Especialista defende a reeducação alimentar com comida de verdade como caminho saudável para perder peso, sem uso de medicamentos ou injeções.
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NotíciasTranscrição
00:00Que é o seguinte, vamos chamar pra nossa entrevista do dia em tempos de Ozempic, em tempos de Mandiar, que você tá ligado, né?
00:08Essas medicações têm feito muito sucesso pra perda de peso, mas tem muita gente acreditando que agora só dá pra emagrecer com a ajuda desses e de outros remédios.
00:18Mas será, gente, que é tão difícil assim perder peso com alimentação saudável, equilibrada, bons hábitos?
00:24Cada caso é um caso, a gente sabe que tem gente que tem muita dificuldade, tem diabetes, tem comorbidades, mas a verdade, gente, é que é surpreendente o que a sua alimentação pode fazer por você.
00:36A gente vai te mostrar hoje e agora que dá sim pra emagrecer comendo bem, sem essa história de passar fome e sem abrir mão do sabor.
00:45O segredo tá nas escolhas certas, você saber o que escolher.
00:49Eu tô aqui bem acompanhada pro nosso café da manhã da Laisla Guerra, que é nutricionista e vai ajudar a gente a entender melhor sobre esse processo de emagrecimento só com alimentação.
01:00Laisla, bem-vinda!
01:02Obrigada, bom dia.
01:03Bom dia pra você.
01:04Já vamos, então, respondendo a pergunta que a gente fez aqui desde o início.
01:08Dá pra emagrecer, perder peso, sem tomar medicação?
01:12Sempre.
01:13A gente tá falando do Mandiar e do Ozempic, mas tem muitos outros remédios, né?
01:17Alimentação equilibrada, dieta, exercício físico, dá pra perder peso só com isso?
01:22Dá.
01:23E não é tão complicado assim.
01:25Quando a gente fala desses processos de emagrecimento, a gente pensa como se fosse uma balança, né?
01:31Eu tenho que deixar essa balança um pouco desigual.
01:34Então tem o que eu gasto, né, que é o meu gasto calórico e o que eu tô consumindo.
01:38Certo.
01:39Em processos de emagrecimento, a gente precisa gastar mais do que eu consumo.
01:44Não necessariamente em todos os casos.
01:46Mas esse é o pilar principal.
01:49Então, incluir atividade física, muitas vezes fazer uma leve restrição calórica,
01:54que grandes restrições calóricas, geralmente a gente não consegue manter por um longo período de tempo também.
01:59Um longo prazo, é.
02:00E aí pensar também em mudar a qualidade desses alimentos.
02:04Porque se eu faço só corte calórico, geralmente eu corto alimento.
02:09E eu corto nutriente.
02:10Por que é tão importante pensar nisso?
02:12Pra ganhar saúde e qualidade de vida.
02:15E também pensar em mudança de composição corporal.
02:19Porque o peso, de forma isolada, ele não me diz muita coisa na balança, né?
02:23Verdade.
02:24Eu prefiro que o meu paciente ou a pessoa que me procure ganhe mais musculatura, que vai trazer mais benefícios a longo prazo, né?
02:33Principalmente no envelhecimento, às vezes que a gente deixa de pensar, muitas vezes, do que só perder peso de forma rápida, que eu não tô perdendo tecido atiposo, geralmente.
02:42Porque quando a gente fala dessas medicações, a gente tem visto aí muita gente, assim, de um mês pro outro.
02:48A gente tá falando de perdas de até 10 quilos.
02:51E a pessoa fala, pô, eu não vou encarar uma dieta que demora pra caramba, é como você tá falando, é a longo prazo.
02:57E pra passar fome, porque tem gente que ainda acha que dieta é sinônimo de passar fome.
03:03Na verdade, não, né? Pelo contrário.
03:05Sim. O nutricionista, a nossa intenção é calcular esse plano alimentar, ou essa dieta, ou essa mudança alimentar, pensando na qualidade e no que é pra você.
03:18Por isso que isso deve ser o mais personalizado possível.
03:21Possível.
03:21Porque a ideia não é a pessoa passar fome, né?
03:24É que ela se sinta saciada com algumas estratégias, com alguns alimentos mais específicos, pensando no emocional também, no hábito alimentar, nas questões financeiras, que também é muito importante, pesa muito hoje em dia.
03:38Que esses medicamentos, a longo prazo, como é que você vai manter? Ainda estão muito caros aqui.
03:44E aí a gente pode utilizar, por exemplo, os alimentos da safra, que os nutrientes são mais biodisponíveis, que são mais baratos, que é prático, né?
03:52Pra gente utilizar no dia a dia, que dá pra ser feito em qualquer ocasião.
03:58É uma opção melhor do que, às vezes, utilizar uma medicação que você não vai conseguir manter essa perda de peso por um longo período.
04:05Quando a gente fala dessa perda de peso tão rápida, né?
04:09Lays, o que esses medicamentos fazem no corpo das pessoas que a pessoa consegue emagrecer assim, secar tão rápido?
04:17Geralmente existe uma alteração de metabolismo com essas medicações.
04:21E aí é uma desregulação, às vezes, dos hormônios que regulam a fome e a saciedade, grelina, leptina, né?
04:28E aí, essa perda de peso muito rápida também não traz saúde ao paciente.
04:33Porque, como eu falei, geralmente quando a gente tem uma perda de peso rápida, a primeira coisa que a gente perde é músculo.
04:39Que ele tem um papel metabólico muito importante, pra imunidade, inclusive.
04:43E aí o ideal é que a gente mantenha hábitos saudáveis a longo prazo, pra gente ganhar saúde e qualidade de vida.
04:53Muita gente que quer saber se existe algum alimento, ou um conjunto ali de alimentos que tragam um efeito parecido com o dessas medicações.
05:04Sim. A gente tem estratégias alimentares que podemos utilizar pra trazer mais saciedade ao paciente.
05:12As fibras, por exemplo, frutas com bagaço, vegetais crus, as folhas, mais água durante o dia, que é uma coisa que geralmente as pessoas esquecem.
05:23Verdade.
05:23Utilizar mesmo alguns alimentos mais específicos, como aveia, a chia, linhaça, os grãos também, tem esse benefício de trazer mais saciedade às pessoas e às proteínas.
05:37Legal. E a gente tá falando do uso do medicamento.
05:40É importante lembrar que em muitos casos é até indicado que a pessoa faça o uso desse medicamento,
05:45mas não de maneira indiscriminada, como a gente já tá vendo aí, sempre com acompanhamento.
05:49E muitas vezes o uso do medicamento, ele também tem que vir associado a uma mudança ali de vida, né?
05:56O medicamento sozinho também não vai fazer muito milagre.
05:59A longo prazo, isso se perde. Pode até causar o efeito contrário, né, doutora?
06:02Sim. Geralmente a gente vê esse efeito sanfona, né?
06:05Nas pessoas que fazem uso dessas medicações.
06:08O que não é tão benéfico também.
06:11Perfeito.
06:11Porque a gente acaba desregulando o nosso próprio organismo e trazendo alguns processos que podem trazer prejuízos a longo prazo, né?
06:21Aumento das questões inflamatórias, do cortisol, das próprias questões hormonais que vão atrapalhar no futuro pra uma possível perda de peso também.
06:31E aí pode desencadear outras comorbidades, hipertensão, diabetes.
06:35Olha que grave. Qual que é o erro mais comum das pessoas que tentam sozinhas ali fazer uma mudança brusca ali pra perder peso?
06:47Eu acredito que hoje é falta de informação e educação nutricional.
06:51É.
06:52Porque na internet a gente tem muita informação.
06:55Tem de tudo hoje, né?
06:56Então se você vai fazer uma pesquisa, por exemplo, no Google, a gente tem uma dieta que é pra você.
07:03E não existe isso na nutrição hoje.
07:05Tudo é muito personalizado.
07:07Então quanto mais específico e de precisão isso, melhor.
07:12Tá?
07:13Perfeito.
07:14Porque dietas muito restritivas, né, doutora?
07:18Você estava até falando isso.
07:19Ah, não vou fazer aqui jejum.
07:22Jejum é uma estratégia que pra alguns pode funcionar, pra outros não.
07:26Mas a pessoa às vezes começa ali com todo o gás, cortando muitas coisas.
07:30Isso na verdade não é bom, porque a longo prazo às vezes a pessoa não vai conseguir manter, né?
07:34Exatamente.
07:35Esses processos de restrição calórica, como eu falei anteriormente, a gente acaba cortando muitos nutrientes importantes também.
07:42E aí eu preciso pensar nisso, na qualidade alimentar, a longo prazo, pro meu organismo.
07:49Porque eu preciso ganhar saúde e mudar a minha composição corporal, né?
07:53Que é o que vai me fazer estar num estado nutricional melhor.
07:57Porque uma grande restrição calórica eu não vou conseguir manter a longo prazo.
08:02E eu posso desencadear outros prejuízos nutricionais e metabólicos ao meu organismo.
08:06Agora a gente percebe, né, que com...
08:09Nós todos, né, nessa era onde tudo é muito rápido, a gente quer resultados rápidos, respostas rápidas.
08:16Você sente isso também com seus pacientes, doutora?
08:18Com essa questão dos medicamentos, a pessoa vê a outra pessoa ali, poxa, em dois meses ela perdeu o dobro do peso.
08:25Que eu tô aqui há um tempão tentando e na luta e não consigo.
08:29As pessoas estão pulando algumas etapas e querendo pular também etapas importantes, né?
08:33Sim, eu falo pros meus pacientes ou pra qualquer pessoa que me procura ou pede alguma informação que não existe milagre.
08:39É o pilar que eu falei.
08:42Déficit calórico, né?
08:43Às vezes essa restrição calórica e atividade física que é muito importante.
08:48Pra músculo, pra osso, pra consumo de água, pra regulação do sono, que às vezes é importante pra esse processo de emagrecimento.
08:56Então nada que for radical vai me trazer benefício a longo prazo.
09:01É muito importante a gente pensar nisso.
09:03Porque também tomar só medicação, fazer a picadinha ali e não fazer nada de exercício físico não funciona, né?
09:10Não, eu preciso mudar os meus hábitos alimentares e ganhar qualidade de vida.
09:14Isso é o pilar principal da nutrição hoje.
09:18E educação nutricional.
09:19Explicar pras pessoas o porquê que é importante.
09:22O porquê que essa medicação, ela não vai ser tão efetiva a longo prazo.
09:27E aí a pessoa entendendo isso, ela mesma internaliza esse processo de educação nutricional e ela tem autonomia pra fazer suas próprias escolhas.
09:36Pra saber, às vezes, ler um rótulo, entender o que ela tá consumindo.
09:41Isso é muito importante hoje em dia.
09:42Em ambulatórios, no consultório, né?
09:45Perfeito.
09:46Ó, a gente vai conhecer a Tiele.
09:48A Tiele é uma médica, ela perdeu 20 quilos.
09:53Gente, 20 quilos é bastante coisa.
09:56E ela fez uma mudança de hábito, uma mudança de vida.
10:00Começou na pandemia, então, pra você ver que até hoje ela tá nessa reeducação alimentar.
10:04Não é uma coisa que foi do dia pra noite.
10:07Tá aí a Tiele, ó.
10:08Nesse período, naquela foto anterior, foi antes, aí ela no processo de emagrecimento.
10:13Mudou a alimentação.
10:14Começou a fazer exercício físico em casa, porque na época da pandemia eu não consegui ir pra academia.
10:20E manteve essa nova vida.
10:22Agora, olha só, como é que ela tá?
10:24Olha a diferença, né?
10:25Vamos ver o que a Tiele contou desse processo pra gente?
10:28Roda aí.
10:29O meu processo, ele começou em 2020, quando tava na época da pandemia, né?
10:35E eu me olhava no espelho e eu vi um reflexo de uma menina desleixada,
10:40de uma menina que não dava muita importância, além do sobrepeso.
10:43E junto a isso, eu tinha uma grande dificuldade de fazer tarefas simples, né?
10:49Como levantar pra pegar um copo de água quando eu tava com sede.
10:52Isso me dava muita preguiça, muito cansaço.
10:54Então, eu decidi mudar isso, né?
10:56E começar realmente, como atividade física, sair do sedentarismo.
10:59E eu ainda não tinha feito alguma modificação mais concreta na minha alimentação.
11:04O que eu fazia era tentar experimentar mais frutas, porque eu tinha muita dificuldade de comer frutas.
11:11Então, eu fui tentando experimentar mais frutas.
11:13Eu fui tentando, ao invés de pedir um lanche, fazer esse lanche em casa.
11:18Sabendo exatamente a quantidade que eu tava colocando de gordura.
11:21Qual gordura que eu ia usar, se era manteiga, óleo ou azeite.
11:25E eu fui tentando fazer assim, né?
11:28Se eu quisesse comer uma pizza, né?
11:30Eu tentava fazer uma tapioca com queijo e o recheio.
11:35Pra tentar matar um pouco daquela vontade.
11:38Doce também, eu tinha muito problema com chocolate.
11:42Que eu queria comer chocolate o tempo todo.
11:44E aí, eu tentei trocar pelo doce de leite, né?
11:47Ao todo, eu perdi mais ou menos 20 quilos.
11:53E eu acho que assim, o acompanhamento nutricional, começar uma atividade física, são essenciais.
11:59Tá aí, obrigada pela participação.
12:01Que depoimento bacana, né?
12:03Da gente ouvir.
12:03Tem uma coisa que me chamou a atenção, que a Tiele falou ali.
12:07Das substituições.
12:08A gente muito escuta falar sobre substituições inteligentes.
12:12Na prática, como é que a gente pode orientar quem tá assistindo a gente?
12:16A Tiele ali, quando sentia vontade de comer chocolate, ela trocava, por exemplo, pelo doce de leite.
12:21É uma substituição inteligente?
12:23Quais são as principais substituições que a gente pode fazer no dia a dia?
12:27Parabenizar ela.
12:28Muito interessante, porque ela fez geralmente um movimento contrário, né?
12:31Na maioria das pessoas.
12:32Verdade.
12:33Em relação a essa substituição, o que a gente precisa pensar?
12:37Quanto mais natural, quanto mais in natura, melhor a opção.
12:41Então, as pessoas, por exemplo, têm a tendência a achar que
12:44se eu deixar de consumir uma castanha e consumir uma barrinha de cereal,
12:49porque na ideia é rica em fibra, eu tô sendo mais saudável.
12:52Mas na verdade, não.
12:53Porque o alimento industrializado, ele tem aditivos, tem conservantes.
12:57Perfeito.
12:57Então, trocar, por exemplo, os processados, né?
13:01Mesmo que seja um suco de caixinha zero calorias,
13:04mas ainda assim, preferir aquele suco natural com bagaço, sem açúcar,
13:08que não seja coado, né?
13:11Trocar os snacks por castanhas, nozes, utilizar granola sem açúcar.
13:17São opções mais saudáveis e mais inteligentes.
13:19Perfeito.
13:20Estão chegando algumas perguntas aqui pra gente.
13:23Eu separei algumas.
13:24Deixa eu achar aqui.
13:26Tem gente querendo saber.
13:30Ah, a senhora já falou disso, ó.
13:32Paula de Lucas, ela é de Vitória, não falou o bairro.
13:35Obrigada pela participação, Paula.
13:37Quais são os alimentos que ajudam a dar saciedade
13:40e evitam aquela vontade de beliscar toda hora?
13:44Eu fico em casa tarde, toda hora abro a geladeira.
13:48A saciedade, a gente pode trabalhar proteína e a fibra, tá?
13:52Que é, a intenção é manter o paciente sem fome por mais tempo.
13:57Então, batata doce é um alimento muito interessante,
13:59porque ele também tira essa vontade de comer doce, tá?
14:03E eu posso utilizar ele no almoço, nos lanches,
14:06colocar as fibras tanto no café da manhã, no iogurte,
14:11que aí eu adiciono a proteína junto, ou ovo.
14:14Posso colocar também saladas, legumes assados ou cozidos.
14:19E aí a gente vai brincando com esses alimentos
14:22pra montar essas estratégias que são mais personalizadas
14:26a esses pacientes, que vão auxiliar nesse processo de emagrecimento.
14:29Eu acho que tem tanta receita bacana, né?
14:31Tem o auxílio da Airfryer.
14:32A Airfryer pode ser uma aliada nessas receitinhas?
14:36Pode, pode sim.
14:37Porque a gente exclui, por exemplo, o óleo, a fritura, né?
14:41A imersão dentro do óleo.
14:42Então, é uma opção muito legal.
14:44A utilização do azeite também.
14:46É, entender que o alimento pode ser o seu aliado, não o seu inimigo.
14:51Perfeito.
14:52Chegou outra pergunta aqui.
14:54João Antônio da Silva.
14:57Ele é de Cariacica.
14:59Obrigada, tá, João, pela participação.
15:01Ele falou o seguinte.
15:02Doutora, alguns alimentos podem atrapalhar o emagrecimento,
15:07mesmo sendo saudáveis?
15:09Boa pergunta, João.
15:10Muito interessante.
15:12Podem, sim.
15:12Por exemplo, o abacate, as castanhas.
15:17Porque são alimentos muito calóricos, mas são alimentos bons.
15:21Então, tudo depende da quantidade de como esse alimento é consumido.
15:26Às vezes, o indivíduo, ele acha que ele está consumindo alimentos muito saudáveis,
15:33mas que está com uma frequência muito grande e isso acaba atrapalhando, né?
15:37Esse processo de emagrecimento.
15:39Porque quando você vai fazer esse cálculo, às vezes é aquele alimento ali que está aumentando muito o consumo dele.
15:45É verdade.
15:45Quando você fala, tem que comer uma castanha, a pessoa vai lá e compra aquele pote de castanha no supermercado.
15:49É uma.
15:50Tem que ver a quantidade certa.
15:51Para o seu peso, tem que fazer a conta e comer o pote todo, né, gente?
15:55Chegou outro comentário aqui, muito legal.
15:58Eliane.
15:59Eliane Siqueira.
16:00Ela é de Vila Velha, de Itapuã.
16:02Obrigada pela participação.
16:05Quando eu fico ansiosa, sinto que como muito mais.
16:09E isso é um desafio para mim.
16:11Comer também é emocional, né, Lais?
16:13É importante a pessoa também encontrar onde é que está aquele desequilíbrio ali, porque senão não adianta, né?
16:20A nossa relação com o alimento, ela é muito emocional, muito familiar.
16:24Então, a gente às vezes utiliza isso como conforto, né, como acalanto.
16:31E aí, geralmente são alimentos mais calóricos, mais adocicados, que vão trazer também aquela questão do bem-estar, da felicidade, do aconchego ali.
16:42Então, identificar isso, esse processo como ela fez, que eu sei que eu estou ansiosa e eu acabo comendo mais, é muito importante.
16:50Para, às vezes, fazer algumas substituições de hábitos, né?
16:54Naquele momento ali, ao invés de comer, eu vou tomar um copo de água, né?
16:58Ou me movimento, ou faço uma outra atividade para me distrair.
17:03Por isso que é importante o diálogo, claro, entre o profissional e o paciente, para que a gente consiga investigar e tentar sanar esses problemas ao longo desse processo de emagrecimento.
17:14É, tem gente que fica feliz, come, fica triste, come, ansioso, come e fica difícil, né?
17:19Agora, a gente está falando do uso dos medicamentos, em que casos é realmente indicado que a pessoa tenha o auxílio de uma medicação, como, por exemplo, o Zempic ou o Mandiaro, para emagrecer?
17:31Existem alguns critérios médicos, né?
17:34Onde esses medicamentos possam, podem ser utilizados, por exemplo, na diabetes, na obesidade crônica, nesses processos de desregulação hormonal ou até mesmo metabólica,
17:48onde o paciente vai se beneficiar do uso desse medicamento, mas acompanhado por profissionais, geralmente de equipe multi, né?
17:56A gente nunca deve fazer automedicação ou uma dieta por conta própria.
18:01Perfeito, doutora, estão chegando muitas perguntas, mas nosso tempo acabou.
18:05Quero agradecer a aula que a gente teve aqui hoje, né gente?
18:09Ó, não é difícil, tá? Cada um sabe da sua realidade, claro, mas é barato e procure ajuda, procure orientação,
18:18porque às vezes o seu problema aí tem uma solução.
18:22Que conselho que você daria para a gente encerrar?
18:24Para quem está me ouvindo falar, é fácil para ela falar que é fácil perder peso sem a vida de medicação, né?
18:30Só com a alimentação, mas tem saída sim, né?
18:33Tem.
18:34Procurar um profissional da sua confiança, que você tenha um vínculo, para que te auxilie nesse processo
18:40e pensar que esse processo, ele deve ser a longo prazo, em diferentes categorias da sua vida,
18:45para que você ganhe saúde e qualidade de vida.
18:48Perfeito. Obrigada, doutora Lays, a nutricionista Lays Laguerra, participando aqui com a gente no Tribuna Manhã.
18:54Até a próxima.
18:55Até.
18:56Valeu.
18:56Tchau.