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  • 19/06/2025
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00:00Salve, salve! Continue assistindo agora ao resumão Retro 2018 de O Antagonista,
00:05a nossa retrospectiva desse ano épico.
00:07Na segunda-feira, 29 de outubro, o Jornal Nacional perguntou a Bolsonaro
00:11o que ele tem a dizer àqueles que o acusam de ser um risco à democracia.
00:14Primeiro dizer-lhes que as eleições acabaram. Chega de mentira, chega de fake news.
00:20Mas o trecho que deu o que falar foi sobre a Folha de São Paulo.
00:23Bolsonaro saiu em defesa de sua secretária Valderice,
00:26como havia tentado fazer em fevereiro em entrevista a mim no Antagonista,
00:29porém usou o caso para falar em cortar verbas do jornal.
00:35Totalmente favorável à liberdade de imprensa.
00:37Temos a questão da propaganda oficial do governo que é uma outra coisa.
00:40Mas aproveito o momento para que nós realmente venhamos fazer justiça aqui no Brasil.
00:46Tem uma senhora de nome Valderice, minha funcionária,
00:50que trabalhava na Vila História de Mambucaba e tinha uma lojinha de açaí.
00:55O Jornal Folha de São Paulo foi lá, nesse dia, 10 de janeiro,
00:58e fez uma matéria e a rotulou de forma injusta como fantasma.
01:03É uma senhora, mulher e negra e pobre.
01:06Só que nesse dia, 10 de janeiro, segundo o boletim à administrativa da Câmara,
01:11de 19 de dezembro, ela estava de férias.
01:13Então, ações como essa, por parte de uma imprensa,
01:16que mesmo te mostrando a injustiça que cometeu com uma senhora ao não voltar atrás,
01:21logicamente, que eu não posso considerar essa imprensa digna.
01:25Não quero que ela acabe, mas, no que depender de mim, na propaganda oficial do governo,
01:30imprensa que se comportar dessa maneira, mentindo descaradamente, não terá apoio do governo federal.
01:36O antagonista, dias antes, já havia publicado sua posição editorial sobre o tema,
01:41a de que Bolsonaro não deveria cortar verba publicitária da Folha
01:44por causa de matérias do jornal que considera lesivas a ele.
01:47A verba não é do presidente, é do Estado sustentado por todos os pagadores de impostos.
01:53O antagonista se recusa a receber dinheiro estatal,
01:55acha que jornal nenhum deveria receber,
01:57mas considera uma forma de censura qualquer tipo de pressão financeira sobre a imprensa.
02:03Vale lembrar que os governos do PT sustentaram com milhões de reais por ano
02:06em verba de publicidade federal toda uma rede virtual simpática ao partido
02:10que José Serra chamou de blogs sujos.
02:13De acordo com as tabelas de 2014 e 2015, obtidas pelo jornalista Fernando Rodrigues
02:18pela Lei de Acesso à Informação, o site que mais recebeu dinheiro foi o Brasil 247.
02:23Depois das críticas por não ter telefonado para Bolsonaro,
02:26Haddad cumprimentou o vencedor pelo Twitter, desejando-lhe sucesso.
02:30Nosso país merece o melhor.
02:32Escreva essa mensagem hoje de coração leve, com sinceridade,
02:36para que ela estimule o melhor de todos nós.
02:38Boa sorte!
02:39Bolsonaro agradeceu na rede social a Haddad pelas palavras do petista
02:43e com uma pitada de ironia comentou
02:45Realmente o Brasil merece o melhor.
02:48Além de Paulo Guedes como futuro ministro da Economia,
02:50Bolsonaro já tinha confirmado o deputado do DEM, Onyx Lorenzoni, para a Casa Civil
02:54e escalaria o general Augusto Heleno não mais para o Ministério da Defesa,
02:58como inicialmente previsto, mas para o Gabinete de Segurança Institucional.
03:01O quarto ministro confirmado foi o engenheiro e astronauta Marcos Pontes
03:05para a pasta de Ciência e Tecnologia.
03:07Mas nenhuma indicação daria tanto o que falar quanto a de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça.
03:13O juiz federal da Lava Jato, em Curitiba, viajou até o Rio de Janeiro
03:17para conversar com o presidente eleito na casa dele sobre a possibilidade de assumir o cargo
03:21e, depois da reunião, emitiu uma nota oficial afirmando que aceitou honrado o convite
03:26após 22 anos de magistratura.
03:28Moro quer implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado
03:33para consolidar os avanços dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos.
03:38Para evitar controvérsias desnecessárias, Moro avisou que se afastava desde logo de novas audiências,
03:43como o interrogatório de Lula no caso do sítio de Atibaia.
03:46O presidiário, claro, mandou o PT explorar ao máximo o discurso de que ele é alvo de uma perseguição judicial
03:52com objetivos políticos evidentes.
03:55Glaze publicou que Moro será ministro de Bolsonaro depois de ser decisivo para a sua eleição.
04:00Ajudou a eleger, vai ajudar a governar.
04:03Lindbergh escreveu que Moro vira ministro do candidato beneficiado por ele
04:06e que, em qualquer lugar do planeta, isso seria um escândalo.
04:10Mas escândalo é presidente receber propina do petrolão, lindinho da Odebrecht.
04:16Os petistas investiram na confusão, mas Lula foi condenado por Moro em julho de 2017,
04:21generosamente, a nove anos e seis meses de prisão.
04:25Pena que depois foi aumentada por três desembargadores do TRF4 para 12 anos e um mês,
04:30o que fez o TSE, não Moro, barrar a candidatura de Lula.
04:34Isso não tem nada a ver com o processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
04:40O ex-presidente Luiz Inácio da Silva foi condenado e preso
04:45porque ele cometeu um crime e não por causa das eleições.
04:52Embora eu tenha proferido a primeira decisão,
04:55essa decisão condenatória já foi confirmada pela corte de apelação,
05:00ou seja, por um painel de outros três juízes.
05:02E essa, e foi o próprio tribunal que ordenou o início da execução e a prisão do ex-presidente.
05:10Apenas cumpria a decisão.
05:12Diga-se que essa ordem de prisão foi previamente autorizada em um julgamento
05:19pelo Supremo Tribunal Federal de um habeas corpus preventivo.
05:23Então o que houve aqui é uma pessoa que lamentavelmente cometeu um crime,
05:27esse crime foi investigado, provado e ela respondeu na justiça por esse comportamento criminoso.
05:35Eu não posso pautar a minha vida com base numa fantasia, num álibi falso de perseguição política.
05:43Mas é curioso como os mesmos petistas e blogs sujos que fizeram troça de Bolsonaro a partir de um vídeo
05:48de 30 de março de 2017, afirmando que ele tentou tietar Moro no aeroporto de Brasília
05:54e foi ignorado pelo juiz, passaram a acusar Moro de ter prendido Lula para eleger Bolsonaro.
06:00Só faltou alegar em que a cena do aeroporto foi premeditada para encobrir um colúio secreto.
06:05Eu não reconheci na ocasião e o cumprimentei rapidamente.
06:10Posteriormente houve uma certa exploração de seus adversários políticos desse encontro,
06:16como se eu tivesse o ignorado e eu não tinha a intenção de ser um educado
06:21e eu tomei a liberdade então de ligar para ele e pedir escusas por aquela interpretação
06:27que me pareceu equivocada.
06:28Mas houve aí uma conversa muito rápida, não mais do que isso.
06:32Moro também contou como foi o convite para ser ministro,
06:36bem como a conversa com Bolsonaro sobre convergências e meio termo nas divergências.
06:40Eu fui procurado pelo futuro ministro da Economia, o senhor Paulo Guedes,
06:46no dia 23 de outubro, na semana antecedente ao segundo turno das eleições,
06:52que portava, ou melhor, ele trazia uma sondagem acerca do meu interesse de compor o governo.
06:59Eu adiantei para ele qual era o meu entendimento sobre esse tema.
07:07Disse que só poderia, evidentemente, tratar disso depois das eleições, um eventual convite.
07:15E mais ou menos declinei a ele o que eu entenderia que seria necessário,
07:21que tipo de proposta, que tipo de projeto que eu teria se assumisse essa posição.
07:26porque se vai integrar um governo, tem que ter uma certa convergência em relação aos planos.
07:32Senão, a convergência não adianta integrar o governo.
07:35Em seguida, houve, depois das eleições, houve o convite público,
07:40que o senhor presidente eleito realizou,
07:43e houve esse encontro em 1º de novembro, onde nós conversamos mais longamente
07:47sobre esse convite e quais seriam os meus planos e os planos dele
07:53no âmbito do... se aceitasse esse convite.
07:59No fundo, a minha impressão foi muito positiva,
08:02me pareceu uma pessoa bastante ponderada.
08:06Nós conversamos sobre possíveis convergências e divergências,
08:09e, ainda que não haja uma concordância absoluta,
08:14mesmo nas divergências, me parece possível chegar ao meio termo,
08:18como o próprio presidente eleito já declinou.
08:24Sobre o pedido de férias que estavam acumuladas em vez de exoneração,
08:28Moro disse que não enriqueceu no serviço público
08:30e precisava dos vencimentos para se manter.
08:32Lembrou ameaças sofridas e riscos que corria,
08:35argumentando que se algo acontecesse com ele estando exonerado,
08:38sua família não receberia nem pensão para subsistência.
08:41Dias depois, no entanto, Moro pediu a exoneração da magistratura,
08:45alegando que houve quem reclamasse que ele,
08:48mesmo em férias, afastado da jurisdição e sem assumir cargo executivo,
08:52não poderia sequer participar do planejamento de ações do futuro governo.
08:56Para que Moro pudesse, então, assumir de imediato um cargo executivo
09:00na equipe de transição da presidência da República,
09:03evitando maiores ladainhas,
09:05o desembargador Thompson Flores, do TRF4,
09:08assinou seu ato de exoneração.
09:10Apesar de tudo, Glaze Hoffman afirmou em artigo
09:12que o mundo está chocado com a indicação de Moro
09:15para o Ministério da Justiça.
09:17Só se for o mundinho fechado do PT.
09:19Ou da defesa de Lula, claro,
09:21que para tentar adiar nova condenação iminente no caso do Instituto,
09:24alegou nulidade do interrogatório feito por Moro na ação penal
09:28e pediu à 13ª Vara Federal que o petista fosse reinterrogado,
09:32dessa vez pela juíza Gabriela Hart,
09:34substituta do futuro ministro da Justiça,
09:36já que ela dará a sentença.
09:38Mas o desembargador Gebra Neto negou o pedido.
09:41A suspensão do processo, também pedida pela defesa,
09:43o TRF4 já havia negado
09:45e a anulação da perícia da PF,
09:47que confirmou o pagamento de propinas da Odebrecht
09:49na compra do imóvel,
09:51foi negada pelo ministro Félix Fischer, do STJ.
09:54No caso do sítio,
09:55novos depoimentos só pioraram a situação de Lula.
09:58Gabriela ouviu os ex-executivos da Odebrecht,
10:00Emir de Lins Costa Jr. e Carlos Armando Guedes Pascoal,
10:03que viraram colaboradores.
10:05Eles confirmaram a atuação no sítio de Lula.
10:08O engenheiro Emir reafirmou que a reforma
10:10incluiu a construção de uma casa
10:11para os seguranças da presidência da República
10:14que atuavam na equipe de Lula,
10:16suítes na casa principal,
10:18duas áreas de depósitos para adega e quarto de empregada,
10:21sauna,
10:21conserto de vazamento da piscina
10:23e conclusão de um campo de futebol.
10:26Segundo Emir, a obra custou inicialmente 500 mil reais
10:28e depois passou para 700 mil reais.
10:31Já Emílio Odebrecht confirmou à juíza
10:33que aprovou a reforma do sítio de Atibaia
10:35quando o então executivo Alexandrino Alencar
10:37lhe trouxe o assunto,
10:38a pedido de dona Marisa Letícia.
10:40Emílio disse que deu autorização para as obras
10:43porque tinha uma dívida impagável com Lula
10:45por ter tido a oportunidade de dialogar com ele
10:48e pela influência que o petista exercia
10:50em favor da Odebrecht, inclusive no exterior.
10:52Os intangíveis de que o presidente Lula
10:57sempre teve com a minha pessoa
10:59e naturalmente com a organização
11:01de eu poder ter oportunidade de dialogar com ele,
11:06de influenciar.
11:07As questões no exterior, por exemplo,
11:10várias autoridades visitavam o Brasil
11:12e ele também ia para alguns países
11:17em que nós operávamos.
11:19Então eu sempre pedia a ele que ele...
11:22Nós estávamos lá presente com outras empresas,
11:25reforça as empresas brasileiras,
11:28se aumentar a imagem,
11:30isso vai facilitar nossos programas nesses países.
11:33Então um ativo intangível que não tem preço.
11:39Segundo Emílio, por todos esses ativos intangíveis,
11:41ele não poderia nem que quisesse
11:44negar um pedido de Marisa Letícia.
11:46Ativos intangíveis, na verdade,
11:48são a contrapartida particular
11:50devida ao ex-presidente
11:51pelos favores prestados à empreiteira
11:53que tinha contratos públicos.
11:55Só faltou Emílio dizer que Lula
11:56tinha direito de receber propina.
11:59Marcelo Odebrecht também falou à juíza.
12:01O filho de Emílio disse que a reforma
12:03no sítio de Atibaia
12:03foi uma compensação pessoal para Lula.
12:06Seria a primeira vez que a gente estaria
12:08fazendo uma coisa pessoal para o presidente Lula.
12:10Até então, por exemplo,
12:13tinha tido o caso do terreno do Instituto.
12:15O terreno do Instituto, bem ou mal,
12:17era para o Instituto Lula,
12:18não era para a pessoa física dele.
12:21E além do que, você vai fazer...
12:22Quando eu vi lá e eu soube,
12:24tinha um bando de gente
12:26trabalhando na obra.
12:28Quer dizer, a dificuldade de você manter isso
12:30em sigilo em algum momento,
12:31vazar, era enorme.
12:33Marcelo também confessou o pagamento
12:34de 200 milhões de reais em propinas
12:36para Lula e Antônio Palocci,
12:37mas contou que eles queriam mais que isso.
12:40Teve alguns pedidos de propina
12:41que inclusive foram negados,
12:43com base na existência da planilha italiana
12:45e que imagino que outras empresas
12:47acabaram tendo que pagar.
12:49Por exemplo, a questão de Belo Monte,
12:51a questão de sondas.
12:52Segundo Marcelo, o PT pedia tanta propina
12:54que de tempos em tempos,
12:56seu pai tinha de negociar
12:57com o chefão do partido.
12:59Em vários momentos,
13:00reclamei de valores muito altos.
13:01Falei com meu pai e, de alguma maneira,
13:03ele ia lá e reclamava com o Lula.
13:05Marcelo ainda calou a boca
13:07do advogado de Lula, Cristiano Zanin,
13:09dizendo que o que complicou muito
13:11a vida de seu cliente
13:12não foram os meus relatos,
13:14foram meus e-mails.
13:15Em suma, as provas são tangíveis
13:17contra Lula, o amigo de Emílio,
13:20e é por isso que seus advogados
13:21em todas as esferas
13:22apelam ou ameaçam apelar
13:24as chicanas jurídicas.
13:26Felizmente, Moro e Bolsonaro
13:27apoiam a tramitação do projeto
13:29para explicitar na lei
13:31a autorização à prisão de condenados
13:32em segunda instância,
13:34o que pode impedir
13:34outra chicana do STF
13:36para libertar Lula
13:37e mais 169 mil presos
13:39em 10 de abril de 2019,
13:42sobretudo se algum ministro
13:43pedir vista
13:44enquanto o projeto
13:44tramita no Congresso.
13:46Quem tentou se antecipar
13:47em abrir as portas da cadeia
13:49foi Marco Aurélio Mello,
13:50irritadinho com o que chama
13:51de manipulação de pauta
13:53no Supremo.
13:54Em 19 de dezembro,
13:55no apagar das luzes do Judiciário,
13:57o ministro atropelou
13:58a decisão do plenário de 2016
14:00e mandou soltar
14:01todos os presos condenados
14:02em segunda instância,
14:04despertando reações indignadas
14:05de brasileiros
14:06em todo o país.
14:07A defesa de Lula
14:08apresentou à juíza Carolina Lebos
14:10pedido de liberdade do petista
14:11apenas 48 minutos
14:13após a decisão de Marco Aurélio,
14:15solicitando também
14:16a dispensa do exame
14:17de corpo de delito
14:17para agilizar a soltura.
14:19Mas Lebos pediu
14:20manifestação do MPF,
14:22irritando petistas como Glaze
14:24para quem isto foi
14:25uma afronta à Suprema Corte,
14:27ensejando até pena de prisão.
14:28Isso mesmo, Glaze queria
14:30prender a juíza
14:31por não soltar
14:32o criminoso Lula
14:33imediatamente.
14:34Para sua tristeza,
14:35Raquel Dodd pediu
14:36ao presidente do STF,
14:37Dias Toffoli,
14:38a suspensão
14:39da liminar de Marco Aurélio,
14:40alegando que a decisão
14:41seria um triplo retrocesso
14:42para o sistema de precedentes,
14:44para a persecução penal
14:45e para a credibilidade
14:46da justiça,
14:47provocando grave lesão
14:49à ordem
14:49e à segurança.
14:51No começo da noite,
14:52Toffoli,
14:52pressionado,
14:53derrubou a liminar
14:54de modo que Lula
14:55deve continuar na cadeia,
14:56no mínimo,
14:57até o tema ser rediscutido
14:58em plenário
14:59em 10 de abril.
15:00Um alívio temporário
15:01para os brasileiros de bem
15:02que não têm bandidos
15:03de estimação.
15:05Ainda em 6 de novembro,
15:06depois do anúncio
15:07de sua equipe de transição,
15:09Bolsonaro chegou
15:09pela primeira vez
15:10à Brasília
15:10como presidente eleito
15:12e fez um breve discurso
15:13na Câmara dos Deputados
15:14durante a cerimônia
15:15de celebração
15:16dos 30 anos
15:16da Constituição
15:17de 1988.
15:19Bolsonaro disse
15:20que a Constituição
15:21é o único norte
15:21da democracia.
15:23Estamos aqui
15:24num dos centros
15:26do poder.
15:27Juntos,
15:28Executivo,
15:29Legislativo e Judiciário.
15:31Tenho um compromisso,
15:31como agora há pouco
15:32discursou aqui
15:33o nosso presidente
15:34do Supremo Tribunal Federal,
15:36ministro Toffoli.
15:38A responsabilidade
15:39é de todos nós.
15:41Pedimos a Deus
15:42que nos ilumine.
15:44agradeço por ele
15:46ter salvo a minha vida
15:47há pouco tempo
15:48e dizer a todos
15:50na topografia
15:53existe três nortes.
15:55O da quadrícula,
15:56o verdadeiro
15:57e o magnético.
15:58Mas na democracia
15:59só o norte.
16:00É o da nossa Constituição.
16:04Juntos,
16:06existe juntos
16:07o presidente
16:07Toffoli,
16:10querido Rodrigo Maia,
16:14e demais autoridades
16:15aqui da mesa.
16:18Vamos continuar
16:19Presidente
16:21Temer
16:21construindo
16:23o Brasil
16:24que o nosso povo
16:25merece.
16:26Temos tudo,
16:27tudo para sermos
16:28uma grande nação.
16:30E a união de nós
16:32que no momento
16:33estamos aqui
16:34ocupando cargos
16:36chaves
16:37na República.
16:39Podemos sim
16:39mudar o destino
16:41dessa grande nação.
16:41acredito em Deus,
16:45acredito no povo brasileiro,
16:47acredito em nosso potencial.
16:49Meu muito obrigado
16:50a todos
16:50e peço a Deus
16:52que nos ilumine
16:53a todos
16:53para continuar
16:55traçando
16:57os destinos
16:59que o nosso povo
17:00merece.
17:01A felicidade
17:02e o Brasil
17:04acima de tudo
17:04e Deus acima de todos.
17:06Muito obrigado.
17:07No dia seguinte,
17:08Bolsonaro corrigiu
17:09uma declaração
17:09de Paulo Guedes
17:10que havia pedido
17:11uma prensa
17:11no Congresso
17:12a fim de que
17:13a reforma da Previdência
17:14fosse aprovada
17:14ainda neste ano,
17:16o que acabou
17:16não acontecendo.
17:17O que acontece
17:17com alguns
17:18do meu lado
17:18é que não tem
17:19a vivência política.
17:20Eu, apesar de ter,
17:21levo quantas vezes,
17:22levo um cascudo
17:23de vocês aí.
17:24Imagine quem não tem
17:25essa experiência.
17:26A palavra não é prensa,
17:27é convencimento.
17:29Considerando,
17:29para além de Guedes,
17:30que Eduardo Bolsonaro,
17:31filho de Jair,
17:32ainda havia defendido
17:33que o futuro
17:33presidente da Câmara
17:34haja como um trator
17:36diante dos partidos
17:37de esquerda da Casa,
17:38talvez fosse o caso
17:39de o presidente eleito
17:40dar o velho
17:41e bom conselho
17:42do poderoso chefão
17:43a todo o seu entorno.
17:44Por falar em poderoso chefão,
18:07a Operação Furna de Onça
18:09desbaratou o mensalinho
18:10de Sérgio Cabral
18:11que reproduziu
18:12na esfera estadual
18:13o mensalão petista.
18:14Ela revelou que um total
18:16de R$ 54,5 milhões
18:18foi pago em propinas
18:19mensais a deputados
18:21da Assembleia Legislativa
18:22do Estado do Rio de Janeiro,
18:23a LERJ,
18:24desde o segundo mandato
18:25de Cabral em 2011,
18:26em troca de votos
18:27para aprovação
18:28de projetos do governo.
18:29O operador dos mensalinhos
18:31era Carlos Miranda,
18:32comparsa do ex-governador.
18:34Mas o efeito
18:34de maior repercussão
18:35da Furna de Onça
18:36foi um relatório
18:37produzido pelo
18:38Conselho de Controle
18:39de Atividades Financeiras,
18:40Zuccoaf,
18:41sobre movimentações
18:42bancárias atípicas
18:43de funcionários
18:44da LERJ.
18:45Segundo o documento,
18:46o PM Fabrício José
18:47de Carlos Queiroz,
18:48ex-assessor do agora
18:49senador eleito
18:50Flávio Bolsonaro,
18:51movimentou em sua conta
18:52R$ 1,2 milhão,
18:54valor considerado
18:55incompatível
18:56com seus vencimentos.
18:57Queiroz recebia
18:58da LERJ um salário
18:59de R$ 8.517
19:00e acumulava
19:01rendimentos mensais
19:02de R$ 12.600
19:03da Polícia Militar.
19:05Flávio Bolsonaro
19:06falou ao antagonista
19:07sobre a parte
19:08que lhe toca.
19:09Olá Felipe,
19:10ouvintes,
19:11eu passei a semana
19:12toda em Brasília,
19:13fui surpreendido
19:14com essa matéria
19:14envolvendo o Fabrício
19:15Queiroz,
19:17que apesar de ser
19:17meu ex-assessor,
19:19ele foi exonerado
19:19em outubro desse ano,
19:21a pedido para tratar
19:22da sua passagem
19:23na atividade,
19:24já que ele é
19:24policial militar,
19:26é uma pessoa
19:26que trabalhou comigo
19:27por mais de 10 anos,
19:28com quem eu construí
19:29todo um vínculo
19:30de amizade
19:31e de confiança.
19:33Prova disso é que
19:33até familiares dele
19:35estão empregados
19:36no meu gabinete,
19:37com base
19:38no pedido dele
19:39de oportunidade,
19:39eu dei
19:40e me entregam
19:41o resultado
19:41nas regiões
19:43onde eles trabalham,
19:44de Jacarepaguá,
19:45Oswaldo Cruz,
19:46São João de Meriti,
19:48eu sou muito bem votado,
19:50eu sei que é
19:50futuro trabalho deles,
19:52então assim,
19:53não tenho o que falar,
19:54eu não encontrei
19:54com ele ainda,
19:56acho que ele tem
19:56que dar algum
19:57estarecimento,
19:58já que há uma
19:59suspeita de movimentação
20:01atípica
20:01na sua conta bancária,
20:05e eu,
20:05na minha parte,
20:06não tenho nada a esconder,
20:07o meu gabinete,
20:08as nomeações
20:08são publicadas
20:09em diário oficial,
20:10estão abertas
20:11para todo mundo,
20:12as minhas declarações
20:13de imposto de renda
20:14estão na internet
20:15também,
20:16são de acesso público,
20:20presto conta
20:20de tudo o que eu faço,
20:22agora eu não posso também
20:23tomar conta
20:24do que os outros fazem
20:25na vida pessoal,
20:27na vida particular,
20:27quando eu sei
20:29de alguma coisa
20:29eu tomo providência,
20:31quando eu não sei
20:31eu não tenho o que fazer,
20:33a pessoa tem que falar
20:34e esclarecer
20:35e eu acho que é isso
20:36que ele vai fazer
20:36tão logo aí
20:38tiver oportunidade
20:39junto ao Ministério Público
20:40que é quem está fazendo
20:41essa apuração,
20:43tá bom?
20:45Estou à disposição
20:45para a COAF
20:46e agradecimentos.
20:47Forte abraço a todos.
20:48Mas o relatório do COAF
20:49ainda apontou
20:49pagamento de 24 mil reais
20:51feito por Queiroz
20:52para a esposa
20:53de Jair Bolsonaro
20:54e futura primeira-dama
20:55Michele.
20:56O presidente eleito
20:57deu sua explicação
20:58à imprensa.
20:59Eu conheço o senhor
20:59Queiroz
21:00desde 1984.
21:02Então vamos aí
21:0334 anos.
21:06Depois nos encontramos
21:08novamente
21:08com o deputado federal
21:09e o exagento
21:10da Polícia Militar
21:10do Rio de Janeiro.
21:12Somos para que exista.
21:14Nasceu ali uma
21:15continuo com a amizade
21:16e em muitos momentos
21:18já no rosto
21:19perto,
21:20no entendo,
21:21mais barato possível
21:22até porque me interessava
21:23que tinha uma segurança
21:23e policial no meu lado.
21:25Por um tempo de quando
21:26eu trabalhava
21:26com o meu filho
21:27em outras oportunidades
21:29o João
21:29socorria financeiramente.
21:31Nessa última
21:32agora
21:32houve um acúmulo
21:34de dívida
21:35para a companhia.
21:36Ele resolveu
21:37então
21:37de pagar
21:38com cheques.
21:40Não foram
21:40não foi um cheque
21:41de 24 mil reais.
21:42Não foi um cheque.
21:43Nem seis cheques
21:45de 4 mil reais.
21:45Na verdade
21:46dez cheques
21:47de 4 mil reais.
21:49E assim foi feito.
21:49Eu não vou ter
21:50na minha conta
21:50porque é a questão de
21:51eu tenho dificuldade
21:53para ir em banco,
21:54andar na rua.
21:54Deixei para que expor
21:55lamento o constrangimento
21:57que ele está passando
21:58a sua família tocante
22:00a isso.
22:00Mas
22:00ninguém
22:01recebe
22:03ou dá
22:04dinheiro
22:04por um cheque
22:05e não me não
22:06meu Deus do céu.
22:06Isso é normal,
22:08natural.
22:08Isso não existe.
22:09Eu espero
22:10que ele se explique.
22:11Eu não conversei
22:12comigo.
22:13Se ele quiser
22:15conversar comigo
22:16eu acho que
22:16isso aí é prudente.
22:17Mas conversaria.
22:18O Flávio repassou
22:19a história
22:19que ele disse
22:20que teve uma história
22:20convincente.
22:21O Flávio está
22:22bastante abatido
22:23também.
22:24Na conta do que eu
22:25não tenho nada a falar.
22:26Eu não conheço
22:27a conta dele.
22:27Foi da minha esposa
22:28toda e considerava a minha.
22:30Só não foi da minha conta
22:31foi a questão
22:32de mobilidade minha
22:33que o olho
22:33no acalhefado
22:34o tempo todo
22:34vai embora.
22:35pode considerar
22:36a minha conta.
22:38Olha só.
22:40O volume
22:40que foi
22:41o empréstimo
22:43esse avulomando
22:44eu não posso
22:44de um ano
22:45para outro
22:46dar mais 10 mil
22:46mais 15 mil.
22:47Se eu errei
22:49foi avulomando
22:50o empréstimo.
22:51Se eu errei
22:52eu abro
22:53a minha responsabilidade
22:54perante.
22:54A maior parte
22:55dos depósitos
22:56em espécie
22:56na conta de Queiroz
22:57coincidem com as datas
22:58de pagamento na LERJ.
23:00Nove assessores
23:00de Flávio Bolsonaro
23:01incluindo uma filha
23:02de Queiroz
23:03que também trabalhava
23:04como personal trainer
23:05repassaram dinheiro
23:06para o então assessor
23:07o que levou
23:08as suspeitas
23:09de pedágio pago
23:10pelos funcionários
23:11em troca
23:11da própria contratação
23:13e até
23:13de uma funcionária
23:14fantasma.
23:15Em transmissão
23:16nas redes sociais
23:17Jair Bolsonaro
23:17disse que se algo
23:18estiver errado
23:19que paguemos a conta
23:20e reafirmou
23:21que combaterá
23:22a corrupção
23:22em seu governo.
23:24Flávio Bolsonaro
23:25reiterou depois
23:26que não fez
23:26nada de errado
23:27que não existe
23:28passar a mão
23:29na cabeça
23:29de quem errou
23:30e que quem devia
23:31esclarecer o caso
23:32era Queiroz.
23:33O problema
23:34é que o ex-assessor
23:34não compareceu
23:35aos primeiros depoimentos
23:36marcados pelo Ministério
23:38Público do Rio
23:38sob a alegação
23:39de problemas de saúde.
23:41Depois das ausências
23:42acabou dizendo
23:43em entrevista ao SBT
23:44que está com um tumor
23:45maligno no intestino
23:46foi constatado um câncer
23:48e tem que operar
23:49o mais rápido possível.
23:50Alegou ter movimentado
23:51dinheiro em sua conta
23:52em razão de compra
23:54e revenda de carros.
23:55Confirmou que passou
23:5610 cheques de R$ 4 mil
23:57para quitar um empréstimo
23:59de R$ 40 mil
24:00feito a ele
24:01por Jair Bolsonaro
24:02e isentou Jair,
24:03Michel e Flávio
24:04de qualquer responsabilidade
24:05sobre os negócios dele
24:06afirmando que dará
24:08maiores detalhes
24:09ao MP.
24:10Uma história
24:10mal contada
24:12que ainda renderá
24:13desgaste aos Bolsonaro
24:14em 2019.
24:16Apesar do foco
24:17do debate público
24:17no gabinete
24:18do filho do presidente eleito,
24:20Flávio é o número 17
24:21da lista do COAF
24:22de deputados do Rio
24:23em volume de dinheiro
24:24movimentado por assessores.
24:26E adivinhe
24:27de qual partido
24:28é o deputado
24:28cujos assessores
24:29movimentaram
24:30o maior volume?
24:31Do PT, claro.
24:32O mesmo partido
24:33que entrou
24:33com representações
24:34na PGR
24:35pedindo apuração
24:36de Queiroz
24:37e da família Bolsonaro.
24:38Quatro assessores
24:39do petista
24:40André Ceciliano
24:41movimentaram
24:41um total
24:42de R$ 49 milhões
24:43e R$ 300 mil,
24:44sendo que só
24:45Elisângela Barbieri
24:46movimentou R$ 26 milhões
24:47e R$ 500 mil.
24:49Claro que todos
24:49os casos
24:50têm de ser apurados
24:51e eventuais envolvidos
24:52em esquemas ilícitos
24:53punidos,
24:54sejam eles
24:55ou elas
24:56quem forem.
24:57Mas que o PT,
24:57como sempre,
24:58quer limpar a própria sujeira
24:59na eventual sujeira
25:00dos outros,
25:01não resta dúvida.
25:03O problema para o PT
25:04é que a exposição
25:04da sujeira de Lula
25:06só aumenta.
25:07Léo Pinheiro,
25:08ex-presidente da empreiteira OAS,
25:09que também tinha
25:10contratos públicos
25:11com a Petrobras
25:12no governo petista,
25:13confirmou à juíza
25:14Gabriela Hart
25:15que Lula lhe pediu
25:15pessoalmente
25:16para reformar
25:17o sítio de Atibaia.
25:18Ele me explicou
25:19que queria fazer
25:21uma reforma,
25:23não era uma reforma
25:24grande,
25:25num sítio
25:26em Atibaia,
25:28e era
25:29numa sala
25:32e numa cozinha.
25:34E também tinha
25:34um problema
25:35num lago
25:35que estava dando
25:36infiltração.
25:38Se eu podia
25:38mandar alguém,
25:40uma equipe,
25:41para dar uma olhada,
25:42tal, ele disse,
25:42não, presidente,
25:43eu gostaria
25:44de ir pessoalmente
25:45no seu marco
25:46dia que eu
25:47vou estar presente.
25:48Pinheiro acrescentou
25:49que Lula lhe pediu
25:49descrição porque
25:50não queria que os
25:51operários fossem
25:52identificados
25:53como funcionários
25:54da OAS.
25:55Tudo bem,
25:57pode iniciar
25:58o serviço.
25:59Eu só lhe pediria,
26:00Léo,
26:00que as pessoas
26:03não se apresentassem
26:05na cidade de Atibaia,
26:06questão de sigilo,
26:08que as pessoas
26:09não tivessem
26:10uniforme,
26:10essas coisas
26:11da OAS,
26:11que não tivessem
26:12nenhuma identificação.
26:13Ora,
26:13se a reforma
26:14não fosse propina,
26:15por que pedir
26:15que operários
26:16de uma empreiteira
26:17do Petrolão
26:17fossem discretos?
26:19O relato indica
26:19a consciência
26:20de Lula
26:20tanto do ato
26:21ilícito,
26:22do qual seria
26:23beneficiado,
26:24quanto do risco
26:24de ser descoberto.
26:26Segundo Pinheiro,
26:27Lula queria que a equipe
26:28usada na reforma
26:29do Triplex
26:29também atuasse
26:30no sítio,
26:31mas a ideia
26:31não vingou
26:32completamente
26:32por causa
26:33da distância
26:34entre as duas cidades.
26:35O presidente
26:35até tinha me sugerido
26:36pegar o mesmo pessoal
26:37que estava fazendo
26:38o Triplex.
26:39Eu, na época,
26:41era uma empresa
26:43subcontratada nossa,
26:45a Talento,
26:46que fez o Triplex
26:47do Guarajá.
26:48E que esse serviço
26:49foi muito menor
26:50e ia ser feito
26:51por pessoas nossas
26:51mesmo que ficariam
26:52morando no sítio.
26:53Ou seja,
26:54tratamento VIP
26:55do jeito
26:55de que Lula gosta.
26:57E ele próprio
26:58também depois a juíza.
27:00Logo no começo,
27:01Lula já se fez
27:01de sonso
27:02sobre a própria acusação,
27:03dizendo imaginar
27:04que pesava contra ele
27:05a de ser dono
27:06do sítio de Atibaia.
27:08Gabriela, então,
27:08se deu ao trabalho
27:09de explicar
27:10que a acusação principal
27:11é de que Lula
27:12foi beneficiário
27:13de reformas feitas
27:14no sítio
27:14por conta do pecuarista
27:16amigo dele,
27:16José Carlos Bunlai,
27:18e das empreiteiras
27:18Odebrecht e OAS.
27:20O petista, então,
27:21tentou desestabilizar
27:22a juíza
27:23e se deu mal.
27:24Doutor, eu só queria
27:25perguntar para o meu
27:26esclarecimento
27:26porque eu estou disposto
27:28a responder
27:29toda e qualquer pergunta.
27:31Eu sou dono
27:32do sítio ou não?
27:33Isso o senhor
27:34que tem que responder,
27:35não eu, doutor,
27:35e eu não estou
27:36sendo interrogada
27:37nesse momento.
27:37Não, eu tenho que responder
27:37quem me acusou.
27:38Doutor,
27:39e esse é um interrogatório,
27:40senhor ex-presidente,
27:41esse é um interrogatório,
27:42e se o senhor começar
27:43nesse tom comigo,
27:44a gente vai ter problema.
27:45Então, vamos começar
27:46de novo.
27:47Eu sou a juíza
27:48do caso,
27:49eu vou fazer as perguntas
27:50que eu preciso
27:50para que o caso
27:51seja esclarecido,
27:52para que eu possa sentenciá-lo
27:54ou algum colega
27:55possa sentenciá-lo.
27:56Que bela enquadrada, hein?
27:57Mas o tom de Lula
27:58não mudou.
27:59Na falta de argumento jurídico,
28:01posou novamente de vítima
28:02de uma trama
28:03para impedi-lo
28:03de vencer a eleição.
28:05Mas se ele fugir do assunto
28:06e começar com o discurso político,
28:08doutor, infelizmente,
28:09eu estou comandando a audiência,
28:11eu vou ter que cortar.
28:12Doutora,
28:13o problema é que esse assunto
28:15não tem um tema específico,
28:16porque inventou-se
28:17duas palavras mágicas,
28:19o PowerPoint e o contexto.
28:21Isso já foi passado
28:23no passado.
28:23E nessas duas palavras
28:23parece uma caçamba
28:25de jogar problema.
28:26Vamos às perguntas.
28:26Então tudo está dentro do contexto,
28:28porque a mentira tem que ser...
28:29Senhor ex-presidente,
28:30o senhor está aqui
28:30para se defender,
28:31o senhor fica tranquilo
28:32se for mentira.
28:33Se for mentira,
28:34o órgão acusador
28:35do Ministério Público
28:36não tem interesse
28:37em condenar pessoas
28:38por fatos que são falsos.
28:39Então o senhor fica tranquilo
28:40com relação a isso.
28:40Você já conseguiu
28:41até me tirar
28:42do processo eleitoral.
28:43Senhor ex-presidente,
28:44não foi o senhor...
28:44Porque eu sabia
28:44que se eu fosse candidato
28:45eu ganhava no primeiro turno
28:47das eleições.
28:47Para conter os desvarios
28:51políticos do réu,
28:52a juíza disse
28:53que iria interromper o áudio.
28:55Questionado depois
28:55se ocupava o quarto principal
28:57quando frequentava o sítio,
28:59já que seus pertences
28:59foram lá encontrados
29:00pela PF,
29:01Lula reagiu com insolência.
29:03Mas o senhor
29:03que ocupava o quarto principal?
29:06Quando me dava,
29:07eu ocupava.
29:09Mas os objetos pessoais
29:10estavam lá?
29:11Isso era uma deferência
29:12que eu recebia
29:14tanto lá na chácara
29:15quanto eu recebia
29:16no Palácio da Rainha
29:17da Inglaterra,
29:18no Palácio da Rainha
29:19da Suécia,
29:20em vários lugares
29:21que eu frequentei,
29:22inclusive no Kremlin.
29:23Sabe,
29:24eu tive o prazer
29:24de ser convidado
29:25a dormir no Kremlin.
29:27Eu não sei o que
29:28que o Ministério Público
29:28viu de absurdo isso.
29:30Ora, é muito simples.
29:32Nem os Palácios
29:32das Rainhas
29:33da Inglaterra
29:34e da Suécia,
29:34nem o Kremlin
29:35foram reformados
29:36por empreiteiras
29:37beneficiadas
29:38com contratos públicos
29:39no esquema de corrupção
29:40da Petrobras
29:41durante os governos do PT.
29:43Nem Lula,
29:43até onde se sabe,
29:44dormia nas suítes
29:45das Rainhas
29:46ou do presidente
29:47da Rússia.
29:48Sobre o pedido
29:49de reforma do sítio,
29:50até Emílio Odebrecht
29:51disse que ele foi feito
29:52por Marisa Letícia,
29:53que ainda acompanhou
29:54Bonlai
29:54e o ex-assessor especial
29:55da Presidência
29:56da República,
29:57Rogério Aurélio Pimentel,
29:59segundo o relato
30:00dos dois,
30:00mas Lula
30:01não incriminou
30:02diretamente a esposa,
30:03apenas disse ter dúvida
30:04de que ela pediu.
30:05É como se ele e Lula
30:06nada tivesse a ver
30:07com o pedido.
30:08Já a dona Marisa,
30:10ele não sabe ao certo.
30:11Eu tenho muita dúvida
30:12se a dona Marisa
30:14pediu para fazer a reforma.
30:15Tenho muita dúvida.
30:16Como ela não está aqui
30:16para se explicar,
30:18eu fico com a minha dúvida.
30:19Eu, sinceramente...
30:20O senhor Boulay
30:20e o senhor Aurélio,
30:22que foram ouvidos
30:24essa semana,
30:25relataram
30:26que eles foram junto
30:27com a dona Marisa...
30:27Além de alegar
30:49não saber se a dona Marisa
30:50fez o pedido,
30:51Lula disse que nunca
30:52perguntou a Boulay
30:53nem ao proprietário formal
30:54do sítio,
30:54Fernando Bittar,
30:56acusado de ser seu laranja,
30:57por que Boulay
30:58fez ou quis pagar
30:59pelas obras.
31:01O senhor perguntou
31:02a Boulay
31:03por que ele fez as obras
31:04ou quis pagar pelas obras?
31:05Eu nunca perguntei
31:06nem para o Boulay
31:07nem para ninguém.
31:07Nem para o senhor Fernando Bittar?
31:08Nem para ninguém.
31:09Eu não sou daquele cidadão
31:10que entra na casa dos outros
31:11e vai abrir na geladeira.
31:13O senhor ex-presidente...
31:13Ora, eu respeito...
31:15O cara tem a propriedade.
31:16O cara me emprestava a propriedade.
31:18Eu vou ficar perguntando
31:20o que você fez...
31:20O senhor ex-presidente...
31:21O senhor fez...
31:22Isso não faz parte...
31:23O senhor perguntou
31:24isso para o senhor Fernando Bittar?
31:25Nunca perguntei.
31:26O senhor perguntou
31:27o que você fez com...
31:28O senhor também nunca me falaram.
31:29Ok.
31:29Eles é que deveriam tomar
31:30a iniciativa e me falar.
31:31Como ele não tinha
31:32obrigação de me falar,
31:34eu não tinha
31:34obrigação de perguntar.
31:35Tudo bem.
31:36Tem um tipo de gente xereta, né?
31:37Tem um tipo de gente
31:38chegando em cada adulto
31:39e quer perguntar
31:39o que que fez aquilo,
31:40quem comprou aquilo...
31:41Sabe?
31:42Eu não falo...
31:42Lula não faz mesmo tipo
31:43que entra na casa dos outros
31:44e vai abrindo a geladeira.
31:46Lula, na verdade,
31:47vai abrindo a adega,
31:48dormindo no quarto principal,
31:50instalando uma cozinha
31:51igual do triplex do Guarujá,
31:52usando a piscina,
31:53na sal, no campo de futebol,
31:55disponibilizando no lago
31:56pedalinhos gravados
31:57com os nomes dos próprios netos,
31:59essas atividades básicas.
32:01O senhor,
32:02depois que tomou conhecimento
32:03que essas obras foram feitas
32:05pretensamente para o senhor,
32:07o senhor não quis procurar
32:08as pessoas para pagar
32:09por elas.
32:10O senhor confirma?
32:11As obras não foram feitas
32:12para mim.
32:13Ok.
32:13Portanto, eu não tinha que pagar
32:14porque achei que o dono
32:15tinha pago.
32:16Mas o dono do City
32:17falou que não ia pagar
32:18porque achou que o senhor
32:19ia pagar.
32:19Mas ele falou...
32:21Paciência.
32:21Que não é delator, por sinal.
32:23Eu sei, mas se ele falou
32:24que não pagou,
32:25achando que a Marisa
32:26tinha pago,
32:28eu não tenho mais como
32:29perguntar.
32:29Veja o que Fernando Bittar
32:30havia dito à juíza.
32:31Vou falar uma coisa
32:32para a senhora.
32:33Eu imaginei que eles
32:34estavam pagando.
32:35Na minha cabeça.
32:36O senhor presidente?
32:36Tinha a Marisa
32:38e o presidente Lula.
32:39Eles que estavam pagando.
32:40Então, na minha cabeça
32:40não tinha nada ilícito.
32:43Não tem nada de ilícito
32:44no fato desse estar pagando.
32:45Ah, uma grande empreiteira.
32:48Na minha cabeça,
32:48desculpa, doutora,
32:49mas o presidente Lula
32:50saiu com uma popularidade enorme
32:51e as pessoas queriam
32:52agradar a ele.
32:53Ele era um cara querido.
32:54Não, agradar uma coisa,
32:55mas pagar uma reforma
32:55de 700 mil, 300 mil?
32:57Não, não pagar.
32:58Ele pagar.
32:59Ele contratar uma empresa
33:00e pagar, não vejo problema.
33:01Se ele pagasse,
33:02se tivesse feito,
33:03aí a questão pode ser ética,
33:05pode ser uma discussão,
33:06mas do ponto de vista
33:08de negociar,
33:10não tinha nenhuma.
33:11Na minha cabeça,
33:11eles estão pagando a obra.
33:12Que bela intervenção
33:13de Gabriela, hein?
33:15Agradar
33:15é propina, Bittar.
33:16Lula ainda foi dizer
33:18que o MPF
33:18deveria perguntar
33:19para o Léo Pinheiro
33:20da OAS
33:21por que ele não cobrou
33:22pela reforma do sítio,
33:23ao que um membro
33:24do MPF
33:25respondeu tranquilamente
33:26que Léo Pinheiro
33:27disse que não cobrou
33:27porque fez a obra
33:28em benefício de Lula.
33:30Chama-se propina
33:31isso também.
33:31O que eu acho grave
33:33que você deveria perguntar
33:34era por que o Léo
33:36não cobrou.
33:39Por que o Léo
33:39não cobrou?
33:40O cara que tem que receber
33:42é o cara que vai
33:43todo santo dia cobrar.
33:44O cara que tem que pagar
33:46se puder nem passa perto.
33:47O senhor Léo Pinheiro
33:48não cobrou
33:49porque ele disse
33:51que fez a obra
33:52em benefício do senhor.
33:53Você vai debater agora?
33:54Não, eu tô falando,
33:55eu tô explicando,
33:55eu vou perguntar.
33:56Não cabe esse debate.
33:57Com Lula encurralado,
33:59o advogado cristiano Zanin
34:00tentou vir em seu socorro,
34:02como quem cobra
34:03que seu cliente
34:04minta à vontade
34:04sem ser refutado.
34:06Aqui não, Zanin.
34:07Que o diga a Gabriela
34:08alvo daquilo
34:09que na boca
34:09de qualquer direitista
34:11teria sido tratado
34:12como um ataque machista
34:13com ampla repercussão
34:14e escândalo internacional.
34:16Lula mostrou
34:17que o machismo
34:18não tem ideologia.
34:19Também a senhora sabe
34:20que,
34:22não sei se a senhora é casada,
34:23mas seu marido
34:24entende pouco de cozinha
34:25como eu.
34:25Eu não discuto cozinha.
34:26Eu não discuto cozinha
34:28e, portanto,
34:29não era comigo esse assunto.
34:30Cadê as feministas
34:31numa hora dessa?
34:32Estão guardando
34:33a sua indignação seletiva
34:34para um momento
34:35mais oportuno?
34:36Mas a frase do ano
34:37veio quando o ressentido
34:39Lula atacou delatores
34:40que, segundo ele,
34:41roubam,
34:42depois fazem delação
34:43e ficam com um
34:44ou dois terços do roubo.
34:45Nunca foi tão fácil
34:46ser ladrão nesse país.
34:48Graças a Lava Jato,
34:49não é mais tão fácil
34:50assim, Lula.
34:51Por isso,
34:51a tendência
34:52é você ser condenado
34:53de novo.
34:54Repita comigo,
34:54nunca foi tão fácil
34:56uma mulher
34:57condenar um homem
34:57nesse país.
34:59Até porque o MPF
35:00acabou reforçando
35:01o pedido de condenação
35:02para Lula
35:02e mais R$ 12 na ação penal
35:04referente ao sítio
35:05de Atibaia.
35:06Já o juiz
35:07Valisneide Oliveira,
35:08de Brasília,
35:09recebeu a denúncia
35:09do quadrilhão do PT
35:10feita pelo ex-PGR
35:12Rodrigo Janot
35:12e tornou réus
35:13Lula, Dilma,
35:14Palocci,
35:15Mântega e Vacari
35:16por organização criminosa.
35:17Os petistas são acusados
35:19de desviar ao todo
35:20R$ 1,4 bilhão
35:21nos governos
35:22de Lula e Dilma
35:23por meio de crimes
35:24praticados no âmbito
35:25da Petrobras
35:26e do Ministério
35:27de Minas e Energia
35:27com a participação
35:29de OAS,
35:29Odebrecht,
35:30Andrade Gutierrez
35:31e UTC,
35:32além da holding
35:32J&F dos irmãos Batista.
35:35Pelas pedaladas fiscais,
35:36porém,
35:37Dilma escapou da cadeia
35:38porque seu crime,
35:39acredite,
35:39preescreveu.
35:41Só por isso,
35:41o Ministério Público Federal
35:42deixou de denunciá-la.
35:44O juiz Francisco Codevilla,
35:45porém, tornou réus
35:46Guido Mântega
35:47e Aldemir Bendini.
35:49Mas a sujeira petista
35:50não se limitou
35:51à esfera nacional.
35:52A Lava Jato em São Paulo
35:53ainda denunciou Lula
35:54pelo crime de lavagem
35:55de dinheiro
35:56no recebimento
35:57de R$ 1 milhão
35:57do Grupo ARG
35:59por meio do Instituto Lula.
36:01E-mails e cartas
36:01mostram que o petista,
36:03a pedido de Rodolfo Gianetti Gel,
36:05interveio junto
36:06ao ditador
36:06da Guiné Equatorial
36:07Teodoro Obiang
36:08para que o governo
36:09do país africano
36:10continuasse realizando
36:11operações comerciais
36:13com o Grupo ARG.
36:14O Instituto Lula
36:15ainda emitiu um recibo
36:16onde consta
36:17a doação
36:17de R$ 1 milhão,
36:19eufemismo para
36:20pagamento de vantagem
36:21a Lula
36:21em virtude da influência
36:23do ex-presidente do Brasil
36:24sobre o presidente
36:25de outro país
36:26no exercício
36:26de sua função.
36:27O MPF considerou
36:29ideologicamente
36:29falso o registro
36:30como doação,
36:31pois ele configura
36:32dissimulação da origem
36:33do dinheiro ilícito
36:34e, portanto,
36:35crime de lavagem de dinheiro.
36:37Lula, ao contrário de Gel,
36:38só escapou de ser denunciado
36:39também por tráfico
36:40de influência
36:41porque tem mais de 70 anos
36:43e este crime
36:43prescreveu para ele.
36:45Já Joesley Batista
36:46chegou a ser preso
36:47de novo,
36:47dessa vez pela Operação
36:48Capitu,
36:49baseada na delação
36:50de Lúcio Funar,
36:51operador do MDB.
36:52Foram decretadas
36:5319 prisões,
36:54entre elas
36:55a do ex-executivo
36:55da JBS,
36:56Ricardo Saud,
36:57e a de dois ex-ministros
36:58de Agricultura
36:59de Dilma Rousseff,
37:00o vice-governador
37:01de Minas Gerais,
37:02Antônio Andrade,
37:03e o deputado federal
37:04eleito pelo PP,
37:04Nery Geller.
37:05A operação
37:06investiga esquema
37:07de corrupção
37:07montado pela JBS
37:09no Ministério
37:10da Agricultura
37:10e possível obstrução
37:12dos colaboradores
37:13Joesley Saud.
37:14O caso mais exótico,
37:15porém,
37:16é o do advogado
37:17Matheus de Moura Lima Gomes,
37:18também preso na Capitu,
37:19que jogou dinheiro
37:20na privada
37:21quando os agentes
37:22chegaram em sua casa
37:23na região metropolitana
37:24de Belo Horizonte.
37:25De acordo com a PF,
37:26ele tentou se desfazer
37:27de cerca de 3 mil reais.
37:30Mas todos os presos
37:31exclusivamente pela Capitu,
37:33que não era o caso
37:33de Eduardo Cunha,
37:34foram soltos
37:35por decisão
37:36de Nefi Cordeiro,
37:37do STJ,
37:38inclusive Joesley,
37:39liberado para passar
37:40o Réveillon
37:40na Praia do Forte,
37:41no litoral da Bahia,
37:42na casa de seu sogro.
37:44Graças também
37:44a esse mesmo ministro,
37:46Nefi Cordeiro,
37:46que havia derrubado
37:47a decisão do TRF3
37:49de impor
37:49tornozeleira eletrônica
37:50a Cesare Battisti,
37:52o terrorista italiano
37:53de esquerda,
37:54a quem Lula
37:54deu refúgio no Brasil
37:55em 2010,
37:56foi dado como foragido
37:58pela PF
37:58após Luiz Fux
38:00mandar prendê-lo.
38:01A decisão de Fux
38:02atendeu a pedido
38:02da Interpol
38:03e foi seguida
38:04pelo decreto
38:05de extradição
38:05para a Itália
38:06assinado por Temer,
38:07como Bolsonaro
38:08havia dito
38:08que faria em seu governo.
38:10Em dezembro,
38:11a PF ainda cumpriu
38:12mandados expedidos
38:13por Marco Aurélio Mello
38:14em imóveis
38:14do senador Tucano
38:15e da irmã dele,
38:16Andréa Neves,
38:17no Rio de Janeiro
38:18e em Minas Gerais.
38:19De acordo com depoimentos
38:20de Joesley Batista
38:21e Ricardo Saldi
38:22do Grupo JIF,
38:24Aécio captou
38:25R$ 128 milhões
38:26em vantagens indevidas,
38:28sendo R$ 109,3 milhões
38:29para a campanha
38:30à presidência de 2014.
38:32Do valor total,
38:33segundo a PGR,
38:34foram doados
38:35R$ 64,6 milhões
38:37a diretórios
38:38e candidatos tucanos
38:39naquele ano,
38:40R$ 20 milhões
38:41ao PTB
38:42e R$ 15 milhões
38:43ao Solidariedade
38:44de Paulinho da Força
38:45em troca de apoio
38:46à candidatura
38:47de Aécio
38:48e mais R$ 10,3 milhões
38:50para candidatos
38:52do DEM,
38:52PTN,
38:53PTC,
38:53PSC,
38:54PSDC,
38:55PT do B,
38:56PEM,
38:56PMN e PSL,
38:58anos antes, obviamente,
38:59de Bolsonaro filiar
39:00seu partido.
39:01Vale lembrar que,
39:01em 2014,
39:02a JBS,
39:03do mesmo grupo,
39:04o JIF,
39:04havia separado também
39:05R$ 40 milhões
39:06para o PT
39:07e sua campanha presidencial,
39:09segundo Ricardo Saldi,
39:10mas as demandas
39:11ou pedido de propina
39:12eram tantas
39:13que, ao final da eleição,
39:14a empresa havia repassado
39:15cerca de R$ 350 milhões
39:17para o PT.
39:19Saldi contou ter comprado,
39:21a pedido do tesoureiro
39:22da campanha
39:22de Dilma e Edinho Silva,
39:24partidos da coligação
39:25da chapa Dilma Temer,
39:26como PR,
39:27PP,
39:28PRB e PCdoB.
39:29As empresas
39:30de Joesley Batista,
39:31obviamente,
39:32financiavam as candidaturas
39:33rivais de PT e PSDB
39:35para obter decisões favoráveis
39:36de quem quer que fosse
39:38o presidente eleito.
39:39E na disputa
39:40entre quem trapaceava mais
39:41para chegar ao poder,
39:43o PT acabou vencedor.
39:44Por falar em trapaças,
39:46Cuba anunciou a retirada
39:47do programa Mais Médicos
39:48do Brasil.
39:49A alegação foi
39:50de que as condições
39:51impostas pelo presidente eleito
39:52são inaceitáveis.
39:54Bolsonaro comentou no Twitter
39:55A posição de Bolsonaro
40:09foi elogiada em Washington
40:10pela secretária
40:11do Departamento de Estado
40:12para Assuntos da América Latina.
40:14Que bom ver o presidente eleito
40:16insistir em que os médicos cubanos
40:17no Brasil recebam
40:18seu justo salário,
40:20escreveu Kimberly Breyer.
40:21O médico ortopedista
40:22e deputado federal do DEM
40:24Luiz Henrique Mandetta,
40:25futuro ministro da Saúde,
40:27disse que o Mais Médicos
40:28era um convênio
40:28entre Cuba e o PT.
40:31Só entre 2013 e 2017,
40:33o Brasil pagou a Cuba
40:347 bilhões e 100 milhões de reais
40:36no âmbito do programa.
40:37Funcionava assim.
40:39O Ministério da Saúde
40:40transferia a Organização Pan-Americana
40:41de Saúde, OPAS,
40:43que é um braço da Organização Mundial
40:44de Saúde, OMS,
40:45o valor de R$ 11.520 por profissional.
40:49A OPAS, então, repassava
40:50aos contratados cubanos
40:51cerca de R$ 3.000.
40:53E a diferença,
40:54cerca de R$ 8.520
40:55ficava com a ditadura cubana.
40:58Ou seja, Cuba embolsava
40:59quase 75% do salário
41:01de cada profissional do país
41:03pago pelo governo do Brasil,
41:04com dinheiro dos pagadores
41:05de impostos brasileiros, claro.
41:07A ditadura providenciou voos
41:09para levar os trabalhadores
41:10escravos de volta
41:11e, como escravidão
41:12no dos outros é refresco,
41:13os petistas ainda espernearam
41:15contra Bolsonaro
41:16por supostamente ter deixado
41:17milhões de brasileiros
41:18sem atendimento médico.
41:20O Ministério da Saúde brasileiro,
41:21no entanto,
41:22abriu edital para substituir
41:24os médicos cubanos
41:25e, rapidamente,
41:26médicos brasileiros
41:27preencheram quase a totalidade
41:28do cadastro para as vagas.
41:30Apesar da gritaria petista
41:32de que poucos deles
41:33estavam realmente se apresentando
41:34aos postos indicados,
41:36ao fim do prazo de apresentação,
41:37em dezembro,
41:38o Ministério da Saúde informou
41:39que das 8.517 vagas disponibilizadas,
41:43apenas 106 não foram ocupadas.
41:46Não houve interessados
41:47no Distrito Indígena Médio Purus,
41:49no Amazonas
41:49e em outros dois municípios,
41:51Terra Santa, no Pará,
41:52e Castanheiras, em Rondônia.
41:54Já o ex-ministro da Fazenda,
41:55Joaquim Levy,
41:56se interessou pela presidência
41:57do BNDES,
41:58que vai assumir no governo Bolsonaro
42:00a convite de Paulo Guedes.
42:02Veremos se Levy vai abrir
42:03a caixa preta do Banco Estatal,
42:05que pode comprometer
42:06seus colegas de governo do PT.
42:08Para o Banco Central,
42:09foi indicado o economista
42:10Roberto Campos Neto
42:11e o secretário do Tesouro Nacional
42:12no governo Temer,
42:13Mansueto Almeida,
42:14permanecerá no cargo.
42:16Para o Ministério da Educação,
42:17Bolsonaro escolheu
42:18o colombiano naturalizado brasileiro
42:20Ricardo Vélez Rodrigues,
42:22filósofo e professor emérito
42:23da Escola de Comando
42:24do Estado-Maior do Exército.
42:26Já o novo ministro
42:27de Relações Exteriores
42:28será Ernesto Fraga Araújo,
42:29que desde 2016
42:30ocupava o cargo
42:31de diretor do Departamento
42:32de Estados Unidos, Canadá
42:34e Assuntos Interamericanos
42:35do Itamaraty.
42:36Araújo foi elogiado
42:37pelo chanceler de Temer,
42:38Aloysio Nunes,
42:39e alvo da ira do PT
42:40porque tinha um blog
42:41no qual fazia críticas
42:43ao partido.
42:44Em matéria de desgaste
42:45com indicações,
42:46Bolsonaro teve,
42:47com Onix Lorenzoni,
42:48que já havia confessado
42:49Caixa 2 no passado
42:50e voltou a ser alvo
42:51de pedido da PGR
42:52de abertura de inquérito
42:53para outro caso
42:54inconfessado da JBS,
42:56Tereza Cristina,
42:57engenheira agrônoma
42:58escolhida para a agricultura,
42:59que já concedeu benefícios fiscais
43:01para a mesma JBS,
43:02Luiz Henrique Mandetta,
43:03da Saúde,
43:04investigado por fraude
43:05à licitação
43:06em Caixa 2,
43:07e Ricardo Salles,
43:08do Meio Ambiente,
43:08condenado em primeira instância
43:09por improbidade administrativa
43:11em caso que ele atribui
43:12à militância ideológica
43:14de ONGs
43:14na área ambiental.
43:16Já a pena do petista
43:17José Dirceu
43:17na segunda condenação
43:18na Lava Jato
43:19foi mantida em oito anos
43:21e dez meses
43:21de prisão pelo TRF4.
43:23O ex-ministro mensaleiro
43:24recebeu aproximadamente
43:25R$ 2,1 milhões
43:26em propinas provenientes
43:28de contrato da Petrobras
43:30como a fornecedora de tubos
43:31e dirigiu o grupo político
43:33envolvido no esquema.
43:34O ex-diretor de serviços
43:35da estatal,
43:36Renato Duque,
43:37teve a pena
43:37por corrupção passiva
43:38mantida
43:39em seis anos
43:39e oito meses.
43:41No Rio,
43:41a Lava Jato ainda
43:42prendeu o governador
43:42Luiz Fernando Pezão
43:43do MDB.
43:44De acordo com Raquel Dodd,
43:45Pezão participou
43:46do esquema de corrupção
43:47do ex-governador
43:48Sérgio Cabral
43:49e depois organizou
43:50seu próprio esquema,
43:51tendo recebido
43:52no total
43:53cerca de R$ 40 milhões
43:54em valores ilícitos
43:55entre 2007 e 2015.
43:57O vice-governador
43:58Francisco Dornelis
43:59assumiu o governo
44:00até a posse
44:01do governador eleito,
44:02Wilson Witzel.
44:03Bolsonaro parabenizou
44:04a Lava Jato
44:05afirmando que a operação
44:06está tirando o país
44:07das mãos
44:08dos que estavam destruindo-o.
44:10Desde 1998
44:11foram presos
44:11todos os governadores
44:13do Rio,
44:13Antônio Garotinho,
44:14Rosinha Garotinho,
44:15Cabral e Pezão.
44:17Também foram presos
44:18todos os presidentes
44:18da Alerj
44:19de 1995 a 2017,
44:21Cabral,
44:22Jorge Pissiani,
44:22Paulo Mello,
44:2310 dos 70
44:24deputados estaduais,
44:265 dos 6 conselheiros
44:27do Tribunal de Contas
44:28do Estado
44:28e o Procurador-Geral
44:29do Ministério Público Estadual.
44:31É a propinolândia
44:32fluminense.
44:33Detalhe,
44:34as penas somadas
44:35de Cabral já chegam
44:36a 198 anos
44:37e 6 meses
44:38e agora ele ameaça
44:39delatar até nomes
44:40do Judiciário,
44:41dando início
44:42à Operação Lava Toga.
44:44Veremos se vai adiante.
44:45Enquanto a Lava Jato
44:46prende,
44:47no entanto,
44:48Temer e a maioria
44:48dos ministros do STF
44:49tentam indultar corruptos,
44:51mas o julgamento
44:52da Constitucionalidade
44:53do Decreto Presidencial
44:54de 2017
44:55que perdoa criminosos
44:57do colarinho branco
44:58que já tenham cumprido
44:59apenas 20%
45:00de suas penas
45:01foi interrompido
45:02por um pedido de vista
45:03feito por Luiz Fux
45:04quando o placar
45:05pelo indulto
45:05estava em 6 votos a 2.
45:07Os votos contrários
45:08foram do relator
45:08Luiz Roberto Barroso
45:10e de Luiz Edson Fachin,
45:11enquanto os favoráveis
45:12foram de Alexandre de Moraes,
45:13Rosa Weber,
45:14Ricardo Lewandowski,
45:15Marco Aurélio Mello,
45:16Gilmar Mendes
45:17e Celso de Mello.
45:18O advogado
45:19Cristiano Ascioli,
45:20de 39 anos,
45:21disse a Lewandowski
45:22no avião
45:22ainda em solo
45:23que o Supremo
45:24é uma vergonha.
45:25Foi o bastante
45:26para o ministro
45:27mandar a Polícia Federal
45:28prendê-lo.
45:29Ministro Lewandowski,
45:31o Supremo
45:33é uma vergonha, viu?
45:35Eu tenho vergonha
45:35de ser brasileiro
45:36quando eu vejo vocês.
45:38Você quer ser preso?
45:39Eu não posso me expressar?
45:41Chama a Polícia Federal,
45:42então.
45:43Chama a Polícia Federal,
45:44então.
45:44Chama a Polícia Federal.
45:45Chama a Polícia Federal.
45:46Chama.
45:47Porque eu falei
45:48que o Supremo
45:48é uma vergonha.
45:49Levandowski informou
45:57por sua assessoria
45:58que ao presenciar
45:59ato de injúria
46:00ao STF,
46:00sentiu-se no dever funcional
46:02de proteger a instituição,
46:03acionando a autoridade policial
46:05para que apurasse
46:06eventual prática
46:06de ato ilícito
46:07nos termos da lei.
46:09Para Lewandowski,
46:10pelo visto,
46:10chamar o Supremo
46:11de vergonha
46:12pode ter virado injúria.
46:13O resultado
46:14foi o sucesso
46:15da hashtag
46:15Me prende,
46:16Levandowski.
46:17De resto,
46:18a Comissão Especial
46:19da PEC
46:19do Fim do Foro Privilegiado
46:20aprovou a proposta
46:22que agora precisará
46:23do aval do plenário
46:24da Câmara dos Deputados.
46:26O texto prevê
46:26a manutenção
46:27do foro privilegiado
46:28apenas para os chefes
46:29dos três poderes,
46:30presidente e vice
46:31da República
46:32e presidente da Câmara
46:33do Senado
46:34do STF,
46:35uma vitória parcial
46:36da pressão popular.
46:38Esperamos que ela aumente
46:39ainda mais no ano que vem
46:40para que o Brasil vença
46:41cada batalha
46:42contra criminosos
46:43de qualquer facção,
46:45partido
46:45ou corrente ideológica
46:47e, claro,
46:48seus protetores.
46:49Você terminou de assistir
46:50ao resumão
46:51Retro 2018
46:52de O Antagonista.
46:53Envie o link
46:54a parentes e amigos
46:55e continue ligado
46:56no site em 2019.
47:04O Antagonista

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