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O deputado Marcelo Ramos (PSD-AM) fez uma defesa apaixonada do salário dos parlamentares nesta terça-feira (20), quando a Câmara aprovou reajuste salarial para os parlamentares, entre outras categorias do serviço público federal.

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Transcrição
00:00Ô Gil, deixa eu, eu tenho aqui que fazer um, colocar o nosso noticiário, é sempre muito equilibrado, né, então eu preciso colocar a versão do outro lado, o deputado Marcelo Ramos, que inclusive não se reelegeu, ele defendeu com muita ênfase esse aumento, né, ou reajuste, como eles gostam de dizer, por favor Daniel, solta o VT do Marcelo Ramos com a justificativa.
00:30Presidente, eu tentei, presidente, eu tentei, e aí, caiu?
00:41Presidente, eu tentei permanecer calado nesse debate, mas o show de demagogia precisa de uma resposta, é gente que ganha 30 mil e não abre mão disso,
00:55reclamando de quem vai ganhar 40 mil, e nem todos ganharão 40 mil, depois de passar por um dos concursos públicos mais difíceis do país, como é o concurso público da Câmara dos Deputados.
01:08Chega de demagogia, nós estamos falando de um país que tem no seu orçamento 3,7 trilhões, trilhões de reais para pagamentos de juros e amortização da dívida pública,
01:23e esse debate não entra aqui e não entra nem no superávit primário, é um dinheiro que já é separado antes de qualquer discussão orçamentária, e sobre isso ninguém quer falar.
01:34Então, senhor presidente, não dá para tratar com demagogia e com desrespeito servidores públicos altamente qualificados, que servem ao país e que merecem ser respeitados do ponto de vista remuneratório.
01:48É verdade que se eu comparar o salário de um deputado ou o salário de um servidor da Câmara com o salário de quem pede dinheiro na esquina, é absolutamente injusto.
01:58Mas se eu comparar com um jogador de futebol que presta um serviço muito menos relevante para o Brasil, é muito desproporcional.
02:06Aí parece que o miserável é aqui.
02:12O Estado automaticamente, depois de vencer as eleições, já faz parte do 1% mais rico da população.
02:17Agora, partindo dos R$ 33 mil, vai ganhar R$ 46 mil.
02:22Eu, enquanto parlamentar, já me comprometo desde já.
02:28O pessoal soltou aqui o Kim.
02:31Eu ia botar o Kim.
02:32O Kim é um dos que foi contra a votação.
02:37Inclusive se manifestou.
02:39É o seguinte, vocês já botaram o Kim, põe o Kim.
02:41E aí eu volto com o Gil para a gente comentar.
02:43O Estado automaticamente, depois de vencer as eleições, já faz parte do 1% mais rico da população.
02:48Agora, partindo dos R$ 33 mil, vai ganhar R$ 46 mil.
02:53Eu, enquanto parlamentar, já me comprometo desde já em sendo aprovado este aumento.
02:58Vou doar na integralidade todo este aumento, que acho absolutamente imoral que o parlamento aumente o próprio salário,
03:05aumente o salário de quem já ganha mais do que R$ 5, R$ 10, R$ 15, R$ 20, R$ 30 mil, até R$ 40 mil por mês.
03:11Muito bem.
03:21Eu até escrevi um artigo mais cedo, falando dos miseráveis.
03:26O pessoal ficou na dúvida de quem, a quem eu estava me referindo.
03:30Dos verdadeiros, aqueles que realmente estão passando fome, catando osso,
03:34ou aqueles que são moralmente miseráveis.
03:38Gil, tecnicamente, essa coisa do Kim, não aceitar, não querer aceitar esse aumento e tal,
03:49como é que ele faz?
03:50Ele devolve o dinheiro?
03:52Esse dinheiro ele doa?
03:53Tem como devolver para o Tesouro?
03:55Porque esse dinheiro vai para algum lugar.
03:57É um pouco aquela polêmica do uso da verba de gabinete.
04:00ajuda aí a esclarecer para o nosso espectador.
04:03É, na realidade, você vê, já tem alguns que não têm aceitado esses benefícios,
04:08alguns parlamentares ali do Novo, o Kim que não aceita o aumento.
04:11E aí, esses recursos, então, deixam de ser gastos e continuam dentro do orçamento,
04:16dentro do orçamento da casa.
04:18Inclusive, quer dizer, por isso é que muitos, inclusive,
04:21acabam abrindo mão e encaminhando dinheiro para uma instituição que eles acham
04:26que pode realizar um bom trabalho, uma instituição social,
04:29que, caso contrário, isso fica no orçamento da casa
04:32e pode continuar a ser gasto de formas discutíveis.
04:36Eu não ouvi completamente ali o que o deputado disse,
04:39o som estava um pouquinho baixo para mim,
04:41mas eu achei curiosa uma parte que eu ouvi dele comparando ali a remuneração
04:46do deputado, dos deputados, com a do miserável que pede dinheiro na esquina
04:53e, do outro lado, com o jogador de futebol.
04:56Quer dizer, eu tenho a impressão que o deputado está se comparando aí,
04:58não sei se é o Neymar, é o Messi, é o MAP,
05:02ou algum de um outro nível, talvez um pouco inferior,
05:05que realmente ganha muito mais do que ele.
05:08Mas, de fato, essa comparação chega a ser até impulsitada.
05:12Eu ainda não tinha ouvido comparações nesses dois extremos,
05:15o pedinte e um craque do futebol.
05:19Então, até porque o craque do futebol está sendo pago com recursos privados,
05:24privados, seja lá quanto for, que eles estão ganhando.
05:27E esse salário do deputado, quem está pagando somos nós.
05:31Aí é que é a questão.
05:32Talvez a gente não tenha nada a reclamar de quanto ganha o Neymar,
05:36o MES, o Mbappé ou qualquer outro jogador de futebol,
05:39até porque não somos nós que pagamos.
05:41Eles devem produzir algo que, sob o ponto de vista do marketing,
05:45acaba trazendo recursos que bancam os salários dele.
05:48Agora, o deputado, não.
05:50O deputado somos nós que pagamos.
05:51Então, acho que a comparação dele não chega a ser uma comparação perfeita.
05:56Essa desculpa de que, desde não sei quando não tem aumento,
05:59olha, vá contar isso para tantas categorias profissionais que trabalham
06:03ou para aquele que perdeu o emprego durante a pandemia,
06:06que até hoje não recuperou.
06:08Vai contar para ele isso,
06:09que não há nenhum privilégio do serviço público.
06:12Inclusive, tem estudos, até do Banco Mundial,
06:14mostrando que, quando comparadas às carreiras,
06:16os servidores públicos, em determinadas carreiras,
06:19chegam a ganhar até 190% a mais
06:22do que o que seria um seu par na iniciativa privada.
06:26Vamos comparar o salário, muitas vezes,
06:28de um jornalista que está ali dentro de uma redação,
06:32Cláudio, com o salário de um assessor parlamentar ali dentro do Congresso,
06:36ou mesmo de um jornalista que trabalha ali assessorando um deputado.
06:39Então, realmente, é uma comparação esdrúxula.
06:42Todos nós sabemos que os nossos salários,
06:45são salários públicos, são elevados.
06:48Os servidores, de uma maneira geral, é claro que não se pode generalizar,
06:52até porque aqueles que têm poder de pressão
06:54conseguem sempre um aumento um pouco maior, reajustes maiores.
06:57Aquelas categorias com menos poder de pressão
06:59acabam ficando mais defasadas.
07:01Então, essa estrutura de cargos e salários do governo federal
07:03também não é a ideal.
07:05Mas, de uma maneira geral, se falando na cúpula,
07:08deputados, senadores, ministros do Supremo,
07:11até porque muitos deles não ganham só esses salários.
07:14Cada um deles já encontrou uma forma de, digamos assim,
07:18de conseguir viver, não só com esse salário,
07:22que eles acham, às vezes, que é até abaixo,
07:24mas com outros complementos.
07:25Por exemplo, ministro do Supremo, a gente vê que realizam palestras,
07:28tem até viagens, muitas vezes até bancadas,
07:31até por empresas, o que seria, de certa forma, discutível.
07:35Mas, enfim, eu acho que os deputados também,
07:38porque os deputados a gente sabe.
07:40Quer dizer, quanto custa um deputado?
07:42Não é só o salário em si.
07:44Há uma série de verbas ali,
07:46que muitos deles conseguem, inclusive,
07:48fazer com que essas verbas retornem a eles próprios.
07:51Isso não é um fato inédito.
07:54Nós temos visto isso acontecer.
07:57Então, eu acho que vá tentar convencer a sociedade
08:00de que esse aumento é justo, sabe?
08:03Eu acho que ele deveria ir em uma praça pública,
08:05lá no Rio de Janeiro,
08:07subir em cima de um banco
08:08e explicar que esse aumento é absolutamente justo
08:11e o que ele ganha deve até ser aumentado.
08:15Ô, Gil, você está desconsiderando
08:17um ensinamento muito importante
08:19do torneiro mecânico,
08:22que é o seguinte,
08:23você precisa, para uma máquina funcionar bem,
08:25você tem que lubrificar bem ela antes.
08:27É verdade, não é?
08:32É.
08:33Bom, eu acho que é exatamente isso, não é?
08:34A gente tem uma teoria, não é?
08:36Existem teorias,
08:37até quando você estuda economia, não é, Cláudio?
08:39Você também certamente sabe dessa história,
08:42de que até a corrupção é aceitável, não é?
08:44Por exemplo, você tem uma cidade ao lado da outra
08:46que tem o rio no meio, não é verdade?
08:48Então, isso impede completamente a relação,
08:50inclusive, comercial entre as duas cidades.
08:52Se fizerem uma ponte ali,
08:54mesmo que aquela ponte seja feita
08:55por um valor extremamente elevado,
08:58muito mais alto do que aquilo
09:00que custaria realmente uma ponte,
09:01no final vai valer a pena,
09:03porque as cidades vão começar a interagir,
09:05vão se complementar.
09:06Então, há uma teoria que, em alguns casos,
09:08até a corrupção é boa.
09:09Então, nesse caso aí,
09:10você lembrou bem o torneiro, não é?
09:12Quer dizer, eu acho que essa máquina
09:13sendo mais aceitada,
09:14os deputados vão trabalhar com mais afinco, não é?
09:17E a gente vai ter um 2023
09:19e anos futuros maravilhosos.
09:22Muito bem.
09:23Já volto com você.
09:24Eu vou entrar aqui na pauta da PEC,
09:26você acompanha com a gente aí,
09:28e também vou pedir a opinião
09:29do Rodrigo Oliveira
09:30em relação, justamente,
09:32à reação do mercado, tá?
09:34Obrigado.
09:35Obrigado.
09:36Obrigado.
09:37Obrigado.
09:38Obrigado.
09:39Obrigado.
09:40Obrigado.
09:40Obrigado.
09:41Obrigado.
09:42Obrigado.
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09:48Obrigado.
09:49Obrigado.
09:50Obrigado.
09:51Obrigado.
09:52Obrigado.
09:53Obrigado.

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