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  • 19/06/2025
Frederico d'Avila, agricultor e ex-deputado estadual por São Paulo, e Cristiano Palavro, sócio-diretor da Pátria Agronegócios, esclarecem as dúvidas sobre o comércio de sementes brasileiras adaptadas geneticamente para o plantio em diferentes climas e regiões.

Assista à integra: https://youtu.be/QrNmQcRsUDA

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Transcrição
00:00Nós, pessoal da cidade, eu imaginava que era o seguinte,
00:04você planta, colhe o que você plantou e guarda um pouco daquela colheita
00:09para plantar na safra seguinte.
00:11Aí eu fui descobrir que não é assim,
00:13que tem, na verdade, o agricultor compra as sementes.
00:17Como é que é isso? Explica para o pessoal da cidade como é que funciona isso.
00:21É exatamente isso. E dentro do que o Cristiano falou,
00:24Mota, só contextualizar a época da criação da Embrapa,
00:27nós estamos falando de governo Médici com Alisson Paulinelli.
00:32Então nós estamos falando de pessoas,
00:35que você sempre costuma falar da moeda, da qualidade das pessoas,
00:39com visão estratégica de longo prazo e comprometidas com o país.
00:44Então o Alisson Paulinelli, que era jovem na época...
00:49Foi ministro da Agricultura.
00:50Foi ministro da Agricultura, com 30 e poucos anos de idade,
00:53ele pegou duas mil pessoas qualificadas e mandou mundo afora,
01:00Canadá, Estados Unidos, Europa, Finlândia, Austrália,
01:04para estudar e trazer as melhores técnicas para o Brasil.
01:08Agora, aquelas técnicas tiveram que ser adaptadas...
01:12Isso dentro da Embrapa.
01:13Da Embrapa.
01:14Apoio estatal, financiamento estatal,
01:17mas nós não estamos falando do governo Lula, nem do PT,
01:20nem do que nós conhecemos hoje de matéria de encarar o que é o Estado,
01:25o que é a nação.
01:26É uma visão estratégica de longo prazo.
01:29E está aí o exemplo.
01:31Depois de 50 e poucos anos, a Embrapa deixou um legado positivo,
01:35como o Cristiano colocou.
01:37Com relação às sementes,
01:39o Brasil, Mota, é referência mundial em produção e qualidade de sementes.
01:45A produção e qualidade de sementes sérias, né?
01:48E é isso que você acabou de falar.
01:50Você tem sementeiras espetaculares em todo o Brasil.
01:54Rio Grande do Sul...
01:55Isso são empresas cuja única função...
01:58É fazer semente.
01:59...produzir semente para os agricultores plantarem.
02:02Exatamente.
02:03E aí dentro das sementes você tem as variedades.
02:05Então você tem as variedades de soja.
02:08E que você tem N variedades e N empresas,
02:11como o Cristiano falou,
02:11que começou lá atrás com o desenvolvimento das variedades pela Embrapa.
02:16E elas foram...
02:17As empresas particulares foram aprimorando as sementes
02:22e evoluindo com as sementes,
02:24aplicando tecnologias genéticas nas sementes.
02:29E que a gente tem hoje essas altas produtividades.
02:31E como o Cristiano falou,
02:33nós temos aí o caso do trigo no Cerrado.
02:36O trigo no Cerrado, ele produz mais do que o trigo
02:40no Rio Grande do Sul, no Paraná e Santa Catarina.
02:43O trigo nesses estados do sul,
02:46basicamente hoje,
02:46produz aí na faixa de 4.000, 4.500 quilos por hectare.
02:51E nós podemos falar que ali no entorno de Brasília,
02:53Goiás, Minas Gerais, na região mais alta com irrigação,
02:56você pode chegar até 8 ou 9 toneladas por hectare.
03:00Isso aí, Mota, não existe em nenhum outro lugar do mundo.
03:04Primeiro, não é que não existe essa produtividade.
03:07Não existe a produção de trigo
03:09num ambiente desse de Cerrado ou tropical
03:13que chegue a esses níveis de produtividade.
03:16Existe isso na França, na Inglaterra, na Ucrânia,
03:18mas no mesmo paralelo não existe isso.
03:21É o que o Cristiano está colocando.
03:24E isso mostra como nós temos potencial de expansão
03:27dessa cultura do trigo, por exemplo,
03:29que o Brasil ainda não é autossuficiente.
03:31O Brasil demanda de 12 a 13 milhões de toneladas por ano de trigo
03:35e nós produzimos aí na faixa de 8 ou 9 milhões de toneladas.
03:40E a gente pode expandir essa produção para outras regiões do Brasil
03:44com áreas, quando eu quero dizer, com menor área.
03:48Aquela história que a gente sempre fala,
03:50estão desmatando para plantar mais.
03:53Lá no centro-oeste, se produz praticamente o dobro do trigo
03:58que é produzido no sul, graças a melhorias genéticas,
04:02qualidade de sementes e por conta da pesquisa ter caminhado
04:07em direção a uma região que, entre aspas, seria inóspita,
04:11seria improvável ou impossível para a produção de trigo.
04:17Mesma coisa, nós vemos no caso da soja.
04:21Falavam que a soja era impossível plantar a partir do paralelo,
04:26se eu não me engano, 20,
04:27depois ela não podia plantar mais soja
04:29porque não existiam condições.
04:31A Embrapa desenvolveu, descobriu o inoculante,
04:36que é o brasiliano-japônico,
04:38que é o principal inoculante de sementes da Embrapa,
04:42da soja, desculpe,
04:45que foi implementado na região do Cerrado
04:48que revolucionou.
04:49O que é o inoculante?
04:51O inoculante são bactérias,
04:55microbactérias,
04:56que você envolve a semente
04:58e ela promove a troca e a captação de oxigênio
05:04pela planta,
05:06porque o oxigênio...
05:08Nitrogênio.
05:08Ela capta oxigênio e produz nitrogênio.
05:13A soja precisa aproximadamente
05:16de equivalente a 280, 300 quilos de nitrogênio
05:20para produzir umas 5 toneladas por hectare,
05:244.800 quilos por hectare aproximadamente.
05:28Isso aí, se você fosse botar em fertilizante,
05:31seria um custo altíssimo.
05:33Hoje nós estaríamos falando em torno de 900 reais por hectare
05:36para você colocar 300 quilos de N numa lavoura.
05:41E esse inoculante,
05:44ele faz isso para você
05:46a um custo de 8 reais por hectare.
05:50Ele capta o oxigênio do ar
05:54e transforma em nitrogênio e transforma em grãos.
05:58Então, isso é uma tecnologia exclusiva nossa,
06:03exclusiva do Brasil,
06:05que foi desenvolvido...
06:08Só que não se conhecia esses inoculantes
06:12que foram aplicados no Centro-Oeste, no Cerrado,
06:16no passado.
06:17Foi desenvolvido pelo pessoal da pesquisa da Embrapa
06:21e hoje aí está consolidado no Brasil.
06:23E a questão das sementes que você perguntou,
06:27você tem sementeiras no Brasil hoje,
06:29que eu até faço questão de uma hora convidar você para conhecer.
06:33São processos absolutamente fantásticos
06:36de produção de semente no Brasil
06:37e que a gente pode se orgulhar muito
06:40desse pessoal que trabalha sério nesse segmento.
06:42Eu, uma vez, fui a Rondonópolis
06:45fazer uma palestra lá
06:47e fiquei...
06:48Eu, como um cara da cidade,
06:50eu fiquei absolutamente amismado com o que eu vi lá
06:52porque eu nunca imaginei que no Brasil
06:54existisse empresas de tecnologia
06:57do agronegócio
07:00com a sofisticação que eu vi lá.
07:02Agora, eu queria perguntar outra coisa para vocês
07:04que eu queria entender melhor.
07:06Uma vantagem competitiva...
07:08Você falou, nos Estados Unidos,
07:09no hemisfério norte,
07:10eles ficam três, quatro meses com tudo congelado,
07:12não se planta nada, não se colhe nada.
07:14Aqui no Brasil não tem isso.
07:15Dá para plantar e colher o ano inteiro.
07:17É isso mesmo?
07:18A gente tem mais safras do que eles conseguem ter lá?
07:21Sim.
07:21Isso representa vantagem para a gente?
07:23Sim, é uma grande vantagem competitiva, sim.
07:25Por a gente não ter o frio,
07:26a gente tem a condição de estar cultivando
07:28ao longo de todo o ciclo.
07:30A gente tem duas safras principais.
07:32A gente chama safra de verão,
07:33muito concentrada na soja.
07:35Hoje, 84% da área de verão
07:37é coberta por soja aqui no Brasil.
07:39O milho tem uma participação importante
07:41também no verão,
07:42porém que vem perdendo força nos últimos anos.
07:44Há o que vai mudar daqui para frente.
07:46A gente pode até comentar um pouco disso depois.
07:47Então, nós temos a safra de verão
07:48que de norte a sul do Brasil
07:50é preenchida pela soja.
07:53No inverno,
07:54que para o sul é inverno,
07:56e para o centro
07:56seria o que a gente chama de segunda safra,
07:59ou safrinha,
07:59que é o período mais seco do ano,
08:01a gente consegue ainda implementar
08:03uma segunda safra.
08:05No sul, muito dominada por culturas como
08:07o trigo e outras culturas de inverno,
08:09como aveia, centeio, entre outras,
08:11no cerrado,
08:12muito concentrada na cultura do milho.
08:14Até por isso que o Brasil ainda
08:15é um grande produtor de milho,
08:17mesmo quase não tendo mais milho
08:19no período de verão.
08:20O milho está sendo todo direcionado
08:22para a segunda safra.
08:23Capitaneado pelo Mato Grosso,
08:25que é 50% da nossa produção,
08:27na segunda safra a gente consegue plantar
08:28sem irrigação, tá, Mota?
08:30Então, apesar de as chuvas no cerrado brasileiro
08:32cortarem entre abril e maio,
08:34a gente conseguiu adaptar a soja
08:36para ter um ciclo cada vez mais curto.
08:38As sojas mais antigas,
08:39elas levavam do plantio à colheita
08:41130, 135 dias.
08:44Agora a gente tem cultivares de 100 dias,
08:46105, 110.
08:48A gente ganha aí 30 dias de chuvas
08:50no final do ciclo
08:51para já implementar o milho.
08:53Pouco mais de três meses,
08:54você planta, colhe.
08:55Exatamente.
08:56Culturas como o feijão ainda mais curto.
08:58Tem feijão no cerrado brasileiro
08:59de 80, 85 dias
09:00entre colheita e plantio.
09:02Outras culturas aí até com ciclo menor.
09:05Então, a gente tem essa vantagem competitiva.
09:07E aí vem um outro ponto
09:08que o Brasil explora muito pouco ainda
09:10pela capacidade que temos.
09:12A irrigação.
09:14O Brasil hoje,
09:15nas áreas irrigadas
09:16do sul, do centro-oeste, do sudeste,
09:19a gente consegue ter até três safras por ano.
09:23Então, a gente consegue colocar
09:23três cultivos no ano.
09:25E a gente tem muita água aqui.
09:27A gente é muito abundante
09:28em água subterrânea,
09:29em água superficial,
09:31com rios, lagos,
09:32aqui dentro do Brasil.
09:33Nós temos um ciclo de chuvas
09:35muito bom no Brasil,
09:36com exceção dos pontos ali
09:37do semiárido nordestino.
09:39A gente tem volumes de chuvas
09:40muito interessantes.
09:42E a gente não irriga
09:43nem 10% da área
09:44que irriga a Índia,
09:45que irriga a China,
09:46que tem condições de água
09:47muito mais delicadas
09:48que a nossa.
09:49Então, aqui mora um outro
09:51ponto de grande crescimento
09:53para o Brasil
09:53ainda daqui para frente.
09:54essa intensificação dos cultivos.
09:57Por outro lado,
09:58isso coloca mais um desafio
09:59ao Brasil,
10:00a chamada Ponte Verde.
10:02Eu tenho produção o ano inteiro.
10:04Então, essas pragas,
10:04elas nunca têm um período
10:06de que elas não vão ter o que comer,
10:08vamos dizer assim.
10:09Elas estão sempre se multiplicando.
10:10Por isso que a gente tem
10:11um desafio muito grande
10:14no manejo de pragas.
10:15E uma coisa até
10:16para o pessoal
10:17que está nos assistindo
10:17entender essa questão
10:18que é muito delicada,
10:19do defensivo,
10:21do agrotóxico.
10:22O grande produtor
10:23de grãos no Brasil
10:25tem uma eficiência
10:26no uso desses produtos
10:27muito grande.
10:28E não é porque
10:29ele é um bom samaritano.
10:31Isso é extremamente...
10:32Ninguém quer usar
10:33produto em excesso
10:35e isso é extremamente oneroso
10:36para o produtor
10:36de grãos
10:37de grandes áreas.
10:38A soja, o milho, a cana,
10:40o algodão
10:40são ligadas a áreas maiores,
10:42áreas de extensão
10:43como o Fred colocou.
10:44E o custo desses produtos
10:46é extremamente alto.
10:47A grande preocupação
10:48que eu tenho
10:49quando se fala de defensivo
10:50são nesses produtos
10:51que estão mais próximos
10:52da gente,
10:53que vão à nossa mesa.
10:54A gente sabe, por exemplo,
10:55morango, alface,
10:56foliosas em geral.
10:58Esses produtos,
10:59um hectare de morango,
11:00por exemplo,
11:01é muito morango.
11:02Muito.
11:03É uma produção
11:03muito grande.
11:04E você compra um produto
11:06lá de, vamos colocar,
11:07300 reais o litro,
11:08você pode fazer
11:08muitas aplicações nele
11:10com esse produto
11:11porque é uma área
11:11muito pequena.
11:12Então, às vezes,
11:13quando se fala do problema
11:14de uso de defensivos
11:16no Brasil,
11:16se olha muito para o grande.
11:17Nossa, o grande
11:18usa muito produto.
11:19Esse produto ainda vai passar
11:20para um processo industrial,
11:21ele tem um período
11:22de carência longo
11:23e o uso é muito eficiente
11:24porque o custo é alto.
11:26Para um produtor pequeno
11:27de folhosas,
11:28por exemplo,
11:29uma alface,
11:29a produção está aqui
11:30dentro de São Paulo.
11:31A produção de folhaças
11:32não está longe da capital
11:33porque ela não tem
11:34um período
11:34de armazenamento longo.
11:36E nessas produções
11:37o uso acaba sendo
11:38muito intenso
11:39pelo custo baixo
11:40dentro do custo geral
11:41de produção
11:41e o risco maior
11:43porque é um produto
11:43que vai ser colhido hoje
11:44e amanhã vai estar
11:45na nossa mesa.
11:46diferente do que a gente
11:47vê com soja,
11:48com milho,
11:49com os produtos
11:50à base de cana,
11:50por exemplo.
11:51Então, é um ponto
11:52que a sociedade
11:53precisa entender
11:54um pouco melhor
11:54e entender que,
11:56primeiro,
11:56não se usa porque quer.
11:57Não é barato,
11:58não é super eficiente
12:00e entender também
12:01para onde a gente
12:02está migrando.
12:02Esses produtos
12:03com alto grau
12:04de toxicidade
12:04que se usava no passado,
12:06isso ficou no passado.
12:08Hoje,
12:08a nossa legislação
12:09é muito rígida
12:11e a gente está
12:12num momento
12:12muito interessante
12:13da nossa agricultura
12:14que é a chamada
12:15agricultura biológica.
12:16As grandes empresas
12:17de defensivos químicos
12:19são hoje
12:19as detentoras
12:20dos produtos biológicos
12:21também.
12:22A gente vai usar
12:22cada vez mais bactérias
12:24dentro do controle
12:24de fungos,
12:25usar fungos
12:26para o controle
12:26de insetos.
12:27A gente já usa isso
12:28há muito tempo
12:29e vai cada vez mais
12:30utilizar esses produtos.
12:32Agora,
12:33deixa eu trazer
12:34um aspecto polêmico
12:35aqui para vocês.
12:37O Brasil citou
12:38essa potência
12:39do agronegócio,
12:41grande produtor
12:42de alimentos.
12:42isso incomoda
12:43muita gente.
12:45Quem são os incomodados?
12:47Quem são os outros
12:47países que concorrem
12:49com o agronegócio
12:51brasileiro?
12:52E o que esses países,
12:53se eles têm feito,
12:54o que eles têm feito
12:55para prejudicar
12:58o agronegócio brasileiro
12:59ou para diminuir
13:00a concorrência
13:01do agronegócio brasileiro?
13:02Mota,
13:03você pega
13:04a questão
13:04dos...
13:05Onde estão
13:06os maiores subsídios
13:07da agricultura
13:09no mundo?
13:10Estão na Europa,
13:11principalmente na Europa
13:12ocidental
13:14e nos Estados Unidos
13:16em alguns setores
13:17específicos.
13:20Onde que vem
13:21o problema?
13:24O problema,
13:25para eles não
13:27admitirem
13:27que eles
13:28não estão sendo
13:29mais competitivos,
13:31aí eles começam
13:32a fazer trabalhos
13:33através de ONGs,
13:35através de movimentos,
13:36através de
13:37embaixadores
13:40como a Greta Thunberg,
13:41por exemplo,
13:43que acabam
13:44virando
13:44bastiões
13:45de uma causa,
13:47mas eles não admitem.
13:48Olha,
13:48nós não conseguimos
13:49mais produzir
13:50com eficiência
13:51e nós temos
13:52que abrir mão
13:53disso aqui
13:53para o Brasil
13:54e vamos nos dedicar
13:55àquilo que nós
13:56sabemos fazer
13:57com excelência.
13:58A França faz
13:58excelentes queijos.
14:00Que é uma filosofia
14:01do comércio exterior,
14:02você faz o que você faz bem
14:04e o que você não faz bem
14:05você compra dos outros.
14:05Exatamente.
14:07A França faz bem queijos,
14:08faz bem vinhos,
14:09dificilmente a gente
14:10vai conseguir dominar
14:11os queijos e os vinhos
14:12como a França domina.
14:14Mas a França,
14:15outro dia,
14:16o presidente Macron
14:17e alguém lá
14:18do governo francês
14:20falou,
14:20nós não vamos mais
14:21comprar soja brasileira,
14:23a França vai estimular
14:24a produzir soja
14:27na França.
14:27Eu vou dizer
14:28para você
14:28que o município
14:29de Sorriso,
14:31no Mato Grosso,
14:32produz três vezes mais,
14:34três vezes mais,
14:35soja do que a França inteira.
14:39Se eu não estou errado,
14:41é três vezes mais
14:42ou até mais.
14:43Então,
14:43é tão ridículo
14:44que não chega...
14:46Eu nem sabia
14:46que a França
14:47produzia soja.
14:48É ridículo,
14:49é uma coisa ridícula,
14:51esse tipo de coisa.
14:52Mas o pior,
14:54Mota,
14:54são aquelas questões
14:55que você cansa de ver aqui,
14:58que você fala muito
14:59na segurança pública,
15:00que nunca se dá
15:02o nome correto
15:04às coisas.
15:05Em vez de falar
15:05que estão protegendo
15:06criminosos
15:07e defendendo
15:08traficantes,
15:09eles não admitem isso,
15:11dizem que,
15:12olha,
15:12vamos fazer um ato
15:14pela paz,
15:15vamos soltar pombinha
15:16na lagoa
15:17Rodrigo de Freitas.
15:18É isso que eles
15:18dão o nome.
15:19Na agricultura,
15:20é a mesma coisa,
15:22é a mesma coisa.
15:23Estão botando fogo
15:24na Amazônia,
15:25estão matando
15:26os animais
15:27da Amazônia,
15:27estão desmatando
15:29não sei o que.
15:30A luta é contra
15:31a degradação,
15:33a destruição
15:35da floresta amazônica.
15:37O produtor rural
15:38derruba o mato,
15:39põe o gado.
15:40Teve aquele caso
15:41de uma rede
15:42de supermercados
15:43da França
15:43que disse que não ia
15:44mais comprar
15:44carne brasileira.
15:46Isso.
15:46E também teve
15:46uma fabricante
15:47de laticínios
15:48que não ia mais
15:49comprar
15:50carne do Brasil.
15:51Exato.
15:51Isso é para dar
15:52resposta,
15:53na verdade,
15:54aos agricultores
15:56da Europa
15:58ou dos Estados Unidos
16:00pela sua ineficiência
16:01nesse segmento.
16:03Então,
16:04você pega
16:04uma pauta
16:05comercial,
16:07transforma ela
16:08numa história
16:09bonitinha
16:10e normalmente
16:12adornada
16:14pelo coitadismo,
16:15porque o coitadismo
16:16ele é,
16:18ele pega
16:19muito bem
16:20na questão
16:21das populações
16:22urbanas.
16:23então mostram
16:24animais
16:25sofrendo,
16:26mostram
16:27árvores sendo
16:27derrubadas,
16:29como se aquilo
16:29fosse a realidade
16:30do país.
16:32E não é a realidade
16:32do país.
16:33Você foi a Rondonópolis,
16:34você viu
16:35como é que é
16:35o ambiente ali.
16:37Você vai ali
16:37no estado natal
16:38do Cristiano Palavro,
16:39Santa Catarina,
16:40nós estávamos falando
16:41de agricultura familiar,
16:43o modelo
16:44de agricultura familiar
16:45no Brasil
16:45é Santa Catarina.
16:47Aquilo ali
16:48é um case
16:49a ser transportado
16:50para o resto
16:52do Brasil.
16:53Você pega,
16:54o Cristiano acabou
16:55de falar agora
16:55aqui da questão
16:57do semiário
16:58do nordestino,
16:59Petrolina,
17:00o polo
17:01irrigado
17:02de Petrolina
17:02em Pernambuco
17:03é um oásis
17:05de riqueza,
17:06é um oásis
17:07de riqueza
17:07onde pequenas
17:09áreas,
17:09como bem o Cristiano
17:10disse,
17:11pequenas áreas
17:12sustentam famílias
17:13inteiras.
17:14Você não pode,
17:15quando você fala
17:16em área,
17:17um hectare
17:18de uva
17:18ou de manga
17:19no Vale
17:19de Regado
17:20São Francisco
17:21é uma coisa,
17:21um hectare
17:22de soja
17:22ou de milho
17:23não é nada,
17:23mas um hectare
17:25de uva
17:25ou manga
17:25é muita área,
17:26principalmente
17:27da uva
17:28de qualidade
17:29e manga
17:29de qualidade
17:29que é produzida
17:30lá no Polo
17:31Irregado
17:31São Francisco.
17:32Agora,
17:33o que acontece?
17:35Esse pessoal
17:35de fora
17:36fica extremamente
17:38incomodado
17:38porque o Brasil
17:39tem qualidade
17:40e volume,
17:42Mota.
17:42O Brasil tem
17:43qualidade e volume.
17:44Quando a gente fala
17:44em qualidade e volume,
17:46fica todo mundo
17:46apavorado.
17:48E nós temos
17:48essa extensão...
17:49Isso explica
17:50a virulência
17:51de alguns
17:51desses ataques,
17:53a quantidade
17:53de dinheiro
17:54que está por trás
17:55da propaganda
17:55que é feita
17:56e não tem
17:57base.
18:00Contraditório.
18:00Esse caso
18:01que o Cristiano
18:02colocou
18:02da irrigação
18:03é um caso
18:04patente
18:05de bloqueio
18:07de impedimento
18:08da expansão
18:09da agricultura
18:09irrigada brasileira.
18:11Para você ter uma ideia,
18:12os Estados Unidos
18:13tem um estado
18:14nebrássica
18:15que é o estado,
18:16se eu não me engano,
18:17é o estado mais irrigado
18:18dos Estados Unidos,
18:19o estado
18:21do nebrássica
18:22tem dez vezes
18:24mais pivôs centrais
18:25do que o Brasil inteiro.
18:26Dez
18:27vezes mais
18:28do que o Brasil inteiro.
18:30Só no estado
18:30do nebrássica.
18:32Aí,
18:33o que acontece aqui?
18:34Você vai tirar
18:34uma licença ambiental
18:37para fazer
18:38um barramento,
18:39para fazer
18:40um açude,
18:41para fazer
18:41uma contenção
18:44de água,
18:44para você ter
18:44reservação de água
18:45para usar
18:46na época de seca,
18:47é praticamente,
18:49dependendo do estado
18:49que você tiver,
18:51você vai demorar
18:51anos
18:52para conseguir
18:53uma licença
18:53para o barramento.
18:54Você precisa pedir
18:55licença
18:56para produzir mota.
18:58E outra,
18:59ambientalmente falando,
19:01como o Cristiano
19:02colocou aqui,
19:03se você tem
19:03uma área de sequeiro,
19:04que é a área
19:05que depende das chuvas,
19:07e você põe
19:08uma irrigação
19:09e produz duas
19:09ou até três vezes mais,
19:11você tem um uso
19:12eficiente
19:12e racional do solo.
19:14Porque você usa
19:15no mesmo solo,
19:16você usa para fazer
19:17duas ou até três safras.
19:18E isso é impedido
19:19pelo estado,
19:20dependendo do conteúdo
19:22ideológico daquele
19:23que está sentado
19:23na cadeira de governador
19:24ou de presidente
19:25da república.
19:25que está sentado.
19:25Então,

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