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  • 23/06/2025
O assessor-chefe da Presidência, Celso Amorim, expressou preocupação com os ataques dos EUA às instalações nucleares do Irã. Em declaração recente, ele afirmou temer que a escalada do conflito possa desencadear uma guerra em escala global. Deysi Cioccari e Marcus Vinícius de Freitas comentaram.
Reportagem: Marília Ribeiro
Comentaristas: Deysi Cioccari e Marcus Vinícius de Freitas

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Transcrição
00:00E o assessor especial da presidência, Celso Amorim, diz temer um conflito mundial após o ataque dos Estados Unidos ao Irã.
00:08A Marília Ribeiro está de volta ao vivo, traz os detalhes pra gente dessa fala do ministro, né Marília?
00:17Pois é, Soraya, essa declaração de Celso Amorim aconteceu para o jornal UOL neste domingo
00:24e ele afirmou de fato ter medo de que o ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas possa evoluir para um conflito mundial.
00:35Além disso, ele afirmou que nunca presenciou uma situação internacional tão tensa.
00:43Segundo ele, o mundo vive um momento de grande perigo.
00:46Nessa mesma entrevista, Celso Amorim disse que os ataques dos Estados Unidos podem produzir um efeito contrário ao pretendido.
00:56Para ele, o que os americanos estão fazendo é estimular um país a chegar a uma arma nuclear.
01:03Celso Amorim também acabou avaliando e identificando dois conflitos como guerras graves.
01:11São elas, a da Eurásia e também no Oriente Médio.
01:15Segundo ele, se essas duas guerras, se esses dois conflitos se comunicarem, pode se tornar aí praticamente uma guerra mundial.
01:25Vale a gente destacar que ontem o Ministério das Relações Exteriores condenou o ataque dos Estados Unidos contra essas instalações nucleares do Irã.
01:35Segundo o Itamaraty, a ofensiva representa uma violação da soberania do país persa e também do direito internacional.
01:47Soraya.
01:48Obrigada, Marília, pelas suas informações.
01:50Já vou acionar também os nossos analistas aqui no Jornal da Manhã.
01:54Deise Stiocari e o professor Marcos Vinícius de Freitas.
01:57Deise, começando por você, uma avaliação então dessa fala de Celso Amorim, quando ele diz que teme um conflito mundial com a entrada dos Estados Unidos.
02:08Na sua avaliação, ainda é cedo para a gente conseguir calcular quais as consequências possíveis da participação dos Estados Unidos?
02:17Ou já é possível então prever que esse conflito então seja nessa magnitude como Celso Amorim pontua?
02:25Olha, Soraya, o Celso Amorim tem uma vasta experiência diplomática, principalmente em crises internacionais, então o que ele fala sempre deve ser considerado.
02:36E aí eu elenquei aqui três pilares que fundamentam essa visão dele.
02:42Primeiro, essa escalada militar dramática, que ele aponta que quando você atinge instalações nucleares, obviamente você aumenta os riscos humanitários e ambientais.
02:53Então, por isso que ele fala desse medo de uma escalada, de uma possível guerra mundial.
02:59A gente também tem esse colapso do multilateralismo, que é uma coisa que ele enfatiza muito.
03:05O conselho da ONU, ele está paralisado.
03:08A gente tem esses mecanismos da ONU completamente fragilizados nesse momento.
03:12Então, isso acaba potencializando essa suspeita do Celso Amorim.
03:16E aí a gente tem o papel do Brasil.
03:18O Brasil sempre propõe o uso da diplomacia nesses casos e essa pressão internacional por um cessar fogo acaba realçando a utilização da moderação, que é isso que o Celso Amorim fala.
03:31A gente tem sim um risco real de guerra.
03:34Esses ataques antinucleares, eles podem sim ampliar o conflito.
03:38Tem um impacto humanitário e tem a questão da viabilidade diplomática.
03:42Então, essa questão que o Celso Amorim aborda, ela tem uma fundamentação, sim, pela experiência dele, pela entrada dos Estados Unidos.
03:50A gente sempre falou que quando os Estados Unidos entrassem nesse conflito, isso poderia escalar.
03:54Então, não é uma visão do Celso Amorim que pode ser completamente descartada.
04:00Ela existe sim um viés aí que tem que ser considerado.
04:04Que é algo, professor Marcos Vinícius, que o governo russo também chegou a alertar, meio que ampaçã, no fim de semana.
04:13Qual é a avaliação que o senhor faz?
04:14Pode descambar para um conflito de maior proporção com mais atores envolvidos, professor?
04:20Eu nunca pensei que eu fosse estar de acordo com o ministro Celso Amorim, hein?
04:26Então, é um registro histórico.
04:28Porque é verdade, nós estamos numa situação perigosa.
04:34Em que sentido?
04:35Donald Trump entrou dizendo que acabar com duas guerras tem três agora.
04:40Então, aí nós já temos que a política dele e as promessas deles não funcionaram.
04:45E nos últimos tempos houve duas movimentações, nonato, muito preocupantes.
04:52Aquela questão da Ucrânia atacando os lugares onde os russos tinham ali os seus lançadores de mísseis
05:05e uma série de coisas também voltada a lançamentos nucleares.
05:09E agora, esta atuação dos Estados Unidos destruindo instalações nucleares.
05:14Então, de qualquer forma, são elementos muito preocupantes na forma como isso tem acontecido.
05:22E o fato de você ter três guerras ao mesmo tempo e a participação dos Estados Unidos,
05:28não no sentido de apaziguar, mas de fomentar, isto pode ser muito mais complicado.
05:34O Trump não é culpado disso.
05:35Toda a situação da Ucrânia vem do passado, vem também da atuação de Biden,
05:41da forma como tudo foi feito, mas o que nós temos é que esta atuação gera uma instabilidade muito grande.
05:49Porque achar que o Irã iria negociar somente porque foi atacado é um equívoco.
05:54Então, esta frase dele faz muito sentido, sim.
05:58Obrigado, professor.
05:59Obrigado, professor.

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