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  • 24/05/2025
O Hora H do Agro desta semana apresenta os principais destaques do agronegócio, incluindo como como o mercado de proteína brasileiro está reagindo aos impactos da gripe aviária, como andam as recuperações judiciais no agro, o movimento de fusões e aquisições e a previsão do tempo para a sua região.

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00:00:00Hora H do Agro. Oferecimento
00:00:30Eu sou a Mariana Grilli, agradeço vocês pela companhia de mais um programa.
00:00:35Nesta edição você vai ver como o mercado de proteína brasileiro está reagindo aos impactos da gripe aviária.
00:00:42Também mostramos a você como funciona o processo de fusões e aquisições no agro e o impacto das recuperações judiciais.
00:00:51E a gente ainda também te informa sobre como fica a previsão do tempo para a sua região.
00:00:55Então fique por aí, porque o Hora H do Agro está no ar.
00:01:01O Brasil segue como um dos maiores exportadores globais de carne bovina e de frango, com projeções otimistas para este ano.
00:01:10Apesar da perspectiva positiva, o setor enfrenta os desafios com volatilidades do preço dos insumos, concorrência internacional
00:01:19e, mais recentemente, os embargos causados pela gripe aviária.
00:01:24Para se ter uma ideia, a pecuária de corte representa cerca de 6% do PIB brasileiro, uma fatia relevante para a economia.
00:01:32Dados recentes do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, o IMEA, mostraram redução no confinamento.
00:01:40Enquanto dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, apontam alta no número de abates.
00:01:48Todas essas movimentações e impactos no setor precisam ser discutidas com profundidade para a gente começar a entender esses processos.
00:01:57A repórter Camila Yunis nos mostra como funcionam as fases produtivas do gado de corte e o chamado ciclo da pecuária.
00:02:06O processo produtivo da bovinocultura de corte envolve três fases.
00:02:10Cria, que se dedica à reprodução e crescimento dos bezerros até a desmama.
00:02:16A recria, responsável por desenvolver o animal e formar sua estrutura.
00:02:21E por fim, a engorda, que confere peso e acabamento da carcaça do animal.
00:02:26Contudo, todo esse processo é influenciado pelo ciclo da pecuária, que passa por períodos de alta e baixa.
00:02:34Isso significa que houve um grande abate de fêmeas nos últimos meses e que agora essa quantidade diminuiu.
00:02:43A tendência, portanto, é de uma elevação do preço do gado de forma mais consistente, sem grandes oscilações.
00:02:50De acordo com dados do IBGE, o número de abates cresceu no primeiro trimestre deste ano.
00:02:56No caso dos bovinos, o aumento foi de 3,8% na comparação com o mesmo período do ano passado,
00:03:03correspondendo a 9.710.000 cabeças abatidas.
00:03:08Com o período de estiagem se aproximando, o confinamento se torna uma opção mais sustentável
00:03:13para manter a produção em um momento que as pastagens ficam mais secas.
00:03:18Segundo o levantamento do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária,
00:03:23a intenção de confinamento por parte de produtores do Estado reduziu cerca de 7,65%.
00:03:30O IMEA explica que a elevação dos custos é a justificativa dos pecuaristas.
00:03:36No entanto, ainda que este seja o cenário no Estado que tem a maior produção de gado do Brasil a nível nacional,
00:03:43a Scott Consultoria aponta que a intenção de confinamento segue alta.
00:03:48O analista de mercado da Scott Alcides Torres explica que o maior gasto do confinamento é o custo de manter o animal,
00:03:56mas pondera que a melhora nos preços no aumento é um atrativo para os pecuaristas.
00:04:02O confinamento no Brasil, a característica é que normalmente é de 90 a 100 dias,
00:04:10então o gado confinado está realmente no terço final do acabamento, é para terminação,
00:04:22e ele vem justamente para suprir o mercado na entre safra porque você não tem capim e o boi de capim diminui,
00:04:38então o gado confinado entra para suprir esse vazio.
00:04:45Dentro do ciclo da pecuária, ao mesmo tempo que o momento é mais favorável para o produtor,
00:04:51o consumidor deve enfrentar preços mais elevados para a carne.
00:04:55Para além disso, esse aumento é influenciado também pela dinâmica do mercado,
00:04:59como taxas de juros e câmbio, inflação, fechamento e abertura de novos mercados para exportação.
00:05:07Como a gente pode ver, então, tudo está relacionado na pecuária,
00:05:11desde a fase produtiva até as influências de mercado, de exportação,
00:05:16Para falar um pouco sobre essas interações, eu convido a Isabela Camargo,
00:05:20ela é analista de mercado da H&N Agro, bem-vinda, muito obrigada pela sua participação.
00:05:27A gente viu aí no VTS esses números falando dessas projeções, IMEA, IBGE,
00:05:34mas eu queria entender de que forma, primeiro, as diferentes fases desse ciclo da pecuária,
00:05:40cria, recria, engorda, como que essa redução no abate das fêmeas impacta as decisões
00:05:47e a viabilidade econômica de cada etapa do processo produtivo.
00:05:52A gente está falando de que o produtor, o pecuarista que faz a cria tem um tipo de custo,
00:05:58a recria é outro tipo de custo, como que isso...
00:06:02Explica um pouquinho para a gente essa interação, por favor.
00:06:05Bem-vinda, obrigada de novo.
00:06:08Eu que agradeço.
00:06:09Bom, vocês trouxeram um assunto muito importante quando a gente pensa em pecuária,
00:06:14que é o ciclo pecuário, e a gente entendendo o ciclo pecuário,
00:06:18a gente consegue até prever, se antecipar, não é nem prever,
00:06:23mas se antecipar as oscilações que vão acontecer.
00:06:27E quando a gente pensa em ciclo pecuário, a gente tem que pensar em abate de fêmeas,
00:06:32o abate de fêmeas que vai aí determinar as fases que estamos,
00:06:38um dos principais fatores da fase que estamos.
00:06:41Então, pensando aí no período de alta da fase do ciclo pecuário,
00:06:46a gente tem uma menor participação de fêmeas nos abates.
00:06:50Isso porque é interessante para o pecuarista manter essa fêmea na fazenda
00:06:56e produzir o bezerro, já que a gente tem preços melhores aí.
00:07:00Depois de um certo tempo que a gente tem essa fase de alta,
00:07:04então, a fêmea na fazenda, a gente vai ter uma maior oferta
00:07:08dessas categorias mais jovens no primeiro momento,
00:07:11e depois esse bezerro vai se transformando em um boi gordo.
00:07:16Com uma maior oferta, a gente começa a ver uma inversão do ciclo.
00:07:21Então, maior oferta, preços em quedas, fica menos interessante manter essa fêmea na fazenda,
00:07:29e para aumentar a caixa, o pecuarista, além do boi gordo,
00:07:35manda também as fêmeas para os abates.
00:07:37Então, a gente vê aí uma inversão,
00:07:39a gente vê uma maior participação de fêmeas nos abates,
00:07:42e essa fêmea que vai ser abatida, ela deixa de produzir o bezerro,
00:07:48que depois a gente começa tudo novamente,
00:07:51então, menos oferta de bezerro, preços mais altos.
00:07:55E aí, dependendo dessa fase,
00:07:57a gente vai ter maior investimento na fazenda ou menor,
00:08:01e a gente observa que em fases de alta do ciclo pecuário,
00:08:05a gente vê um maior investimento na fazenda.
00:08:09E na fase de baixa, fica desinteressante,
00:08:12o pecuarista manda mais fêmeas para os abates,
00:08:15então, diminui aí o gasto,
00:08:18tenta diminuir o gasto e fazer caixa nesse sentido.
00:08:22Perfeito, Isabela, te agradeço, porque é isso,
00:08:24acho que é interessante a gente fazer essa linha de raciocínio,
00:08:27explicar para as pessoas que realmente existe esse ciclo da pecuária,
00:08:31isso influencia preço, tanto para o exportador,
00:08:35mas para o consumo interno, para o consumo do país.
00:08:38E aí, gente, eu queria,
00:08:40continuando nessa correlação que você está trazendo,
00:08:43os dados do IBGE, então, indicam um aumento no número de abates bovinos,
00:08:48incluindo as fêmeas, as vacas.
00:08:50Enquanto o IMEA está apontando uma redução
00:08:53na intenção de confinamento do Mato Grosso,
00:08:56ou seja, aumentou o abate e talvez diminua-se o confinamento.
00:09:02O que isso significa?
00:09:04Como que a gente pode também explicar essa correlação,
00:09:07ainda que o IBGE esteja falando de números nacionais
00:09:10e o IMEA esteja trazendo Mato Grosso?
00:09:12Mato Grosso, a gente sabe da relevância que tem para a pecuária brasileira,
00:09:16claro, então, como que a gente pode explicar
00:09:19essa correlação para quem nos assiste?
00:09:22Bom, a gente ainda tem um alto abate de bovinos aí,
00:09:28que a gente veio observando no começo desse ano,
00:09:31e também uma alta participação de fêmeas.
00:09:34Mas a gente acredita que, no curto prazo, isso deve mudar.
00:09:38A gente acredita que, a qualquer momento,
00:09:40a gente tenha uma inversão desses números aí.
00:09:46E qual que é a intenção de confinamento?
00:09:48Então, essa é a primeira pesquisa que sai em relação ao confinamento.
00:09:52E, normalmente, nessa primeira pesquisa,
00:09:55o pecuarista ainda está indeciso o que realmente ele vai fazer.
00:10:00Ainda mais no cenário que a gente vive,
00:10:02com pressão de baixa que a gente vem observando
00:10:05em relação ao mercado do pôr gordo,
00:10:07isso torna o pecuarista mais indeciso.
00:10:11Ah, não, vou confinar, não vou confinar.
00:10:14Mas a gente acredita que, entrando aí no segundo semestre,
00:10:18a gente deve ter uma mudança nesse cenário,
00:10:22a gente deve ter um maior volume de animais,
00:10:26não comparado ao ano passado,
00:10:28mas a gente deve ver mais pecuaristas interessados no confinamento.
00:10:32Mas você acredita que, de alguma forma,
00:10:34haja uma redução em relação ao ano passado?
00:10:38Sim, a gente ainda acredita em redução.
00:10:41A gente ainda acredita em redução ao número de animais terminados esse ano.
00:10:46Isso deve ser concretizado ao longo desse ano.
00:10:50Então, a gente acredita que vai ter uma mudança
00:10:54em relação a esses números do IBGE e também do IMEA.
00:10:58Apesar de mais interessante o confinamento,
00:11:01a gente tem aí outras questões de custos
00:11:04que talvez limitariam, então, volumes menores.
00:11:08Eu ia te perguntar, quais que são os fatores, então,
00:11:11que vocês estão avaliando para levar essa projeção
00:11:14de mudança nesses números, nessas projeções?
00:11:18A gente está falando de custos, mas que custos?
00:11:21Em que etapa? A gente está falando de insumos, de ração?
00:11:27Quando a gente pensa em confinamento,
00:11:29são três fatores que importam para a tomada de decisão.
00:11:33Um é alimentação, o segundo é reposição,
00:11:38então, as categorias de reposição,
00:11:41e o terceiro, como está a rouba do burguer.
00:11:45Esse ano, até segundo IMEA,
00:11:47a maior preocupação dos becoaristas é em relação à reposição,
00:11:51ao custo da reposição no confinamento.
00:11:57Mas a gente acredita que, apesar do mercado de reposição,
00:12:01nesse momento, estar mais firme que a rouba do boi gordo,
00:12:05ainda tem oportunidades pensando nesse mercado.
00:12:10A gente está no início da fase de alta do ciclo pecuário,
00:12:15e até o mercado futuro já mostra preços melhores para o segundo semestre,
00:12:19então, vamos pensar, comprando agora essa reposição,
00:12:23a venda vai ser para o segundo semestre,
00:12:27então, a gente vê ainda um cenário bem positivo.
00:12:30Para o milho, a gente viu boas oportunidades no mercado futuro,
00:12:35então, também um importante item do confinamento,
00:12:40e em relação ao preço da rouba,
00:12:43a expectativa é de preços firmes pensando no segundo semestre.
00:12:47Perfeito, perfeito, te agradeço.
00:12:49Não vou terminar a nossa conversa antes de te perguntar rapidamente
00:12:53como que vocês estão avaliando também,
00:12:56você enquanto analista de mercado,
00:12:58o impacto de gripe aviária,
00:13:01o reflexo disso para a proteína, para gado de corte,
00:13:05a gente está falando aí que existe uma projeção
00:13:08que com a gripe aviária e o Brasil exportando menos,
00:13:11mais frango se retenha no mercado interno,
00:13:14o preço deve cair, a população deve consumir mais carne de frango.
00:13:18Vocês avaliam isso?
00:13:20Você enquanto analista tem olhado para esse comportamento também,
00:13:23não necessariamente só para mercado externo,
00:13:26mas esse comportamento do consumidor?
00:13:29Eu até digo que essa semana foi uma semana cautelosa,
00:13:33ao que a gente vai dizer, ao frigorífico, pecuarista,
00:13:37todo mundo aguardando uma melhor posição
00:13:40em relação ao que aconteceria no mercado.
00:13:43A maior preocupação é sim em relação à carne que fica no mercado interno,
00:13:47que não vai ser exportada,
00:13:49mas a gente acredita que em breve isso deve se resolver.
00:13:53O Brasil é um importante exportador,
00:13:56como você até disse no início da nossa conversa aqui,
00:14:01não dá para ficar sem a carne de frango brasileira.
00:14:06A gente já vê, por exemplo, o Japão e Emirados Árabes
00:14:11que regionalizaram essa proibição,
00:14:14então só não vão comprar carnes no Rio Grande do Sul,
00:14:17e a China que foi nossa principal compradora,
00:14:20mas não comprando do Brasil todo.
00:14:22Mas para você ter uma ideia,
00:14:2411% mais ou menos do que a gente exporta vai para a China,
00:14:278% para o Emirados Árabes, 7% para o Japão,
00:14:31então esses outros mercados tendem a consumir,
00:14:36mas sim, a gente ainda fica à expectativa quanto a essa carne
00:14:41que fica no mercado interno,
00:14:43mas na nossa visão, caso não aconteça nenhum outro caso,
00:14:47algum outro foco,
00:14:48a gente acha que isso deve se resolver em breve,
00:14:51devido à importância que o Brasil tem em relação à produção e exportação.
00:14:57Claro, sem dúvida.
00:14:58Acho que é uma perspectiva que todos esperam ter
00:15:04em relação a não ter mais nenhuma confirmação,
00:15:07mas de alguma forma,
00:15:09eu queria entender para o pecuarista agora,
00:15:12esse pecuarista indeciso que você falou,
00:15:14inclusive há poucos minutos atrás,
00:15:17toda essa questão da gripe aviária e da manteneção do frango no Brasil,
00:15:23pode impactar a decisão dele agora ou não,
00:15:26ainda é muito cedo,
00:15:27ele tem outras prioridades para pensar antes de se preocupar com gripe aviária?
00:15:32A gente está vivendo uma fase,
00:15:34uma pressão de baixa que a gente já vinha observando nos últimos dias,
00:15:38mas essa pressão é mais pelo momento que vive a pecuária,
00:15:43então a gente está no final de safra,
00:15:45esse momento é de maior oferta de animais terminados,
00:15:49a gente está no segundo quinzena do mês,
00:15:52a gente tem um menor poder de compra do consumidor,
00:15:55então essa pressão de baixa que a gente observa agora,
00:15:58é mais pelo momento que vivemos do que em relação ao que aconteceu.
00:16:03É claro que alguns frigoríficos cautelosos com o que aconteceria em relação ao consumo
00:16:11abriam o mercado oferecendo preços menores para a rouba,
00:16:15mas alguns frigoríficos ficaram fora das compras,
00:16:20esperando aí o que iria acontecer em relação ao mercado,
00:16:24e quando a gente analisa, por exemplo, o preço do frango,
00:16:27a gente não viu nenhuma mudança drástica nessa última semana,
00:16:31então por isso que eu acho que a gente precisa esperar mais a próxima semana
00:16:35para ver como vão se comportar os outros mercados,
00:16:38se isso não vai se tornar regional em breve,
00:16:41e aí a gente tenha um cenário como a gente vinha tendo antes.
00:16:47Muito obrigada, Isabela Camargo, analista de mercado,
00:16:50agradeço muito as explicações, o tempo cedido aqui,
00:16:53espero contar com você em outras oportunidades, muito didática, obrigada.
00:16:59Eu que agradeço, sempre que vocês precisarem, a gente está à disposição aqui na HNA.
00:17:04Muito obrigada.
00:17:05E é isso, a gente vai continuar falando de gripe aviária,
00:17:09porque o Brasil já ultrapassou a primeira semana em que está sentindo na pele
00:17:15o que é ser um país com gripe aviária de alta patogenicidade comprovada.
00:17:21Este é um fator histórico, gente,
00:17:23porque o Brasil é o maior exportador de carne de frango do globo terrestre,
00:17:28é muita responsabilidade.
00:17:29O país não alcançou essa performance toda à toa,
00:17:33mas também agora precisa ser muito cauteloso,
00:17:36porque países como Marrocos, Filipinas, Sri Lanka,
00:17:40contam com o frango que sai daqui.
00:17:43E agora eles terão que esperar,
00:17:45porque o momento é de investigação em vários territórios brasileiros,
00:17:49e também, claro, momento de suspensão nas exportações.
00:17:52O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro,
00:17:55ele relatou essa semana em coletiva de imprensa
00:17:57que a pasta está preparada para a situação,
00:18:01já havia se planejando nos últimos dois anos,
00:18:04para caso isso acontecesse,
00:18:06ele já tinha falado que era uma questão de tempo isso acontecer,
00:18:09mas que mesmo assim o Ministério da Agricultura
00:18:13não vai precisar de reforços orçamentários para lidar com a gripe aviária.
00:18:18Primeiro, com relação à questão de reforço orçamentário.
00:18:23Neste momento, e ainda pela manhã,
00:18:26nós discutimos isso com a equipe da Secretaria Executiva
00:18:29e com a Secretaria de Defesa Agropecuária.
00:18:33Nesse momento, não.
00:18:35Não há necessidade de reforço orçamentário.
00:18:38O que nós vamos discutir, talvez,
00:18:43nós temos outras emergências sanitárias no Brasil.
00:18:46Tem uma também da Molinize.
00:18:49Molinize do cacaueiro.
00:18:50Tem uma da mandioca.
00:18:52Da sora de bruxa da mandioca.
00:18:54Da mandioca que entrou no estado do Pará,
00:18:56no final de semana,
00:18:58da mosca das frutas também.
00:19:00Mosca da carambola.
00:19:01Que são emergências sanitárias.
00:19:03Mais deste caso, desta emergência,
00:19:06são outras na área vegetal e essa na área animal.
00:19:09Talvez, com as quatro emergências,
00:19:13principalmente as do norte do país,
00:19:17que é mais caro o deslocamento de pessoal,
00:19:20de áreas de pessoal.
00:19:22Então, talvez, a gente possa pensar
00:19:25em englobar todas elas de uma
00:19:28e fazer um reforço orçamentário
00:19:30que não deve ser muito grande.
00:19:32Só para o caso, até este momento,
00:19:35no caso de gripe aviária,
00:19:38a gente vai administrar com o orçamento interno
00:19:41que temos hoje.
00:19:42Para trazer profundidade nessa discussão
00:19:45de gripe aviária em geral,
00:19:47inclusive falando dessa questão de reforço orçamentário,
00:19:50porque é uma discussão que a gente tem que lembrar
00:19:52que abarca desde as granjas da agricultura familiar
00:19:55até o consumo das famílias asiáticas,
00:19:58do outro lado do planeta.
00:19:59Então, para falar sobre essa complexidade,
00:20:01a gente recebe o Ricardo Santin.
00:20:03Ele é presidente da ABPA,
00:20:04da Associação Brasileira de Proteína Animal,
00:20:06e também faz parte do Conselho.
00:20:09Ele é presidente do Conselho Internacional de Agricultura.
00:20:12Santin, muito obrigada por poder explicar aqui
00:20:17uma complexidade de assuntos que envolvem gripe aviária.
00:20:21Eu acho que a gente precisa de cautela, didatismo,
00:20:24e é por isso que a gente fazia muita questão
00:20:27aqui da sua presença.
00:20:28Então, obrigado, viu?
00:20:30Obrigado a você, Mariana.
00:20:31Obrigado a Jovem Pan por poder falar
00:20:33para os nossos consumidores brasileiros
00:20:36que a doença da influenza aviária não se transmite
00:20:38pelo consumo da carne, de frango e dos ovos,
00:20:41e explicar que nós já estamos livres
00:20:43da influenza aviária em aves comerciais.
00:20:45Isso foi um episódio, inclusive, que já passou.
00:20:48Mas vamos comentar todo esse episódio que aconteceu
00:20:51e que dentro de sete dias o governo já resolveu
00:20:54e estamos prontos para mostrar para o mundo
00:20:56que o Brasil está preparado para enfrentar essa doença.
00:20:59Importantíssimo.
00:21:00Acho que começar, sim, como você propõe,
00:21:02porque o caso em si já foi exterminado.
00:21:07Está havendo ali algumas avaliações
00:21:09em diferentes estados e municípios,
00:21:11mas aquele caso, daquela data específica
00:21:14de Montenegro no Rio Grande do Sul, acabou.
00:21:16Foi exterminado.
00:21:17Mas eu queria começar do começo com você
00:21:20e explicar resumidamente qual é o processo.
00:21:24Porque o Brasil já tem todo mapeado
00:21:28um processo de emergência que envolve
00:21:30escritarias de agricultura, equipes de campo, enfim.
00:21:33Mas foi detectado, foi feita análise,
00:21:38foi confirmado.
00:21:40Depois a gente passa para a informação
00:21:43de que as aves foram abatidas,
00:21:45a região é toda isolada.
00:21:47Mas o que mais?
00:21:49O que mais que é importante nessa sequência?
00:21:53É importante primeiro resgatar a agilidade
00:21:57e o trabalho irreparável do Ministério da Agricultura
00:22:00e da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul.
00:22:02O ministro Favre, que você mostrou aí,
00:22:04junto com o secretário Goulart, o Alain e o Luiz Rua.
00:22:07Lá no Rio Grande do Sul, o secretário Márcio Madalena,
00:22:09o secretário Brum, foram no primeiro dia,
00:22:12no primeiro momento, lá no campo,
00:22:15fecharam a propriedade, fecharam as vias de acesso,
00:22:19bloquearam sanitariamente,
00:22:21fizeram o raio de 3 km, de 10 km,
00:22:24controlaram, abateram as aves que ainda estavam vivas,
00:22:27foram 1.700 abatidas, 15 mil morreram,
00:22:30quebraram os ovos que tinham sido produzidos
00:22:33por essas aves, foram nos incubatórios,
00:22:36acabaram também com o risco de contaminação lá,
00:22:40enterraram isso dentro das regras que o Ministério do Meio Ambiente
00:22:44e a Secretaria do Ambiente definiram.
00:22:46Então, foi cumprido todo o protocolo para que a gente faça isso.
00:22:50A gente agora já está numa fase, como bem falamos,
00:22:53isso já acabou, você colocou bem.
00:22:55As investigações, elas acontecem no dia a dia,
00:22:58não são de investigações de influência aviária,
00:23:01são investigações de síndrome respiratória das aves.
00:23:04As aves sofrem também de asma,
00:23:06sofrem de bronquite, de pneumonia,
00:23:09outras doenças que também são investigadas.
00:23:12É por isso que tem, no caso de dois anos pra cá,
00:23:15quando chegou no território brasileiro a influência aviária em aves silvestres,
00:23:19tem 3.953 investigações.
00:23:23Só uma foi positiva pra aves comerciais nesses dois anos.
00:23:26Ou seja, isso vai continuar acontecendo,
00:23:29mas não é porque está investigando pode ter influência aviária.
00:23:32Em aves comerciais não tem nenhuma mais em investigação,
00:23:35porque as únicas duas que estavam em investigação,
00:23:38as secretarias de Estado já disseram que não é influência aviária.
00:23:41Eles estão investigando ainda pra ver que outro tipo de doença é.
00:23:44Então, é importante dizer pras pessoas que essa doença, repito,
00:23:48é uma doença só das aves,
00:23:50não se transmite pelo consumo da ave e do ovo.
00:23:54O mundo inteiro, inclusive, convive com ela.
00:23:56A peculiaridade, Mariana, é que agora é a primeira vez que deu no Brasil.
00:24:00Ela deu e já acabou também.
00:24:02O Brasil hoje é livre de influência aviária.
00:24:05Ele vai ter que esperar 28 dias,
00:24:07porque esse é o protocolo da Organização Mundial de Saúde Animal.
00:24:10Espera o ciclo, dois ciclos de eclosão, o ciclo do vírus,
00:24:14é esperar e depois pro Brasil se autodeclarar.
00:24:17Mas hoje não tem influência aviária em plantais comerciais do Brasil.
00:24:21Ótimo, muito bom a gente começar assim esclarecendo esse ponto,
00:24:25até porque a gente continua falando dessas investigações,
00:24:28mas como você falou, faz parte do trabalho.
00:24:30Todos os dias existem investigações sobre as diferentes doenças.
00:24:36A gente colocou no começo, na verdade, a fala do Fávaro,
00:24:41em que ele fala que não é necessário um incremento orçamentário
00:24:46para lidar com esse momento de investigações.
00:24:52Por outro lado, existe toda uma movimentação dos auditores fiscais agropecuários
00:24:58pedindo por mais concursos, pedindo para abertura de vagas,
00:25:02porque querem contribuir, querem estar mais a campo
00:25:05e falam muito dessa redução de contingente de pessoas,
00:25:09o número de trabalhadores em campo.
00:25:11Vocês da BPA acompanham isso?
00:25:14Eu queria entender um pouco como é a discussão,
00:25:17porque os frigoríficos, a cadeia em geral da proteína animal,
00:25:22conta com esse profissional que vai estar lá na ponta,
00:25:25conta com esse auditor.
00:25:28Como você avalia essa situação do número de profissionais em campo
00:25:33para lidar com agilidade?
00:25:35Você falou de agilidade, mas você acha que é o suficiente que a gente tem hoje?
00:25:39Precisaria ter mais time de defesa agropecuária em campo?
00:25:43O importante é dizer que o ministro Fávaro coloca que não precisa recursos extras
00:25:47e isso é muito bom.
00:25:48Sinal que o governo já se preparou para isso,
00:25:51de uma atividade que só esse ano vai trazer mais de 10 bilhões de dólares
00:25:55de receita cambial.
00:25:56Uma importância muito grande, porque é a carne mais consumida pelo brasileiro
00:26:00e a segunda carne mais consumida no mundo.
00:26:04O Brasil, também você falou na nossa introdução,
00:26:07ele está mais de quase 40% do market share global,
00:26:12é o Brasil, o Brasil é o maior exportador mundial de carne e de frango.
00:26:15Os recursos precisam ser destinados à sua colocação.
00:26:19A gente tem muita boa comunicação com a ANFA Sindical,
00:26:22que é o sindicato dos auditores fiscais, mas é preciso valorizar.
00:26:25Valorizar a carreira do Auditor Fiscal Federal Agropecuário
00:26:29e não é à toa que nós estamos apoiando integralmente um projeto de lei
00:26:34que consta hoje no Congresso, para poder pagar hora extra,
00:26:38para poder melhorar o trabalho do Auditor Fiscal no campo.
00:26:41Junto com o que?
00:26:42Com uma grande melhoria e valorização da cadeia,
00:26:45que é você ter o processo do autocontrole.
00:26:48É a sistema que o mundo já reconhece bom
00:26:51e o nosso Auditor Fiscal Federal Agropecuário
00:26:53passa a ser cada vez mais auditor supervisor,
00:26:56tendo assessoramento de empresas que estão capacitadas para isso,
00:27:02que ele possa pensar mais a defesa.
00:27:04Nós precisamos fazer isso, sim, porque o Brasil vai crescer.
00:27:08E com esses novos instrumentos, o ministro Favoro está colocando aí,
00:27:11melhorou a tecnologia TI do Ministério da Agricultura,
00:27:15nós já temos certificado sanitário nacional digital,
00:27:18melhorou as programações, a inteligência artificial está aí
00:27:22para ajudar o nosso Auditor Fiscal Federal Agropecuário
00:27:24no controle, nos sensores, no sistema do hub laboratorial,
00:27:28que as informações vão para o Auditor,
00:27:30então a gente vê que está muito bem.
00:27:32Juntos nós vamos unir, claro, você tem que fazer mais concursos que você faça,
00:27:36mas com novos instrumentos, os auditores que estão aí
00:27:40têm mais do que total condições de cuidar porque fazem.
00:27:43É importante dizer isso, Mariano.
00:27:45Às vezes as preocupações, quando são mostradas na imprensa,
00:27:49parece que não estão cuidando.
00:27:51Ao contrário, o nosso Auditor Fiscal Federal Agropecuário
00:27:54tem uma responsabilidade imensa para que a gente consiga ter processos
00:27:58que garantam a sanidade do produto.
00:28:01E ele está fazendo isso hoje no dia a dia e nem vai deixar de fazer.
00:28:04Agora, estamos pensando no futuro, no crescimento,
00:28:07tem que ter novos instrumentos que possam melhorar,
00:28:10inclusive dar melhores condições de trabalho para os auditores.
00:28:13E o ministro Favro está fazendo isso, está buscando isso,
00:28:16e eu acho que nós juntos vamos crescer,
00:28:18porque o Brasil, felizmente, não vai deixar de ser
00:28:22o maior exportador mundial em pouco tempo.
00:28:24A previsão que a gente faz é que o Brasil deva crescer mais ainda,
00:28:28tanto na produção como na exportação nos próximos anos.
00:28:31Então, vou pegar o gancho, você estava falando de exportações,
00:28:34e é isso, sim.
00:28:35Num primeiro momento, também acho que é importante esclarecer
00:28:38que é natural que haja um movimento de suspensão das exportações,
00:28:43porque está dado ali nos protocolos,
00:28:46é uma questão de comércio internacional.
00:28:50Eu queria entender um pouco se a gente pode olhar para esses países
00:28:53que suspenderam a compra do país, do Brasil,
00:28:57se eles, antes desses 28 dias que você tinha mencionado,
00:29:01eles podem pensar melhor e falar
00:29:04não, vou comprar só do Rio Grande do Sul,
00:29:06só não vou comprar do Rio Grande do Sul,
00:29:08só não vou comprar do município.
00:29:10Existe como, dentro desse intervalo,
00:29:12repensar, voltar a comprar,
00:29:14ou pelo menos, enfim, escolher os estados
00:29:17que acham que têm mais segurança?
00:29:20Queria entender um pouco como que se dão
00:29:22essas negociações do mercado lá na ponta,
00:29:25e quem que faz?
00:29:27A minha BPA, participativamente,
00:29:29é o MAPA, Ministério de Comércio Exterior,
00:29:32queria entender um pouquinho esse lado do comércio internacional.
00:29:37Podem e já estão fazendo.
00:29:39É importante iniciar nossa conversa também
00:29:41dizendo que tem 128 mercados abertos hoje.
00:29:46Os que suspenderam o Brasil inteiro são só 23.
00:29:50130, aproximadamente, ou mais precisamente 128,
00:29:55estão abertos nesse momento,
00:29:57como você referiu na reportagem anterior,
00:30:00o Japão, o Emirados Árabes, a Arábia Saudita,
00:30:03três dos cinco maiores estão abertos.
00:30:06Não fecharam, inclusive.
00:30:08Só fecharam para o município de Montenegro.
00:30:11Japão, o Emirados fechou para o raio de 25 quilômetros,
00:30:15nem sequer o município inteiro,
00:30:17e a Arábia Saudita para o estado do Rio Grande do Sul.
00:30:20Então, essa é uma coisa muito importante de dizer.
00:30:22O Brasil não ficou sem exportar nem um dia,
00:30:25desde o dia que teve influência viária.
00:30:27Continuou a exportação para aqueles 128 destinos
00:30:31que estavam abertos e continuam abertos.
00:30:34Alguns deles com algumas restrições maiores,
00:30:37como para o estado do Rio Grande do Sul,
00:30:38outros com restrição só para o município de Montenegro
00:30:42ou o raio de 10 quilômetros onde aconteceu o surto.
00:30:45Esse é o ponto e a premissa principal.
00:30:47Após isso, aqueles outros que se suspenderam temporariamente,
00:30:51há alguns mercados que nem compram nada do Brasil.
00:30:54O Aquistão não está comprando,
00:30:55o Sri Lanka, que você citou,
00:30:57não está comprando do Brasil no momento,
00:31:00o Marrocos, uma Bolívia que suspendeu o Brasil,
00:31:03mas não suspendeu não por causa da carne,
00:31:05por causa do material genético.
00:31:07E essa suspensão também, Mariana,
00:31:08se me permite antes de completar a resposta,
00:31:11ela se dá, não é porque a carne é ruim.
00:31:14A carne, inclusive, em alguns mercados,
00:31:16depois ela está guardada, armazenada,
00:31:18ela vai ir igual para o país.
00:31:20A suspensão se dá porque os países têm medo
00:31:23que o vírus que foi encontrado lá no Rio Grande do Sul,
00:31:27que já acabou, pudesse ir dentro de um pacote,
00:31:30num pacote para lá,
00:31:31porque não é pela carne que ele vai.
00:31:33Na carne, ela não se transmite para as pessoas
00:31:36pelo consumo da carne e dos ovos.
00:31:38Agora, quem faz essa negociação nesses últimos 15 países
00:31:42que tem o país livre nos nossos acordos
00:31:47e aqueles outros mais que fecharam?
00:31:49Hoje são 23 que estão suspensos temporariamente.
00:31:52Alguns, inclusive, que nem compram do Brasil.
00:31:54Então, aproximadamente, 15 são os que importam.
00:31:57Esses 15, quem vai fazer essa negociação,
00:31:59é o Ministério da Agricultura,
00:32:01através do secretário Luiz Rua e do secretário Carlos Goulart,
00:32:04secretário de Defesa e secretário de Relações Internacionais do Mapa,
00:32:08junto com o apoio do MRE,
00:32:11do Ministério das Relações Exteriores,
00:32:12através das embaixadas, dos secons das embaixadas
00:32:16e, onde tem, da adidância agrícola.
00:32:18Neste momento, nós já temos adidos agrícolas negociando,
00:32:21por exemplo, com a Coreia,
00:32:23que tem negociações que a gente ouve falar,
00:32:25que a Coreia está dizendo,
00:32:26olha, segunda-feira eu quero mais informações
00:32:28para ver se eu reabro.
00:32:29O doutor Marcelo Mota,
00:32:31que é o nosso representante
00:32:33na Organização Mundial de Saúde Animal,
00:32:35ele já mandou as respostas oficiais
00:32:38para a Organização de Saúde Animal,
00:32:39que disse hoje que está tudo bem,
00:32:41que está garantido.
00:32:43Então, olha, veja que está sendo feito já.
00:32:45A gente teve, nesse curto espaço de tempo,
00:32:47muito antes dos 28 dias,
00:32:49o Japão, que estava para a região do Estado,
00:32:52mandou uma carta dizendo assim,
00:32:53olha, eu só quero um município
00:32:55que seja segurado,
00:32:57só o município de Montenegro.
00:32:59Você teve a União, a Duaneira,
00:33:01da Rússia, Bielorrússia, Kirguistão,
00:33:04eles já mandaram dizer,
00:33:05olha, eu tinha fechado o Brasil inteiro,
00:33:07mas agora eu quero fechar só o Rio Grande do Sul.
00:33:09Isso não precisa de 28 dias.
00:33:11Os 28 dias são o prazo necessário
00:33:14para que o Brasil se autodeclare
00:33:17livre de influência aviária em aves comerciais.
00:33:19Eu posso te dizer,
00:33:21o Brasil não pode dizer oficialmente
00:33:23que tem que esperar 28 dias,
00:33:24mas eu, como presidente da BPA,
00:33:26já posso dizer de maneira clara,
00:33:27o Brasil não tem influência aviária
00:33:29em aves comerciais nesse momento,
00:33:31e nem tem nenhuma investigação
00:33:33de influência em aves comerciais
00:33:35de alta patogenicidade nesse momento.
00:33:37Que bom, que bom trazer boas notícias
00:33:40em pouco tempo, né?
00:33:41Te agradeço muito, Santinho,
00:33:43pelas explicações, pelo didatismo.
00:33:45Espero trazê-lo aqui de volta
00:33:47para a gente trazer mais boas notícias
00:33:49sobre o setor aí. Obrigada, viu?
00:33:52Conta com a gente, Mariana.
00:33:53Muito obrigado a você, a Jovem Pan.
00:33:55Para dizer para os nossos ouvintes,
00:33:59nossos espectadores,
00:34:00é perto de fim de semana,
00:34:02e eu vou pedir uma coisa para ele.
00:34:04Coma ovo, coma frango,
00:34:06é bom, faz bem, seguro e muito saudável.
00:34:10Bom final de semana a todos.
00:34:11Obrigada, muito obrigada.
00:34:13Nós vamos agora para um rápido intervalo,
00:34:15e na volta você vai ver
00:34:17a previsão do tempo para a sua região,
00:34:19e como que funciona aí o processo
00:34:21de fusões e aquisições de empresas no agronegócio.
00:34:23Então não sai daí, a gente está te esperando.
00:34:25Quem é produtor rural sabe que a energia elétrica
00:34:28é um dos grandes custos da propriedade, não é?
00:34:31Seja na irrigação, no resfriamento do leite,
00:34:34na ordenha ou no armazenamento dos grãos,
00:34:37tudo consome energia.
00:34:38Mas o que muita gente ainda não sabe
00:34:40é que já é possível sair desse sistema tradicional
00:34:44e migrar para o mercado livre de energia.
00:34:47Diferente do modelo tradicional,
00:34:49no mercado livre de energia,
00:34:51o produtor pode escolher de quem compra energia,
00:34:54negociar preço, prazos, condições,
00:34:57e isso muda tudo.
00:34:59E é aí que entra a Engie.
00:35:01A Engie é uma empresa líder de energia renovável no Brasil
00:35:05e te ajuda em todo esse processo.
00:35:07Cuidam de toda a papelada,
00:35:09analisam o perfil da sua propriedade
00:35:12e entregam uma solução feita sob medida.
00:35:15Imagina só, economizar até 40% na sua conta de luz
00:35:19e investir em mais tecnologia, estrutura
00:35:22ou até na próxima safra.
00:35:24E o melhor, com a confiança de uma empresa
00:35:26que está em todo o país
00:35:28e que entende as necessidades do agronegócio.
00:35:31Então quer economia, segurança e sustentabilidade
00:35:34na sua propriedade?
00:35:36Então conte com a Engie.
00:35:38Acesse engie.com.br barra simulador
00:35:42e confira a sua economia de energia.
00:35:45Engie, a Engie gera, seu negócio gira.
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00:36:05é um dos grandes custos da propriedade, não é?
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00:36:18é que já é possível sair desse sistema tradicional
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00:37:29E aqui no consórcio Mar de Volkswagen Caminhões e Únibus,
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00:37:52ou ligue 0800-778-1100.
00:37:56Vender, negociar é um problema para você?
00:37:59Acredita que é o dom ou que tem que enganar pessoas?
00:38:02Nada disso.
00:38:04Vem comigo que eu vou revelar o segredo dos maiores negociadores.
00:38:13Com o meu curso Engenharia da Persuasão,
00:38:15você vai se tornar um grande vendedor.
00:38:18Vai aprender a conduzir as negociações passo a passo,
00:38:21evitar possíveis manipulações mentirosas
00:38:25e o que melhor, finalizar as vendas com total segurança.
00:38:29E é claro, você vai aumentar a sua lucratividade
00:38:32através de técnicas imbatíveis da persuasão.
00:38:35Esse curso vai fazer você vender qualquer coisa para qualquer um.
00:38:41Talvez você esteja se perguntando, qual o valor do curso?
00:38:44E eu garanto para você, é menor do que o valor da última venda
00:38:48que você perdeu para o seu concorrente.
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00:38:56Gigante, hein? Tá gostando?
00:38:58Muito. Mas rapaz, tem um negócio engraçado acontecendo toda vez que eu dirijo.
00:39:02O quê?
00:39:03Sobe aí. Olha isso.
00:39:21Volkswagen Meteor, desse gigante.
00:39:35Hora H do Agro.
00:39:38Estamos de volta com Hora H do Agro aqui na Jovem Pan News.
00:39:42E a gente vai falar agora sobre um problema que o agro tem enfrentado aí,
00:39:47que é o aumento da inadimplência,
00:39:49causado pela alta nos pedidos de recuperação judicial.
00:39:53O Banco do Brasil, que é o maior financiador agrícola do país,
00:39:57está sofrendo os impactos disso em seu resultado financeiro.
00:40:02O relatório financeiro do último trimestre, divulgado pelo banco,
00:40:06mostra uma queda de 20% no lucro ajustado,
00:40:10se comparado ao mesmo período de 2024.
00:40:13A instituição também suspendeu o Guidance para 2025,
00:40:17que esperava um lucro de 41 bilhões de reais.
00:40:21Agora passa para 37 bilhões de reais.
00:40:24O mercado reagiu aos resultados e as ações do Banco do Brasil
00:40:29caíram 12% na Ibovespa na última sexta-feira.
00:40:33A repórter Camila Yunis foi em busca de informações
00:40:37para entender essa alta nas recuperações judicial.
00:40:40O número de pedidos de recuperação judicial tem crescido
00:40:44e no agronegócio não é diferente.
00:40:46Para se ter uma ideia, o balanço da Serasa Experian
00:40:49identificou que em 2023 foram feitas 534 solicitações,
00:40:54enquanto em 2024 subiu para 1.272.
00:40:59Um recorde.
00:41:00Especialistas avaliam que uma das explicações para esse aumento
00:41:04é que a recuperação judicial tem crescido.
00:41:07Uma das explicações para esse aumento é que a recuperação judicial
00:41:11é um mecanismo novo no agro e muitos produtores endividados
00:41:16começaram a usar.
00:41:17Esse endividamento decorre especialmente da inflação,
00:41:21impactos das mudanças climáticas e elevação dos custos de produção,
00:41:26com insumos mais caros.
00:41:27Em função disso, produtores não têm conseguido renovar os créditos
00:41:32e recorrem à medida.
00:41:33O head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta,
00:41:37descarta que haja uma crise sistêmica mesmo diante do aumento.
00:41:41O que eu gostaria de frisar aqui e colocar
00:41:44é que a gente não tem uma crise sistêmica,
00:41:46o que está acontecendo é um ajuste de mercado
00:41:49às condições que tem acontecido.
00:41:51Então, a gente, por exemplo, ao longo do ano passado,
00:41:54a gente teve uma série de influências que aumentaram os custos dos produtores.
00:41:59Então, a própria inflação, o aumento no câmbio da taxa de dólar,
00:42:03a maior parte dos insumos tem um preço vinculado em dólar.
00:42:08Ele explica ainda que maior parte desses produtores
00:42:11já estava em uma situação séria de endividamento.
00:42:15A maior parte dos produtores foram produtores que estavam muito alavancados,
00:42:20que os credores, mesmo assim, acabaram fazendo a concessão de crédito
00:42:25e agora estão sofrendo com a recuperação judicial.
00:42:28Eu sei que existe uma polêmica, porque tem muitos produtores,
00:42:32e é verdade, a gente também vê, a gente vê alguns produtores
00:42:35que têm capacidade de pagamento.
00:42:37A gente vê isso porque não estão muito endividados em bancos,
00:42:41porque têm capacidade de gerar caixa
00:42:44quando a gente olha para o câmbio e para a produção
00:42:46e que, mesmo assim, apelaram para uma recuperação judicial.
00:42:50Mas é importante dizer que são alguns casos,
00:42:53frente à maior parte deles, onde, de fato,
00:42:55são produtores que estão em dificuldades financeiras.
00:42:59Segundo os dados da Serasa, Mato Grosso é o estado que lidera
00:43:02com o número de pedido de recuperação judicial.
00:43:05Em seguida estão Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná,
00:43:10Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia e Tocantins.
00:43:15No mercado financeiro, fusões e aquisições
00:43:18são operações em que empresas se unem,
00:43:21uma compra a outra para ganhar escala, expandir mercado
00:43:25ou até eliminar concorrentes.
00:43:27O número dessas operações feitas no agronegócio aumentou 125%
00:43:32nos últimos nove meses de 2024, segundo a consultoria KPMG.
00:43:38Na última semana, a Marfrig e a BRF, os frigoríficos,
00:43:42anunciaram fusão que cria a nova empresa MBRF Global Foods.
00:43:48A marca já nasce com receita de 152 bilhões de reais
00:43:53e será uma das maiores do setor de alimentos do mundo.
00:43:58Isso, é claro, impactou a Bolsa de Valores do Brasil,
00:44:01já que a Marfrig registrou valorização de 21,35% de suas ações
00:44:07em um dia depois do anúncio da fusão.
00:44:10Hoje nós vamos entender melhor sobre esse mundo no Ações e Cotações.
00:44:16Ações e Cotações
00:44:20Eu recebo para conversar conosco a Giovana Araújo,
00:44:23sócia de agronegócio da KPMG.
00:44:26Muito obrigada pela participação, seja bem-vinda.
00:44:29Eu queria começar com uma análise já, por favor,
00:44:32em relação a essas fusões e aquisições.
00:44:35Elas são uma boa ferramenta para as empresas do agro?
00:44:38A gente viu esse crescimento de 125%,
00:44:43é uma boa, é uma tendência que deve se seguir?
00:44:46O que vocês estão observando na KPMG? Obrigada.
00:44:50Obrigada.
00:44:51Obrigada pelo convite para dividir um pouquinho
00:44:54das nossas visões sobre o mercado.
00:44:59Quando você tem um cenário de fusões e aquisições,
00:45:02quando você olha a perspectiva do vendedor,
00:45:06muitas vezes essa decisão de venda
00:45:10está vinculada, por exemplo, a um nível alto de alavancagem.
00:45:15Eu acho que tem muito esse contexto, esse pano de fundo
00:45:19do momento que a gente está vivendo hoje.
00:45:21Então, uma alta alavancagem
00:45:25força as empresas a olharem para os seus portfórios de ativos
00:45:29e, eventualmente, considerar um desinvestimento.
00:45:34Então, tem esse olhar.
00:45:35Tem o olhar também, você mencionou da fusão,
00:45:40da Marfig e da BRF,
00:45:43são duas empresas grandes, robustas,
00:45:46num mercado em que escala é muito relevante.
00:45:51Então, você gera mais valor em uma operação combinada.
00:45:56Então, isso é muito interessante também
00:45:58e a gente tem visto isso em alguns segmentos do agro.
00:46:01Por outro lado, a gente tem visto também
00:46:06o interesse muito grande do ponto de vista da oportunidade.
00:46:11Então, um olhar, por exemplo, de capital estrangeiro no país.
00:46:16Então, empresas que estão desinvestindo,
00:46:19elas geram, naturalmente, oportunidade para uma consolidação,
00:46:24particularmente, alguns elos da cadeia de valor que são mais fragmentados.
00:46:28Então, elos como fertilizantes, por exemplo,
00:46:31a gente tem visto bastante movimento em termos de fusões e aquisições.
00:46:37Sem dúvida, é isso que eu ia te perguntar,
00:46:39porque a gente está citando aqui essa fusão BRF-Marfig,
00:46:43porque movimenta mercado e está fresca.
00:46:46Mas a gente, quando olha para fusões e aquisições,
00:46:49existe uma onda.
00:46:52Houve a onda dos bioinsumos ali,
00:46:55houve a onda dos fertilizantes ali,
00:46:57houve a onda dos fertilizantes.
00:47:01Isso se dá em ondas mesmo?
00:47:03Você acredita que seja um efeito meio que dominó?
00:47:06Que uma vez que começa, isso acaba se espalhando,
00:47:08movimenta ali quem compra, quem vende.
00:47:11Como que vocês observam esse comportamento setorial
00:47:14que me parece um pouco blocado?
00:47:18Eu acho que esse contexto do alto custo de capital,
00:47:23que é um contexto que a gente vive hoje,
00:47:25é um grande incentivador para essa consolidação de mercado.
00:47:30Então, quando você olha...
00:47:32E por outro lado,
00:47:35elos da cadeia de valor do agro que são mais fragmentados,
00:47:39eles acabam sendo passíveis a processos de consolidação.
00:47:43Então, principalmente,
00:47:46elos que são muito intensivos em capital.
00:47:50A gente viu no passado, como você bem pontuou, Mariana,
00:47:54o movimento das revendas.
00:47:57Então, a gente viu ali dois movimentos.
00:48:00O movimento do que a gente chama dos investidores estratégicos,
00:48:04ou seja, empresas que já são do negócio,
00:48:07interessadas em consolidar e aumentar a participação de mercado.
00:48:13Mas, ao mesmo tempo, empresas financeiras
00:48:16fazendo o movimento da consolidação do mercado,
00:48:20vendo oportunidade nessa fragmentação.
00:48:23Quando você olha hoje o elo de fertilizantes,
00:48:26a gente vê um movimento parecido.
00:48:28É um mercado que, naturalmente, tende a ser mais fragmentado.
00:48:32O Brasil é enorme, são muitas regiões.
00:48:35Tem muito esse posicionamento,
00:48:39essa valorização desse posicionamento regional
00:48:42de algumas empresas, algumas marcas.
00:48:45E, naturalmente, é um segmento muito intensivo em capital
00:48:51versus o contexto de custo de capital alto
00:48:54vem favorecendo esse movimento de consolidações.
00:48:59Para um setor que cresce,
00:49:01que demanda muito capital nesse seu processo de crescimento,
00:49:06que é o agronegócio,
00:49:09esse movimento, esse momento mais desafiador
00:49:13que a gente vê desafios do ponto de vista operacionais mesmo.
00:49:17Então, a gente viu aqui momentos em que o custo estava mais alto.
00:49:21Depois, na sequência, foram os preços que caíram.
00:49:24Depois, os preços continuaram caindo.
00:49:27Não houve uma queda substancial de custo de produção.
00:49:30E aí, a gente vê toda essa pressão aqui do custo de capital.
00:49:35Então, num momento como esse,
00:49:38naturalmente, você gera oportunidades
00:49:42do ponto de vista de fusões e aquisições.
00:49:44A gente vê o agro num contínuo processo de crescimento.
00:49:49E, naturalmente, essa dinâmica de crescimento do agro,
00:49:53eu acho que cada vez mais intensiva agora em tecnologia,
00:49:58cada vez mais intensiva na inovação.
00:50:04Tudo isso permite que esse processo continue e até se acelere.
00:50:10Você adiantou um pouquinho da próxima pergunta que eu ia fazer.
00:50:14Então, eu queria que você só continuasse brevemente antes da gente encerrar.
00:50:18Vocês monitoram, então, a tendência específica para algum setor?
00:50:23A gente está falando aí de alguns setores específicos.
00:50:27A KPMG enxerga, de alguma forma, essa tendência indo para algum rumo?
00:50:32A gente está falando de, não sei, fusões e aquisições em logística
00:50:37ou nas próprias revendas?
00:50:39Essa questão da agricultura digital, de alguma forma, está no mapeamento de vocês?
00:50:44Queria entender um pouquinho que setores que vocês acham que podem,
00:50:47nessa aceleração do próprio agronegócio,
00:50:51despontar aí nas fusões e aquisições.
00:50:55Excelente.
00:50:56Eu acho que a gente falou muito dessa dinâmica de fusões e aquisições
00:51:01muito atrelada ao custo de capital,
00:51:03a fragmentação foram temas que eu falei há pouco.
00:51:07E aí, naturalmente, também nesse contexto se destacam os fertilizantes.
00:51:13Mas eu acho que vale muito pontuar esse olhar estratégico.
00:51:18Então, a gente tem visto muitas empresas olhando o mercado,
00:51:26olhando empresas que têm potencial de adicionar valor,
00:51:30por exemplo, Agtex,
00:51:33empresas que têm uma inovação específica.
00:51:37Então, também tem esse olhar estratégico,
00:51:39de olhar para fusão e aquisição
00:51:41e como aquilo pode adicionar valor ao meu negócio.
00:51:45Então, naturalmente, os segmentos mais intensivos em capital
00:51:49seguem com a tendência muito forte de consolidação.
00:51:54Então, a gente falou em fertilizantes,
00:51:56mas a gente poderia mencionar aqui,
00:51:58a gente tem visto bastante transação nesse trimestre particular
00:52:01no segmento de açúcar e etanol,
00:52:03com algumas grandes empresas fazendo desinvestimentos.
00:52:07Mas esses segmentos mais intensivos
00:52:12tendem naturalmente a continuar em processo de consolidação.
00:52:17Perfeito. Muito obrigada, Giovana, pelas explicações.
00:52:20Espero contá-la aqui em outros momentos também
00:52:22para a gente falar de outros universos
00:52:24que a PMG monitora certamente dentro do agro.
00:52:27Muito obrigada, viu?
00:52:28Sim, obrigada pelo convite.
00:52:31Muito obrigada.
00:52:32E agora é hora de saber como fica a previsão do tempo para essa semana.
00:52:36Esse é mais um Por Dentro do Clima.
00:52:41Por Dentro do Clima
00:52:45Marco Antônio, nosso mestre da meteorologia aqui no Hora H do Agro.
00:52:50Bem-vindo novamente.
00:52:52Eu queria sair um pouquinho do script aqui,
00:52:55perguntando para falar para você aqui durante o programa
00:52:59que recentemente eu encontrei com uma pessoa que assiste o programa,
00:53:03percebeu a diferença da gente colocar as suas entradas aqui semanalmente
00:53:08e nos elogiou, porque falou que ficar agora acompanhando toda semana
00:53:12o clima aqui pelo Hora H do Agro está fazendo a diferença,
00:53:15está favorecendo.
00:53:16Então, queria também trazer esse elogio para você aqui, viu?
00:53:20Olá, Mariana.
00:53:21Que legal ouvir isso.
00:53:23É muito bom.
00:53:24E clima realmente faz a diferença.
00:53:26Hoje, não só para o produtor, mas todo mundo que trabalha com o agronegócio,
00:53:33depende do clima.
00:53:36Cada dia mais nós estamos aí falando sobre clima, entendendo, dando.
00:53:42E aqui está sendo muito legal a minha participação semanalmente,
00:53:47porque a gente não fala só de previsão, fala de tudo,
00:53:50das coisas que acontecem com o clima.
00:53:52Então, isso está muito legal e é um privilégio enorme
00:53:55estar toda semana aqui com você, falando para o nosso público sobre clima.
00:54:01Tibu, muito obrigada, muito obrigada.
00:54:03Eu queria isso, né?
00:54:04É claro que a gente, foi o que você falou,
00:54:06a gente acaba escapando um pouquinho de falar só de clima para explicar termos,
00:54:10fazer essa prestação de serviço.
00:54:12Mas vou te perguntar o de sempre, né?
00:54:16Como que ficam aí?
00:54:17Quais que são as previsões meteorológicas?
00:54:20Principalmente olhando para milho-segunda-safra,
00:54:22porque eu andei vendo que Sudeste e Centro-Oeste estão falando
00:54:27de algumas questões voltadas à falta, não falta de chuva,
00:54:31mas redução, questões hídricas.
00:54:34Como que fica o milho-segunda-safra, pelo menos aí no curto período?
00:54:40Olha, Mariana, o milho-safrinha no Brasil,
00:54:47tá realmente, o estado de São Paulo, algumas áreas de Minas Gerais,
00:54:51estão realmente com um déficit hídrico, já não agora, né?
00:54:56Já esse tom de todo o verão e outono, choveu um pouco menos,
00:55:02quando comparado aí ao Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul,
00:55:07até mesmo Paraná, né?
00:55:08Que choveu muito bem, por isso já se fala numa produção de milho,
00:55:14nem é mais milho-safrinha, milho-segunda-safra,
00:55:17acima de 105 milhões, eu já vi alguns institutos de previsão
00:55:24já falando algo em torno de 115, 110, 115 milhões de toneladas
00:55:29para essa safra.
00:55:30Aqui na Rural Clima, a gente trabalha, estamos trabalhando ali
00:55:34entre 100, 101, até uns 104, 105 milhões, né?
00:55:41E a previsão é boa, viu, Mariana?
00:55:43Porque há mais chuvas agora, nos próximos dias, né?
00:55:48A próxima semana será marcada por mais chuvas, né?
00:55:51Nós já estamos aí na última semana de maio
00:55:54e com previsões de chuvas em grande parte das áreas produtoras
00:55:58de milho-safrinha.
00:56:00Tudo porque uma frente fria estará avançando
00:56:03já nesse próximo final de semana, elevando chuvas
00:56:07a grande parte aí das regiões sul, sudeste
00:56:10e há uma tendência aí de chuvas até no centro-oeste.
00:56:15Porém, eu acho que o grande ponto de hoje vai para o frio.
00:56:20Por que isso?
00:56:21Porque após a passagem dessa frente fria,
00:56:25uma massa de ar polar avança e levará ao declínio
00:56:28bastante acentuado das temperaturas no próximo final de semana,
00:56:34ou seja, no final de semana aí do dia 31 de maio.
00:56:38Horas o modelo coloca um frio mais intenso ali
00:56:41para o dia 29, 30, outros para o dia 31 e 1,
00:56:45mas é fato que nos últimos dias de maio
00:56:51e nos primeiros dias de junho,
00:56:54teremos aí talvez o frio mais intenso até agora aqui no Brasil.
00:56:59Se vai ou não causar geadas,
00:57:01precisamos monitorar ao longo da próxima semana,
00:57:04mas é fato que o risco ou a probabilidade
00:57:08de termos geadas pelo menos pontuais
00:57:12é grande para o final de semana que vem.
00:57:15Por enquanto, está descartada a possibilidade de geadas amplas,
00:57:20como a gente teve em 21 e 22,
00:57:23mas podemos ter no caso do Mírio Safrinha, do Paraná
00:57:27e sul do Mato Grosso do Sul, podemos ter sim alguns episódios.
00:57:32E aí, quando você fala de geada,
00:57:34um ponto de atenção talvez para o pessoal do café?
00:57:37Não, boa pergunta, Mariana, mas está longe de pegar áreas de café.
00:57:43O pessoal está para colher, não dá para ter geada.
00:57:47Pelo amor de Deus, só faltava agora uma geada para o café.
00:57:50É a panical que, infelizmente, a produção de café precisaria,
00:57:55mas, por enquanto, está descartada a possibilidade.
00:57:58Porém, Mariana, o que temos que falar é que, assim,
00:58:01nós estamos alguns dias do episódio dessa geada,
00:58:06então somente as rodadas ao longo da próxima semana
00:58:10é que nós vamos começar a entender melhor,
00:58:13primeiro, a intensidade dessa massa de ar polar e a abrangência dela.
00:58:18Qual que vai ser a sua intensidade e, principalmente, a sua abrangência,
00:58:22onde ela vai pegar de fato.
00:58:24Mas o bom é que ela está mais restrita ao sul do Brasil
00:58:29e, provavelmente, não deve trazer grandes problemas,
00:58:33mas temos que acompanhar essa entrada aí
00:58:36que deve ser a massa de ar polar mais intensa, pelo menos, até agora.
00:58:41Interessante, isso porque a gente está falando de um período
00:58:44que pega milho safrinha, pega e faz da colheita do café,
00:58:49então é importante falar, e as culturas de inverno.
00:58:51De alguma forma, as culturas de inverno vão ser privilegiadas?
00:58:54Acho que as culturas de inverno não, Mariana,
00:58:56porque as culturas de inverno estão muito no começo.
00:58:58Até os produtores do Paraná estão pedindo,
00:59:01para falar a verdade, estão pedindo essa geada,
00:59:03porque uma geada, nesse momento,
00:59:06seria extremamente favorável às culturas de inverno.
00:59:10O problema de geada para as culturas de inverno
00:59:14é quando elas estão em fase de florescimento e enchimento de grão,
00:59:18e está longe disso ainda.
00:59:19Elas estão em uma fase muito inicial.
00:59:21Então, geadas, nesse momento, ajudam a combater pragas, doenças,
00:59:26e ajuda também no perfilhamento do trigo, do trigo e da aveia.
00:59:32Então, para as culturas de inverno, o risco é zero,
00:59:35pelo contrário, até salutável.
00:59:37O problema fica para as outras culturas,
00:59:39como milho safrinha, café, carne de açúcar, hortaliças,
00:59:43entre inúmeras outras que estão aí no campo.
00:59:47Você falou de Paraná.
00:59:49Eu vi que essa semana o governo do Paraná publicou um decreto
00:59:53em que declarou situação de emergência hídrica
00:59:56em importantes regiões produtoras do Estado.
01:00:00E o sistema FAEP alerta que já tinha falado sobre isso
01:00:04desde o final do ano passado, em dezembro de 2024.
01:00:08Para chegar a uma crise hídrica,
01:00:11a gente está falando de questão de lençol freático.
01:00:14Não é só a chuva de cima para baixo,
01:00:16a água de cima para baixo,
01:00:17mas é a que vem de baixo para cima também.
01:00:20Alguma expectativa de chuva para a região?
01:00:23Você tem acompanhado isso,
01:00:24essa questão de emergência hídrica para o Paraná?
01:00:28Não é uma região específica, é o Estado?
01:00:30Não, não é o Estado.
01:00:32É só a região noroeste do Estado,
01:00:34aquela região entre...
01:00:36Mais a região norte.
01:00:38Eles chamam de norte e norte pioneiro,
01:00:41que adivisa ali como Paraná e sul do Mato Grosso do Sul.
01:00:44Porque uma coisa que tem que deixar bem claro,
01:00:47uma coisa é chuvas para a agricultura,
01:00:49outra coisa é a chuva, a água para os reservatórios.
01:00:53Então, se chover a cada três dias 10, 15 milímetros,
01:00:57isso favorece extremamente a produção agrícola.
01:01:01É tudo que a planta gosta e o produtor também.
01:01:04Agora, para os reservatórios,
01:01:06precisa chover bastante e em cima dos reservatórios.
01:01:10Para que essa água percola e depois abasteça todo o manancial,
01:01:15como você bem disse.
01:01:16O problema é que desde a primavera,
01:01:20desde dezembro até agora,
01:01:23não choveu muito nessas regiões.
01:01:25Choveu alguma coisa, vem chovendo,
01:01:28mas de forma muito pontual e de fraca intensidade.
01:01:31Então, essa região realmente,
01:01:34essa região mais noroeste do Estado do Paraná
01:01:37e até mesmo áreas de São Paulo ali,
01:01:40que fazem divisa com o Paraná, essa região sudoeste,
01:01:43está realmente com problemas hídricos.
01:01:46A gente já vem comentando isso internamente,
01:01:49que os reservatórios dessa faixa oeste de São Paulo
01:01:52estão muito ruins, estão já em declínio.
01:01:55A única coisa que está salvando, se pode dizer isso,
01:02:00é que como nós estamos com temperaturas ligeiramente mais amenas
01:02:04do que foi o ano passado,
01:02:06então o consumo de energia, o consumo de água estão menor.
01:02:10Então, isso vem mantendo uma condição não tão drástica.
01:02:15Mas como não tem chuvas para reservatórios,
01:02:19deixar bem claro,
01:02:20então o problema pode se agravar durante o inverno.
01:02:24Certo, vamos continuar acompanhando aqui.
01:02:26Muito obrigada, Marco Antônio, de novo,
01:02:28por essa perspectiva completa.
01:02:30A gente se encontra na semana que vem.
01:02:32Eu que agradeço.
01:02:33Um grande abraço a todos.
01:02:34Uma boa semana e até sábado que vem.
01:02:36Até lá, até lá.
01:02:38E até lá para você também, porque o nosso programa fica por aqui.
01:02:42Você continua conectado nas nossas redes sociais,
01:02:45ligado na programação da Jovem Pan News.
01:02:47Muito obrigado pela sua companhia,
01:02:49muito obrigado pela equipe que faz esse programa.
01:02:52A gente se encontra na próxima semana.
01:02:53Até lá.
01:03:05Hora H do Agro.
01:03:08Hora H do Agro.
01:03:10Oferecimento.
01:03:11Consórcio Maggi.
01:03:13Volkswagen caminhões e ônibus.
01:03:15Meteor da Volkswagen caminhões e ônibus.
01:03:18Mas pode chamar de meteoro da paixão.
01:03:20A opinião dos nossos comentaristas
01:03:23não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
01:03:28Realização Jovem Pan News.

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