20Porque o dado,
47:21ele é bom,
47:22mas ele é de algo
47:22que aconteceu.
47:24E ele conta
47:25o que o cliente comprou.
47:27Mas ele não conta,
47:27talvez,
47:28o que seria o principal.
47:29O que ele deixou de levar.
47:31Ou seja,
47:31o grande questão do comércio
47:33não é você ver
47:34no dado que existe.
47:35É você ver
47:36no dado que não existe.
47:37E isso,
47:38se ele não existe,
47:39não é sistema de algoritmo,
47:41inteligência artificial
47:41que vai conseguir
47:42te dar essa informação.
47:44O grande,
47:45aquela história do cliente,
47:46é o cliente que não veio.
47:47Me interessa saber exatamente
47:49de quem compra,
47:50mas me interessa saber.
47:51Mas quem não compra?
47:52Por que você não vai?
47:53Por que o produto
47:54não estava lá?
47:54Por que isso?
47:55Ou seja,
47:55o dado que não existe.
47:57Desse exército aí
47:59de 40 milhões de brasileiros
48:01que passam todos os anos
48:02nas lojas de...
48:04Todos os meses.
48:05Todos os meses?
48:06Meses,
48:06é por mês.
48:07Todos os meses,
48:09correção,
48:09todos os meses.
48:10É por mês,
48:11é 480 milhões no ano.
48:13Qual que é o perfil
48:14dessa turma toda?
48:16A gente está falando
48:16de milhões de pessoas,
48:17mas se aglutinar
48:21num perfil mesmo,
48:22você tem?
48:23Por incrível que pareça,
48:24o perfil é exatamente brasileiro.
48:25Ou seja,
48:26é um público muito homogêneo.
48:28Mas se falar de classe social?
48:30Estamos em todas.
48:31Classe A também?
48:31Não é só uma coisa de classe C?
48:33Não, por incrível que pareça,
48:35quando a gente olha,
48:36a participação
48:37no poder de compra
48:38do PIB brasileiro
48:39das classes sociais
48:40é exatamente
48:41a representatividade.
48:42Se você fizer o recorte
48:43por gênero,
48:44por exemplo,
48:45ah, por gênero,
48:45qual nível que comprou
48:47no açaí,
48:48ele é exatamente o mesmo,
48:4960%.
48:50Se pegar por faixa etária,
48:52que é o mais interessante,
48:54também ele é uniforme.
48:56Então, ou seja,
48:56hoje é um modelo
48:57que nós trabalhamos muito
48:58para que ele fosse
48:59de fato democrático.
49:01Você tem lojas
49:02perto de população
49:03de classes mais baixas,
49:05de classe D,
49:06de classe E,
49:06mas nós temos lojas
49:07de classe A
49:08e de classe B.
49:09Teve uma evolução
49:10gigantesca.
49:12Então, hoje,
49:12tanto que nós temos
49:13um perfil
49:14extremamente homogêneo
49:15por todas as classes.
49:17Acho que na próxima,
49:18uma vez por ano,
49:19a gente faz essa divulgação
49:20desses dados
49:21para os investidores
49:22da companhia.
49:23A gente deve trazer
49:24já esse recorte
49:25para o perfil,
49:26até porque muitas vezes
49:27as pessoas acham,
49:28ah, mas a careja é um negócio
49:29da classe social mais baixa.
49:30Já não é mais
49:31a realidade do Brasil.
49:33Você citou
49:34ao longo desse programa
49:35sobre a situação
49:37econômica brasileira,
49:38falou do impacto
49:40da taxa de juros
49:41no seu negócio,
49:43que tem impacto.
49:45Você está animado
49:46com a economia brasileira,
49:47com o ambiente
49:48de negócios no país?
49:49Há, obviamente,
49:50uma preocupação
49:51nesse momento
49:52com a taxa de juros,
49:54com uma das maiores
49:54taxas de juros do mundo.
49:56Não tem como
49:57qualquer pessoa
49:57como uma empresa
49:58não olhar o cenário
49:59com cenário de cautela,
50:01além das questões econômicas
50:02internacionais também
50:04que geram
50:05um nível de preocupação,
50:07embora isso sempre
50:07foi a realidade do Brasil.
50:09Então, obviamente,
50:10a gente olha
50:10esperando esse fim
50:12do ciclo de juros,
50:13porque, no fim,
50:15quando você está
50:15com o patamar elevado,
50:16você reduz a capacidade
50:17das empresas de investir,
50:18mas reduz também
50:19a capacidade do consumidor
50:20de investir.
50:21Na medida que isso reduz,
50:23você gera um ciclo,
50:24que é um ciclo
50:25de preocupação.
50:27Agora, você falou,
50:28a gente falou no último bloco
50:29também de investimento,
50:31que vai ter uma
50:32desaceleração
50:34na abertura de unidades,
50:36mas terá abertura,
50:38terão abertura
50:38de unidades.
50:41Quais os investimentos
50:42nos próximos tempos?
50:44Ainda nós,
50:45a companhia,
50:45nós soltamos
50:46a menos um guidance
50:47para o mercado
50:48de abertura de loja.
50:49A massa total
50:50de investimento
50:51esse ano,
50:51ela deve ficar na casa
50:52que esse já é público
50:53de 1,2 bi de reais.
50:56Para o próximo ano,
50:57ainda nós não divulgamos.
50:58Por ser companhia
50:58de capital aberto,
50:59isso é considerado
51:00informação relevante.
51:01Então, só depois
51:02que eu comunicar
51:03mesmo ao mercado
51:03é que eu posso falar.
51:04Mas é 1 bilhão
51:06e 200 milhões de reais
51:07para 2025.
51:08Exato.
51:08Esse dinheiro
51:09vai para onde?
51:10Novas lojas,
51:11aprimoramento,
51:12reforma,
51:13capacitação,
51:14tem várias unidades
51:15de serviço de açougue
51:16que ainda foram implantadas
51:17esse ano.
51:18A parte de self-checkout,
51:19então, ou seja,
51:20esse 1,2 bi está distribuído
51:22em novas unidades
51:23e no plano de manutenção
51:25também do parque atual
51:26que nós temos.
51:27Você falou com orgulho
51:28sobre promoção
51:29de funcionários,
51:31que você gosta
51:32de promover funcionários.
51:35O que você valoriza
51:37num profissional
51:38a ponto de promovê-lo?
51:41Obviamente,
51:42como você falou,
51:43se eu comecei
51:43de sorveteiro
51:44e hoje sou presidente
51:44é porque eu fui promovido
51:45várias vezes.
51:47Então, promoção
51:47é algo que nós temos
51:49um painel na loja,
51:50tem um painel de destaque,
51:51um programa de treinir
51:52quando um é eleito,
51:53você vê que a loja vibra.
51:55São várias características,
51:56mas a primeira é a seguinte,
51:57não desista.
51:58Não desista nunca.
51:59Não desista
51:59da primeira dificuldade.
52:01Se tem uma certeza
52:01que vai ter
52:02para qualquer um de nós
52:03é que vai ter dificuldade.
52:04Então, ou seja,
52:05a capacidade de aprendizado,
52:07humildade
52:09e a busca pelo crescimento
52:10são as principais características
52:11que a gente olha.
52:13Você acredita em sorte?
52:14Você acredita na força do acaso?
52:18Existe também.
52:19Existe o quê?
52:20O acaso.
52:21O acaso.
52:21Salomão fala,
52:22uma fase em Eclesiastes,
52:26acho que no 9,
52:27que ele fala,
52:28nem sempre a sabedoria
52:30te trará riqueza,
52:31nem às vezes a corrida
52:32ela é vencida
52:34pelo mais ágil
52:34e nem a batalha
52:35pelo mais valente.
52:37Porque para tudo
52:38concorre o tempo
52:39e o acaso.
52:40Então, sim,
52:41existe o acaso.
52:43Um dos grandes sábios,
52:44que acho que era epiteto,
52:45falava que 50%
52:46é do acaso.
52:48Mas o 50% do acaso
52:49não está na nossa mão,
52:50porque é o acaso.
52:51Então, vamos pegar
52:52os nossos 50%,
52:53que é o que está
52:54na minha mão,
52:55na sua mão.
52:56O acaso pode ser
52:57sofrer um acidente,
52:58você pode...
52:59Existe o acaso,
52:59acho que por bem e por mal,
53:01que também existe
53:01a hora certa
53:02e você está
53:02no lugar certo.
53:04Mas os outros 50%
53:06é o que compete
53:06a você,
53:07o que compete a mim,
53:08que é o esforço,
53:09que é a dedicação,
53:10que é o não desistir,
53:11que é o buscar
53:11novas ideias,
53:12buscar maneiras
53:13de resolver o problema
53:14e para a hora que vir
53:16na combinação
53:17com o acaso
53:17ela seja positiva,
53:19se vir um acaso positivo,
53:20mas se vir também
53:21um acaso negativo,
53:21você tem outra parte
53:22que você construiu.
53:23Mas o acaso, sim,
53:24ele existe.
53:25Essa frase de Salomão
53:26e Eclesiastes
53:26acho que ela é
53:26extremamente pertinente.
53:28Você é muito religioso?
53:30Não,
53:31por incrível que pareça,
53:31não.
53:32Talvez seria ali
53:33mais agnóstico,
53:34mas eu conheço
53:34muito bem
53:35o livro de Eclesiastes
53:37mesmo.
53:37Tem várias passagens
53:38que eu gosto de citar
53:38porque ele traz
53:39uma sabedoria
53:40muito grande.
53:41Você é um bom leitor,
53:42então?
53:43Menos hoje
53:44do que eu gostaria
53:44em termos de tempo,
53:45com as questões
53:46das...
53:47O smartphone
53:48nos tirou bastante tempo,
53:49mas sempre fui
53:50uma pessoa
53:50de muito leitor
53:51e sempre tive
53:51uma facilidade
53:52muito grande
53:52de memorização.
53:54De memorizar.
53:54memorização,
53:55que isso sempre
53:56me ajudou,
53:57principalmente no desenho
53:58de processos,
54:00numa série de outras,
54:01a parte da capacidade
54:02para memorizar,
54:03isso sempre foi algo...
54:05Aí é um dom inato.
54:06E no mundo
54:07de celular,
54:08no mundo de redes sociais,
54:09como é que você
54:10se atualiza?
54:12Então,
54:12isso ele tem sido,
54:13é um dos pontos
54:14de preocupação,
54:14por um lado,
54:15como tudo na vida,
54:16você tem efeito colateral.
54:18Remédio demais
54:19também mata o doente.
54:20Tem uma coisa
54:21que eu usei no açaí,
54:22como eu falei,
54:23quando eu cheguei,
54:23eu açaí estava deficitário.
54:25Então,
54:25eu listei o que precisava fazer,
54:26mas eu adotei
54:26uma política dos comprimidos.
54:27A política dos comprimidos,
54:29a gente tem que sempre,
54:30para quem está comandando
54:31uma empresa,
54:31você fala assim,
54:32tá bom,
54:33mesmo que você vai no médico,
54:34ele te passa uma caixa
54:35de antibiótico,
54:3624 comprimidos,
54:37um dia,
54:38oito em oito horas,
54:39você toma os 24 uma vez.
54:40Você vai dar colapso.
54:42Se você não souber
54:42o intervalo da dose,
54:44remédio demais também
54:45mata o doente.
54:47Do mesmo jeito
54:48que a tecnologia,
54:49nesse momento,
54:49ela pode nos deixar,
54:50nós temos um fenômeno,
54:52nosso cérebro,
54:53cerebral.
54:53Da hora que você sabe
54:54que você tem uma agenda na mão,
54:56você perde a capacidade
54:57de decorar telefone.
54:58Pode ver que a maioria
54:58das pessoas,
54:59você sabe,
55:00às vezes,
55:00o telefone fixo.
55:01Eu sei o que era
55:02da casa da minha mãe,
55:02mas eu não sei
55:03o telefone hoje atual.
55:05Você perde a tua capacidade.
55:06Então,
55:06é preciso,
55:07às vezes,
55:07você tentar,
55:08que é muito difícil
55:09estabelecer controle.
55:10Controle de tempo,
55:11tentar sair um pouco
55:12das mídias sociais,
55:14das redes sociais,
55:15e exercitar,
55:16fazer uma conta,
55:18exercitar,
55:18discar o número
55:19de telefone
55:20para que você não perca
55:21a capacidade.
55:22O fenômeno da dotação,
55:24você percebe claramente
55:24quando nós estamos dirigindo
55:25um carro,
55:26que você passa num buraco
55:27e dói.
55:28Ai!
55:29Que é uma extensão do corpo.
55:30Então,
55:30qualquer coisa que o cérebro
55:31entende como extensão do corpo,
55:32você pode perder
55:33aquela capacidade, né?
55:34Belmiro Gomes,
55:36com 40 anos de setor,
55:40mais de 10 anos como CEO.
55:4310 anos?
55:4415,
55:44vou para 15 anos.
55:45Não,
55:45está certo.
55:45Mais de 10 anos como CEO.
55:48O que empolga você
55:50no varejo alimentar brasileiro?
55:53Por incrível que pareça,
55:54acho que a incerteza
55:55que a gente tem pela frente
55:56e a busca,
55:58porque ela vai sempre exigir,
56:00porque você tem que combinar
56:01o varejo,
56:01uma sensibilidade extrema
56:03de curto prazo,
56:04para você ver
56:05o que está acontecendo
56:06e ajustar a rota,
56:07mas isso precisa ser combinado
56:09com uma estratégia
56:09de longo prazo,
56:11com decisões
56:12que muitas vezes
56:12você vai tomar,
56:13que elas vão ter impacto
56:14daqui a um ano,
56:15dois anos ou três anos.
56:17Então,
56:17acho que essa necessidade
56:19de estar inovando,
56:20de ter desafio,
56:21ela meio que vira viciante
56:22na realidade do varejo,
56:24ou seja,
56:24no comércio,
56:25que é o que me move.
56:27Pergunta clássica
56:28aqui do show business.
56:30Quem é
56:31ou quem são
56:32as suas referências
56:34na vida
56:35e no mundo
56:36dos negócios?
56:38Tem várias referências,
56:39na vida,
56:40meu pai
56:41e minha mãe.
56:43Então,
56:43ou seja,
56:43meu pai mesmo tendo,
56:44ele conseguiu transmitir,
56:46mantendo uma doença,
56:47como teve,
56:48era uma pessoa
56:48de uma sabedoria
56:49e de um equilíbrio
56:50muito grande.
56:51Minha mãe,
56:52que lutou muito,
56:54brava sempre que eu posso
56:55estar lá em Maringá
56:56para ver ela.
56:57Então,
56:57essas duas grandes referências
56:59transmitiram,
56:59talvez,
56:59o mais importante,
57:00valores e o reconhecimento
57:02quando eu conseguia
57:04ter as vitórias,
57:04pequenas vitórias.
57:06Muitas vezes,
57:06algum tempo atrás,
57:07eu contei do período
57:08que o boi é frio,
57:09porque não era fácil
57:09ir no caminhão de boi
57:10naquela época,
57:12que de manhã
57:12o cheiro já não era bom.
57:13Afinal do dia,
57:14então,
57:14você imagina
57:14que ela devia ser terrível.
57:16E eu contando aquilo,
57:18porque eu fiz isso
57:18com 12, 13 anos,
57:19muita gente,
57:19a pessoa,
57:20ah,
57:20que sacrifício.
57:20E por incrível que eu falei,
57:21para mim não era.
57:22Para mim era legal.
57:24Eu estava,
57:25como se diz,
57:25ajudando em casa,
57:26eu estava conseguindo,
57:27eu batalhava para cada dia
57:29eu conseguir colher
57:30um quilo a mais.
57:31Meu recorde foi
57:31oito arroba,
57:33que é 120 quilos.
57:34Não é fácil,
57:34pode acreditar,
57:35não é fácil
57:36colher 120 quilos
57:37de algodão.
57:38Então,
57:38o que foi que transmitiu?
57:39E ao longo da carreira,
57:40diversas pessoas,
57:41desde o Matheus Charatti,
57:43na sua esma,
57:44quando eu era office boy,
57:44no meu primeiro emprego,
57:46aos meus antigos chefes,
57:48o dono do Atacadão,
57:49o seu Paulo Rubio de Lima,
57:50o seu Herbert Lishmaio,
57:51o seu Farid Kuri,
57:52pessoas que transmitiram,
57:54e muitas vezes assim,
57:54às vezes quem te ensinou mais,
57:57não é quem te tratou bem.
57:58Na vida,
57:59quem gosta de você,
58:00às vezes,
58:00fala o que você não quer ouvir.
58:02Eu não nasci
58:02conhecendo o que eu sei hoje.
58:04Eu não conheci
58:05qual é a habilidade hoje.
58:06Então,
58:06foi necessário,
58:07muitas vezes,
58:07você também ser ajustado,
58:09ser chamado a atenção,
58:10em muitos casos,
58:10para que você tivesse conhecimento,
58:12para poder estar outro e outro.
58:13Estamos sempre aprendendo.
58:14Muito bem,
58:15nós recebemos,
58:16nesta edição do Show Business,
58:18Belmiro Gomes,
58:20CEO do Açaí.
58:22Obrigado pela presença aqui,
58:23em nosso estúdio.
58:25nesse programa completo,
58:27falando do setor,
58:28falando da sua companhia,
58:30e falando da sua história.
58:32Obrigado.
58:34Obrigado.
58:34Eu que agradeço,
58:35mais uma vez,
58:36o convite.
58:36Prazer imenso estar aqui,
58:38um barco muito fluido,
58:39muito bom,
58:40com várias pessoas,
58:41não somente o apresentador,
58:42que vocês estão vendo,
58:43mas toda uma equipe fantástica,
58:44aqui de bastidores,
58:45que eu faço questão de destacar,
58:47foi extremamente,
58:48muito bem recebido,
58:49e eu também,
58:49todo mundo falou,
58:50comprava no Açaí.
58:50Então,
58:52ou seja,
58:53espero que quem esteja nos ouvindo.
58:54E como eu falei,
58:55a gente conversou com o CEO do Açaí,
58:58e com um notório,
59:00um exemplar vendedor,
59:02porque esse é Belmiro Gomes.
59:05O Show Business vai ficando por aqui,
59:07muito obrigado sempre pela sua audiência,
59:08pela sua confiança.
59:10A gente volta na semana que vem.
59:11Até lá.
59:12Tchau.
59:27A opinião dos nossos comentaristas
59:29não reflete necessariamente
59:31a opinião do Grupo Jovem Pan
59:33de Comunicação.
59:34Realização Jovem Pan News
59:40A 시ermão do Grupo Jovem Pan
59:42de Comunicação.
59:43A análise Jovem Pan
59:43de Comunicação.
59:43A análise Jovem Pan
59:45de Comunicação.
59:46A análise Jovem Pan

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