- ontem
Durante a cúpula da Otan em Haia, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que Israel e Irã não devem retomar ataques mútuos. Ele elogiou os ataques contra as usinas nucleares do Irã e destacou o acordo de cessar-fogo entre os países. A bancada debate os impactos do discurso.
Apresentador: André Marinho
Reportagem: Eliseu Caetano
Comentaristas: Anna Beatriz Hirsh, David de Tarso, Jess Peixoto e Mano Ferreira
Entrevistada: Karina Stange
Assista ao Morning Show completo: https://youtube.com/live/atA56pHmkSk
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NotíciasTranscrição
00:00O importante aqui da gente notar é que é uma postura de vitória, é uma postura inquestionável de vitória em relação ao conflito
00:06e até mesmo deixando claro, subentendido também, que a Europa o deve a alguma coisa
00:13e que ele está sendo bem tratado, extremamente respeitado, também por conta do cessar-fogo
00:18que ele conseguiu negociar e por toda a situação, Irã e Israel.
00:23Ele é uma figura muito característica, vocês veem aí as tiradinhas, a rede de fake news,
00:28ele para cá faz algumas brincadeiras, faz algumas acusações, mas ele responde essas ponderações que o fazem
00:35muito categoricamente levando a força dos Estados Unidos.
00:38Os Estados Unidos sempre estão ali no norte principal dele.
00:42Aí vocês vão falar, mas todo presidente dos Estados Unidos é assim.
00:44Não, muitos diziam o mundo livre, como a vitória do mundo livre, a força do mundo livre.
00:49O Trump escolhe utilizar sempre como sujeito principal o próprio país, o próprio Estados Unidos
00:55e eu acho que isso lida muito bem com a situação do MAGA, que é o movimento que ele tem,
01:01do Make America Great Again, e com o isolacionismo.
01:04Ele tem sido criticado, ele chega a fazer uma piada sobre como o Congresso agora nos Estados Unidos
01:09está tentando o impeachment dele, porque afinal de contas, se visto como um ato de guerra
01:13deveria ter sido aprovado pelo Congresso, mas ao mesmo tempo essa ideia perdeu a força
01:18nos últimos dois dias, porque houve o César Fogo.
01:21Então, assim, é uma entrevista muito rica de detalhes internacionais e caminhos para o mundo.
01:27Desde até o valor do OTAN, que os países estão investindo, igual nessa última pergunta
01:31sobre a Espanha.
01:33E se a paz prevalecer, foi por dissuasão ativa, por envolvimento militar com precisão cirúrgica
01:38e eficiente, não por concessão passiva.
01:40Vários, enfim, só um breve comentário aqui, jogo rápido, que se você pegar aqui trechos,
01:45isso está sendo ressuscitado nas redes sociais, a internet não perdoa, desde Bill Clinton,
01:49George W. Bush, Barack Obama e Joe Biden, todos unânimes em dizer que o Irã não pode
01:54ter uma arma nuclear, Trump ama e odeia e foi lá e fez, e naturalmente, ainda mais
01:59se tratando de Donald Trump, está dando aí, cantando vitória.
02:0211 horas e 32 minutos, eu queria trazer mais uma voz aqui para agregar, e muito, no palco
02:06do Morning Show, que é especialista em relações internacionais, a Karina Stange, ela que pode,
02:11com certeza, que dá também a visão dela.
02:14Tudo bem, querida, obrigado pela presença aqui no Morning Show.
02:17Já estendendo a palavra para você, enfim, são muitos fatores aqui, e também o prato
02:21cheio para você trazer o seu balanço, o seu saldo na sua visão e também a projeção
02:26olhando adiante, depois de todos esses acontecimentos e desses dias frenéticos que a gente vem
02:30acompanhando.
02:31Bom dia.
02:33Bom dia, muito obrigada pelo convite.
02:35Como vimos nessa fala de Donald Trump, no seu discurso e também nas respostas às perguntas
02:43feitas pelos jornalistas ali presentes, há uma disputa de quem é o grande vencedor nessa
02:50guerra e Donald Trump desponta nesse quesito.
02:56Isso porque já havia uma disputa interna dentro do seu governo, isso não só entre democratas
03:03e republicanos, mas mesmo entre os republicanos, se os Estados Unidos deveriam participar da
03:09guerra, se os Estados Unidos deveriam ter uma influência maior no conflito entre Israel
03:16e Irã, e não havia um consenso então entre esses grupos, a interferência, então direto
03:24ataque feito pelos Estados Unidos suscitou conflitos no governo americano, então essa postura agora
03:32de Donald Trump nessa fala e na entrevista posterior demonstra realmente, vamos dizer assim,
03:38uma fala muito clara de que os Estados Unidos foram os grandes vencedores.
03:43Eles conseguiram finalizar o conflito, eles não estenderam, então até comparações que
03:49foram feitas na mídia internacional, que poderia ser um novo Iraque, um novo Afeganistão, que
03:54todas as interferências dos Estados Unidos no Oriente Médio não teriam sido bem sucedidas,
03:59ele tenta agora minimizar todas essas críticas e dizer, não, foi uma intervenção pontual,
04:06nós conseguimos, enquanto Estados Unidos, resolver a questão sem maiores danos para os Estados
04:13Unidos, então lembrando do discurso do America First, então os Estados Unidos primeiro, então
04:18os gastos não serão elevados, não terá uma intervenção maior dos Estados Unidos no
04:23conflito e, entre aspas, a paz foi alcançada, então as tensões foram diminuídas e o conflito
04:30entre Israel e Irã cessou por conta dos Estados Unidos.
04:34Então, há um pouco, é claro, dessa aura do Donald Trump de ser esse showman que ele
04:43é, então temos que também ponderar essa visão, mas o grande vencedor nesse caso são os Estados
04:50Unidos e, é claro, Irã e Israel vão tentar disputar essa narrativa também de vencedores.
04:56E o fato é, o Trump realmente reagiu com rapidez e com audácia, que é o expoente máximo,
05:01acho que é a essência do America First, que não é, como os críticos tentam de alguma
05:06forma subestimar, apenas nos Estados Unidos, que se divorcia do mundo.
05:09Isso é uma leitura absolutamente superficial e equivocada, dado que está claro aqui, parece
05:13que tem uma nova norma na dissuasão militar global, Mano Ferreira, que é o bombardeio preventivo,
05:19pontual, cirúrgico.
05:21Você concorda com isso?
05:22É, vamos ver, eu tenho preocupação sempre que o bombardeio vira um tema em debate, mas
05:29nesse sentido eu queria ouvir a opinião da professora Karina a respeito de como a gente
05:35deve, o que a gente deve esperar como próximos passos ou como efeito desse conflito para o
05:41regime iraniano, porque na minha visão o desfecho, se vai ser positivo ou negativo, acaba dependendo
05:49de qual será o rumo no regime iraniano.
05:52Se a gente vir, de alguma forma, algum fortalecimento do regime, o saldo final, quando a gente se distanciar
06:01desse fato, vai ser negativo.
06:03Se a gente ver, de outro lado, um fim do regime ou um enfraquecimento, aí talvez a gente possa
06:11dar um saldo como positivo.
06:12Então, qual a visão da professora a respeito do impacto para o regime do Irã?
06:18Obrigada pela pergunta.
06:20Então, eu imagino que o cessar-fogo só pode ser atingido e dessa maneira tão rápida porque
06:26o regime estava ameaçado.
06:28Então, havia ali uma conjunção de fatores para tanto Israel quanto Irã que possibilitaria
06:37que o cessar-fogo fosse atingido com essa pressão dos Estados Unidos.
06:42Então, para o Irã era importante a sobrevivência do regime em primeiro lugar.
06:47Então, por isso até que eles tentam declarar uma vitória e caracterizar essa operação como
06:54bem sucedida, apesar de sabermos que eles sofreram um impacto significativo, principalmente
07:00nas instalações nucleares.
07:01Então, apesar desse impacto negativo, o regime sobrevive.
07:07Não sabemos até quando, sabemos que foi um impacto importante também na estrutura
07:12política, além da estrutura nuclear, mas ele sobrevive por enquanto.
07:16Há uma sobrevida no regime.
07:18Isso também depende da própria população iraniana.
07:21Eu não vejo com bons olhos nenhum tipo de mudança de regime em qualquer país que seja,
07:27que seja imposta externamente.
07:29Isso deve ser feito pela sua própria população.
07:32Deve ser feito de baixo para cima e não de cima para baixo.
07:35Então, depende agora da população iraniana querer mudar o regime e trocar a governança
07:42local.
07:43Mas, neste momento, o regime sobrevive e ganha mais espaço para continuar atuando.
07:49Então, por isso também que eles concordaram com o cessar-fogo agora.
07:52Se a guerra se prolongasse, talvez o regime fosse derrubado.
07:55E a mesma coisa para Israel.
07:56Israel também concorda agora com esse cessar-fogo, apesar de eles também quererem o fim do
08:02regime.
08:02Então, haver ali um interesse por parte de Israel de que o Ayatollah Khamenei fosse destituído
08:10do poder.
08:11Há um interesse também na permanência do poder de Netanyahu.
08:15De Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.
08:18O que ele conseguiu.
08:19Aumentou a sua popularidade.
08:21E ganhou mais tempo também no poder.
08:23E, então, há uma conjunção de fatores positivos para Israel e Irã que possibilitou o cessar-fogo.
08:30Essa foi Karina Stange, especialista em relações internacionais, se juntando a nós.
08:33Que segue adiante às 11 horas e 39 minutos.
08:36O pessoal em frente sempre.
08:37E agora, diretamente para os Estados Unidos, na costa leste, com o nosso repórter Eliseu Caetano,
08:42para trazer as primeiras impressões, as informações preliminares, na medida que Donald Trump segue
08:48interagindo e, claro, como lhe é habitual, gerando manchetes aí diante da imprensa global.
08:55Eliseu, você me ouve bem.
08:57Oi, Marinho.
08:58Muito bom dia novamente para você, para os nossos colegas debatedores e, claro, para toda
09:02a audiência do Morning Show.
09:03A gente fala ao vivo, direto da costa leste americana, nesse momento por aqui, 10 horas
09:07da manhã com 39 minutos, temperatura de momento na casa dos 25 graus Celsius, parou de chover
09:13aqui, apesar de ainda estar muito quente, Marinho.
09:16E a gente segue acompanhando aí a visita de Donald Trump e a Raia na Holanda, participando
09:22das reuniões da OTAN, da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
09:27Bom, a repercussão por aqui segue muito grande sobre esse assunto, como não poderia deixar
09:30de ser.
09:31O ponto alto, o ponto principal, foi aquele esforço, não apenas de Donald Trump, não
09:37Donald Trump, mas de toda a administração dele americana, de forçar os países que fazem
09:43parte da OTAN, assim como o Canadá, a aumentarem os seus investimentos na área de defesa de
09:502,1%, que é o atual volume utilizado, para até 5% do PIB de cada país, sendo, portanto,
09:58despejados como defesa.
10:02Agora, vamos para o início da coletiva, vamos começar pelo início, viu?
10:06O que a gente está lendo e está tendo de repercussão por aqui, Marinho?
10:09Trump destacou que a Aliança concordou em elevar os gastos com defesa para 5% do PIB
10:15até 2035, portanto, foi dado aí um período de tempo, não vai ser algo que vai começar
10:20agora, neste exato momento.
10:23Ele ainda afirmou que sempre defendeu essa meta e que agora é uma grande conquista para
10:28o mundo.
10:28Inclusive, ele disse o seguinte, ele falou que esse aumento de investimentos na área
10:34de defesa desses países vai permitir que tanto a Europa quanto o Canadá se defendam
10:39como não foi possível a Ucrânia fazer.
10:42Essa foi uma fala que repercute bastante, porque rende, obviamente, polêmica por se
10:47tratar de Donald Trump, como não poderia deixar de ser, Marinho.
10:50Agora, ao ser questionado sobre o artigo 5, que é aquele ataque 1, ataque a todos, o
10:56artigo 5 da organização, desse grande grupo, que significa mais ou menos o seguinte, Marinho,
11:01se você me atacou, os meus amigos me defendem de você.
11:05Agora, se atacaram ali, se você atacou um dos meus amigos, eu tenho que participar daquela
11:10defesa, né?
11:11Ele disse o seguinte, eu apoio totalmente e por isso estou aqui.
11:15E contrasta com a fala dele de ontem, quando ele saiu daqui dos Estados Unidos, na verdade,
11:20de anteontem, quando ele disse, olha, talvez o artigo 5 possa ser lido de uma outra forma,
11:25de uma outra maneira, né?
11:26Porque não é justo os Estados Unidos colocarem 62% do PIB na defesa e eles só colocarem 2,1%
11:33tirando os Estados Unidos ou retirando os Estados Unidos desse lugar de defesa mútua, de
11:39defesa conjunta.
11:40Agora, portanto, como ele foi ouvido e os 5% vão ser colocados, ele volta nisso.
11:45Justo.
11:46David, a gente traz suas impressões.
11:47Olha, Marinho, eu particularmente não gosto muito dessa postura de atacar os jornalistas,
11:51porque uma vez que ele ataca os jornalistas, ele ataca a opinião das pessoas também e
11:55os questionamentos que são feitos, porque tanto na coletiva de imprensa que ele convocou
11:59após os ataques no Irã, como também hoje, ele não mostra evidências sobre o que de
12:05fato aconteceu e se ele realmente conseguiu atingir o programa iraniano.
12:09Então, esse é um ponto.
12:11Cadê as imagens?
12:12Ah, ele diz observadores, ele diz que tem realmente, teve uma eficácia em relação
12:17ao atraso no enriquecimento de urânio no Irã, mas ele não apresenta as evidências
12:22que é o que os jornalistas querem saber.
12:24Acho que, enfim, claro que para ter uma evidência assim, assim, cabal definitiva, acho que ainda
12:30falta ali, tipo, uma espécie de relatório final, um balanço oficial com agências
12:34imparciais internacionais que possam fazer essa mediação e auferir realmente o dano
12:39para valer.
12:40Mas ele propriamente citou ali agências de energia de Israel e também do Irã, dizendo
12:46que, enfim, basicamente concordando que o impacto foi tremendo e ele, enfim, pode ser
12:51que ele morra pela boca eventualmente, mas ele usou o verbo aniquilar, obliterar, que foi
12:58realmente eliminado e 100% neutralizado.
13:01Enfim, vamos ver realmente, vamos tentar entender esse impacto.
13:03São verbos que não são usados pelo Pentágono, né?
13:06Vale dizer que houve uma declaração do Pentágono que não era possível afirmar o que o Trump
13:14afirma.
13:14Exatamente.
13:15Que houve a aniquilação, porque isso é algo mais complexo.
13:20E isso gera uma incerteza a respeito de qual o tamanho, de fato, do dano que foi gerado
13:28para as instalações nucleares dentro do Irã.
13:30A resposta a essa incerteza é essencial para a gente poder saber, de fato, qual o desfecho
13:37dessa história.
13:38E, além disso, quais serão as repercussões políticas dessa história toda para o regime
13:44iraniano.
13:44A gente vai continuar na análise também, mas vou resgatar aqui a voz do Elissel Caetano
13:50diretamente da Costa Leste para, agora sim, você seguir complementando com o factual aqui,
13:54Elissel.
13:54Vai que é sua.
13:56Salve, André Marinho.
13:57Olha, antes de mais nada, eu quero dizer para você que eu concordo com os nossos amigos
14:00aí no estúdio, viu?
14:02Você realizando tradução simultânea é um espetáculo, meu querido.
14:05Eu tenho 11 anos de Estados Unidos e, olha, por conta do delay, dos muitos barulhos, dos
14:10ruídos externos, eu acho que eu não conseguiria fazer isso aí nunca, viu?
14:14Pelo menos nem tão cedo e, talvez, nunca também com essa maestria que você faz.
14:18Meus parabéns.
14:19Nada como ser educado em inglês nessa vida, viu?
14:22Agora vamos repercutir, né?
14:24Essa última fala ou essas últimas falas de Donald Trump durante essa coletiva que está
14:28acontecendo lá em Raya, na Holanda, onde Donald Trump está participando das reuniões
14:33da OTAN.
14:34Bom, o ponto alto, como eu estava dizendo na entrada anterior, foi sem sombra de dúvidas
14:39essa vitória por parte dele e da administração americana de ter conseguido fazer com que
14:44os países participantes da OTAN, que são os países da Europa e o Canadá, fizessem
14:50ali um incremento nos seus investimentos com relação à defesa.
14:55Pula, portanto, de 2,1%, que é o atual piso, para 5% do PIB de cada um desses países
15:00até 2035.
15:02O Pedro Sanches, que é o grande nome espanhol e que estava sendo também o grande nome
15:08de enfrentamento contra essa decisão, contra esse pedido, que agora vira uma decisão em
15:14caráter oficial na OTAN, ele disse agora há pouco também, numa coletiva que acontece
15:20lá em Raya, o seguinte, bom, estamos felizes porque chegamos num acordo bom para todo mundo.
15:26A Espanha vai seguir aquilo que foi combinado com o restante do grupo.
15:29Ou seja, a Espanha, step back, a Espanha deu um passo atrás.
15:34Eles que até ontem diziam, não, não, não, não, não vamos colaborar com 5% do nosso
15:39PIB na defesa, agora já toparam até 2025, 2035, perdão, vai ser gradual isso aí.
15:47Agora, como você bem reparou, Marinho, e também já é algo que aqui a mídia não para
15:53de falar, o tom marqueteiro de Donald Trump, aliás, desde que ele saiu daqui de Washington
15:58há dois dias rumando lá para a Europa, ele já tinha adotado essa postura quando ou
16:02enquanto ele falava sobre o conflito Israel e Irã, que os Estados Unidos haviam resolvido
16:09a questão, haviam conseguido cessar fogo.
16:12E agora nessa coletiva ele voltou a falar sobre conflitos no mundo, citando aí Rússia
16:18e Ucrânia, viu?
16:19Ele disse o seguinte, ele disse que Vladimir Putin, o par dele lá na Rússia, aceitou
16:27um cessar fogo.
16:29Ele falou que vai conversar nas próximas horas, nos próximos dias com Vladimir Putin e que
16:34o presidente russo já disse que tem interesse sim em acabar esta guerra que já dura quase
16:40três anos entre Rússia e Ucrânia.
16:43Vale a gente também lembrar que ele defendeu a questão do Irã ter o direito da sua soberania,
16:52de respostas em casos de sofrer um ataque e falou que o Irã tem todo o direito sim de
16:59vender petróleo para a China também durante essa pausa, esse cessar fogo nos conflitos
17:07com Israel.
17:08Aliás, conflitos esses, Marinho, que a gente já trata por aqui como guerra mesmo, viu?
17:12Então, Donald Trump está jogando em todos os times, aparentemente, pelo menos de acordo
17:18com a opinião dos analistas políticos por aqui.
17:21Quero saber dos nossos queridos da bancada.
17:23Aqui já se falou, olha, Donald Trump não tem mais só um lado, ele está jogando em todos
17:27os lados, inclusive se ventila muito por aqui nos bastidores do poder a ideia de que ele
17:31quer se tornar esse grande chefe global, esse grande líder, esse grande nome, né?
17:37Ele quer trazer para si essa responsabilidade de levar a paz o mundo, de mudar aí a geopolítica
17:43como a gente conhece para marcar, em definitivo, o nome dele na história da humanidade.
17:49Como um possível pretendente a um postulante a um Nobel da paz, por exemplo, Marinho, seriam
17:57essas as vontades de Donald Trump no momento.
18:00Ele não quer ser só e tão somente, apenas, e olha, presidente dos Estados Unidos, ele
18:05quer ser o grande líder mundial.
18:07Então, ele colocou lá o dedo dele na ferida entre Israel e Irã, está fazendo agora a Rússia
18:13e a Ucrânia, está tentando entre Israel e Gaza e a gente tem acompanhado, ele ainda
18:16falando bastante sobre Gaza, né?
18:18Que diz que Gaza pode se tornar um destino turístico maravilhoso, que os Estados Unidos
18:23podem ter uma parte ali naquele pedaço de terra.
18:26Enfim, tem todas essas questões, mas sobretudo essa tua visão de que ele é, de fato, um
18:30Marinho, um grande e bom marqueteiro.
18:33Será que ele vai virar esse líder mundial que ele quer, Marinho?
18:38Esse julgamento, só o tempo e a história dirá, mas uma coisa que é uma das principais
18:43frases do primeiro mandato dele, que ele falou que a maior honra que a história pode conferir
18:48a um governante é o rótulo de pacifista e aquele que trouxe a paz.
18:51Se realmente ele vai conseguir reorientar o tabuleiro geopolítico para um rumo mais
18:56estável, mais tranquilo, ao que tudo indica que esse movimento vai nessa direção, porque
19:02enfim, tem um mundo perfeito, ideal, mas esse é um mundo real, imperfeito e altamente perigoso
19:06e ele, querendo ou não, enfim, ainda para decidir, né, Mano Ferreira, se de fato o impacto
19:10foi tão decisivo quanto ele está relatando, mas ao que tudo indica, uma coisa é certa.
19:14O programa aéreo da Guarda Revolucionária Iraniana inexistente, o alto generalato iraniano
19:21completamente eliminado, o Ayatollah Khamenei escondido, rezando pela própria vida numa
19:26caverna nesse momento e o programa nuclear iraniano regrediu, no mínimo, para a Idade
19:31da Pedra.
19:32Então, a ver, a ver.
19:33Obrigado, Eliseu Caetano.
19:34Eu queria ter seu otimismo, Marinho, porque quando a gente bota no zoom out, os conflitos
19:40mundiais estão aumentando nas últimas décadas, né?
19:43A gente viveu, com o fim da Guerra Fria, a queda do Muro de Berlim, até o atentado
19:50das Torres Gêmeas, a gente pode dizer, uma era ali de maior paz no mundo.
19:55Sim, sim.
19:56Nos últimos anos, com a invasão da Rússia na Ucrânia, com o conflito entre Israel
20:03e Hamas, com esse episódio agora com o Irã, a gente tem assistido até com as ameaças
20:10e bravatas aqui da Venezuela, em Ezequibo.
20:13A gente tem...
20:14Há outras ameaças ainda por cima, na Coreia do Norte, tem a situação da China com o Taiwan.
20:23Enfim, a gente tem vivido um momento onde há uma crise da legitimidade do sistema global
20:30de estabilidade política.
20:33Então, é muito difícil cravar agora qualquer um dos líderes, não apenas o Trump, mas qualquer
20:41um dos líderes globais como construtores da paz, porque a gente está vivendo um cenário
20:45de mais instabilidade.
20:47Instabilidade significa risco, significa perigo e, eventualmente, mais conflitos e mais guerras.
20:53Vamos torcer para que tenhamos uma inflexão e uma mudança de rumo na geopolítica.
20:59Mas eu não tenho esse otimismo tão grande nesse momento.
21:02No momento onde a gente se despede, para quem nos ouviu pela rede Jovem Pan de rádio,
21:05sintonizados aqui no Morning Show, amanhã às 10, estamos de volta para vocês.
21:08Tchau.
21:09Em frente aqui nas multiplataformas da Jovem Pan, todo mundo que segue nos assistindo.
21:13Eu tenho pânico daqui a pouco para vocês.
21:14Jéssico Peixoto, eu entendi o que você falou aqui, mas só, enfim, claro, é ponto a ponto,
21:18movimento a movimento, analisando, acho que uma coisa é certa, pelo menos as tensões
21:22de momento arrefeceram.
21:23Se o próprio Trump reconheceu que se o Irã um dia recuperar a capacidade nuclear, com
21:27certeza não será durante o mandato dele, né?
21:30Não, eu acho que aqui a gente precisa entender que a jogada dele foi uma jogada onde ele saiu
21:35como vitorioso, assim.
21:36Ele apostou como um pôquer aí naquele ataque ao Irã naquele sábado, naquele final, naquele
21:42dia.
21:43E o maior testemunho disso foi a recepção que ele teve do chefe de Estado na OTAN.
21:46Não, sim, e eu acho que o Débio...
21:48Chamar de papai.
21:49É, chamar de papai.
21:50Eu acho que a grande questão é que ele apostou.
21:52Poderia ter dado muito errado?
21:53Poderia.
21:54Mas no final das contas, vendo de uma perspectiva imparcial e vendo o cessar fogo, acabou dando
21:59certo e o resultado disso é a pergunta do papai, de fato.
22:03É a pergunta que, no fato, não quer calar que é.
22:06É uma grande situação, ninguém apostava que isso levaria a um cessar fogo, ele apostou
22:11e ele colhe os louros disso.
22:13Então, sem dúvida nenhuma, foi uma vitória.
22:15É que a OTAN está louvando o investimento militar.
22:16E era o que ele queria, era uma cobrança dele já há algum tempo, então...
22:19Mas não é sintoma de paz no mundo.
22:20A ver...
22:20É sintoma, mas assim, é vitória dele, inquestionável.
22:23Foco aqui na câmera, aqui na Aninha, só pra lá também trazer as considerações finais
22:27dela.
22:28Não, as minhas considerações finais são exatamente as da Jazz e do Mano, porque
22:32acho que é um consenso aqui que dificilmente a gente pode colocá-lo como próximo Nobel da
22:39Paz, porque não é a realidade.
22:42Mas ele acertou.
22:42Mas é o sonho molhado dele, é o sonho molhado dele, do Lula.
22:45E ele acertou, ele acertou.
22:47Dessa vez, embora muito arriscado, pudesse ter dado muito errado, tem uma pressão interna
22:53nos Estados Unidos, porque ele mesmo, promessa de campanha, não ia se envolver em guerras.
22:57Mas deu certo, estamos todos felizes com isso.
23:01Parabéns ao presidente Donald Trump, mas ainda está longe do Nobel da Paz, né?
23:04Como eu tive que fazer aqui, às vezes, saindo do apresentador pro tradutor, como diria
23:09Marília Gabriela.
23:10E aí, ele aí.