Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 24/06/2025
O pastor Silas Malafaia (foto) foi questionado pela imprensa nesta segunda-feira (19) sobre o seu papel na comitiva de Bolsonaro que viajou a Londres, para acompanhar o funeral a rainha Elizabeth II. Ele respondeu:

"Como é uma viagem só, então, estamos na comitiva. [...] Na minha visão, eu acho que o presidente trouxe um pastor e um padre por essa questão da religião cristã, sobre morte e vida eterna. É o que eu penso", afirmou, em referência ao padre Paulo Antonio de Araújo, que também viajou para a inglaterra.

"Qualquer presidente inclui pessoas na sua comitiva, em qualquer lugar do mundo. Ele não vai chamar inimigo para acompanhar viagem, concorda comigo? Quem está no avião são pessoas de relacionamento", acrescentou Malafia, que estava em frente à casa do embaixador do Brasil no Reino Unido.

O pastor também reclamou da cobertura da imprensa, dizendo que ela é "ativista política". Ele se queixou das críticas à fala de Bolsonaro no 7 de Setembro sobre ser "imbrochável" e disse que a declaração do presidente foi apenas uma brincadeira ao lado da primeira-dama.

Cadastre-se para receber nossa newsletter:
https://bit.ly/2Gl9AdL​

Confira mais notícias em nosso site:
https://www.oantagonista.com​

Acompanhe nossas redes sociais:
https://www.fb.com/oantagonista​
https://www.twitter.com/o_antagonista​
https://www.instagram.com/o_antagonista

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00O que é inexplicável nessa viagem é a presença do Silas Malafaia na comitiva oficial.
00:10O Silas Malafaia, em vez do ministro das Relações Exteriores, foi o Silas Malafaia que esteve lá,
00:21ao lado do Bolsonaro e da Michele Bolsonaro, no momento de recepção oficial deles.
00:27Mas por que alguém que não tem cargo nenhum no governo, alguém que não representa de maneira oficial nenhuma os cidadãos brasileiros,
00:40foi lá, ao lado do chefe de Estado?
00:43Isso não faz o menor sentido.
00:45Isso sim é, a meu ver, um escândalo inexplicável.
00:51Foi lá, viajou na comitiva presidencial, está lá de maneira, suponho, que os gastos estejam incluídos nos gastos da comitiva,
01:06mas o fato é que ele, de todas as pessoas que existem no Brasil, foi escolhido para estar no momento oficial.
01:13Alguém que não tem vínculo formal nenhum com o governo.
01:16Então, é isso que eu digo, o Bolsonaro, ele mistura as coisas de maneiras que são inaceitáveis.
01:24Então, o PT certamente está atrás de picuinha, e não foi só o PT, né?
01:31A história é a Tronic também que está pedindo para que ele seja impedido de usar imagens da viagem na sua propaganda eleitoral e tudo mais.
01:40Tem picuinha aí.
01:43O Bolsonaro tem o direito de mostrar que ele esteve onde ele esteve.
01:48Agora, esse lado, meio, meio, essa maneira cheia de subterfúgios, como ele faz as coisas,
01:56como ele apaga a fronteira entre o que é oficial e o que é só do interesse dele,
02:03não tem interesse brasileiro nenhum aí, isso é muito ruim.
02:06E ele fez isso nos eventos, que a gente já falou, na saudação à plateia dele,
02:14no episódio do posto de gasolina, e mais ainda, quando põe o Silas Malafaia para representar o Brasil,
02:23representar o Brasil no momento em que o chefe de Estado brasileiro é recebido oficialmente.
02:30Olha aqui, perguntaram para o Bolsonaro, vamos subir, essa nota é interessante a gente ler completamente.
02:35Malafaia sobre viajar no ônibus com Bolsonaro.
02:39Questão da religião cristã.
02:41Por favor, subam.
02:46O pastor foi questionado pela imprensa, nesta segunda-feira, sobre o seu papel na comitiva.
02:51Para acompanhar o funeral da rei Elizabeth, ele respondeu.
02:54Como é uma viagem só, então estamos na comitiva.
02:57Na minha visão, eu acho que o presidente trouxe um pastor e um padre por essa questão da religião cristã,
03:03sobre morte e vida eterna.
03:06É o que eu penso.
03:09Ele acha que foi por uma questão da morte e vida eterna e da religião cristã.
03:15De novo, ele foi posto lá numa situação oficial.
03:22O Brasil é um Estado laico.
03:26Numa representação oficial fora do país, não cabe ao presidente brasileiro fazer propaganda de uma religião,
03:38ainda que a maioria dos brasileiros seja cristã, católica ou das religiões pentecostais.
03:45O Brasil tem outras religiões aqui dentro.
03:49Temos adeptos do judaísmo, temos judeus, temos muçulmanos, adeptos do islã, temos espíritas,
03:56temos gente que professa as religiões afro-brasileiras, que é o Dom Blé, é o Umbanda,
04:02temos budistas, tem de tudo.
04:05Por isso, essas pessoas que não são cristãs, mas são cidadãs brasileiras,
04:13elas precisam sentir que a representação do país não vai discriminá-las no momento que elas precisarem do Estado.
04:21É por isso que precisa ser laico.
04:24Porque o cidadão judeu ou muçulmano, ele não pode achar que ele vai entrar numa repartição pública
04:30porque vai ser tratado como sendo alguém menos importante do que um cristão.
04:36Agora, quando o presidente leva o Malafaia, um pastor, lá para representar o país,
04:43essa é a mensagem que ele está passando.
04:45Aqui nós temos um lado, vocês, as minorias, como diz o Bolsonaro sempre,
04:50tem que ficar quietinhas.
04:51Mas não é uma mensagem que um presidente que governa para todos possa passar.
04:57E essa desculpa esfarrapada que o Malafaia deu, eu acho que é por causa disso,
05:03questão da vida e da morte, não foi uma viagem filosófica.
05:08Não é a história de Sofia, aquele livrinho da história da filosofia que o Bolsonaro foi ler lá.
05:12Ele foi representar o país.
05:15Então, não foi lá para questionar a existência humana.
05:21É muito ruim.
05:22É muito ruim que ele faça isso.
05:24E por isso, sim, por isso, o problema não é usar as imagens no horário eleitoral.
05:31O problema é essa mistura ilegal e imoral que o Bolsonaro faz,
05:40dos seus interesses e dos interesses de quem está ali babando ovo em volta dele,
05:44como o senhor Silas Malafaia.
05:48Essa mistura é que é o grande problema.

Recomendado