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  • 27/05/2025
O programa desta terça (27) foi prestigiado pelo ex-presidente do Brics Marcos Troyjo para mostrar como o bloco impacta a economia global, ao destacar a importância do Brasil e dos EUA na articulação econômica global. O empresário analisou também as consequências do tarifaço de Trump no restante do mundo… Afinal de contas, se organizar direitinho, todo mundo “Trumpa” ou enfrenta “Trumpulências”?

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Diversão
Transcrição
00:00Na verdade, a pergunta é contextualizar o BRICS da sua gestão com a gestão atual
00:06e principalmente dar uma pincelada política na entrada desses novos países no BRICS.
00:13Se é realmente voltado para um lance mais econômico ou um lance mais político, organizacional da coisa.
00:23Olha, esse negócio de BRICS começou em 2001, não é algo novo.
00:26Estamos indo para o 25º, 24º, 25º anos de BRICS.
00:29Começou porque tinha no Goldman Sachs...
00:33Começou em Wall Street, né?
00:35Começou em Wall Street.
00:36Você tem uma economia chamada Jim O'Neill.
00:39O sujeito estava olhando a bola de cristal.
00:41Estava dizendo o seguinte, bom, chegar 2030, quais são as novas economias emergentes
00:45que vão abocanhar fatias cada vez maiores da renda mundial?
00:49Então ele falou, tem Brasil, tem Rússia, tem China.
00:52Então ele falou, cada vez mais esses caras aqui vão ter um pedaço maior.
00:57Eu acho que ele acertou muito em relação à China e Índia.
01:02E não acertou tanto em relação à Rússia e Brasil.
01:05Mas aí, enfim, mais para o final...
01:07Isso é 2001, né?
01:08Mais para o final daquela década, esses quatro países começaram a se reunir
01:13em nível de ministro de relações exteriores, ministro de finanças, chefes de governo.
01:18Convidaram também um país para representar o continente africano, que é a África do Sul.
01:22A África do Sul que já tem uma economia que é mais ou menos as 47 vezes menor do que a economia da China.
01:28Enfim, colocaram lá a África do Sul.
01:30E aí, começa um processo de debate sobre como é que vai ser o futuro da sustentabilidade.
01:37Como é que você aumenta recursos para investir em infraestrutura.
01:39Criaram um banco, do qual eu fui presidente.
01:44Então, aquela primeira parte sobre o futuro da economia global, eu chamo de BRICS 1.0.
01:48Essa segunda, em que os caras se reúnem, criaram um banco, BRICS 2.0.
01:53Agora, desde a cúpula da África do Sul de quase dois anos atrás, 2023,
01:59eles mudaram muito a orientação.
02:01Quer dizer, por exemplo, quando eu estava no banco, a minha ideia é de que os BRICS eram uma espécie de série A,
02:07uma elite das economias emergentes.
02:09Agora, de lá para cá, colocaram o Etiópia, que é um país que tem o quê?
02:141.500, 1.600 dólares de renda per capita.
02:17O Irã, que é um dos países mais sancionados do mundo.
02:20Quer dizer, mudou bastante.
02:22Então, assim, para frente...
02:23Você acha que virou político?
02:25Eu acho que sempre é político, mas pelo menos você tinha uma coisa importante.
02:28Então, mas no começo não era, era econômico, né?
02:32É, no começo...
02:33A ideia era a economia do terceiro mundo, vamos chamar assim, né?
02:37As economias emergentes.
02:38Porque é o seguinte, as economias emergentes são muito importantes na definição da demanda mundial.
02:43Para você ter uma ideia, Emílio, em 2001, né?
02:46Tudo aquilo que o Brasil exportava para a China, somado a tudo aquilo que o Brasil importava para a China,
02:51dava 1 bilhão de dólares por ano.
02:54Hoje, tudo aquilo que o Brasil exporta para a China, tudo aquilo que o Brasil importa para a China,
02:57dá 1 bilhão de dólares a cada 52 horas.
03:00Então, quando esses caras crescem, né?
03:02Sim.
03:03Pega o caso da Índia, por exemplo, né?
03:04A Índia está crescendo 7% ao ano.
03:07Os matemáticos nos ensinam uma fórmula mágica chamada regra dos 70, né?
03:10Ou seja, quanto tempo demora para um país dobrar a sua renda per capita?
03:14Então, 70 dividido pela taxa de crescimento anual da Índia, 7 dá 10.
03:19Então, 10 anos a Índia vai dobrar a sua renda per capita.
03:22O patamar de renda per capita da Índia é baixo.
03:24É 3 mil dólares hoje.
03:25Se você pula de 3 para 6 mil dólares,
03:28sabe o que os indianos fazem com essa renda incremental?
03:31Eles comem mais.
03:33Eles enchem a pança.
03:34É uma revolução calórica.
03:36Em seguida, eles comem melhor.
03:38É uma revolução nutricional.
03:39Qual é o país do mundo que tem a grande possibilidade
03:42de fornecer alimentos para essa galera toda?
03:44É o Brasil.
03:45Por isso que esse mundo que a gente está vivendo agora
03:47é um mundo muito perigoso, muito arriscado.
03:51Curiosamente, traz boas oportunidades para o Brasil.
03:52Você fala do mundo do Trump?
03:54Esse esquema dele, que ele bolou?
03:57Não é só por causa dele, Emílio.
04:00Ali, você sabe que os economistas,
04:02eles dividem a ciência deles em microeconomia,
04:04que é o foco no produtor, no consumidor, no empresário,
04:08e a macroeconomia, que são os grandes agregados econômicos.
04:11Essa tal de geopolítica ficou tão importante para nós
04:14que já é hora da gente dizer que existem fenômenos microgeopolíticos,
04:18que são aqueles que duram 4 ou 5 anos.
04:20Então, por exemplo, a atual presidência dos Estados Unidos
04:23é talvez o mais importante evento microgeopolítico do mundo.
04:27E você tem eventos macrogeopolíticos,
04:29são aqueles que duram uma geração, 20, 25 anos.
04:32Então, por exemplo, isso está acontecendo porque o mundo está crescendo
04:35populacionalmente.
04:36Nos próximos 25 anos, nós vamos agregar 2 bilhões de pessoas mais ao mundo.
04:41Os países que mais contribuem, cada vez mais,
04:44para a formação da demanda global, são China, Índia, Índia...
04:47É, tudo lá naquela região, só naquela região, né?
04:50O resto está...
04:52O Brasil...
04:53Você tem os Estados Unidos muito fortes ainda.
04:55Muito fortes.
04:56Mas você fala forte de grana.
04:59Eu digo de população.
05:01O Brasil, 2040, vai diminuir a população.
05:04E 2040 é logo.
05:06É logo.
05:06A população é mais ou menos o seguinte, Emílio.
05:09Hoje, no mundo, tem 193 países.
05:12Nos próximos 25 anos, a população cai em 184.
05:17Você vai ter aumento populacional em 9.
05:20No entanto, vai ser um aumento populacional tão robusto
05:23que nesses 25 anos a gente pula dos atuais 8 bilhões de pessoas
05:27para 10 bilhões de pessoas em 2050.
05:30Tudo naquela região lá do...
05:33China.
05:33Perdão, perdão, perdão.
05:34China vai cair.
05:35Índia, Vietnã...
05:36Paquistão, Indonésia...
05:38Sudeste, Associação...
05:39Muito provavelmente, nós teremos aumento populacional nos Estados Unidos,
05:42também por conta do fluxo migratório.
05:45E os outros cinco países são da África Subsaariana.
05:47Nigéria, Etiópia, Congo, Uganda e...
05:52Não me lembro outro.
05:53Mas, de qualquer maneira, são 2 bilhões de pessoas a mais.
05:56Então, quando a renda per capita desses caras somem,
05:59tem aumento por demanda por comida.
06:01Por variedade energética, por formação de capital para a economia verde.
06:06São todas áreas em que o Brasil tem uma grande chance.
06:08Troi, Rô, uma coisa que a gente fala bastante aqui no programa
06:11são as ações do Trump.
06:13Esquece o Brasil nessa história.
06:16O que o Trump está fazendo?
06:18Ele está com uma política protecionista e está criando, de certa forma, blocos.
06:23Até algumas declarações dele.
06:26Ele fala assim, ou está comigo ou está contra mim.
06:29Ele manifestou esses dias uma tarifa contra a União Europeia,
06:34depois daquelas tarifas contra a China.
06:36Para o mundo como um todo.
06:38Como que você vê isso?
06:40É natural, assim?
06:41E aí, eu acho que, num segundo momento, a gente está no outro lado.
06:44A gente está mais aliado, politicamente, economicamente,
06:48ao bloco do BRICS.
06:49Eu queria a sua análise.
06:50Eu acho que tem três coisas que ele está fazendo.
06:54E eu chamo esse conjunto de três coisas de trampulência.
06:57Quer dizer, brincando um pouco com o termo turbulência.
07:00Ele está dando uma chacoalhada na Organização Mundial do Comércio.
07:03Sim.
07:04Falando assim, aqui vocês não...
07:06Saiu da Organização Mundial da Saúde.
07:08Arrumou brigas com seus dois vizinhos e sócios, o Canadá e o México.
07:13Está aí num arranca-rabo terrível com a União Europeia.
07:17Impôs uma série de tarifas sobre tarifas em relação à China.
07:20Distribuiu alegria para todo mundo.
07:22Aliás, naquele 2 de abril, quando ele implementa a tal política de comércio justo e recíproco,
07:27até para países como Bangladesh, que é um país ainda muito pobre,
07:30tem lá tarifas terríveis.
07:32O Brasil é um dos que foi alocado o menor patamar de tarifas.
07:35Sim, nos 10%.
07:36Que também não é um grande mérito nosso.
07:38Porque o Brasil é um dos poucos países do mundo que consegue ter superávit comercial com a China
07:43e consegue ter déficit comercial com os Estados Unidos.
07:46Quer dizer, a gente vende muito pouco para os Estados Unidos.
07:51Agora, ele está fazendo uma reforma de corte de impostos, desburocratização, simplificação de empresas.
07:57Que é importante.
07:57Que é interessante.
07:58O Bernard Arnault, por exemplo, que é o homem mais rico da Europa,
08:02voltou dos Estados Unidos depois da posse, fascinado com essa dinâmica de simplificação da vida do empreendedor.
08:09Agora, em termos de política comercial e política industrial, ele está super protecionista.
08:13E eu acho que vai machucar os Estados Unidos.
08:15Mais do que fazer bem.
08:16Porque, veja, vamos supor que você seja uma empresa como a Nike.
08:20Você estava falando dos anos 80, né?
08:21Eu estava assistindo antes, você comentando que a gente sonhava que tinha um mundo melhor.
08:25Você lembra disso, né?
08:26Pô, a gente acreditava que a ONU ia ser um grande negócio.
08:31Tudo isso ficou mais distante.
08:33Mas, Emílio, nos anos 80, o pessoal da Nike está olhando a China,
08:37vê um grande estoque de força de trabalho barata,
08:40distribui uma parte importante da sua capacidade de fabril para a China.
08:45O que aconteceu com a China nesses últimos 12 anos, né?
08:48Desde que o Xi Jinping mais ou menos chegou no poder.
08:50A curva dos salários cresce mais na China do que a economia chinesa.
08:55Porque eles também estão querendo ficar menos dependentes de exportações
08:58e mais dependentes no consumo interno.
09:00Subiu a renda dos chinês.
09:02O que acontece com aqueles setores da economia
09:04que ainda são muito dependentes da força de trabalho?
09:06Fica mais caro.
09:07O que a Nike fez?
09:08Monta uma planta na Índia, monta uma planta na Tailândia, no Vietnã.
09:12Centro de distribuição em Marrocos, um outro no México.
09:15Pô, eles fizeram um esforço grande para montar essa rede agora.
09:17Se, de repente, uma empresa como a Nike tem que remontar
09:20todas essas atividades nos Estados Unidos,
09:23que tem carência de força de trabalho, salários altíssimos,
09:26eles vão ter que fazer um esforço de caixa tão grande
09:29que vai machucar a performance deles na Bolsa de Valores,
09:32vai machucar dividendos a pagar.
09:34E nenhum país tem tantas empresas multinacionais como os Estados Unidos.
09:38Então, enfim, eu duvido um pouco da eficácia dessa estratégia, Samir.
09:42Meu querido Alangani, eu vou fazer um break agora só para a rede.
09:46Papo, está muito bom.
09:48Aqui a gente continua um papo com o Marcos aqui,
09:50coloca as redes sociais aí para você seguir.
09:52Eu vou fazer o break só para a rede rádio,
09:54mas a gente continua nas plataformas.
09:56Aliás, muito obrigado pela sua audiência.
09:58Vai lá, Reginaldinho.
10:00Manda lá.
10:00Truirro, boa tarde.
10:02O Banco dos BRICS, ele fomenta crédito basicamente para atividade empresarial
10:08ou que desenvolva o país, infraestrutura, se eu não estou enganado.
10:14Até que ponto o presidente tem influência nessas decisões?
10:20Porque agora é a ex-presidente Dilma.
10:23Ou seja, até que ponto ela pode fomentar este crédito
10:28sem um critério técnico e mais um critério político para determinado país?
10:34Veja lá, o Banco dos BRICS tem no seu estatuto o investimento em infraestrutura,
10:40ou seja, o apoio e financiamento de infraestrutura.
10:43Então, energia fotovoltaica, energia eólica, combate a enchentes, saneamento.
10:48Essas são as atividades.
10:50E temos de sustentabilidade, desenvolvimento sustentável.
10:53Não é isso?
10:53O banco foi criado em 2014.
10:57Eu fui presidente do conselho do banco antes de ser o presidente executivo.
11:01Então, da criação do banco até nós chegarmos,
11:04enfim, eu era da equipe do ministro Paulo Guedes,
11:07o banco tinha aprovado 600 milhões de dólares para o Brasil.
11:11Durante o período que a gente ficou lá,
11:12esse investimento foi multiplicado por 9, 5,4 bilhões.
11:17De lá para cá, eu sinceramente não tenho acompanhado muito.
11:20Já faz mais de dois anos que eu pedi demissão.
11:24Por que você saiu?
11:26Quando terminou o segundo turno aqui, Emílio,
11:30chega uma nova administração no Brasil,
11:32e o representante do Brasil no banco,
11:35no conselho de diretores, no conselho de governadores,
11:39são representantes do Ministério das Finanças, ou da Fazenda.
11:42No nosso caso, quando o ministro era o Paulo Guedes,
11:44era o Ministério da Economia.
11:45Quando chegou essa nova administração, eu tive uma conversa com eles,
11:50eles têm outras prioridades, eles têm outra visão de mundo.
11:54Mas você não acha que tinha que ser política de Estado mesmo?
11:58De estar no BRICS, não ser cada governo, agir de uma maneira...
12:01Isso que é o problema, porque fica quatro anos, para,
12:03quatro anos, muda tudo.
12:05Qual que era a nossa filosofia?
12:06Quer dizer, nós vamos utilizar o banco como um músico numa orquestra.
12:11Então, você tem esse músico aqui, você tem o Banco Mundial,
12:14tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento,
12:15quer dizer, você tem uma família de instituições multilaterais
12:18que financiam o Brasil.
12:19Então, o que a gente quer?
12:20Mobilizar capital de qualidade de longo prazo,
12:22para melhorar a infraestrutura do Brasil.
12:24Isso é o que a gente tentou fazer.
12:26Agora, essas coisas de sul global, sul contra o norte,
12:30uma revisão mais ideológica,
12:31não cabe numa instituição que é financeira,
12:34e que, enfim, as pessoas têm responsabilidade fiduciária.
12:37Dinheiro, né? Banco, né?
12:39Banco não tem esse...
12:41Enfim, eu vi, assim, por alto,
12:43que mais recentemente eles tentaram...
12:47Enfim, a Argentina queria recursos do banco,
12:49a Argentina nem é país-membro.
12:50Isso antes do governo Milley.
12:53Você tem conversas com Venezuela, com Irã,
12:55enfim, coisas que não aconteceram durante o período que eu estava lá.
12:59Então, assim, uma visão de mundo muito diferente da que a gente tinha.
13:03Muito diferente.
13:03Marcos, e qual é o panorama que você vê econômico aqui no Brasil?
13:08De como a gente falou aqui, né?
13:10O Brasil é sempre o país do futuro que não chega.
13:14Qual é o nosso panorama econômico?
13:16A gente precisa começar a ficar preocupado,
13:19ou as coisas ainda podem melhorar?
13:21Sabe aquele jogo do cabo de guerra, né?
13:23Que você chama corda, né?
13:24Tem uns caras que puxam a corda para um lado,
13:26e tem uns caras que puxam a corda para o outro.
13:28O que que tem puxando o Brasil para o lado certo, né?
13:31Você está vindo aí de um período razoavelmente longo, né,
13:35para a história econômica brasileira,
13:37de muita reforma,
13:38que é esse período do presidente Temer e do presidente Bolsonaro.
13:43Os anos do presidente,
13:45os anos de gestão econômica do presidente Bolsonaro,
13:48do ministro Paulo Guedes,
13:49foram anos de grandes realizações.
13:51Sim.
13:52Aliás, Emílio, na física...
13:54E pouca gente fala, viu?
13:55Exato.
13:56Pouca gente fala.
13:57Na física, conforme você vai se distanciando de um objeto,
14:01ele vai ficando menor.
14:02Quanto mais a gente se distancia desse período de 19 e 22,
14:06na minha opinião, mais a gestão do Paulo Guedes fica maior, né?
14:10Você teve várias reformas.
14:11Reforma trabalhista, reforma da Previdência,
14:13marco do saneamento,
14:15essa parte internacional que ficava um pouco comigo,
14:17a gente avançou bastante,
14:18o Brasil se aproximou de se tornar membro da OCDE.
14:21Tudo isso gera efeitos positivos.
14:23Aí você soma a esse legado,
14:25um, tem uma grande insegurança alimentar no mundo.
14:29Quem é um ator fundamental nesse jogo?
14:30Brasil.
14:31Tem uma grande insegurança energética no mundo.
14:34Quem é um ator fundamental?
14:35Brasil.
14:36Outra coisa, né?
14:38Faz 20 anos, Emílio,
14:40que aquele Thomas Friedman publicou um livro que muita gente deu chamado
14:43O Mundo é Plano.
14:44Lembra desse livro?
14:45Lembro.
14:45Pô, 20 anos atrás,
14:47a China estava crescendo 11% ao ano,
14:4910% ao ano.
14:50Então, você investir na China?
14:52Boa ideia.
14:53A Rússia, né?
14:53O maior país territorialmente do mundo,
14:55grande produtor de commodities,
14:56investir na Rússia?
14:57Boa ideia.
14:58A União Europeia, naquela época,
15:00era maior como conjunto do que os Estados Unidos.
15:02Investir na União Europeia?
15:04Boa ideia.
15:05Todos esses pontos brilhantes de 20 anos atrás,
15:09hoje estão piscando com a luz mais fraca.
15:11Lembra daquele joguinho do War?
15:13Sim.
15:13Que você tinha que conquistar um monte de território e tal?
15:16Quando você jogava Conquista ao Mundo,
15:18o jogo demorava o dia inteiro.
15:19Agora, quando você tinha um objetivo,
15:20ia mais rápido.
15:22Diminuiu o número de possíveis destinos de investimento no mundo.
15:26Então, tudo isso está puxando o Brasil para o lugar certo.
15:29Agora, nós temos um governo confuso,
15:32gastador,
15:34tem feito uma série de barbeiragens.
15:37A semana passada foi particularmente recheada delas.
15:41Por isso que eu acho que tem essa imagem do cabo de guerra.
15:45Algumas coisas indo muito bem.
15:47Mas você não acha que aí é o gabinete?
15:49Porque o Lula sempre colocou peças no gabinete dele,
15:53pensando politicamente.
15:54Então, vou colocar esse ministro aqui,
15:57para ele ser candidato a Senado.
15:59Esse vai ser governador ali.
16:00Ele sempre fez o governo assim.
16:02Ele era o técnico do time.
16:05Com o Bolsonaro, a gente aprendeu a ter um Paulo Guedes.
16:07Tem os caras que eram do ramo.
16:09Então, quando você ia entrevistar um ministro,
16:12ele entendia do negócio.
16:14Ele não era político.
16:15Você não acha que foi isso também?
16:16A gente percebe isso muito no exterior, Emílio.
16:19Porque você vai...
16:20Você vai, enfim...
16:21Não só nas praças tradicionais,
16:23Londres, Nova York, etc.
16:25Mas mesmo na Ásia,
16:26você tinha alguém que entendia da gramática,
16:28da fluência, dos investimentos no Brasil.
16:30E essa é uma das razões pelas quais
16:32o Brasil, nos dois últimos anos do presidente Bolsonaro,
16:35se tornou o terceiro maior destino
16:37de investimento estrangeiro direto no mundo.
16:39E muitas das decisões de investimentos
16:42foram tomadas naquela época
16:43e elas vão acontecendo de forma seriada.
16:45Então, o negócio ainda está pingando hoje.
16:46Gera um efeito positivo na economia.
16:49Eu acho que você tem toda a razão.
16:50O nível geral de meritocracia
16:53em estatais,
16:55na escolha de membros do gabinete,
16:57caiu de 31 de dezembro de 2022 para cá.
17:00Claro.
17:01Quer dizer, você vê o Paulo Guedes,
17:02você vê hoje outros ministros da pasta econômica.
17:05Nós tivemos um declive.
17:07É.

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