- 19/06/2025
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Categoria
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NotíciasTranscrição
00:00Boa tarde, 3 de maio de 2017, na sede da Procuradoria-Geral da República, presente o senhor
00:10Joesley Mendonça Batista, acompanhado do advogado doutor Francisco de Assis e Silva,
00:18OAB 16615 Paraná, presentes os membros do Ministério Público Eduardo Pelela e Sérgio
00:25Bruno Fernandes. Sérgio Joesley, tudo bem? Boa tarde. Nós estamos aqui para tomar o depoimento
00:32do senhor sobre os temas trazidos nos anexos que compõem o acordo de colaboração firmado
00:39entre o senhor e o Ministério Público e a gente vai começar com um anexo que diz respeito
00:47a um tema relacionado ao BNDES, mais especificamente a um evento que o senhor começa narrando
00:56relacionado ao ex-presidente do BNDES, ex-ministro da Fazenda, Guido Mântega.
01:03Eu queria que o senhor começasse contando essa história desde o início, quando o senhor
01:07conheceu o Guido Mântega, através de quem? Quem fez essa aproximação?
01:12Bom, boa tarde, doutor Sérgio. O ex-ministro Guido eu conheci através de uma pessoa chamada
01:19Victor Sandri, conheci-o como Vic, de origem italiana. Ele se apareceu dizendo ser amigo do ex-ministro
01:32Guido, que na época não era ministro da Fazenda, na época ele estava no planejamento.
01:37O qual dizia ter atentividade com ele e tal? Enfim, eu comecei a me relacionar com Vic, no início
01:49eu realmente não acreditava tanto, o quão profundo seria essa amizade, o quão íntimos
01:57queria esse relacionamento com o ministro Guido. Mas ao longo dos anos foi se provando, foi se mostrando
02:06que realmente eles eram bastante próximos.
02:10E qual a atividade do Victor, você lembra? O que que ele fazia?
02:13O Victor, ele tem uma empresa, ele tinha empresa de cimento e tem, acho que uma incorporadora
02:18de prédios.
02:19Ah, tá. Ok. E aí, com o passar do tempo, o senhor estava falando que ele foi se comprovando que
02:28realmente ele tinha um relacionamento pessoal com Guido Mântega.
02:31Isso. Principalmente porque no início, quando eu conheci ele, o ex-ministro Guido era ministro
02:37do planejamento. E eu não via no planejamento grandes coisas, eu não via nada que pudesse
02:45beneficiar ou fazer de negócio ali ligado ao Ministério do Planejamento. Mas o que aconteceu
02:53foi que logo em seguida, ele saiu do planejamento e foi para ser presidente do BNDES. Aí foi
03:05quando intensificou nossas relações e tal. O Victor marcou logo uma reunião, logo no início.
03:15do Victor. Só um detalhe, quem que apresentou o senhor ao Victor?
03:19Foi uma pessoa chamada Gonçalo, que é um advogado.
03:21Ah, tá.
03:23E aí, ele foi para o BNDES, desculpa. Ele foi para o BNDES e lá no BNDES logo marcou
03:31uma reunião. Eu me lembro bem que uma das primeiras reuniões que marcou lá no BNDES foi
03:39lá na presidência, na diretoria, onde o Guido chamou toda a diretoria lá, os vice-presidentes.
03:47E, na época, nos surgiu uma proposta que a gente fez ao BNDES, que foi exatamente o seguinte.
04:01Nós fizemos uma observação ao longo do tempo, falando ao ministro Guido, então presidente do
04:09BNDES. A gente contou uma história que é verdadeira, que a gente observa no Brasil.
04:15A gente disse assim, olha, o governo Fernando Henrique foi o responsável por promover as
04:23exportações dos produtos, das exportações das empresas brasileiras.
04:27Isso é uma marca do governo Fernando Henrique.
04:31Talvez a marca do governo PT poderia ser a internacionalização dessas empresas, que seria
04:37o passo subsequente a exportar os produtos. A gente primeiro exporta os produtos, toma o mercado
04:43e depois começa a se internacionalizar, produzir os países e tal.
04:47Foi nesse contexto que a gente fez a nossa primeira abordagem no BNDES, mostrando a possibilidade
04:55que teria, qual seria a possibilidade da gente poder internacionalizar as empresas brasileiras.
05:03Na ocasião eu me recordo muito bem que a gente fez lá uma correlação entre tamanho
05:07de PIB de país com quantidade de multinacionais.
05:11Na época eu me recordo que o Estados Unidos era número um, tinha mais de mil multinacionais
05:17e o Brasil tinha cinco multinacionais naquele ano. Isso foi no ano 2005.
05:21Nós apresentamos o nosso plano, algumas possibilidades e tal.
05:27Foi bem marcante naquela reunião que vários vice-presidentes ficaram incrédulos ali,
05:33daquela história, porque a gente era acostumado a receber multinacionais comprando
05:39empresas brasileiras. A empresa brasileira vira multinacional, não era?
05:43E foi nesse contexto que se deu o início do relacionamento mais forte entre nós, o Vic,
05:55Vic, Vitor, antes a gente chama, e o ex-ministro Guido.
06:01E depois dessa reunião, depois de feita essa exposição, o que vocês pleitearam lá no BNDES?
06:08Vocês visavam o quê?
06:10Então, lá no BNDES, depois de feita essa exposição, a gente recebeu uma sinalização positiva,
06:17na reunião ainda, uma sinalização bastante positiva do então presidente,
06:24de que era um plano que interessaria ao governo.
06:27Saindo ali dessa reunião, a gente voltei para a empresa e nós fizemos todo um trabalho
06:35de prospecção, de quais empresas poderiam ser e tal, e começamos a nossa jornada da internacionalização da JBS.
06:48Isso se deu em 2005. Em 2006, eu me tornei presidente da JBS.
06:54Até então, o nome da empresa era Friboi, virou para a JBS, em 2006.
06:59Em 2005 ainda, nós fizemos a primeira aquisição, que foi a Swift Argentina.
07:05A gente fez a reunião e saímos prospectando.
07:11A primeira empresa que apareceu como oportunidade é a Swift Argentina, que é a maior empresa de carne da Argentina.
07:20Uma empresa centenária, então uma marca muito importante.
07:24Nós fomos lá, negociamos, compramos por 80 milhões de dólares.
07:28Só que nós andamos mais rápido do que o BNDES imaginava.
07:33E quando nós fizemos o negócio e compramos, nós voltamos ao BNDES e disseram,
07:37olha, aquilo lá que vocês não acreditavam aconteceu, já começou a acontecer.
07:42Nós compramos a primeira empresa.
07:43Eles compraram com recursos próprios?
07:46Não. Aí foi a primeira operação que o BNDES fez em apoio à internacionalização.
07:52Foi uma operação de 80 milhões de dólares de empréstimo, de 5 anos.
07:57Que foi feito meio às pressas ali, porque o BNDES não estava muito preparado para isso.
08:03Eu acho que ele não acreditou muito no nosso plano, na nossa capacidade.
08:10Nós fizemos a primeira operação, que foi um empréstimo de 5 anos.
08:14Enfim, nós compramos, deu certo? Pagamos o empréstimo, liquidou, tudo bem.
08:21E daí...
08:22O empréstimo foi em condições normais, de mercado?
08:25Então, em condição, eu achei caro demais.
08:28Ah, tá.
08:29E realmente comparar as condições de mercado foi caro.
08:32Sim.
08:33Mas eu também, foi mais caro do que o normal.
08:38Mas eu, primeiro que foi muito útil, que é o que serviu para a gente fazer o negócio.
08:45É, porque se não fosse essa proximidade com o Guido, teria saído do jeito que saiu?
08:49Ah, não teria.
08:50Não, não teria sido.
08:51Não teria feito.
08:52E com a rapidez que foi?
08:53Não, não teria feito.
08:54E por isso é que eu também entendi que saiu caro, saiu um empréstimo com 5 anos, saiu um negócio
08:59meio torto ali, mas pela pressa, pela correria.
09:03Aí, enfim, é o que tinha produzido.
09:06É, é o que tinha para fazer.
09:09E daí nós começamos uma série de aquisições internacionais.
09:15Logo no ano de 2000, depois disso, logo no início de 2006, nós iniciamos uma tratativa,
09:23eu vou contar essa história aqui porque é importante para entender outras histórias
09:27na frente.
09:28Logo em 2006, nós começamos uma tratativa com o BNDES, para que o BNDES viesse não mais
09:35a fazer empréstimo, mais a comprar ações, a participar como sócio.
09:43Nós ficamos o ano de 2006 todo negociando uma possível participação do BNDES direto
09:54na JBS, ela ainda é capital fechado.
09:57Para não cortar a conversa, nós ficamos até de janeiro a dezembro negociando isso.
10:02Chegamos a um valor de 1,5 bilhão de dólares, o valor da empresa, o BNDES colocaria 500,
10:08ficaria 2 bilhões, então ele teria 25%.
10:12Só que naquela época, no ano de 2006 para 2007, o mercado de capitais estava eufórico,
10:17o Brasil estava na moda e tal, e os bancos, os bancos de mercado de capitais nos abordaram
10:24e nos fizeram uma apresentação que a gente poderia abrir o capital na bolsa por um valor,
10:29praticamente o dobro desse valor.
10:32E aí foi o que aconteceu.
10:34Nós abortamos essa operação de participação de 25% e fomos direto para o mercado de capitais.
10:41nós abrimos o mercado de capitais, abrimos o capital da empresa JBS em março no mercado de capitais.
10:53Aí não teve participação de BNDES.
10:56Foi quando entrou, logo em seguida, a SWIFT americana, tinha um head fund que era um dono,
11:06um private equity que era o dono da SWIFT americana, veio a ser vendida, posta a venda.
11:12Nós tínhamos acabado de fazer o IPO em março, mas o dinheiro não era suficiente
11:17para poder fazer essa aquisição.
11:19Aí nós voltamos no BNDES e, vamos dizer, eu faço questão de contar essa história porque
11:29nós voltamos no BNDES e o Luciano Coutinho tinha acabado de sentar na cadeira.
11:35E tinha acabado de sentar na cadeira e nós voltamos no BNDES dizendo
11:39olha, agora nós temos oportunidade de vocês virem comprar ações porque nós podemos fazer uma nova emissão de ações.
11:46Foi quando, porque às vezes até no TCU diz que foi muito rápido a operação e tal.
11:53Não é que foi muito rápido essa operação.
11:55Essa operação foi de um ano, começou lá de 2006 toda, parou, aí depois voltou.
12:03O Luciano Coutinho me lembro que ele entrou com uma semana assim e saiu o aporte de capital à compra.
12:10E aí na ocasião foi, acho que, 750 milhões de dólar que ele tinha se comprometido, mas aí como todos os minoritários exerceram o direito de preferência,
12:19acabou a aporte que ficou em torno de 500 milhões.
12:22E aí nesta oportunidade foi a vez que aí o ministro Guido realmente, na época, ele já não estava de presidente, mas ele tinha virado ministro da fazenda.
12:33Foi a época que realmente foi importante a participação dele, porque ele era o presidente do BNDES e ele acompanhou toda essa parte dessa negociação enquanto ministro.
12:48Que tinha outro presidente, acho que era, me esqueço o nome, entre o Luciano Coutinho e o ministro Guido, que teve um presidente, Demian Fiocco, acho que era isso.
12:58Eu estive com ele só uma vez.
13:00Aí teve o Demian Fiocco, passou, entrou o Luciano Coutinho e saiu a operação.
13:06E isso se deu graças à coordenação do Guido.
13:09Entendi.
13:10Enquanto o ministro conseguiu fazer e tal, e foi aí que realmente eu entendi que o Guido tinha realmente a condição de...
13:20Então conta pra gente então como é que foi começar essa...
13:24Essa ajuda do Guido enquanto ministro da fazenda, valendo da condição de ministro da fazenda, que o BNDES é vinculado ao ministro da fazenda.
13:32Na verdade ele não é vinculado formalmente, formalmente ele é vinculado à indústria e comércio, mas na prática é o da fazenda.
13:39E também por ele ter sido presidente antes dele. E aí como é que foi essa gestão do Coutinho?
13:45Não, aí durante... aí sempre foi o Guido. Nunca foi o meu relacionamento, sempre foi.
13:52Aí eu falava com o Vic, passava os assuntos com o Vic, o Vic não sei como despachava com o Guido.
13:58E me falava, ó, tá tudo certo, passei os assuntos e tal...
14:03Eu não sei como é que funcionava o Guido com o banco.
14:07Eu não sei se ele conversava com o Luciano, se ele...
14:09Eu não sei como era, como se dava ali o relacionamento entre o Guido e o presidente, o Guido e o Demian Fiocca, que ficou o tempo, até que não chegou a fazer nada, mas enfim.
14:20Eu falava, o que funcionava de fato era, eu falava com o Vic, falava com o Guido e os assuntos.
14:29Por um lado isso. Por outro lado, toda a nossa área técnica entrava no banco, dava entrada, normalmente, dentro dos...
14:37Os parâmetros.
14:38Do trâmite normal.
14:42Na realidade, toda a minha área técnica nunca soube que eu tinha relacionamento com o Guido.
14:47Aliás, o relacionamento meu com o Guido foi...
14:52Vai ser sabido agora com essa colaboração, porque sempre foi muito pessoal minha e dele.
15:00E o Vic, na ocasião, que depois ele parou de estar no meio do... entre eu e o Guido.
15:07Pergunta essa parte, como é que o Guido te ajudou mais concretamente a fazer?
15:11Não, nessa... teve duas fases.
15:13Teve a fase que tinha o Vic, teve a fase que não tinha o Vic.
15:16Enquanto tinha o Vic, eu tinha pouco relacionamento com o Guido.
15:19Eu ia lá, passava os assuntos pro Vic, o Vic passava pro Guido.
15:23Por vezes, era bem comum, se eu precisava falar direto com o ministro, o Vic dizia pra mim...
15:30Pode ligar lá no gabinete que ele vai te atender.
15:32Eu mandava o secretário ligar, ligava, marcava, eu ia.
15:36E, até então, era bem formal a minha relação com ele, porque eu não tinha intimidade com ele.
15:42Quer dizer, eu tratava com o ministro ali, apresentava os assuntos.
15:46Eu percebia claramente que ele já sabia dos assuntos, porque ele me acompanhava dos assuntos.
15:51Então, eu percebia claramente que o Vic já tinha falado com ele.
15:54Ok.
15:55Mas, de maneira bem formal.
15:57Isso... 2005, 6, 7, 8...
16:02Durante uns 4 anos foi desse jeito.
16:04Era sempre assim.
16:05Eu falava com o Vic, passava o assunto.
16:08Se eu achava que era importante falar direto com o ministro, o Vic falava pra me ligar,
16:12avisava o Guido, eu ia lá formalmente, tratava e tal.
16:17Eu percebia que existia uma super boa vontade do Guido.
16:21Enquanto isso, o pessoal nosso da área técnica ia andando lá na área técnica e as coisas iam acontecendo.
16:30Eu nunca soube como é que se dava a relação do Guido com o B10.
16:35E da sua parte, pra conseguir essa boa vontade, esse acesso, o que foi que você deu em troca?
16:44Eu pagava 4% pro Vic.
16:46De tudo que...
16:47De todos os aportes feitos.
16:50Que o primeiro foi um empréstimo e depois foram esses aportes e...
16:56Esse primeiro que você fala é aquele dos 500...
16:58É os 80 milhões e foi empréstimo.
17:00Depois 500 pra comprar...
17:02As ações.
17:03As ações da...
17:04Que vale a quantos porcento de ação do total?
17:0612.
17:07Na época foi uns 12%.
17:0812%.
17:09É.
17:10Aí depois no ano seguinte...
17:11Então já no primeiro já teve 4% lá atrás.
17:13Sempre 4%.
17:14Enquanto tava o Vic era 4%.
17:16Tá.
17:17Aí depois teve esses 500 milhões.
17:20Depois logo no ano seguinte a gente comprou mais 4 empresas.
17:243 nos Estados Unidos e uma na Austrália.
17:27Onde aí já foi um aporte de 1 bilhão de dólares.
17:30No ano seguinte, 2008.
17:32E foi também compra de ações?
17:34Também compra de ações, do mesmo jeito.
17:36Aí foi quando eu conheci os fundos de pensão.
17:41Porque no ano seguinte nós chegamos lá no BNDES.
17:44No BNDES tem oportunidade de comprar mais 4 empresas assim.
17:48Do ramo.
17:49Fazia super sentido e tal.
17:50Tanto é que compramos.
17:52Aí o...
17:53O BNDES, através do Luciano.
17:56Aí eu fui lá no Luciano.
17:57A minha relação com o Luciano sempre foi muito formal.
18:00Ele sempre atendeu muito bem e tal.
18:02Sempre foi muito formal.
18:03Eu nunca tive nenhuma intimidade com o Luciano.
18:06Diferente do que eu tinha comigo.
18:08Aí eu fui lá no Luciano.
18:10Ele disse.
18:12Olha, Juaze.
18:131 bilhão de dólares.
18:14Eu acho que é muito dinheiro.
18:15Seria o caso de a gente chamar os fundos de pensão para participar.
18:18Eu disse.
18:19Olha, presidente.
18:20Eu não conheço os fundos.
18:22Se o BNDES puder coordenar isso como investidor principal.
18:26E os fundos virem como investidor.
18:28Auxiliar, vamos dizer, secundário.
18:30O Luciano na época chamou a equipe dele lá.
18:33Acharam que era possível.
18:35Chamaram o...
18:37A gente fez a apresentação para...
18:39Petros, Funcef e Previ.
18:44A Previ declinou o interesse.
18:46Petros e Funcef se interessaram.
18:52Aí criou-se o fundo PROT, que é de proteína.
18:56Eles aportaram 1 bilhão de dólares.
18:59O qual esse fundo PROT comprou mais...
19:02Eu não sei mais quantos por cento de participação na JBS.
19:06Então o fundo PROT era composto por...
19:1050% BNDES, 25% e 25% Pets e Funcef.
19:15Funcef, tá.
19:17Só uma coisa.
19:18Antes da gente chegar na fase que o VIX...
19:21Você falou que era sem o VIX.
19:23Lá, os primeiros 4% dos 80 milhões, como é que foi pago?
19:28Uma conta no exterior do VIX.
19:30Que a gente vai estar apresentando aí.
19:32Tá.
19:33Vocês tem o número dessa conta?
19:34Deve ter.
19:35Gente, olha.
19:36Eu estou entregando todas o pendrive com as contas.
19:40A gente certamente vai identificá-la, né?
19:43Com as contas nossas, né?
19:45Lembro de ela essa conta?
19:46Ah, não.
19:47E qual a relação próxima com o VIX?
19:50Alguma coisa?
19:51Sabe a relação dele com o Antega?
19:53Próximo?
19:54É.
19:55Ele é italiano também.
19:56Ele é italiano, né?
19:57Do Gui com o VIX?
19:58Eu sei de famílios, mas sabe um detalhe mais?
20:00Alguma coisa?
20:01Eu sei...
20:03As histórias que eu ouvi é que...
20:08O VIX tem uma incorporadora de imóveis.
20:12Constrói prédios e imóveis.
20:14O Guido parece que é de uma família que tem condições financeiras.
20:22Parece que o Guido era investidor junto.
20:25Tinha imóveis, comprava imóveis do Vitor e tal.
20:31Era essa a relação.
20:33Aí depois que ele virou ministro, o VIX virou um...
20:37Sei lá...
20:38Um braço lá financeiro dos interesses do Guido.
20:41Sabe uma coisa sobre indústria de cimento?
20:43Uma coisa assim?
20:44Então, o VIX ele era...
20:46Sei assim...
20:47O VIX ele é um distribuidor de cimento.
20:50Porque ele veio da Itália.
20:51Ele era daquela empresa italiana, uma imensa lá.
20:54Fioruti.
20:55Fioruti.
20:56É, Fioruti.
20:57Que tinha negócio de cimento.
20:59Aí parece que, sei lá, 30 anos atrás ele veio pra cá, pro Brasil.
21:04E ele era...
21:07Ele trabalhava lá.
21:08Acho que ele era comercial lá.
21:09Aí essa empresa, o Fioruti, deu a ele uma distribuição de cimento.
21:13E aí ele tem essa, não sei o que, penha.
21:15Não sei se chama penha.
21:16Uma distribuidora de cimento.
21:17Acho que ele distribui cimento a Votorantim.
21:19Mas eu acho que isso é um negócio que hoje ele não anda fazendo mais.
21:25Hoje ele se dedica mais ao negócio da construção.
21:28Tá.
21:29Então, aí os 480 foi depósito no exterior e depois os...
21:34Todos.
21:35Todo o negócio com o Vitor foi no exterior.
21:37Ah, foi no exterior.
21:38E na mesma conta?
21:39Eu acho que sim.
21:40Foi uma ou duas contas, pode ser no máximo.
21:42Tá.
21:43Vocês vão apresentar.
21:44Isso.
21:45Vocês tem já o total de...
21:46Quanto que representou esse total?
21:48Do VIX?
21:49Ué, foi um bilhão com 500, um bilhão e meio.
21:52Um 80, vamos dizer, 100, um bilhão e 600.
21:554% disso dá uns 60, 70 milhões de dólares.
21:59Deve ter sido uns 70 milhões de dólares.
22:01Tá, 70 milhões de dólares.
22:02E o VIX, na hora que vocês acertaram, esse 4% foi acertado com o VIX?
22:06Isso.
22:07Ele que pediu, se houve uma negociação, como é que foi para chegar a 4%?
22:11Não me recordo, mas a gente deve ter negociado.
22:14E ele falou, o que ele fazia com esse... ele dividia com o MAM?
22:17Dizerem ser metade-metade.
22:19Eu nunca...
22:20Metade-metade.
22:21Eu também nunca me meti nisso.
22:23Ok.
22:24Então, você estava contando então...
22:26Até um bilhão do fundo PROT.
22:29Isso.
22:30Foi em 2008.
22:31Que aí foi a hora que os fundos...
22:32Entravam.
22:33E aí foi quando eu conheci os dirigentes dos fundos.
22:36Entendi.
22:37Mas que esse negócio foi capitaneado pelo BNDES.
22:40Tá.
22:412008 veio a crise americana.
22:44Os bancos americanos tiveram aqueles problemas e tal.
22:482009.
22:49De 2008 para 2009, eu comecei a ficar um pouco incomodado com o VIX.
23:00Porque o VIX andava circulando muito.
23:03Falava...
23:04Eu achava que ele falava mais do que devia.
23:07E ele começou a...
23:09Eu achei que se expor muito.
23:11Enfim.
23:12Pessoas viram perguntar de mim.
23:15Pessoas do mercado tirando informação dele para mim.
23:19Certo?
23:20Sabendo se ele era boa gente, se não, não sei o que.
23:22Que estava fazendo negócio.
23:23Aí eu fiquei preocupado.
23:25Eu falei...
23:26Pô, eu...
23:27Esse negócio não vai dar certo.
23:28Eu me afastei do VIX.
23:30Eu...
23:31Eu...
23:32De 2008 para 2009.
23:35No ano novo, eu vi o VIX.
23:38No fim de 2008.
23:39E 2009 eu não...
23:41Eu não atendi ele mais.
23:42Não falei mais com ele.
23:43Passei cinco anos sem falar com ele.
23:45Pronto.
23:46Simplesmente não...
23:47Não atendi o telefone e pronto.
23:48E...
23:50Só que nessa época.
23:52Como eu já tinha estado tantas vezes com o Guido.
23:56Eu achei que eu já teria condições de falar direto com ele.
24:00Foi o que aconteceu.
24:02Quando foi 2009.
24:03Sei lá.
24:04Eu não sei se é precisar.
24:06Março.
24:07Vamos dizer.
24:08Uns dois, três, quatro meses depois.
24:09Eu liguei lá.
24:10Mandei ligar lá no gabinete.
24:11Pedi para marcar.
24:12Ele marcou.
24:13Eu fui lá falar com ele.
24:14Foi daí em diante que eu passei a falar diretamente com o Guido.
24:17Eu marquei.
24:18Ele me atendeu.
24:19Eu cheguei lá.
24:20Eu fui bem objetivo com ele.
24:21Dizendo.
24:22Ah, ministro.
24:23Eu tive algumas questões pessoais aí com o Victor.
24:24Eu queria ver se eu posso tratar direto contigo.
24:26Eu não estou muito confortável de continuar tratando com o Vic.
24:40Teria algum problema?
24:41Ele falou.
24:42Não.
24:43Tudo bem.
24:44Pode falar direto.
24:45Eu falei.
24:46Não.
24:47Então tá bom.
24:48Então vamos falar direto.
24:49Nesse primeiro dia eu ainda não estava com intimidade para falar sobre propina, sobre
24:53dinheiro com ele.
24:55Eu pensei.
24:56Tá.
24:57Deixa eu...
24:58Só restabelecer.
24:59Aí eu perguntei para ele como ele gostaria que funcionasse.
25:01Quando eu precisasse falar.
25:02Se eu podia continuar contando com o apoio dele.
25:05Ele disse.
25:06Lógico.
25:07Ótimo.
25:08Tal.
25:09E aí ele me disse.
25:10Não.
25:11Não tem problema.
25:12É só você ligar direto aqui no gabinete.
25:13Eu...
25:14Quando você ligar eu sei que você precisa falar comigo.
25:16Eu te atendo.
25:17E pronto.
25:18Assim se deu.
25:19E aí...
25:20Logo nesse ano estava o...
25:24O Bertin tinha entrado em dificuldade financeira.
25:27E o BN10 tinha investido no Bertin.
25:31Ele tinha investido nos moldes que...
25:34Não.
25:35Comprar de ação.
25:36Não.
25:37Não.
25:38É compra de ação.
25:39Mas o Bertin era capital fechado.
25:40Ah.
25:41Isso.
25:42Nós já éramos listado em bolsa.
25:44Isso.
25:45Ele comprou ações igual o nosso.
25:47Só que nós já era listado em bolsa.
25:48Ele não.
25:49Tá.
25:50Tá.
25:51Então em 2009.
25:52O Bertin tinha no capital mais de 27% do BN10.
25:5873% a família Bertin.
26:03Eles entraram em dificuldade ali naquele ano de 2009.
26:06Pós-crise financeira.
26:08E eu comecei a interagir com o Guido.
26:11Exatamente na possibilidade de...
26:14Tinha dois negócios na época.
26:17Na verdade era...
26:18Tinha uma empresa de suínos.
26:23Que é uma empresa de suína americana.
26:25Que a gente estava querendo comprar e tal.
26:28A gente falava com eles.
26:29Falava, mas não andava o negócio.
26:31Em paralelo.
26:32Foi surgindo a situação do Bertin.
26:35Que foi deteriorando as finanças e tal.
26:37Veio vindo a possibilidade da gente comprar.
26:41E negócio a gente nunca controla muito né.
26:45Certo é que o negócio de suínos não deu certo.
26:49Que era Smithfield.
26:50Mas surgiu uma oportunidade de comprar empreendedor de frango.
26:54Bastante grande.
26:56Que é a segunda.
26:57Que é a Pilgrim's que a gente comprou.
26:58No Estados Unidos.
26:59Lá nos Estados Unidos.
27:00A PPC.
27:01Pilgrim's Pride.
27:03O que aconteceu é o seguinte.
27:06Foi andando o ano.
27:07E eu já fui tratando direto.
27:08Me relacionando direto.
27:09Me relacionando direto com o ex-ministro Guido.
27:12Logo na segunda, terceira oportunidade.
27:14Eu já chamei ele para ver como é que funcionaria.
27:17O negócio do dinheiro e tal.
27:19Como é que a gente faria.
27:21Ele me falou algumas coisas.
27:23Primeiro eu falei.
27:24Ô ministro.
27:25Eu tratava com o Guido.
27:27Fazia os depósitos para ele.
27:28E agora contigo como é que eu faço?
27:30Tratava com o Vic.
27:31É eu falei.
27:32Desculpa.
27:33Tratava com o Vic.
27:34Eu falei.
27:35Ô ministro.
27:36Agora como é que eu faço?
27:37É o seguinte.
27:38É.
27:39Fica com você.
27:40Eu não quero que você manda para conta nenhuma.
27:42Falei.
27:43Tá.
27:44Mas comigo como?
27:45Eu falei.
27:46Não.
27:47Fico um crédito contigo.
27:48Você não precisa mandar para ninguém.
27:49Um dia que eu precisar eu te falo.
27:50Falei.
27:51Não.
27:52Então tá bom.
27:53Aí eu falei assim.
27:54Mas.
27:55É.
27:56É.
27:57E a porcentagem.
27:58Então.
27:59Isso.
28:00Aí eu falei.
28:01Tá.
28:02Mas.
28:03Convi que eu tinha um.
28:04Eu tinha um valor.
28:05Que eu pagava.
28:06Comentivo.
28:07Aí.
28:08Ele falou.
28:09Como é que era o Vic?
28:10Eu falei.
28:11Não.
28:12Era um valor fixo.
28:13Percentual fixo.
28:14Eu não falei que era os 4%.
28:15Porque isso é sempre um problema.
28:16Quando tem intermediário.
28:17Porque você não sabe quanto intermediário.
28:19Contava para ele que era.
28:20De repente.
28:21Contava que era 2, 1.
28:23Eu vou lá e falo.
28:24Que é 4.
28:25Já dá confusão entre eles.
28:26E eu não queria confusão.
28:27Comentivo.
28:28Aí eu disse.
28:29O.
28:30Ministro.
28:31Eu tinha meu acerto lá e tal.
28:32Como é que eu faço com o senhor?
28:33Ele falou.
28:34Não.
28:35Comigo aqui.
28:36Vamos ver.
28:37No caso a caso.
28:38Cada negócio.
28:39Que você achar que valeu.
28:40Que.
28:41Que foi importante para você.
28:42Você acredita para mim lá.
28:43Eu falei.
28:44Tá bom.
28:45Eu vou acreditar.
28:46Mas e aí?
28:47Ele falou.
28:48Não.
28:49Você acredita.
28:50E.
28:51Vai ficar contigo.
28:52Um dia.
28:53E na realidade.
28:54É que eu nunca soube.
28:55Se esse dinheiro era.
28:56Eu sempre achei que era dele.
28:58Eu pensei que era aquela parte.
29:00Que o.
29:01Que o Vic falava ser dele.
29:03Aham.
29:04É.
29:05Eu achava que era dele.
29:06Da pessoa física.
29:07Pessoalmente.
29:08É.
29:09Ao longo do tempo.
29:11No final.
29:12Quando chegou em 2014.
29:13O dinheiro foi usado todo na campanha.
29:15Da Dilma.
29:16Enfim.
29:17Aí.
29:18É.
29:19Esse dinheiro que.
29:20Que ele foi.
29:21Falou para manter com você.
29:22Que era o.
29:23Percentual dele.
29:24Que ele foi.
29:25Deixou na confiança.
29:26Que você.
29:27É.
29:28Montou.
29:29Foi o montante.
29:30Chegou a quanto.
29:31Esse montante.
29:32Teve duas fases.
29:33Teve a fase do presidente Lula.
29:34Depois a fase do presidente Dilma.
29:35Na fase do presidente Lula.
29:37Chegou.
29:38Acho que nos 80 milhões de dólares.
29:40Depois na Dilma.
29:41Chegou nos 70.
29:42Ou ao contrário.
29:4370 na do Lula.
29:4480 na da Dilma.
29:45Na mesma conta.
29:46Eu abri duas contas.
29:47É.
29:48Tudo conta minha.
29:49Mas você já tinha conta.
29:50Abriu especificamente.
29:51Para deixar o dinheiro do Guido.
29:52Lá.
29:53Eu já tinha.
29:54Eu já tinha.
29:55Eu chamava.
29:56Elas continhas.
29:57Que não tinha para a gente nada.
29:58Lá.
29:59Eu que controlava.
30:00E tal.
30:01Eu tinha uma.
30:02Eu comecei a usar.
30:03Aí depois eu abri outra.
30:04Foi quando.
30:05A presidente Dilma ganhou.
30:06Disse.
30:07Aí eu perguntei.
30:08Falei.
30:09Que ele continuou ministro.
30:11Ele era ministro.
30:12Do Lula.
30:13Continuou ministro da Dilma.
30:14Voltar aqui.
30:15Essa conversa.
30:16Que você.
30:17Se.
30:18Entendeu com ele.
30:19Foi em que ano?
30:202009.
30:212009.
30:22Aí.
30:23O governo do Lula.
30:24Acabou em 2010.
30:2510.
30:26Quando acabou.
30:27O governo do Lula.
30:28Tinha quanto na conta?
30:29Você não lembra?
30:30Então.
30:31É 70 ou 80.
30:32Eu não sei.
30:33Eu acho que a do Lula.
30:34A do Lula.
30:35A da época do Lula.
30:36Parou em 70.
30:37E a da época da Dilma.
30:38Parou em 80.
30:39Chegou em 80.
30:40E como é que foi o uso desses valores?
30:43Porque.
30:44Depois gastou toda a campanha.
30:45Mas.
30:46Mas chegou.
30:47Só foi ser usado em 2014.
30:48Ou antes teve algum uso?
30:51Teve.
30:52Duas movimentaçãozinhas que o Guido me pediu.
30:55Uma de 5 milhões pra me investir numa empresa.
30:58E uma de 20 milhões que eu mandei pra uma conta que um ano depois voltou.
31:02Eu não sei pra que que foi esses 20 milhões.
31:05Um ano depois voltou.
31:07Da mesma conta pro mesmo lugar.
31:09E essa de 5.
31:11Eu comprei um.
31:12Eu investi.
31:13Eu comprei um bonde.
31:14Um debênture de uma empresa.
31:16Que depois não pagou.
31:18Inclusive.
31:19Eu.
31:20Foi convertido em.
31:21Em.
31:22Em.
31:23Ações.
31:24E perdeu o dinheiro.
31:25E foi ele que indicou.
31:26Que você foi.
31:27É.
31:28Você não sabe porque que ele.
31:29Não.
31:30Não sei.
31:31Ah.
31:32Tá nos anexos aí.
31:33Pedala.
31:34Equipamentos esportivos.
31:35É.
31:36Pedala e equipamentos esportivos.
31:37Que.
31:38Que.
31:39Que.
31:40Que.
31:41Que.
31:42Que.
31:43É.
31:44É.
31:45Então.
31:46Aí tirando essas duas.
31:47Eu acho que era negócio de internet.
31:49Venda pela internet.
31:50Venda pela internet.
31:51Tá.
31:52E.
31:53E.
31:54Ok.
31:55Então chegou a 70.
31:58Por aí.
31:59Mais ou menos.
32:00No final do governo Lula.
32:01E.
32:02O ministro Guido.
32:03Guido.
32:04Se manteve.
32:05No ministério da fazenda.
32:06Com a.
32:07Eleição da.
32:08Presidente Dilma.
32:09E o esquema continuou.
32:10Igual.
32:11Fazer um negócio.
32:12A única coisa que ele pediu.
32:13Para mim abrir outra conta.
32:14Ah.
32:15Foi aí a primeira vez.
32:16Que eu desconfiei.
32:17Que o dinheiro não era dele.
32:18Eu também não sabia.
32:19Se ele estava falando aquilo.
32:21Enfim.
32:22Para me.
32:23Induzir.
32:24A pensar que não era dele.
32:25Ou.
32:26Aí quando trocou o governo.
32:27É.
32:28Que o senhor de dele é relativo.
32:29Porque né.
32:30O que ele vai fazer depois com o dinheiro.
32:31Isso.
32:32É.
32:33Eu não sabia.
32:34Mas o seu trato era com ele.
32:35É.
32:36O meu trato era com ele.
32:37Eu digo assim.
32:38Meu trato sempre foi com ele.
32:39Não.
32:40Não.
32:41Não.
32:42Mas quando eu digo assim.
32:43Quando eu.
32:44Quando terminou o governo Dilma.
32:45Eu não me lembro.
32:46Qual foi o primeiro negócio.
32:47Que nós fizemos com.
32:49No governo Dilma.
32:50Que eu fui depositar na conta.
32:52E ele falou.
32:53Não.
32:54Não.
32:55Não.
32:56Agora tem que abrir outra conta.
32:57Eu falei.
32:58Por que abrir outra conta?
32:59Ele falou.
33:00Não.
33:01Não.
33:02Não.
33:03Essa conta aqui.
33:04Ela é da.
33:05Da conta do Lula.
33:06Essa aqui.
33:07Tem que abrir uma para Dilma.
33:08Isso.
33:09Aí eu falei.
33:10Ué.
33:11Lula.
33:12Dilma.
33:13Curioso.
33:14O Lula sabe disso?
33:16A Dilma sabe?
33:17Ele falou.
33:18Não.
33:19Sabe sim.
33:20Eu falo tudo para eles.
33:21Tanto é que sempre que eu ia lá no.
33:23No ministério.
33:24Sempre.
33:25É.
33:26Não sei.
33:27Mas.
33:28Sei lá.
33:29Quando passava um certo período.
33:30Sei lá.
33:31Um mês.
33:32Dois.
33:33Três.
33:34Para mostrar para ele.
33:35Para mostrar a continha.
33:36Tal.
33:37Não sei o que.
33:38Aí ele pegava aquilo.
33:39Dizia ele que ia mostrar para o Lula.
33:40E ia mostrar para a Dilma.
33:41Ele ficava com aquele papel.
33:42Tá.
33:43Então uma coisa.
33:45Porque você chegou a mencionar lá em.
33:47A gente está aqui em dois mil e.
33:49Nove.
33:50Nove.
33:51Mas você chegou a chegar em dois.
33:52A falar que em dois mil e quatorze.
33:53Ele.
33:54Foi tudo utilizado para a campanha.
33:56Mas em dois mil.
33:57Se tinha uma parte.
33:58Que era do Lula.
33:59É.
34:00Fora isso.
34:01Mas tinha uma parte que ele separou bem.
34:02Né.
34:03Isso aqui é Lula.
34:04Isso aqui é Dilma.
34:05Isso.
34:06E como é que foi feito.
34:07Quando ele pediu para abrir essa outra conta.
34:08Não.
34:09Eu abri a outra conta.
34:10E começou a depositar lá.
34:11Passei depositar lá.
34:12E a antiga.
34:13Ficou com aquele dinheiro.
34:14Ficou lá com aquele dinheiro.
34:15Sempre que eu ia lá.
34:16Eu levava os dois extratos.
34:17Ó ministro.
34:18Tá aqui os dois extratos.
34:19Ele olhava.
34:20Entendia ali.
34:21Tinha época que ganhar dinheiro.
34:22Tinha época que perdia.
34:23Porque às vezes aplicava num bonde.
34:24Numa coisa.
34:25Não só ganha né.
34:26Mas enfim.
34:27Uma ação.
34:28Cai de preço.
34:29Ele olhava pouco ali.
34:30Se concentrar muito naquilo.
34:31Ele olhava e tal.
34:32Botava na pasta dele lá.
34:33E tudo bem.
34:35E ficou lá.
34:36Esse dinheiro.
34:37Ele nunca mexeu.
34:38A única vez que ele mexeu.
34:39Foi essas duas vezes.
34:40Entendi.
34:41Até quando chegou a campanha.
34:43Aí quando chegou na.
34:45Na.
34:46Mas.
34:47Quando ele falou.
34:48Isso aqui é Lula.
34:49Isso aqui é Dilma.
34:50Ele falou de.
34:51Eleição.
34:52Porque o Lula.
34:53Não foi mais eleito.
34:54Eu.
34:55Eu não me aprofundei.
34:56Ele só falou isso.
34:57Isso aqui é Lula.
34:58Lula.
34:59Aí eu fui.
35:00Ele falou assim.
35:01Isso aqui é do Lula.
35:02Do Lula.
35:03E isso aqui é da Dilma.
35:04Tá.
35:05Eu não.
35:06Eu não me aprofundei.
35:07Se era do presidente Lula.
35:08Ou se é do governo Lula.
35:10Ou se é do governo Dilma.
35:12Ou se é.
35:13Em 2014.
35:14Ele pediu.
35:15Ele usou o que?
35:16Dessas duas.
35:17Tudo.
35:18Nas duas contas?
35:19Acabou.
35:20Exatamente.
35:21Nas duas contas.
35:22Ele foi.
35:23Até acabar o dinheiro.
35:24E quando você.
35:25As duas tinha quanto?
35:26Em 2014.
35:27150 de dólar.
35:28Isso.
35:29150 de dólar.
35:30E o dólar era dois.
35:31Deu dois e pouco.
35:32Deu trezentos e tantos milhões.
35:33Que foi o que nós doamos.
35:34E como é que foi esse uso?
35:35Como é que foi esse.
35:36Quando ele foi dispor desse valor.
35:38Como é que ele fez?
35:39Doutor Sérgio.
35:40Foi o seguinte.
35:41Até 2014.
35:42O Guido nunca tinha mexido com política.
35:45Nunca tinha falado pra mim sobre política.
35:47Nunca tinha falado pra mim sobre doações.
35:50Nada.
35:51Enfim.
35:52Quando foi no ano de 2014.
35:55Ali no início da campanha.
35:58Por volta.
35:59Creio que maio.
36:00Junho.
36:01Ele me chama.
36:04Por isso mesmo.
36:07Ele me chama.
36:08Diz.
36:09Fez uma lista.
36:10Falou.
36:11General.
36:12Eu precisava que você fizesse essas doações aqui.
36:15Fez uma lista de partidos.
36:17E de valores e tal.
36:19Eu peguei aqui.
36:20Eu disse.
36:21Tá.
36:22Que que eu faço aqui?
36:23Falou.
36:24Não.
36:25O Edinho.
36:26Vai ser o tesoureiro da campanha.
36:27Dinho Silva.
36:28É o Dinho Silva.
36:29Não conhecia.
36:30Conheci ele pouco.
36:31Eu falei.
36:32Ah.
36:33Eu conheço e tal.
36:34Ele falou.
36:35Vai te procurar.
36:36E você vai operacionalizando isso aqui com ele.
36:38Aí eu.
36:39Peguei aquela lista.
36:40Na época.
36:41Eu não lembro.
36:42Já era.
36:43Valor alto.
36:44Era sei lá.
36:45Vou chutar.
36:46Que era uns 30 milhões.
36:47Por exemplo.
36:48Eu peguei aquilo.
36:50Prontamente.
36:51Diz.
36:52Não.
36:53Vamos embora.
36:54Enfim.
36:55Fui lá.
36:56Liguei pro Edinho.
36:57Ele chamou.
36:58E eu comecei.
36:59Aí tinha outros partidos.
37:00Ele começou a ter.
37:01Ó.
37:02O PC do B.
37:03O Edinho.
37:04Que tinha todos os contatos.
37:05E coisa.
37:06Começou ali.
37:07Na primeira vez.
37:08Tudo bem.
37:09Aí passou.
37:10Sei lá.
37:11Mais 15 dias.
37:12Ele me chama de novo.
37:14Me dá mais uma lista.
37:15De mais 40 milhões.
37:16Por exemplo.
37:17Eu não lembro.
37:18Só exemplo.
37:19Aí eu.
37:20Olhei aqui.
37:21Pô.
37:22Mas isso aqui vai ficar muito dinheiro.
37:23Pensei comigo.
37:24Aí.
37:25Não.
37:26Tá bom.
37:27Mas eu tava pensando comigo.
37:28Ele tem o dinheiro.
37:29Ele.
37:30Esse dinheiro deve ser daquilo.
37:31Certamente.
37:32Ele tá sacando.
37:33É.
37:34É.
37:35Tá sacando.
37:36Eu tô deduzindo que era aquele dinheiro.
37:37Porque ele não me pedia.
37:38Ele mandava fazer.
37:39Ele falou.
37:40Faz isso.
37:41Faz isso.
37:42Faz isso.
37:43Tá bom.
37:44Vou fazer.
37:45E quando ele faz isso.
37:46E você iria compensar lá.
37:47Era doação.
37:48Por fora ou por dentro?
37:49Ele nunca entrou nessa discussão.
37:50Ele só me dava um papel.
37:51Dizendo.
37:52PMDB.
37:5335 milhões.
37:54PT.
37:55Não sei o que.
37:56Ah.
37:57Você entregava o dinheiro pra ele.
37:58Então.
37:59Não.
38:00Não.
38:01Ele me dava uma lista.
38:02Escrita aqui.
38:03PMDB.
38:0435 milhões.
38:05PT.
38:0630.
38:07PCdoB.
38:0810.
38:09Isso aqui você tá autorizado a fazer.
38:10Fala com o Edinho.
38:11Eu acho que ele dava essa mesma lista pro Edinho.
38:14Porque o Edinho chegava com a pedida.
38:17Que era exatamente isso.
38:19Aí eu passava pro Ricardo.
38:22Que também vai tá aqui na colaboração.
38:25Aí eu passava pro Ricardo.
38:26Dizia.
38:27Ricardo.
38:28Ó.
38:29Precisa fazer isso.
38:30Procurar o Edinho.
38:31Aí.
38:32Cada partido ia vindo.
38:34E cada partido que ia decidindo.
38:36Se queria por fora.
38:37Por dentro.
38:38Nota fria.
38:39Dinheiro.
38:40Caixa 1.
38:41Caixa 2.
38:42E que aí eu já não participava muito mais.
38:45Aí já era o Ricardo.
38:46Você tá falando de Ricardo Saúde.
38:48Saúde.
38:50E aí o Ricardo que operacionalizava isso no...
38:52Que recebia isso.
38:53O Ricardo não sabia dessa história do Guido.
38:57Nunca soube.
38:58Entendi.
38:59Até ele ficava falando.
39:00Chefe.
39:01Mas isso é dinheiro demais.
39:02Que que é isso.
39:03Enlouqueceu.
39:04Pode fazer.
39:05Pode fazer.
39:06Ele nunca soube dessa história.
39:07Entendi.
39:08Ele veio saber aqui na nossa colaboração.
39:09Entendi.
39:10Uma vez.
39:11O Edinho também.
39:12Creio que nunca soube.
39:13Ah.
39:14O Edinho.
39:15Creio que nunca soube.
39:16Porque por vezes.
39:17O Edinho.
39:18Começou aí.
39:19Ah.
39:20Vai lá.
39:21Vai lá.
39:22Fala comigo.
39:23Ele falava com o Ricardo.
39:24O Ricardo falava comigo.
39:25Eu dizia.
39:26Espera aí.
39:27Eu ia falar com o Guido.
39:28O Guido confirmava.
39:29Eu voltava.
39:30Quando foi assim.
39:31Chegando a 100 milhões.
39:32Aí eu peguei.
39:33A Dilma.
39:34E levei lá para o Guido.
39:35Disse.
39:36O ministro.
39:37Está aqui.
39:38Valor em reais.
39:39Já gastou tanto.
39:40Tudo bem.
39:41Não.
39:42Não.
39:43Tudo bem.
39:44Aí eu confirmei com ele.
39:45Que eu realmente estava tirando dinheiro daquela conta.
39:46Com a conta corrente.
39:47Isso.
39:48Com a conta corrente.
39:49É.
39:50Aí eu confirmei.
39:51Esse dinheiro que eu estou fazendo a doação é disso.
39:52Tudo bem.
39:53Então.
39:54Não tem dúvida.
39:55Aí você chegou a mostrar para ele.
39:56Já sacou tanto aqui.
39:57O dinheiro está acabando.
39:58É.
39:59Mas é que eu não sacava.
40:00Não sei.
40:01Mas era um saque virtual.
40:02Ele tinha noção que estava debitando.
40:03Não.
40:04Eu ia fazendo a conta com ele.
40:05Eu ia levando.
40:06Prestando conta com ele.
40:07Olha.
40:08Está tirando.
40:09Está tirando.
40:10Tó.
40:11Tó.
40:12Aí.
40:13É.
40:14Eu digo que eu acho que o Edinho não sabia.
40:16Porque tinha vezes.
40:18Que o Edinho.
40:19Ia lá falar com o Ricardo.
40:21Dizendo.
40:22Não.
40:23Eu preciso de mais isso.
40:24Assim.
40:25Assim.
40:26Aí eu dizia.
40:27Aí o Ricardo.
40:28Eu falo.
40:29Não.
40:30Pera aí cara.
40:31A impressão.
40:32Que o Edinho não sabia que tinha que ter autorização do Guido.
40:36Entendeu.
40:37Aí eu dizia.
40:38Pera aí Edinho.
40:39Assim não.
40:40Aí.
40:41Só que o Edinho não sabia que eu falava com o Guido.
40:43Pera aí no início.
40:44Tá.
40:45Entendi.
40:46Pegando uma velocidade tão alta que.
40:49Eu acho que no final todo mundo ficou sabendo de tudo.
40:51Entendi.
40:52Entendi.
40:53Entendi.
40:54E.
40:55E.
40:56Chegou a.
40:57Esses.
40:58Saques.
40:59Entre aspas.
41:00Chegaram a.
41:01Zerar a conta.
41:02Zerou.
41:03Zerou até zerar.
41:04Foi até acabar.
41:05E.
41:06Foi.
41:07Cabou virtualmente assim.
41:08O da Dilma.
41:09Continuou.
41:10Porque tinha outra.
41:11Que em tese era do Lula.
41:12Conforme ele dizia.
41:13Aí foi.
41:14Foi.
41:15Foi até acabar.
41:16460 milhões que saiu dessa conta.
41:19De dó.
41:20De reais.
41:21Que era o.
41:22152.
41:23E pouco na época.
41:25Entendi.
41:26E.
41:27Aí.
41:28Quando zerou.
41:29Você avisou lá.
41:30O Guido.
41:31Acabou a nossa conta.
41:32Eu avisei.
41:33Ele falou o que?
41:34Tudo bem?
41:35Não.
41:36Tá bem.
41:37Tudo bem.
41:38Ok.
41:39Não.
41:40Questionou.
41:41Aí.
41:42Coincidentemente também.
41:43Ele falou de pedir.
41:44Então.
41:45Pronto.
41:46Ok.
41:47Só voltando um pouquinho na questão do.
41:50Do.
41:51Da época do BNDES.
41:53Que ele já.
41:55Do Luciano Coutinho.
41:56Foram vários.
41:58Você chegou a detalhar.
42:00A questão da compra da empresa de frango.
42:02Nos Estados Unidos.
42:03E tal.
42:04Foi contando.
42:05O que mais que o BNDES.
42:07Clube.
42:08Participou.
42:09E você.
42:10Contou com essa boa vontade.
42:12Dessa interferência do Guido Monteiro.
42:13Acho que o último grande negócio no BNDES.
42:15Foi esse.
42:16Foi o.
42:17Teve alguma coisa da Eldorado?
42:18Ah.
42:19É mesmo.
42:20Teve Eldorado.
42:21Desculpa.
42:22Estava esquecendo.
42:23Aí.
42:24Não.
42:25Não.
42:26Financiamento da Eldorado.
42:27Teve.
42:28Estava esquecendo.
42:29Aqui.
42:30Não foi equity.
42:31Aí em 2000.
42:32Exatamente.
42:33Estava esquecendo.
42:342011.
42:35Nós construímos uma fábrica.
42:37Chamada Eldorado.
42:38Nós temos uma operação de 2 bilhões de reais.
42:42Lá.
42:43É fábrica de celulose.
42:44De celulose.
42:45É.
42:46É a maior fábrica de celulose do país na época.
42:48Aí vocês construíram.
42:49E como é que o BNDES entrou nessa parte?
42:51Financiamento.
42:522 bilhões de reais.
42:532 bilhões?
42:54Sim.
42:55Aí.
42:56Financiar.
42:57Aí.
42:58O Guido Mantega ajudou nessa?
42:59Ah.
43:00Só por conta dele que saiu.
43:01Porque.
43:02O BNDES.
43:03Eu não.
43:04Eu nunca.
43:05Tive.
43:06Nenhum negócio.
43:07Com dirigentes do BNDES.
43:08Nem com o Luciano Coutinho.
43:10Nem com o Diretoria.
43:11Nem com o Gerente.
43:12Nem.
43:13Nada.
43:14Nada.
43:15Nada.
43:16Nada.
43:17Pode me torturar aqui que eu não sei.
43:19Eu não conheço.
43:20Eu sempre disse.
43:21Eu não conheço.
43:22Nem o funcionário que recebeu.
43:23Eu não conheço.
43:24Um empresário que tenha dado.
43:25De verdade.
43:26É.
43:27Lobbista.
43:28E que diz.
43:29E tal.
43:30Já ouvi dizer que tem um ou outro.
43:31Assim.
43:32Mas também.
43:33Sem nenhuma credibilidade.
43:34É.
43:35Voltando um pouco.
43:36Eu quero dizer assim.
43:37Se não.
43:38Pela atuação do Guido.
43:40Ah.
43:41Não teria.
43:42Não teria.
43:43Não saia de jeito nenhum.
43:44Até.
43:45Assim.
43:46É.
43:47É.
43:48É.
43:49Não sei porque.
43:50Mas.
43:51Eu.
43:52No BNDES.
43:53Sempre foi muito dura.
43:54É.
43:55É.
43:56Os termos.
43:57Meu.
43:58No BNDES.
43:59É.
44:00É.
44:01Esse empréstimo.
44:02De dois bilhões de reais.
44:03Aí mesmo.
44:04Pô.
44:05Se olhar as condições.
44:06E o que.
44:07Teve que ser feito.
44:08Para ele sair.
44:09É uma loucura.
44:10Sempre.
44:11Sempre.
44:12Tinha uma.
44:13Uma dificuldade.
44:14Muito grande.
44:15No BNDES.
44:16Aí.
44:17O Guido.
44:18Chamava o Luciano.
44:19E falava.
44:20Que eu ia numa reunião com o Guido.
44:22Chegava lá.
44:23O Luciano estava.
44:24E eu percebi que o Luciano ficava claramente constrangido.
44:26Porque ficava parecendo que ele não sabia que eu ia chegar na reunião.
44:29Sabe.
44:30Aí o Luciano ia assim.
44:31No BNDES.
44:32Não.
44:33No BNDES.
44:34No BNDES.
44:35Ah.
44:36Tá.
44:37Então.
44:38O.
44:39Se dependesse só do Luciano também não sairia.
44:41Não.
44:42Não teria saído.
44:43Não.
44:44O senhor tem conhecimento de algum fato ilícito envolvendo o Luciano Coutinho?
44:46Não.
44:47Não.
44:48Em relação ao Luciano.
44:49Sempre foi muito formal.
44:51Com a diretoria muito formal.
44:53E do superintendente para baixo muito técnica.
44:55Tá.
44:56É.
44:57Ainda.
44:58Vai passar esse anexo aqui.
45:01É.
45:02É.
45:03É.
45:04É.
45:05É.
45:06É.
45:07É.
45:08É.
45:09É.
45:10Até no finalzinho.
45:11Ô.
45:12Doutor Sérgio.
45:13Do.
45:14Acho que.
45:15Até no finalzinho ali da campanha de 2014.
45:18Três episódios que talvez valha a pena relatar.
45:22Hum.
45:23Foi que quando eu percebi que os montantes estavam indo para valores estratosféricos.
45:29De 200, 300 milhões de reais de doação.
45:32Eu vi que nós íamos ser a maior doadora de campanha disparado.
45:36Eu fui lá no Guido
45:39Falei, ô ministro, você está percebendo
45:41Por mais que seja legal a doação
45:43Por mais que
45:4680% das doações que nós fizemos
45:48Foi doações oficiais
45:50Estou falando 80, pode ser 70, a maior parte
45:53A maior parte das doações foi oficial
45:55Eu disse, olha ministro
45:56Por mais que a maior parte da doação é oficial
45:59O número vai ficar muito discrepante
46:01Comparado com o segundo
46:02Tanto é que ficou mesmo e foi fruto de muita crítica
46:05Aí ele dizia, não, tem que fazer
46:07Tá bom
46:08Eu, nessa ocasião, eu conheci o presidente Lula
46:11Em 2013, um ano antes
46:13Até então não tinha
46:15Eu tinha estado com ele uma vez
46:16No gabinete dele, quando eu me tornei
46:19Presidente da JBS
46:20Tive uma audiência formal lá de uma hora e pronto
46:23Aí eu fui lá no Lula
46:29Dizia, ô presidente Lula
46:31Eu não sei se isso tem a ver com isso ou não tem
46:33Como ele tinha dito que a conta era do Lula
46:35Eu falei, ó, vou falar um negócio aqui
46:38Tchau
46:39Nós estamos fazendo a doação
46:42Nós somos o doador
46:43E essa conta nossa
46:45Já passou de 300 milhões, hein
46:47O senhor está entendendo a exposição que vai virar isso?
46:52O presidente Lula ficou olhando pra mim
46:53Não falou nada, não falou nem sim, nem não
46:55Ficou um silêncio na sala
46:56Tá bom
46:58Eu não entendi aquilo
46:59Mas pelo menos eu dei a mensagem
47:00Eu pensei, amanhã ninguém vai me culpar
47:02De não ter avisado
47:04Vai que
47:05Amanhã eu não posso ser
47:07Poxa, você não falou nada
47:08Avisei
47:09Não, não, não
47:12Não
47:13Não bastava
47:17Eu fui lá na presidente Dilma
47:18Ela
47:19Candidata e tal
47:22Eu tive com ela
47:24E nessa ocasião que eu tive com ela
47:26Aconteceu duas coisas curiosas
47:27O dinheiro já estava ali cabando
47:30Cabando mesmo
47:31E eu já meio segurando ali o Guido
47:35Dizendo, ô, ministro, vai acabar o dinheiro
47:36Acabou o dinheiro
47:37O Edinho me aparece pedindo mais
47:40Não, não, desculpa
47:41É, o Edinho me aparece pedindo mais 30 milhões
47:43O Edinho não tinha poder pra me pedir
47:47Porque ele não tinha acesso à conta
47:50Eu entendi que ele não sabia da conta corrente
47:53Aí, dizendo que era pro Pimentel
47:56Ó, precisa de 30 milhões pro Pimentel
47:58Precisa, porque precisa
48:00Aí eu fui lá no Guido
48:02Falou, ministro, tá acabando o dinheiro
48:04Acabou, como é que faz?
48:05Ele falou, não
48:06Aí esse negócio aí é com a presidenta
48:09Com a Dilma
48:09Se der comigo, não
48:10Já não sei
48:11Foi meio que o Guido percebeu
48:13Que já tinha ou acabando ou acabado
48:15Vamos dizer, eles já não tinham mais tanto
48:17Esse direito de 30 milhões
48:19Porque era conta no exterior, era em dólar
48:22O dólar oscila toda hora
48:23Então não era uma conta exata
48:25O dólar 2 real, eles teriam 300 bilhões
48:282,50 seria, enfim
48:30Ele percebeu que já estava ali no limite, acabando
48:33Eu falei, ah, isso aí é problema da Dilma com Pimentel
48:36Eu falei, ah, tá bom
48:37Então eu não, só se ela mandar fazer
48:39Tá bom, eu estive lá na Dilma
48:41Com a Dilma, aí não
48:44Com a Dilma, eu fui bem mais explícito com ela
48:48Aí eu falei pra ela
48:49Eu falei, contei meio que tudo
48:51Diz o seu avizento, ó
48:52Tem duas contas
48:54Tem uma que o Guido falou que era sua
48:57A outra era do Lula
48:58Já acabou o dinheiro seu e o dinheiro do Lula
49:00Pra ela saber que
49:02Amanhã se o Lula fosse me cobrar, né
49:04Eu pensava, vai que esse dinheiro é do Lula mesmo
49:07E eu gasto o dinheiro do Lula, né
49:09E depois o Lula vem me cobrar e diz
49:11Ué, o dinheiro era meu, você gastou na campanha
49:13Por isso que eu fiz questão de ir em todo mundo
49:16E o senhor falou que era uma combinação com o Guido
49:18Com o Guido
49:19E falou que tinha uma relação com o Dess
49:22Pra presidente Dilma
49:23Ah, ela sabia perfeitamente
49:25Não, não, ela sabia perfeitamente
49:26Lula também
49:27Não, com o Lula eu não falei
49:29Com o Lula eu só falei o caso
49:31Falei, presidente
49:32Já gastou 300 milhões
49:35Eu falei do lado da exposição
49:37O senhor tá percebendo o tamanho da exposição
49:39Porque eu conheci o Lula em 2013
49:41Eu não tinha intimidade nenhuma
49:44Eu conheci o Lula em
49:45Outubro, novembro de 2013
49:48Isso ocorreu em
49:492014, logo em seguida
49:51Ah, presidente Dilma, não
49:53Eu já conheci ela mais
49:54Eu já conheci ela mais
49:55Quando foi
49:56Pra começar
49:58Pra ela ser
50:00A candidata
50:02Eu fui muito resistente
50:04Eu falava pro Guido
50:05Não, ministro, não pode ser ela
50:07Porque não tá indo bem
50:08O país não tá indo bem
50:09Eu fui muito resistente
50:09Aí meio que eu criei uma intimidade
50:12Com a Dilma ali
50:12Porque aí o Guido
50:13Aí o Guido viabilizou
50:16Que a presidenta
50:17Que me chamasse
50:18As duas, três vezes
50:19Conversasse comigo
50:21Pra que eu ganhasse
50:22Mesmo o dinheiro sendo deles
50:23Vamos dizer assim
50:24Eu fiquei muito
50:26Falando
50:27Não dá certo
50:28O país não tá indo bem
50:30Pô
50:30Vai reeleger
50:31Vai ela de novo
50:32Enfim
50:32Nesse contexto eu fiquei mais
50:34O que interessa é que eu fiquei mais próximo da Dilma
50:36Sim
50:36Foi onde
50:37Com o Lula eu não falei
50:39Eu não fui espírito
50:40Eu só quis dar
50:40Falar do valor total
50:42Lá com a Dilma
50:45Eu falei ó
50:45Tem as duas
50:47Gastou uma e outra
50:48Sim
50:48E ela sabia que era relacionado
50:50BNDES
50:50Sabia perfeitamente
50:51Aí
50:52Ó
50:52É uma e outra
50:53É
50:54E ainda
50:56Estão me pedindo mais 30
50:58Eu fiz a conta direitinho
50:59Gastou tanto
51:00Tal
51:00Tá meio que acabando
51:01Se fizer esse 30
51:03Que acaba
51:04Enfim
51:05Aí ela disse
51:06Não
51:06É importante fazer
51:07Tem que fazer
51:07Falei tá bom
51:09O que é que eu faço
51:09Falei não
51:10Se você pudesse encontrar o Pimentel
51:12E
51:13E
51:14E fazer
51:14A doação lá
51:16Pagar ele lá
51:17Tudo bem
51:18Eu falei não
51:19Tá bom então
51:20Dali eu saí com a certeza
51:21De que um
51:22Ela sabia
51:23De tudo
51:24Dois
51:26É
51:27Eu não saí
51:28Entendendo muito bem
51:30Essa história
51:30Da conta do Lula
51:31E da Dilma
51:32Se ela tava confortável
51:34Em ter gasto
51:34O dinheiro todo
51:35Vamos dizer
51:36Gastou o dinheiro
51:37Nas duas contas
51:38O Guiro também
51:39Se disse à vontade
51:40Mas eu contei pro Lula
51:42Que eu tinha gasto
51:43Trezentos e tantos milhão
51:44E ele também
51:44Não achou ruim
51:45Não falou nada
51:46Eu falei
51:46Então isso aqui
51:46Todo mundo deve estar sabendo
51:48Desse negócio
51:49No mesmo dia
51:50Eu peguei o avião
51:51Fui lá no Pimentel
51:52Encontrei ele no aeroporto
51:53Falei pra ele
51:54Falei pra ele
51:54Tá tudo certo
51:55Os 30 milhões
51:58Que ele já tava
51:58Uns 30 dias
51:59Andando atrás de mim
52:00Cadê esses 30 milhões
52:01Tá autorizado
52:02Tudo bem
52:03Ele ainda me fez
52:03Um comentário
52:04Interessante
52:06Que ele falou assim
52:06Não
52:07A presidenta me ligou
52:08Dizendo que você tava
52:09Vindo aqui
52:10Que ia dar certo
52:10Os 30 milhões
52:11O aeroporto
52:12Quem te marcou
52:13No aeroporto
52:13Ele ia viajar também
52:14Não
52:15Ele foi lá pra me receber
52:16Foi lá pra me receber
52:17Foi em hangar
52:18No hangar
52:19Lá que ele usa
52:20Ele sempre usa
52:21Um hangar
52:22Não sei o nome
52:22Tá
52:23Me recebeu lá no hangar
52:2430 milhões
52:25Tudo bem
52:25Para viabilizar
52:28Ele me apresentou
52:29Um sujeito
52:30Que é o dono
52:30De uma construtora
52:31Que me vendeu
52:323% do estádio
52:34Que eu nem sei
52:36Que estádio que é
52:37Nem tipo de futebol
52:38Eu tenho
52:39Imagina qual foi o estádio
52:40É o Mineirão
52:41O Mineirão
52:43Sócio do Mineirão
52:44Quem que era esse
52:45E aí eu posso te informar
52:47Depois
52:47Eu não sei
52:48É o empresário
52:48É o dono
52:49De uma construtora
52:49Você sabe o nome
52:50De uma construtora
52:51Exato
52:51HAP
52:53Você tem
52:54HAP
52:55O contrato
52:56Qual o nome
52:57HAP
52:58Engenharia
52:59HAP
53:00HAP
53:02HAP
53:03HAP
53:03Engenharia
53:04Você vai juntar
53:05Isso aqui
53:05Eu acho que já está
53:07Naquele marco
53:07Tem o nome do dono
53:09Tem o nome
53:10De quem assinou
53:10Tem aqui
53:11Só um segundo
53:13Aí ele pediu
53:13Pra procurar
53:14Essa pessoa
53:15Essa pessoa
53:16Foi lá
53:17Fez um contrato
53:18De venda
53:19Que realmente
53:19Nós somos donos
53:20Nos contratos
53:21Nós somos donos
53:23De 3% do Mineirão
53:24Então ele era
53:25Ele era
53:26Eu acho que esse rapaz
53:28De alguma forma
53:29Passou esse dinheiro
53:29Pro Pimentel
53:30Não sei o que aconteceu
53:32Pra frente
53:32Eu sei que ele se deu
53:33Por satisfeito
53:34Pra comprando
53:34Esse 3%
53:35Roberto Janete
53:35Nelson de Senna
53:37Isso mesmo
53:37Roberto
53:38Roberto
53:39Roberto de Senna
53:39Roberto de Senna
53:41Aí
53:42Como é que foi o encontro
53:43Com ele
53:43Quem tratou
53:44Pessoalmente
53:44Com ele
53:44Não fui eu
53:45Ele me procurou
53:46Foi outro dia
53:47Não foi nesse dia
53:47Ele me procurou
53:49Teve comigo
53:50Ele me deu
53:51Lá no meu escritório
53:52São Paulo
53:53São Paulo
53:55Ele me deu essa ideia
53:56Eu falei
53:57Não, tudo bem
53:57Desde que o valor
53:59Seja minimamente compatível
54:01Eu não entendo nada
54:02De estádio
54:02Ele disse que era
54:04Eu falei
54:04Tá bom
54:05Então
54:05Quanto
54:06Ah, vale 1 bilhão
54:07Tá bom
54:07Então 30 milhão
54:083 cento
54:10Fizemos um contrato
54:11De venda
54:11Lá
54:12A hora que você olhar
54:12Nos meus livros
54:13Aqui da empresa
54:14Eu sou um dó
54:14De 3 cento
54:15Mineirão
54:15E
54:17E aí
54:18Como é que foi
54:18Repassado esse dinheiro
54:19Para pagar
54:20Pago oficialmente
54:21Mas
54:21Transferência
54:22Transferência bancária
54:23Pagando
54:24Para a conta
54:25Lembra
54:25Qual era a conta
54:26Se era a pessoa jurídica
54:27Da HAP
54:28Depois vocês vão apresentar
54:30É
54:30Vai apresentar
54:31Vamos lá
54:32Aí você teve
54:36Com esse
54:37Com esse empresário
54:38Só uma vez
54:39Para tratar de isso
54:40Eu acho que foi
54:40Mais de um
54:41Do Dr. Sérgio
54:42E
54:43Ele explicou
54:45Como é que ele era
54:46Dono do Mineirão
54:46Será que ele tem
54:47Uma concessão
54:48Não sei
54:48Eu não entrei em detalhes
54:50O Ricardo
54:51Participou também
54:52Desse negócio
54:53Ele fez alguma coisa
54:54Não acho que não
54:55Acho que o Ricardo
54:56Não participou disso
54:57Não
54:57Isso no fundo
54:59Ninguém participou
55:00Isso fui eu
55:01Foi
55:02Não sei se foi você
55:03Que escreveu o contrato
55:04Eu chamei algum advogado
55:06Nosso lá
55:07Expliquei
55:07Que a gente tinha comprado
55:08Um estádio
55:093%
55:09Não sei o que
55:10Investimento
55:11Blá blá blá blá
55:11E eles fizeram lá
55:13O advogado também
55:16Vai saber dessa história
55:17Foi na conta da empresa
55:18É
55:18Na conta da
55:19Prada da empresa
55:20Então vocês vão apresentar
55:21Os documentos
55:22Só retornando um pouco
55:23Quando entraram
55:24Os fundos de pensão
55:25Petros e FUNCEF
55:27Você falou claramente
55:30Que quem organizou tudo
55:31Foi o BNDES
55:32Isso
55:32Teve alguma vantagem
55:35Devida
55:35Nesse caso
55:36Que pago
55:37A dirigente
55:37De Petros e FUNCEF
55:39Nesse caso
55:39Então
55:41Doutor Sérgio
55:42Eu
55:42Não consigo te afirmar
55:44Com certeza
55:45Se nesse teve
55:46Porque teve em algum
55:47Você vai narrar
55:47Daí pra frente
55:48Todos tiveram
55:49Nesse especificamente
55:51Eu não tenho certeza
55:52Tá
55:53É
55:54Quem é
55:56Porque esse
55:57Quem trouxe
55:57Foi o BNDES
55:58Foi a primeira
55:59Eu
56:00Eu chutaria dizer
56:02Que teve só no próximo
56:03Teve do fundo florestal
56:05Pra frente
56:06Esse eu acho
56:06Que não teve
56:07Esse teve
56:08O crédito
56:10Lá
56:10Pugido
56:11Na conta grande
56:12De um bilhão
56:13Perfeito
56:15Em relação a esse tema
56:18Específico
56:20Você tem mais alguma coisa
56:21Que você lembra
56:21Pra acrescentar
56:22Então
56:24Eu acho que é
56:25Como é que a gente
56:26Constituiu
56:27O BNDES
56:29Tal
56:30Junto aos
56:32Junto ao BNDES
56:34É isso
56:34Depois a gente vai
56:35Explorar um pouquinho
56:35Mais que tem
56:36A formação da conta
56:38Com os fundos
56:38Também
56:39Que o Guido
56:39Ajudava lá
56:40Infilenciava
56:41Ah
56:41Tá em outros
56:42Tá em outros anexos
56:43É
56:44Dos outros anexos
56:44Dos fundos
56:46Quando fala só dos fundos
56:47Entendi
56:47Tá
56:48Então vamos encerrar
56:49Esse termo
56:49Doutor
56:50Quer perguntar
56:50Uma coisa
56:50Só
56:51Reforçar
56:52Quando o senhor
56:53O Juárez
56:54Falou da equipe técnica
56:55Só reafirmando
56:56Com a equipe técnica
56:57A tratativa era sempre formal
57:00Do mesmo jeito
57:02Que lá nos fundos
57:04Tinha propina
57:05Pro dirigente
57:06Lá no BNDES
57:07Nunca teve
57:08Eu não sei
57:09Se é por isso
57:10Talvez
57:11Que a minha vida
57:11No BNDES
57:12É ao contrário
57:14Ao contrário
57:14Dos fundos
57:15No BNDES
57:16Não tinha
57:16É não
57:17Ao contrário
57:17Desculpa
57:18Estou dizendo
57:18Do mesmo jeito
57:19Estou dizendo assim
57:19Com a mesma
57:21Com a mesma
57:23Da mesma
57:24Da mesma forma
57:25Que eu digo
57:27Que aqui teve
57:28Aqui não teve
57:28Com a mesma segurança
57:29Pronto
57:30Com a mesma segurança
57:31Que eu disse
57:31Nos fundos
57:33Tinha propina
57:34Pro presidente
57:34A minha vida
57:36Nos fundos
57:37Enfim
57:37Fluia mais
57:38No BNDES
57:40Nunca teve
57:40Mas também
57:42Minha vida
57:42No BNDES
57:43Ave Maria
57:44Isso quer dizer
57:46Que o pessoal técnico
57:47No BNDES
57:48Era bem rigoroso
57:49Eu acho
57:50Que era mais rigoroso
57:51Do que com meus concorrentes
57:52Eu sempre
57:53Eu sempre achei
57:54Que meus concorrentes
57:55Tinha vida
57:56Mais fácil
57:56Do que eu
57:57Entendi
57:57Eu não sei
57:58Se
57:58Enfim
58:00Eu não sei
58:01Se
58:01Se exatamente
58:02Pra poder
58:04Me
58:05Me vincular
58:06Ter que pagar
58:06Propina
58:07Ou se
58:08Eu não merecia
58:09Mesmo
58:09Ou se eu sou
58:10Um sujeito
58:10Que merece
58:11O mesmo
58:11Porque crédito
58:13É danado
58:13Então tá
58:15Então podemos
58:16Encerrar esse termo
58:17Aqui
58:17Fernando
58:19Alguma coisa
58:20Então vamos
58:22Aqui
58:22Encerrando
58:23O termo
58:24De depoimento
58:25Número 1
58:26Relacionado
58:28Ao tema
58:29BNDES
58:30E Guido
58:32Mantega
58:33Termo
58:34Prestado por
58:35Joésio Mendonça
58:36Batista
58:37No dia 3
58:37De maio
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