O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,6% no mês de abril, o menor índice da série histórica para esse período.
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00:00A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,6% no trimestre encerrado em abril deste ano.
00:07Menor índice para o período desde o início da série histórica.
00:10Vamos com a Danúbia Braga, que vai trazer os dados para a gente agora.
00:14Conta aí, bem-vinda.
00:18Oi, Evandro, boa tarde para você, boa tarde a todos.
00:20De acordo, então, com esses números, os analistas do IBGE dizem que esse crescimento,
00:25ao que se deve, seria, então, pela questão do início do ano letivo,
00:29principalmente pensando nos servidores públicos e também na questão de contratações temporárias.
00:35Por isso, esse aumento, esses números seriam puxados, então, por alguns fatores, entre eles, esses que eu citei.
00:42Os dados da PNAD contínua para o trimestre encerrado em abril mostram, então,
00:47que o mercado estaria forte e resiliente, o mercado de trabalho, de acordo com os analistas.
00:53E ainda disseram que essa pesquisa, ela não permite afirmar se o país vive ou não em pleno mercado de trabalho,
01:02vivendo um momento, perdão, que não vive uma situação ou não de pleno emprego,
01:08mas disse que vive o menor taxa de desemprego em relação ao mercado de trabalho neste momento.
01:15Esse resultado de 6,6%, ele ficou acima do observado no trimestre ligeiramente anterior,
01:23que se encerrou em janeiro deste ano, em 6,5%.
01:27Com isso, o IBGE diz, então, que manteve ali um equilíbrio nessa estatística.
01:35Volto com você, Evandro.
01:36Obrigado pelas informações da Núbia.
01:37Como é que você avalia esses dados, hein, Piper?
01:41Sabia que o senhor ia me perguntar isso porque...
01:43É porque você ama falar.
01:45Você ama falar que o mercado financeiro critica a redução do desemprego por causa da inflação aqui no Brasil.
01:51Não, me dá calafrio só de ouvir isso.
01:53Porque não, porque eu seja contra.
01:54Imagina, ótimo.
01:55Por mim, a taxa não seria de 6,6%.
01:59Seria de 0,6%.
02:00Enfim.
02:01Mas a questão é que é óbvio que isso vai ser sempre usado para manipulação de expectativas.
02:10Ou seja, olha, se o desemprego está tão baixo assim, se a economia continua tão aquecida assim,
02:16precisamos continuar aumentando essa taxa de juros porque isso vai gerar mais,
02:21porque isso está gerando mais inflação.
02:23É bem verdade que a inflação está acima da meta, mas não percamos de vista o fato de que ela teve até um ligeiro recuo nos últimos meses.
02:32Aliás, nesse mês foi bem abaixo do que o mercado imaginava e inferior ao que foi apurado 12 meses atrás.
02:39A questão é que o mercado financeiro nos ensina, ensina todo mundo a ganhar dinheiro.
02:45Ele é muito bom, ele vive disso e é muito eficiente nisso.
02:48Mas aqui no Brasil a qualidade dessas previsões é lamentável.
02:52E isso historicamente é assim.
02:55Lamento dizer, mas nunca ninguém conseguiu me convencer do contrário porque eu vejo isso com lupa.
03:01E para mim, isso decorre do fato de que tanto o governo quanto outros setores,
03:07eles continuam sem entender os movimentos gerados principalmente pelo novo trabalho.
03:16Então, esse...
03:18E também de investimentos que estão chegando aí, setores, por exemplo, como empresas que investem em vaí, hidrogênio verde, em infraestrutura.
03:28O Brasil tem duas ferrovias em construção lá no Nordeste, tem outras por aqui.
03:32Mas, basicamente, esse novo trabalho, ele está, de alguma forma, escapando da melhor avaliação, tanto do governo quanto do mercado e de grandes economistas.
03:46Eles não estão entendendo ainda esse movimento.
03:49E por isso que todo mês tem essa surpresa.
03:51Como é que você avalia essas previsões e aquilo que se concretiza, Krigner?
03:56Acho que a gente tem aí, isso que o Piperno está trazendo, é extremamente válido, né?
04:01Essa questão da atualização e a gente precisa ter uma visão mais ampla do que é essa força de trabalho do nosso país.
04:08É por isso que eu sou um dos defensores.
04:10Ele não está aqui hoje, mas do método Gani, de se analisar essa questão do desemprego.
04:14A gente precisa considerar que existem pessoas que estão em idade plena de atividade econômica,
04:20que não estão desempenhando nenhum tipo de atividade econômica e não entram nessa base, nesse número de desempregados.
04:28Ou seja, esse número aí não está considerando pessoas que não trabalham, poderiam estar trabalhando,
04:33mas estão recebendo benefícios sociais do governo.
04:36Mas tem um outro dado.
04:37Isso é perigoso.
04:38Mas tem um dado absoluto, que é o seguinte, jamais tanta gente esteve empregada.
04:44Exato.
04:45Que é um outro dado que eles apresentam sempre aí.
04:47É um dado positivo que a economia tem mostrado.
04:50Agora, não podemos negar também que nos últimos meses nós tivemos as recontratações por parte do governo.
04:55Então, a pergunta aí é, quanto que essas pessoas estão trabalhando, de fato, e estão produzindo economicamente?
05:03E aí a gente vai ver isso em outros indicadores, etc.
05:06Aqui eu não estou trazendo uma crítica direta ao governo federal, mas eu estou levantando esse questionamento.
05:11Quanto que, de fato, essas pessoas empregadas estão produzindo em termos econômicos mesmo para o país.
05:19É claro que todos os trabalhadores têm o seu valor, mas existe uma questão de produtividade,
05:26uma diferença entre pessoas alocadas em setores produtivos da economia e outros, por exemplo, no setor público.
05:31E que aí, nesse gancho aí, fica todo mundo no mesmo balaio.