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O Coronel Frederico Otoni, Comandante-Geral da PMMG, participou do programa Em Minas, da TV Alterosa, e fez um balanço dos 250 anos da corporação.

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Transcrição
00:00Para você que estava conosco na TV Alterosa, seja bem-vindo.
00:07Agora damos sequência com o nosso bate-papo aqui com o Coronel Frederico Ottoni,
00:12Comandante-Geral da Polícia Militar de Minas Gerais.
00:15Comandante, encerrei na TV falando sobre a tecnologia.
00:19Hoje, antigamente PM só tinha um revólver 3.8 na cintura, né?
00:23Hoje os senhores têm um aparato gigante, é drone voando.
00:26Eu vi no carnaval, fiquei impressionado, prendendo o povo com drone, né?
00:31Como é que o senhor vê a chegada da tecnologia como aliada na segurança pública
00:35e como ela é utilizada hoje por nós em Minas?
00:38Eu vejo com muita relevância e importância.
00:42Hoje nós estamos investindo em vários sistemas e tecnologias justamente para agregar ao fator humano,
00:49que já é muito bem treinado, capacitado, que são os nossos policiais militares.
00:54E o intuito de trazer novas tecnologias e novos sistemas é justamente para agregar a essa ação humana.
01:04Eu poderia citar, como você já comentou, os drones.
01:07Que hoje nós temos drones que têm sirenes, que têm comunicador.
01:11Nós estamos implementando agora ações para que nós possamos agregar às patrulhas rurais drones
01:19para que o militar que estiver trabalhando nessa modalidade de policiamento,
01:23ele possa ter uma maior abrangência utilizando esse equipamento de visualização.
01:29Então ele para em um determinado local na estrada, numa fazenda,
01:32ele consegue levantar ali o drone e ter uma visão e sobrevoar aquela área ali.
01:36E com isso ele tem um campo de visão ampliado em termos de capacidade de fiscalização.
01:43No Carnaval, o drone foi utilizado, inclusive, com um sistema que nós estamos testando e inovando,
01:50que de reconhecimento facial.
01:52Esse sistema, ele já tem mais de 400 pessoas presas, identificadas.
01:57400, né?
01:58Mais de 400 já identificadas e que foram presas, com mandados de prisão em aberto.
02:04E ele é um sistema que tem mobilidade, ele pode ser alocado, por exemplo, em câmeras
02:11que estão numa determinada região da cidade, pode ser colocada num equipamento como drone,
02:18pode ser levado, por exemplo, para um local onde está sendo realizada uma grande festa,
02:23um grande evento.
02:25Então ele tem essa facilidade, né?
02:27E nós podemos, e nós estamos melhorando o nosso sistema Helios,
02:31que é um sistema que foi desenvolvido pela Polícia Militar,
02:34que utiliza também, através das câmeras, da leitura de placas,
02:37identificando veículos roubados, veículos furtados,
02:40veículos que têm algum impedimento ou que participaram de algum tipo de crime.
02:46Nós estamos com um grande plano agora para ser apresentado, né?
02:50Buscando tanto o apoio de prefeituras, de outras instituições,
02:54para que nós possamos fazer o que nós estamos chamando de cercamento eletrônico digital de Minas Gerais.
03:00Para que as nossas divisas estejam monitoradas,
03:05toda cidade tenha a possibilidade de ter monitoramento e acompanhamento.
03:10Isso facilita muito porque a partir do momento que eu tenho, a título de exemplo,
03:14um crime, um roubo que aconteceu, que foi utilizado em um determinado veículo.
03:17A hora que eu tenho informação das características do veículo,
03:20eu lanço isso no sistema Helios, ele vai identificar onde que está...
03:23Saiu por aqui. Saiu pela 656, saiu pela MG30, saiu por aqui.
03:28A nossa equipe só vai lá e vai pegar o bandido.
03:31Reconhecimento facial.
03:33Eu, no combate ao crime, eu sou um entusiasta, eu acho fundamental.
03:37Agora, foi muito criticado, né?
03:39Ah, isso é invasão de privacidade, não pode.
03:43Como é que o senhor recebe essas manifestações?
03:45É, eu não vejo como invasão de privacidade mesmo,
03:49porque o sistema que nós trabalhamos, ele tem um índice muito grande de assertividade.
03:56Tanto é que nós fizemos um teste com esse equipamento,
03:59com os nossos alunos que estão na academia de polícia militar.
04:02Nós colocamos eles de boné, de touca, de óculos,
04:05colocamos eles de diferentes formas,
04:07para verificar o quanto que o equipamento conseguia identificar
04:10e qual que era o indicador que ele deveria dar de assertividade.
04:14Então, hoje, só nós, só realizamos a abordagem
04:17a partir de um determinado índice que o equipamento dá de assertividade
04:22e que ele, logicamente, puxa no banco de pessoas comandadas de prisão em aberto.
04:27E aí, com esse efeito comparativo, a gente vai lá e realiza a abordagem.
04:31Falar de quem está com alguma dívida com a justiça,
04:35que ela tem privacidade, não, ela não tem.
04:37Ela já foi privada, inclusive, do bem maior que a liberdade.
04:41Então, são essas pessoas que são abordadas.
04:45Que é privacidade.
04:46Tem uma série de quartos ali no Hotel da Gameleira, ali no Celeste.
04:50Na Tio Nelson também tem muitos apartamentos.
04:53Alimentação.
04:54A privacidade total ali.
04:56Exatamente.
04:57Eu queria dizer para o senhor, vamos entrar num tema agora delicado,
05:00que é a questão das facções.
05:01Primeiro, eu quero dar parabéns para o senhor, para os outros.
05:06Acho que o senhor não estava no comando ainda.
05:08Pelas ações dos últimos anos da Polícia Militar no combate a esses terroristas.
05:13Porque, para mim, eu não sei porque há esse luxo de não chamar de terrorista
05:17uma organização como o Comando Vermelho,
05:20Terceiro Comando Puro.
05:22O que não faz dela uma organização terrorista?
05:25Ela é uma organização terrorista.
05:27E quando houve aquela ação no sul de Minas, que eliminou com aquele cangaceiro,
05:32todo novo cangaceiro.
05:33Uma ação perfeita, que merece todos os aplausos da nossa sociedade.
05:37Então, o combate, a gente vê que aqui em Minas é muito duro.
05:41Recentemente, em Teófilo Ottoni também, teve umas incursões lá bem violentas,
05:46com um número de prisão muito grande.
05:48Mas, o senhor tem uma unidade secreta.
05:53Como é que os senhores fazem quando é para lidar com essas organizações terroristas criminosas?
06:00Recentemente, acho que foi no Serrão, ou foi no Taquaril,
06:05que teve um esparrama geral que os senhores prenderam novas lideranças.
06:08Tem uma unidade só para esses terroristas do crime aí?
06:11Nós, na verdade, estamos trabalhando através da inteligência.
06:16Nós estamos buscando integração com várias outras instituições de segurança pública também,
06:21com vários outros estados, para que a gente possa ter o máximo de conhecimento
06:26da rotina dessas facções, dessas organizações criminosas,
06:30para que nós possamos fazer um combate efetivo.
06:33E aí, aproveitando aqui, vem uma crítica, inclusive, à PEC da segurança.
06:38Porque grande parte daquilo que sustenta o crime organizado,
06:42ele vem por conta de dar entrada nas fronteiras.
06:45Enquanto o governo federal deveria estar privilegiando o combate,
06:51o fortalecimento das fronteiras do Brasil,
06:53para que não entre armamento, para que não entre droga,
06:56para que nós não tenhamos o contrabando, o descaminho,
07:00isso não é feito.
07:01E existe uma porta de entrada de tudo isso que sustenta, de certa forma,
07:05o crime organizado.
07:07O que nós estamos fazendo em Minas Gerais,
07:09não só através da nossa equipe de inteligência,
07:13é também potencializando a atuação nas divisas do Estado.
07:17Recentemente, eu e o governador,
07:18estivemos inaugurando lá em Poços de Caldo,
07:20uma fração do batalhão de rodoviário,
07:25como forma de fortalecer as divisas do Estado.
07:29Nós temos lá, já na área que faz divisa,
07:32com Mato Grosso do Sul, com Goiás,
07:34equipes já bem instaladas lá,
07:36onde nós já realizamos grandes apreensões de droga,
07:39de arma de fogo.
07:40Então, são ações que nós estamos potencializando
07:43para que seja a primeira barreira de entrada do crime organizado.
07:47E, como você disse, em Teófilo Otônio,
07:50houve uma tentativa de instalação, de domínio de território,
07:54que é uma das características do crime organizado,
07:56e que ela foi repelida com evinho de tropa daqui de Belo Horizonte,
08:01com um combate muito eficaz da tropa lá de Teófilo Otônio.
08:05Então, tudo isso fez com que esse crime organizado
08:08não tivesse o domínio do território ali.
08:12E hoje, nós entramos em qualquer comunidade,
08:15circulamos em qualquer área de Minas Gerais.
08:18Não tem nenhum lugar que...
08:19A PM entra em qualquer lugar.
08:21Não entra.
08:22Não é igual o Rio Complexo Alemão?
08:23Ou não entra, ou às vezes não deixa entrar.
08:26Não pode entrar aqui, não pode entrar ali.
08:29Aqui, entra em qualquer lugar.
08:30Entra em qualquer lugar.
08:30Inclusive, o Rio de Janeiro, por exemplo,
08:32tem um batalhão específico de desobstrução de barricadas,
08:36coisa que nós não temos aqui,
08:38por conta justamente desse combate incisivo
08:40contra as organizações criminosas.
08:43Eu vou encerrar com uma pergunta,
08:45se o senhor quiser a sua resposta,
08:46se o senhor não responde,
08:47até porque se alguém for prender alguém aqui,
08:49vai ser o senhor que vai me prender.
08:51Semana passada, últimos dias aí para trás,
08:53teve a soltura de um rapaz,
08:56lá no Complexo do Gericinó,
08:58lá no Rio de Janeiro.
09:00Esse rapaz é um MC famoso
09:04que teria sido detido por apologia ao crime,
09:09teria declarado que é do Comando Vermelho,
09:12organização terrorista.
09:14A esposa, segundo a Polícia Civil,
09:16já teria lavado 250 milhões de reais
09:19para o Comando Vermelho.
09:21Isso é só informação,
09:22o senhor não sabe disso,
09:23o senhor não viu isso.
09:24Aí, esse rapaz é colocado em liberdade,
09:27o quê?
09:28Problema nenhum.
09:29Foi colocado em liberdade.
09:29mais de mil pessoas na porta da cadeia,
09:33barreira de ônibus,
09:35povo subindo.
09:36A polícia do Rio teve que ir lá
09:38porque os comerciantes não conseguiam trabalhar.
09:40E bomba para cá e bomba para lá.
09:43Um culto ao...
09:44Como é que eu vou chamar para o senhor?
09:46Não sei como é que eu vou fazer essa pergunta para o senhor.
09:49Um culto ao crime.
09:51Ao crime.
09:52Um rapaz foi lá,
09:53um outro rapper, trapper,
09:56MCapper, sei lá o que ele é,
09:57filho de um dos mais violentos e assassinos
10:02narcotraficantes da história do Brasil.
10:04O cara é filho do Marcinho VP.
10:06Foi lá,
10:07festa, tirar foto, dar autógrafo, fazer live.
10:12Desanima?
10:14Desanima.
10:15Desanimar, não.
10:16Mas nos preocupa.
10:19Nos preocupa por conta da inversão de valores.
10:21Os vidros desse povo lá?
10:23E eu fico preocupado mais é com as famílias
10:26que, na verdade, acabam envolvidas por isso aí.
10:29Quando você pega os chefes,
10:31os chefões das organizações criminosas,
10:34eles estão atuando de forma protegida.
10:37Eles não colocam,
10:38eles não vão entrar em confronto.
10:39Mas quem vai entrar em confronto
10:40é o filho de uma determinada família
10:42que está ali,
10:43aliciada pelo tráfico de drogas,
10:45pelo crime,
10:45que vai, muitas das vezes,
10:46defender o território do crime organizado
10:49e que vai entrar em combate com a polícia militar.
10:51Então, é preciso que, de fato,
10:54essa comunidade entenda
10:57que ela é mais vítima disso
11:00do que se beneficia de alguma coisa
11:02por conta dessa organização criminosa.
11:05Então, é por isso que a gente chama,
11:06e a gente fala muito da inversão de valores
11:08sobre esse aspecto,
11:09de que essa desestruturação
11:12que acontece hoje, como o senhor disse,
11:15que está muito clara e muito visível
11:16nas comunidades do Rio de Janeiro,
11:18onde foi criado
11:20uma espécie de Estado paralelo,
11:22onde ali o próprio Estado
11:24não atua,
11:25isso é extremamente perigoso.
11:27Porque ali não tem a ordem,
11:29ali não tem tudo aquilo
11:30que, logicamente,
11:31as leis visam proteger.
11:34E onde existe o Estado,
11:35a ideia é que isso funcione
11:36de forma satisfatória.
11:38Mas a gente precisa desse reconhecimento,
11:40a gente precisa desse apoio
11:41da sociedade.
11:42Tem que apoiar.
11:43Exatamente.
11:44Muito obrigado.
11:45Chegaremos a...
11:45Eu quero deixar claro
11:46que esse povo,
11:47esse povo que tem muito
11:49herói de internet,
11:51tem muito, né?
11:51Que ficou de internet no teclado,
11:52sentando o dedo.
11:53Está cheio, né?
11:54Eu adoro funk.
11:56Quem me conhece há 40 anos
11:57na televisão brasileira sabe,
11:59eu adoro funk.
12:00Então, nada contra funk,
12:01tá bom?
12:02Eu tenho contra
12:03a utilização da música brasileira
12:06como propaganda de crime.
12:09Isso eu tenho...
12:09Pode ser MPB,
12:11pode ser Samba,
12:11pode ser...
12:12Então, nada contra o funk.
12:13Porque daqui a pouco vai falar assim,
12:14ah, falou, não falei nada
12:15que eu sou contra o funk.
12:16Tá bom?
12:17Exatamente.
12:18Muito obrigado pela sua presença.
12:20Eu que agradeço pela oportunidade.
12:20Continuo voltando.
12:21Sucesso mais uma vez.
12:22Levo o nosso abraço
12:23a toda a tropa de Minas Gerais.
12:25Já são 40, 50 mil?
12:26Obrigado.
12:27São hoje 40 mil na ativa.
12:2940 mil.
12:29E os nossos heróis veteranos também,
12:31que são mais outros 40 mil.
12:33Que estão completando 250 anos.
12:35250 anos.
12:36Muito obrigado.
12:36Até a próxima.
12:36Eu que agradeço.
12:37Tchau, pessoal.
12:37Tchau, pessoal.
12:43Tchau, pessoal.

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