- 17/05/2025
O Hora H do Agro desta semana destaca os principais acontecimentos do agronegócio. Entre os temas, a cobertura do Congresso da ABRAMILHO, com debates sobre preços, armazenagem e a abertura do mercado de DDG para a China, em entrevista com Glauber Silveira. O programa também analisa a projeção da safra de milho 2024/25, estimada em 126,9 milhões de toneladas, e os impactos no mercado, com participação de Christiano Erhart, da BBM.
Outro destaque é a mobilização de entidades no STJ contra liminares que afetam o RenovaBio e a aquisição de CBIOs, tema comentado por Evandro Gussi, da UNICA. A edição traz ainda a previsão do tempo para as regiões agrícolas e informações sobre o primeiro caso de gripe aviária confirmado em granja comercial no Brasil e suas consequências para o setor.
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Outro destaque é a mobilização de entidades no STJ contra liminares que afetam o RenovaBio e a aquisição de CBIOs, tema comentado por Evandro Gussi, da UNICA. A edição traz ainda a previsão do tempo para as regiões agrícolas e informações sobre o primeiro caso de gripe aviária confirmado em granja comercial no Brasil e suas consequências para o setor.
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NotíciasTranscrição
00:00Hora H do Agro. Oferecimento
00:30Hora H do Agro, aqui na Jovem Pan News. Se você acompanha a gente, tá percebendo que o cenário tá um pouquinho diferente, mas é porque a gente tá aqui em Brasília, porque essa semana aconteceu o Congresso da Abra Milho, a Associação de Produtores de Milho e Sorbo, e a gente veio acompanhar o congresso e hoje trouxemos um entrevistado que vai falar sobre milho e as diferentes perspectivas para o setor, quando a gente fala não só de produção, mas exportação e o quanto que esse mercado está crescendo em
00:59Brasil. Então a gente agradece muito a participação do Glauber Silveira, muito obrigada pela participação. A gente tá aqui no estúdio em Brasília, trazendo informações fresquinhas do congresso. Ele é o diretor executivo da Abra Milho. Glauber, muito obrigada pela sua participação aqui, por estar nos nossos estúdios. E eu gostaria de começar esse programa, começar a nossa entrevista, perguntando um pouquinho pra você a sua avaliação da produção de milho, da produtividade no país.
01:29A gente tá acompanhando aí níveis satisfatórios, os produtores eles estão empolgados, mas a alta produtividade também acaba impactando um pouquinho no preço. Então eu queria começar, por gentileza, te perguntando a sua avaliação, até porque o congresso foi muito recente e aí tem vários insights ali que saíram dessa programação, né?
01:48Tá certo. Ó, a produção, na verdade, desse ano, ela é bem positiva, né? A gente passou pela safra do ano passado, a gente teve uma queda de produção, a gente, principalmente porque aconteceu, foi um ano climático muito complicado. Eu lembro que a gente acompanhou, principalmente no Mato Grosso, foi uma tragédia, né? A gente nunca imaginou que pudesse ter tanta complicação e tanta perda, principalmente na soja, então, que atrasou muito, né?
02:13É, teve problema com a soja e depois a gente acabou tendo, também, numa perspectiva um pouco pior no milho e, principalmente, quando a gente teve um problema de cigarrinha nas últimas duas safras, a gente teve muita cigarrinha e, graças a Deus, nessa safra, a coisa tá um pouco mais tranquila.
02:30O produtor tá respirando um pouquinho mais.
02:32Então, houve um plantio bem acelerado, por exemplo, da soja e a gente conseguiu plantar a safra de milho, é muito positivo. Então, as estimativas estão falando mais de 100 milhões de toneladas, algumas falam de 110, da segunda safra, você veja que maravilha.
02:48Juntando com a primeira safra, a gente tem um recorde de produtividade e, como você disse, o produtor acaba sendo vítima da sua eficiência, o produtor brasileiro, né?
02:59Apesar de você ter, no cenário internacional, uma queda na produção mundial, mas, mesmo assim, o Brasil, mais uma vez, vem pra... e aí a gente acaba vendo preços que estavam até bons tendo uma certa queda, mas vamos ver, né?
03:17A gente teve alguns cenários que falam que vai continuar caindo, eu, como eu disse, não sou analista de mercado, então, acho que quem... e não gosto de fazer previsão porque é fria, né?
03:26Mas, o que a gente espera é que, realmente, o produtor tenha pego essa oportunidade e tenha travado, então... mas a safra, realmente, está boa, é claro que a gente não começou a colher, né?
03:36Mariana, então, a gente fala assim, poxa, mas é que... por que pode falar que vai ser recorde? Porque já se consolidou, porque o milho, ele tem uma fase, por exemplo, ele penduou, né?
03:45Aí ele começou o enchimento de grãos ali, ele precisou ali de mais uma ou duas chuvas, que já deram, e a gente tem uma previsão pra Mato Grosso, tô falando muito Mato Grosso porque, realmente...
03:55O Mato Grosso, pra você ter ideia, produz mais milho do que soja, já. Entendeu? Olha que interessante isso. Então, lá é que, realmente, tem um suporte da produção, né?
04:08Na segunda safra, praticamente, 50% da produção é lá, no Mato Grosso. Então, lá já choveu e também já choveu em Goiás, Mato Grosso do Sul, então, realmente, foi uma segunda safra tranquila.
04:20Satisfatória. E aí, bom, você falou que, é isso, não dá pra ficar prevendo preços e também nem é o seu local de fala, nesse sentido de acompanhar muito.
04:29Mas, pelo que você tá me falando, existe, então, uma, não vou dizer uma preocupação, mas uma cautela dos produtores em acompanhar essa flutuação dos preços.
04:38Nesse sentido, qual que seria a sua sugestão, qual que seria o seu conselho para os produtores que ainda não venderam, mas que estão olhando pra esses bons resultados? Dá pra falar...
04:52Eu tava me colocando, isso aí é justo, né? Pra dar conselho de comercialização. É que, realmente, eu acho que é muito importante cada produtor fazer a conta, né?
05:00Porque, que nem falei, eu mesmo, no Congresso, eu tava com aquela expectativa. Poxa, a gente, que eu ouvi falar que saiu o relatório do SDA que ia cair um pouco o estoque de milho.
05:12Falei, poxa, vai bombar, a gente vai vender bem. Até eu tava brincando com alguns produtores, tava ali, olha, quem não vendeu ainda agora vai ganhar dinheiro.
05:19Mas aí, depois chegou lá, a gente teve uma apresentação, né? De uma consultoria que falou, poxa, não, agora quem vendeu, vendeu bem.
05:27Quem não vendeu, olha, já vende logo porque vai cair. Então, eu acho que é importante, todo produtor tem lá a sua consultoria que ele tem.
05:35Eu acho que é importante tá olhando pra isso, fazer as contas e não esperar milagre, né? Porque a gente, realmente, nós estamos num cenário mundial, global, muito delicadíssimo.
05:44A gente vai pra uma safra cheia no Brasil e, é claro, que você tem uma safra americana que a intenção americana também vai tá dando suporte pra esses preços, né?
05:53E uma outra coisa que é muito complicado, Mariana, que eu queria dizer pra você, qual que é o problema do Brasil?
05:59No Brasil, a gente tem o problema de armazenagem. Então, eu, por exemplo, sou um produtor, eu vou colher milho agora em maio.
06:04Vamos supor que eu não tenho armazém, né? Vou colher milho no final de maio, em junho, em junho eu colho todo o meu milho.
06:11Aonde eu vou colocar esse milho?
06:12Essa é a grande pergunta.
06:13Isso.
06:14Isso foi falado muito no congresso.
06:15Então, daí o que acontece? Qual que é o problema de tudo isso? Ah, mas é só você depositar na trading.
06:19Não, mas se eu não vendi pra trading, se você é uma trading, você fala assim, eu vou falar pra você, olha, Mariana, eu quero entregar o milho pra você.
06:28Você fala assim, tá, mas vamos negociar então já. Eu falo, não, mas eu não quero.
06:32Ah, não, então eu não vou receber o seu milho, entendeu?
06:34Ah, então eu vou no Serialista. Ah, vou atrás do Serialista, beleza.
06:37Só que daí no Serialista, eu vou pagar por mês que ficar armazenado o milho lá.
06:41Então, muitas vezes, vamos supor assim, que eu vou lá e armazeno o milho.
06:43Aí o preço, vamos supor, tá caindo e o preço continua caindo.
06:46Ou seja, eu vou pagar por armazenagem e acontece muitas vezes isso.
06:49E tem que colocar isso no custo, se não colocou no custo, aí fica piorando.
06:52Agora, se eu tenho armazém, o que acontece?
06:54Se eu deposito o meu milho, no momento não tá ruim, eu vou esperar o melhor momento, entendeu?
06:59Agora, quando eu não tenho armazém, então, isso é o grande problema agora.
07:02Então, a gente já tem essa pressão de uma super safra, tem que armazenar.
07:06Nós não temos armazenagem para esse milho, porque primeiro,
07:08porque ainda tem soja nos armazenantes, então tem uma pressão, né?
07:12Então, realmente essa pressão, por isso que foi importante toda essa fala ontem
07:15da questão de armazenagem, que o Brasil armazena só 70%.
07:18A FAO fala em 1.3, eu acho que não é necessário isso, no Brasil não.
07:23Porque a gente não fica com a safra armazenada, a gente comercializa ela.
07:26Mas pelo menos que a gente tivesse pelo menos 30% a mais de armazenagem do que a gente tem.
07:31Então, até hoje, nós não estamos conseguindo nem suprir o aumento de produção,
07:35a gente não está conseguindo nem manter a armazenagem para isso.
07:38E aí, é complicado.
07:40Mas aí, você está trazendo um ponto, Glauber, que, claro, é muito importante
07:45a gente acompanhar essa discussão, essa discussão de armazenagem,
07:48ela pega vários setores do agronegócio, várias cadeias produtivas,
07:52a gente está falando de soja e milho aqui, mas a gente sabe que,
07:55para o café também é uma questão, enfim.
07:59Mas não, é uma discussão nova.
08:01Todos os anos e a gente vê o Brasil...
08:03E eterna, essa discussão é eterna.
08:05Assim como infraestrutura, Mariana, nos Estados Unidos, é ridículo,
08:09quem já foi nos Estados Unidos vê aquela infraestrutura toda de transporte
08:13e mesmo de armazenagem, vai falar assim, nossa, mas lá é uma discussão constante,
08:17eles estão sempre precisando.
08:18Então, é uma coisa que sempre a gente precisa de uma logística,
08:22de uma infraestrutura de transporte maior.
08:24Porque as coisas crescem e sempre precisa evoluir, é natural, vai ser eterna.
08:28Mas só que o problema do Brasil,
08:30que o Brasil é o país que menos investe no mundo em infraestrutura.
08:34Do seu PIB, ele investe menos que 2%,
08:37enquanto tem países, por exemplo, como os Estados Unidos, investem 10%.
08:39Então, esse é o grande absurdo brasileiro,
08:41que a gente realmente, apesar de ter uma logística rodoviária ainda,
08:45em vez de ser ferroviária ou hidroviária, ou equilibrada que seja, a gente não é.
08:49E ainda a gente tem pouco investimento nesse setor.
08:52Mas vocês, enfim, vou perguntar como Abramília,
08:55mas eu sei que você acompanha outras cadeias produtivas, claro.
08:58Mas, de alguma forma, você entende que isso seria necessário
09:03do ponto de vista de política agrícola.
09:06Então, independente de governo, o país olhar para uma armazenagem
09:10que seja mais bem-sucedida enquanto política agrícola,
09:15ou também o próprio produtor rural precisa se planejar mais,
09:19colocar isso no custo, entender que, dependendo da infraestrutura,
09:24vai levar um ano para ele ter um silo.
09:27Como que você avalia isso desse ponto?
09:30É mais governo, é mais produtor,
09:32ou, de fato, o melhor dos mundos seria um equilíbrio entre os dois?
09:36Eu acho que esse equilíbrio...
09:37Primeiro que não seria nenhuma política agrícola,
09:39seria uma política pública mesmo,
09:41porque armazenagem é segurança alimentar.
09:44Então, você veja bem, se a gente, de repente, daqui a pouco,
09:46não está segurando o milho que está exportando,
09:48quantas vezes você já viu essa reclamação do pessoal que tem frango,
09:52que tem suíno, ou seja, do confinamento, falando assim,
09:55olha, está indo embora o milho do Brasil.
09:57Agora, é claro, alguém precisa comprar.
10:00Eu sou produtor, eu planto para quê?
10:02Para ganhar dinheiro.
10:03Eu não planto para fazer Benesse.
10:05Então, eu preciso pagar as contas, porque alguém me financiou
10:08e eu tenho conta para pagar.
10:09Tem funcionário, tem o borracheiro, tem o óleo diesel, tem tudo.
10:13Então, o que acontece?
10:14Nesse momento, a importância disso, é claro que o produtor gostaria de...
10:19Agora, o armazenagem, ela é cara, é um instrumento caro, não é uma coisa...
10:24Então, o que acontece?
10:25As pessoas não entendem que o produtor, ele adquire uma propriedade,
10:29ele tem que ter todo um custo de abertura, de implantação,
10:32de correção de solo,
10:33aí depois ele tem que adquirir colheitadeira, plantadeira,
10:36ele já tem uma alavancagem grande para poder plantar e para colher.
10:40Só para o plantio, só para o básico.
10:43A armazenagem, de uma certa forma, é uma outra história,
10:47que é um custo alto.
10:48Então, ele precisa, por exemplo, de 10 anos para pagar aquilo.
10:53Se fosse simples, o produtor tivesse o dinheiro à vista,
10:55falasse, não, eu vou comprar uma armazenagem.
10:57Não, mas ele, na verdade, ele vai ter que tirar uma parcela do lucro dele,
11:01para poder, ao longo do período, é claro que o próprio armazenagem,
11:05ela se paga.
11:07Só que o produtor, muitas vezes, ele não tem capital para fazer isso.
11:10Então, por isso que é importante o financiamento,
11:13e o financiamento que, muitas vezes, ele vem pouco.
11:16Eu até conversando com o Wilson Weiss,
11:18que é, acho que o grande cara,
11:20dessa, mentor desse plano safra e todo o plano safra,
11:23conversando com ele, ele até me falou assim,
11:25poxa, mas Glauber, está aqui,
11:28teve um período que a gente numerou 5 milhões e pegou só 3.
11:32Eu falei, tá, Wilson, mas por que está acontecendo isso?
11:36Alguma coisa está errada, entendeu?
11:38Quando você fala, por exemplo, o nosso presidente, o Paulo Bertolini,
11:41que é da Abimac e tudo mais, que também é entendido e é fornecedor de armazenagem.
11:48Só para contextualizar, e presidente da Abramílio.
11:50Presidente da Abramílio.
11:51O nosso presidente da Abramílio.
11:52Ele é reprodutor, ele também tem uma indústria de armazenagem.
11:55Então, ele fala assim, não, o problema todo é que, realmente,
11:58o banco é ineficiente de dar esse crédito.
12:02Ele, na verdade, parece que não faz questão,
12:04porque, realmente, a avaliação, toda a avaliação do projeto, de longo prazo,
12:09ele é um projeto mais complexo e não tem uma priorização.
12:12E o banco precisa entender tudo isso para desenhar um planejamento ali,
12:17para concessões diferentes.
12:18É, precisa um chicote de governo mesmo.
12:19Fala assim, então, distribuir mais isso aí.
12:21Coloca em outros bancos, não bota só no Banco do Brasil.
12:24Põe na Caixa Econômica, põe no Santander, põe no Sicredi, distribui.
12:29Faz linha direta com o BNDES.
12:31Ou seja, é preciso melhorar isso aí e é preciso, realmente, ter...
12:35A gente teve um ano, lá atrás, que teve, realmente, um...
12:42Quando tinha aqueles PAC, acho que era PAC, não era?
12:45É o plano de aceleração.
12:47De aceleração, sim, sim.
12:48E aí, lembro que teve uma vez que foi de armazenagem, funcionou legal.
12:52Nós precisávamos, realmente, de alguma coisa assim.
12:55Mas não era 5 milhões, é tipo assim, vamos colocar agora 30, 40 bilhões,
13:00não estou falando milhões, é bilhões, em armazenagem,
13:03para poder, realmente, acelerar.
13:05Porque isso, o grande gargalo do Brasil,
13:08para a gente ser aquilo que o mundo todo espera, ser o grande acelero,
13:11e até as pessoas têm perguntado para mim assim,
13:13olha, mas falaram lá no Congresso que o milho vai superar a soja.
13:18Olha, é natural que vai superar a soja.
13:20É natural que aconteça isso, porque o mundo produz mais milho do que soja.
13:24E na ração animal é 3 para 1.
13:26Então, isso é natural.
13:27E o Brasil está começando essa brincadeira de ser agricultor ainda.
13:30Sim, os números estão cada vez mais equilibrados.
13:32Estão cada vez mais equilibrados.
13:33E é natural que a gente vai passar.
13:35E nós temos áreas para isso.
13:36E sem falar que o milho produz o dobro ou o triplo, muitas vezes, da soja.
13:40Mas agora, qual que é o grande gargalo para a gente poder atingir
13:43e atender essa demanda mundial e trazer riqueza para o país?
13:46É armazenagem.
13:47A gente já não tem infraestrutura adequada.
13:49E ainda não tem armazenagem, é o caos.
13:51Então, o produtor...
13:52A chave é o pós-colheita, que tanto se fala.
13:54Porque o produtor faz tudo muito bem feito.
13:57Entende muito.
13:58É a sua vocação o plantar e colher.
14:00Mas o pós-colheita acaba sempre sendo o gargalo.
14:03Exatamente.
14:04E é por isso que a gente precisa dar essa segurança.
14:06Porque, senão, o produtor fica na pressão.
14:08Ele está sempre pressionado a vender.
14:10Está entendendo?
14:11Essa tem sido a grande dificuldade.
14:13Mesmo o cara do café ou o cara do algodão.
14:16O algodão é menos.
14:17Um pouco, porque, realmente, eles botam aqueles fardos e tal.
14:19É outro nível.
14:20Eu não estou falando assim.
14:21Mas, agora, o produtor, quando está nessas outras atividades,
14:24seja do arroz, seja do feijão...
14:26Feijão, então, é uma tragédia.
14:27Se você demorar para vender, tem aquele problema de cor e tudo mais.
14:30Então, mas você veja...
14:32Mas, no caso da soja, do milho ou do trigo,
14:35ou seja, dessas culturas, arroz, você não tem armazenagem.
14:39Você está obrigado a comercializar com alguém.
14:42Com o cerealista, com alguém.
14:44E isso acaba prejudicando muito.
14:45Com certeza.
14:47Até para quem não entende, necessariamente,
14:49do nível, do grau de gravidade que a gente está falando aqui.
14:53É isso.
14:54O produtor acaba se esforçando para trabalhar com a melhor genética.
15:00Para fazer tudo no timing certo.
15:02Colher no tempo certo.
15:03Ele calcula a chuva.
15:04E, aí, ele consegue colher uma boa produtividade.
15:07Uma semente, um grão que tenha algumas especificidades
15:13para atender as diferentes indústrias.
15:15Mas, se fica a céu aberto, tudo aquilo vai secando
15:19e essa produtividade em qualidade também é comprometida.
15:22Então, a gente espera que, realmente, surja alguma coisa.
15:26Que surja um milagre.
15:28Que a gente possa melhorar esse espectro.
15:30Apoio, sim, sem dúvida.
15:32Agora, uma das outras questões que eu queria trazer aqui no programa para a gente.
15:35Lá no Congresso também foi falado muito, então,
15:37dessa aptidão do Brasil em exportar, é claro.
15:42A gente está falando de milho.
15:44Mas, no timing corretíssimo,
15:47eu não sei se foi, inclusive, planejado,
15:49mas o Congresso da Abramílio aconteceu
15:52enquanto o governo brasileiro estava em missão na China.
15:55Falando muito sobre ampliação de exportações,
15:58ampliação de mercado.
16:00E um dos mercados abertos, finalmente,
16:02porque o setor de milho tinha muito essa expectativa,
16:05é a abertura de mercado do DDG,
16:08que é um substrato pós-etanol de milho.
16:12É um coproduto, que a gente chama.
16:14Coproduto, obrigada.
16:16Explica um pouquinho para a gente o que foi discutido lá no Congresso também.
16:19E, mais do que isso, qual é a expectativa da Abramílio
16:22a partir dessa abertura de mercado,
16:24porque a gente está falando da China, que não é pouca coisa também.
16:27Abertura de mercado é uma coisa muito importante.
16:29A gente conquistou isso.
16:31Se você for acompanhar, dois anos atrás, a gente não exportava para a China.
16:34A gente tinha um protocolo que era impossível exportar,
16:36porque eles faziam exigências nesse protocolo
16:39que o governo brasileiro não conseguia testar.
16:41E eu lembro que quando houve uma certa discussão da China
16:44com os Estados Unidos lá atrás, uns três anos atrás,
16:48a China rapidamente abriu o mercado brasileiro
16:52e cortou aquele protocolo, até abriu mão do protocolo
16:55e a gente começou a exportar.
16:57Para você ter ideia, o nosso maior cliente era o Irã.
17:01O nosso maior cliente era o Irã.
17:04E o Irã comprava, e sempre tem comprado em torno de 5 milhões,
17:075 milhões e meio de toneladas, é o nosso maior cliente,
17:09porque o Brasil exporta para um monte.
17:11A gente exporta em torno de 35 a 45 milhões de toneladas a 50.
17:15Mas a gente exporta para um monte de países.
17:19Então, para uns 200 mil toneladas,
17:21para outro 1 milhão, outro 1 milhão e 800,
17:23outro 3, Japão 2, Irã, Vietnã, Espanha.
17:28Na pandemia, até a Espanha abriu mercado e assim por diante.
17:31Então, o nosso maior cliente era o Irã.
17:33A China vem e compra 7 milhões de toneladas,
17:36foi aquela coisa assim.
17:38Em um mês, muitas vezes, 2 milhões de toneladas.
17:40É uma coisa maluca aquilo.
17:42Aí o que aconteceu? No outro ano comprou 2.
17:44Diminuiu, porque lógico que eles tiveram uma boa produção lá,
17:48aquela coisa toda.
17:49Mas, ou seja, a gente abriu um mercado muito importante.
17:52E aí depois a gente começou essa...
17:55Agora a gente produz etanol de milho aqui,
17:57e tem um coproduto que sai...
17:59Você pega o milho, sai etanol,
18:02sai óleo e sai DDG, que é o farelo proteico,
18:07que você concentra.
18:08Porque o milho tem proteína também.
18:10Então, quando você começa aquilo, sobra a proteína.
18:15E aí vai vender para quem?
18:16Porque, na verdade, o Brasil produz também muito farelo de soja.
18:20Então, querendo ou não,
18:21para a gente poder expandir o mercado de etanol no Brasil,
18:24a gente precisa comercializar o DDG,
18:27porque o DDG é praticamente...
18:30Para pagar a conta, ele é quase que 50% de quem paga a conta.
18:34Não é um produtinho assim, não.
18:36Beleza.
18:37Não, ele é um produtão.
18:38Então, daí é claro que quando você tem um mercado como a China,
18:41que pode importar 2, 3 milhões de toneladas de DDG,
18:46isso tem que se comemorar mesmo.
18:48Tanto que a gente viu o vice-presidente,
18:50o presidente de exercício Geraldo Alckmin,
18:52também comemorando isso.
18:54Isso é muito importante para o Mato Grosso.
18:56E aí ele falou de uma coisa importante, que é a ferrogrão.
18:59Porque, veja bem, esse DDG tem que sair por Porto.
19:03E aí foi importância da ferrogrão para você também baratear
19:07a exportação desse DDG,
19:09e que a maior parte dele é produzido em Mato Grosso.
19:12A logística.
19:13A logística.
19:14E aí você vai ter uma competição.
19:15Porque os Estados Unidos é outro competidor.
19:18Falou em logística, falou com o americano.
19:20Então, agora, se a gente tiver uma ferrogrão,
19:22para colocar, por exemplo, esse DDG,
19:24sair ali de Lucas, sair, por exemplo, de Sorriso,
19:27sair de Sinopse, sair de Nova Mutum,
19:29e isso ir lá para o Porto...
19:32Nossa, isso é fantástico.
19:33A gente vai ser muito competitivo.
19:35E vai ter uma explosão.
19:37Sem falar que tem agora usinas surgindo também no Maranhão,
19:40surgindo em vários lugares.
19:41Então, realmente, essa é uma grande oportunidade,
19:45o mercado, assim como o Japão também.
19:47O Japão está procurando a gente também, querendo comprar mais.
19:49A Ásia, de uma forma geral, olhando muito para o Brasil.
19:51Muito.
19:52É que o Brasil, é que nem eu falei,
19:53os Estados Unidos não tem como expandir mais produção.
19:57Ele é o maior produtor mundial de milho.
20:00Mas não tem como expandir.
20:01O Brasil, a gente tem como dobrar a produção na mesma área ainda.
20:06Porque nós estamos ganhando em produtividade.
20:09Por exemplo, nós temos tecnologias novas que vêm por aí,
20:12que simplesmente vão fazer que hoje o produtor
20:15que está plantando lá, que ele está colhendo,
20:17vamos supor, 6 mil quilos,
20:19ele possa estar colhendo 8, 9, 10 mil quilos,
20:22como o americano colhe na mesma área.
20:24Então, você imagine você,
20:25que hoje nós estamos colhendo 130 milhões de toneladas.
20:29Nós plantando a mesma área, com mais tecnologia,
20:33com mais eficiência ou com melhorias ainda
20:35de tecnologias que a gente está por vir,
20:38nós vamos poder estar produzindo 200 milhões de toneladas
20:41sem aumentar uma hectare de milho.
20:43Agora, se você imaginar o quanto que nós temos
20:45para aumentar ainda nesse país,
20:47tanto de área de pastagem que pode ser ocupada,
20:49que a gente pode dobrar a área de soja.
20:51Imagina se nós dobrarmos a área de soja,
20:53que a gente pode dobrar sem falar
20:55em você ter deflorestamento nenhum.
20:58Sem falar, só aproveitando o que a gente já tem aberto.
21:01Você imagina, então, o potencial que nós temos
21:03de produção de milho nesse país.
21:04É claro que todo mundo vai estar olhando.
21:06E tem uma coisa, Mariana,
21:07eu tenho que falar para você que o milho brasileiro,
21:09que eu fiquei sabendo agora na China,
21:11é uma coisa muito interessante.
21:12O milho brasileiro, ele é preferido pelos chineses,
21:15preferido por países asiáticos.
21:16Sabe por quê?
21:17Porque o nosso milho é duro.
21:19Então, ele resiste muito mais na armazenagem
21:23do que o milho americano.
21:25Ou seja, dá menos carucho.
21:28Então, ele resiste,
21:29ele tem uns seis meses mais de resistência.
21:31Por que ele não se colhe aqui,
21:32bota no navio, vai para lá, fica no armazém.
21:35Então, muitas vezes, o milho americano que eles compram,
21:37quando chega na China, já está carunchado.
21:39O nosso não.
21:40Então, ou seja,
21:41isso é uma coisa boa pelo nosso clima,
21:44pela genética que nós temos no milho aqui.
21:46Isso é uma coisa interessante
21:48que esse mercado fica se abrindo cada vez mais para nós.
21:50Muito obrigado.
21:51Muito obrigada pela aula, né?
21:53Que a gente conseguiu passar por vários assuntos
21:56dentro do setor do milho.
21:57Embora, com certeza,
21:58desse para falar muito mais aqui de outras perspectivas.
22:01Muito obrigada, Glauber, pelas suas palavras.
22:03É um prazer.
22:04Espero recebê-lo aqui.
22:05Inclusive, para a gente falar depois de sorgo, de eucalipto,
22:07de outras indústrias, né?
22:08Com certeza.
22:09Obrigado aí pelo espaço.
22:10Muito obrigada.
22:11Muito obrigada.
22:12E agora, você continua com a nossa programação
22:14do Hora H do Agro.
22:15Afinal, a gente está aqui em Brasília,
22:17mas a gente está em São Paulo também.
22:19E a gente está em outras praças do Brasil.
22:21Mas agora, a gente conversou um pouquinho aqui com o Glauber
22:23sobre a questão de armazenagem.
22:26Então, a gente vai trazer um VT para vocês também,
22:28falando da Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento.
22:31Essa semana também teve um evento da Conab.
22:34E a gente acompanhou.
22:36Então, você fica aí com a continuidade do nosso programa.
22:39Em uma cerimônia solene no Senado,
22:41o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento,
22:44Edgar Preto,
22:45anunciou que a expectativa é de que os estoques de arroz
22:49sejam restabelecidos até o mês de maio.
22:53Essa medida surge em resposta ao crescimento da produção do grão,
22:58que tem mostrado resultados significativos.
23:01Nós estamos prevendo uma safra histórica
23:04de 332,9 milhões de toneladas.
23:08Para se terem uma ideia,
23:10a magnitude desses números
23:12representa 11,9% a mais,
23:16comparando a safra deste ano
23:18com a safra do ano passado.
23:20Ou então, 35,42 milhões de toneladas a mais,
23:26em comparação a safra deste ano com a safra passado.
23:30Neste momento,
23:31em que a Conab apresenta o oitavo levantamento previsível de safra,
23:34nós temos condições de afirmar
23:36que esta será a safra histórica do nosso país.
23:39O evento contou com a presença de diversas autoridades,
23:43servidores e representantes do setor agrícola,
23:46marcando os 35 anos de atuação da Conab,
23:50que responde ao Ministério do Desenvolvimento Agrário,
23:54a entidade que desempenha um papel importante
23:57na gestão dos estoques públicos
24:00e na realização de leilões de produtos agrícolas,
24:04além de monitorar as safras ao longo do ano.
24:08De acordo com dados da companhia,
24:10a safra de arroz deste ano
24:12apresentou um aumento expressivo de 14,7%
24:16em comparação ao ano anterior,
24:18na safra 2023-2024.
24:21Foram produzidas 10,5 milhões de toneladas
24:27e para a safra 2024-2025,
24:29esse número saltou para mais de 12 milhões de toneladas.
24:34A Conab enfrentou desafios em 2024
24:37quando se viu no centro de uma polêmica
24:40envolvendo um leilão destinado à compra de arroz importado.
24:44A iniciativa tinha como objetivo
24:46conter a elevação dos preços do cereal,
24:50exarcebada devido às enchentes no Rio Grande do Sul,
24:54que é o principal estado produtor.
24:57Contudo, o processo foi suspenso
25:00por causa de suspeitas de irregularidades.
25:03A companhia atribui aumento na produção do arroz
25:07às linhas de créditos oferecidas em parceria com o governo
25:11que visam a compra direta do grão cultivado por agricultores familiares.
25:16Até o momento, foram negociados mais de R$ 162 milhões
25:21em contratos de opção de venda de arroz,
25:25totalizando mais de 91 mil toneladas do cereal.
25:30A partir de abril, os agricultores já puderam comercializar
25:34o produto negociado em contrato com a Conab,
25:38antecipando a compra do arroz adquirido através dos contratos de opção de venda,
25:43autorizando vendas no final do mês de abril
25:46com pagamento 20% superior ao valor mínimo estabelecido.
25:51O presidente da Conab ressaltou que a entidade aumentou a capacidade de armazenamento
25:57em mais de 40% resultado de investimentos realizados
26:02em parceria com a Itaipu Binacional e o BNDES
26:07com o objetivo de garantir um futuro mais assertivo
26:12para a produção de arroz no Brasil.
26:16Praticamente toda a colheita da soja está feita,
26:19em que pese a quebra da safra no Rio Grande do Sul
26:23em função da escassez da chuva e daquelas ondas de calor extremo,
26:27diminuiu a produção gaúcha,
26:29mas essa produção da soja vem sendo compensada na região do centro-oeste,
26:33que é a grande região produtora, especialmente Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás,
26:38sem dúvida nenhuma é uma excelente safra de soja para o nosso país.
26:43Edgar também explicou que com a volta do plano safra da agricultura familiar,
26:48quem tiver interesse em produzir alimentos para o mercado interno,
26:54como arroz, feijão, frutas e hortaliças,
26:58conta com juros menores ao ano.
27:01Se a produção for ambientalmente correta, os juros caem para 2% ao ano.
27:07Nós aumentamos a área de arroz em 6,9%,
27:11depois de 13 anos de queda da lavoura com arroz,
27:14depois da queda da lavoura do feijão,
27:17o agricultor brasileiro, especialmente a agricultura familiar,
27:20sentiu novamente a vantagem, o bom negócio que é produzir para o nosso mercado interno.
27:27Nós vamos continuar falando de milho agora aqui do estúdio em São Paulo,
27:32isso porque a expectativa de uma safra melhor
27:35ajudou a aumentar a projeção para a produção agrícola brasileira total de 2025.
27:41Os dados do levantamento sistemático da produção agrícola de abril,
27:45divulgado pelo IBGE,
27:47mostram uma produção total estimada em 126,9 milhões de toneladas,
27:53crescimento de 9,9% em relação à temporada 2023-2024.
28:00O Ações e Cotações te explica como isso vai impactar o mercado e as negociações.
28:13Para conversar conosco sobre esse assunto,
28:16eu convido o Cristiano Erhart,
28:18corretor de milho e recém-impossado presidente da Bolsa Brasileira de Mercadorias.
28:24Bem-vindo, muito obrigada pela sua participação.
28:27Conversar sobre milho é um universo,
28:30então a gente vai tentar fazer algumas perguntas mais específicas para você aqui.
28:34Eu gostaria de começar, inclusive, considerando essa projeção.
28:38A gente está falando de um aumento de quase 10%.
28:42Queria entender como esse volume adicional impactará os preços.
28:46A gente já está falando aí de um impacto para o milho negociado no curto, no médio prazo.
28:51Bem-vindo, obrigada pela participação.
28:54Obrigado pelo convite.
28:57Boa tarde a todos.
29:00Essa questão do milho, ele já vem sendo impactado, os preços, há mais ou menos uns 20 dias.
29:06A gente estava com uma dúvida referente à questão da área que será plantada no Brasil.
29:13Devido às questões climáticas, como a seca, estava trazendo uma dificuldade para conseguir definir a área plantada.
29:24Então, após a definição dessa área plantada, principalmente para a sardinha,
29:28os preços começaram a ser impactados, principalmente na Bolsa,
29:31onde tínhamos preços para vencimento julho na faixa já de R$75.
29:36Agora, nos últimos dias, esses preços caíram R$12, chegando hoje a um patamar de R$60.
29:42Então, toda essa grande produção de milho já está impactando os preços de forma bem expressiva.
29:49Além também, é claro, das cotações internacionais,
29:54como os Estados Unidos, bem avançado no plantio, pressionando bastante os preços na Bolsa de Chicago.
30:01A gente ouviu agora no comecinho do programa, falamos ali em relação ao Congresso da Abramílio.
30:08Eu queria, é claro, a gente já vem falando dessa questão de preços,
30:12mas uma das coisas que foi falado muito no Congresso, eu queria saber se é da avaliação de vocês,
30:17está dentro do radar de vocês, é essa questão relacionando às exportações.
30:23Porque à medida que a gente olha ali preços caindo,
30:27a gente tem uma negociação que talvez seja mais favorável olhar para o mercado interno
30:33ou produtores olhando ali mais para exportação.
30:36Como que vocês estão acompanhando isso na BBM?
30:39Quais que são, inclusive, os impactos dentro da BBM
30:43quando a gente olha para essa dúvida mercado interno e externo?
30:48A grande questão do mercado internacional hoje é que os preços internacionalmente também estão baixos.
30:53Devido a essa grande produção de expectativa lá dos Estados Unidos e um arrefecimento da demanda.
30:59Todas essas questões de liga comercial entre os Estados Unidos e China
31:05tem derrubado um pouco a demanda chinesa e acaba pressionando o milho no mundo inteiro.
31:10Com uma grande produção dos Estados Unidos para o Brasil,
31:13fica mais difícil essa competitividade internacional, pois a produção deles é muito elevada.
31:18Outra questão que impacta fortemente os preços do milho é a questão do petróleo.
31:23Ele também vem caindo fortemente após os anúncios do Trump.
31:28E como os Estados Unidos tem essa utilização do milho para o etanol,
31:31isso aí acaba forçando também os preços para baixo.
31:34Aqui no Brasil, no ano passado, a gente teve até um início de pressão baixista nos preços do milho
31:39que foram segurados, na verdade, pelas indústrias de etanol do Mato Grosso.
31:43Porque as exportações não conseguiram chegar ao patamar que estava sendo a expectativa.
31:50Tudo isso impacta fortemente o milho.
31:52Mas eu vejo que o milho hoje no Brasil está tendo uma demanda muito forte
31:57tanto para as empresas avícolas que estão exportando bem o frango
32:02como para as empresas de venda de suíços.
32:04E também a questão do consumo de etanol, que nas últimas semanas a gente até viu o pessoal falando
32:10em um dobro de consumo de milho para etanol aqui no Brasil.
32:15Hoje o consumo fica na faixa de 20 milhões de toneladas.
32:18Acreditamos que possa passar para 40 milhões nos próximos anos.
32:21Então eu vou aproveitar esse gancho de etanol de milho,
32:24porque a gente também viu isso ali com o Glauber Silveira,
32:27que é o diretor executivo da Abramilho.
32:30E fala-se um pouco de talvez esse freio na indústria do etanol
32:38no sentido de preços um pouco mais baixos podem congelar um pouquinho
32:43os investimentos das usinas.
32:44Você falou de Mato Grosso, mas a gente vê uma expansão das usinas de etanol de milho
32:49em várias regiões do Brasil.
32:53Vocês também dentro da BBM enxergam esse possível congelamento
32:58ou pelo menos perder um pouco a velocidade desses investimentos.
33:02Como que isso inclusive também impacta os negócios acompanhados pela BBM?
33:08Com certeza, isso aí impacta bastante os planos de expansão
33:12da produção de etanol aqui no Brasil.
33:14Mas eu vejo que como a gente tem uma produção tão elevada,
33:17vai acabar tendo essa necessidade para a utilização desse milho
33:22nas empresas de etanol.
33:23A gente está com uma perspectiva, que foi até comentado pela Conab ontem,
33:26de 100 milhões de toneladas para safrinha.
33:29Se calcularmos o consumo na faixa de 55 milhões para a ração
33:35e mais uns 20 milhões para o etanol, ainda tem uma sobra de 30 milhões de toneladas.
33:41Então todo esse excedente acaba pressionando.
33:44E a gente não conseguindo exportar acaba pressionando o mercado interno.
33:47Mas eu vejo que a exportação de frango, de suínos,
33:51acaba até ajudando o nosso país a exportar um produto já
33:55com valor agregado maior.
33:57Não precisando tanto dessa dependência da exportação do milho em si.
34:00Que seria um valor agregado menor.
34:03Seria um produto básico.
34:05Então a gente vê que isso aí é bem impactante.
34:07E acredito que os produtores que tiverem condições,
34:11sendo de capitalizados, que esperem um pouco para a comercialização
34:15após a safrinha.
34:17Porque o volume que vai vir na safrinha vai ser muito grande.
34:20E acredito pressionar bem os preços.
34:22Principalmente na questão do etanol por causa dessa queda brusca do bucho.
34:28Viemos de 80 dólares o bucho para uma taxa de 60 hoje em dia.
34:32Então tudo isso acaba impactando muito forte as empresas de etanol
34:35e reduzindo assim consequentemente o preço do milho.
34:38Certamente é algo para se acompanhar aí dia a dia.
34:41Mas antes de terminar, Cristiano, eu queria falar um pouquinho sobre a sua posse.
34:47Enquanto presidente da BBM, super recente.
34:50Então eu queria que você falasse também, por gentileza, um pouquinho
34:53quais que são as suas prioridades num novo mandato.
34:56O que vocês estão olhando de prioridade?
34:58Se eu não me engano, a gente está falando aí de 2025 a 2027 pelo menos, certo?
35:04Perfeito isso.
35:06Nós aqui na Bolsa, nessa nova gestão,
35:10a gente estava querendo buscar bastante a trazer os negócios para dentro da Bolsa.
35:15A gente vê hoje um mercado de commodities agrícola,
35:18de negociações ainda um pouco desenvolvido no nosso país.
35:22Em detrimento dos outros países, como os Estados Unidos,
35:26que tem uma comercialização muito mais digitalizada.
35:29Hoje as comercializações são muito mais por telefone.
35:32Nós queremos buscar, assim como a gente tem já um exemplo muito bom
35:35do mercado de algodão, onde praticamente 60, 70% dos negócios de algodão
35:40são registrados na Bolsa,
35:42a gente gostaria de estar trazendo isso para outras culturas,
35:45como o milho e como a soja.
35:47Qual é a grande vantagem?
35:48A grande vantagem seria a nossa Câmara Arbitral.
35:50Principalmente hoje, num momento bem difícil da economia,
35:53a gente vê essas brigas que acabam ocorrendo,
35:56tanto de qualidade como de preço, em todas as culturas,
36:00como trigo, milho, até o arroz aqui no Rio Grande do Sul.
36:03Então as operações realizadas via Bolsa, elas têm a segurança da Câmara Arbitral.
36:08Isso pode estar resolvendo essa situação sem precisar ir para uma esfera judicial,
36:12tornando o processo muito mais rápido e menos custoso,
36:16tanto para o produtor como para os compradores e traders.
36:20Perfeito. E vocês têm uma atuação também olhando muito para as CPRs,
36:23de alguma forma, como vocês estão olhando essa movimentação?
36:26Dentro da BBM também é uma prioridade para vocês incentivarem esse tipo de cédulo?
36:33Com certeza. Acredito que a CPR é o financiamento agrícola
36:37que já é realidade, mas que acredito que vai ganhar muito espaço com o passar do tempo,
36:42pois é uma modalidade onde o próprio produtor consegue se financiar com a produção dele.
36:47Onde ele vai estar emitindo uma CPR para um futuro próximo estar entregando o seu produto.
36:52Nós temos diversas ideias dentro da Bolsa.
36:55Uma das ideias que a gente busca, gostaria de desenvolver,
36:58seria a parte de comercialização dessas CPRs.
37:00A gente sabe que é um mercado mais para o futuro,
37:04mas acredito que possa ser uma ferramenta para dentro do mercado do agronegócio
37:09para a gente conseguir trazer mais liquidez ao mercado
37:12e, consequentemente, ajudar o produtor no financiamento de suas lavouras,
37:16pois os custos estão bem altos.
37:18É isso, com certeza. Há muito o que se acompanhar.
37:20A gente espera você em outras participações aqui.
37:23Muito obrigada, Cristiano, pela sua participação,
37:26inclusive falando de outras commodities no futuro.
37:29Então, você é muito bem-vindo para voltar aqui outras vezes.
37:32Com certeza. Agradeço o convite.
37:34Estamos à disposição para comentar.
37:36Esperamos com trilho, milho, soja, arroz.
37:38Estamos sempre à disposição.
37:40É isso, muito obrigada.
37:42E agora, nós vamos para um rápido intervalo
37:45e, na volta, você vai ver as possíveis mudanças que o Renovabil pode sofrer.
37:50A gente vai trazer, claro, previsão do tempo para esta semana
37:53e também não podemos deixar de falar sobre o primeiro caso confirmado
37:57de gripe aviar em granja comercial aqui no Brasil.
37:59Então, não sai daí que a gente volta daqui a pouco.
38:12Hora H do Agro
38:15Grandes conquistas começam com um bom planejamento.
38:18E aqui no consórcio Mar de Volkswagen Caminhões e Únigos,
38:21a gente pensou em tudo submedida para o seu negócio,
38:24com parcelas a partir de 4.160 reais.
38:27E temos uma opção exclusiva para o seu Meteor
38:29ou o extra pesado que preferir.
38:31Você tem até 150 meses para pagar,
38:33sem juros e taxa administrativa de apenas 8% no plano total.
38:37Pense gigante.
38:38Consórcio Mar de VWcaminhões.com.br
38:41ou ligue 0800-778-1100.
38:48Coloque a racionalidade para trabalhar a seu favor.
38:53O primeiro dos cinco passos da caminhada financeira
38:56que vamos apresentar neste curso,
38:58tem um nome que não é em vão.
39:01Faça um pedido ao seu dinheiro.
39:04Neste curso, você também vai aprender a tomar decisões financeiras
39:08por conta própria, levando em consideração o que é mais importante.
39:13Eu vou te dar quatro dicas para você saber encarar os seus monstros financeiros.
39:19Você deve se preparar para encarar este curso
39:22como a oportunidade de conhecer um lado diferente do dinheiro
39:27para o qual a maioria das pessoas não dá atenção.
39:35Acesse milcursos.com.br
39:38e comece a fazer as pazes com as suas finanças.
39:45Gigante, hein?
39:46Tá gostando?
39:47Muito.
39:48Mas, rapaz, tem um negócio engraçado acontecendo toda vez que eu dirijo?
39:51O quê?
39:52Sobe aí.
39:53Olha isso.
40:13Volkswagen Meteor. Pense gigante.
40:22Hora H do Agro.
40:25Estamos de volta com Hora H do Agro aqui na Jovem Pan News.
40:30E a gente vai falar agora sobre o setor de energia,
40:34de bioenergia, para ser mais específico.
40:36Os produtores de biocombustíveis e as distribuidoras se uniram
40:41em uma mobilização no Superior Tribunal de Justiça
40:45com o objetivo de barrar o consumo de petróleo.
40:49Com o objetivo de barrar decisões da Justiça
40:53que estão isentando algumas empresas de cumprir as metas
40:57de descarbonização do Renovabil.
41:00O programa federal que estimula o uso de combustíveis mais limpos
41:04aqui no Brasil.
41:05Então, diversas entidades protocolaram pedidos
41:08para atuar na prestação de informações
41:11e esclarecer questões técnicas na ação
41:14movida pelo Ministério de Minas e Energia
41:16que busca a suspensão de liminares concedidas
41:20às distribuidoras inadimplentes.
41:22Uma dessas entidades é a única Associação Brasileira
41:26da Indústria Edícana de Açúcar e Bioenergia
41:29com quem nós vamos conversar agora
41:31com Evandro Gucci, presidente da instituição.
41:35Evandro, muito obrigada pela sua participação.
41:38A gente conta muito com os seus esclarecimentos aqui
41:41porque é um tema um pouco técnico,
41:43mas que reflete, com certeza, na nossa sociedade
41:47porque a gente está falando de biocombustível,
41:49a gente está falando de descarbonização.
41:51Então, eu vou pedir para a gente começar do básico,
41:54por gentileza, e relembrar ao público
41:56o que é o Renovabil.
41:57Para a gente, então, falar da gravidade
41:59dessas decisões judiciais, para a integridade do programa,
42:02para o cumprimento das metas de descarbonização.
42:05Vamos começar do básico.
42:07Obrigada pela sua participação, seja muito bem-vindo.
42:11Marina, eu que agradeço, é um prazer estar aqui com você.
42:14O Renovabil, desde o básico, como você me pede,
42:18ele é o maior programa de descarbonização
42:20da matriz de transportes do mundo.
42:23As usinas, elas se certificam para ter um etanol
42:26que cumpre uma série de medidas
42:29e elas têm uma avaliação feita
42:32por empresas de grande renome
42:36que vão lá auditar todo o processo produtivo
42:39e aí cada uma tonelada de carbono que esse etanol,
42:42no caso do etanol, deixa de emitir
42:45em relação aos combustíveis fósseis,
42:47o produtor pode emitir um sebil
42:49e quem tem que comprar esse sebil
42:51são as distribuidoras de combustível
42:53que comercializam os combustíveis fósseis.
42:57O programa foi aprovado lá em 2017,
42:59entrou em vigor em 2020,
43:01ou seja, já são cinco anos que o programa está em vigor
43:05e a gente tem uma divisão muito clara.
43:07Tem um grupo de distribuidoras
43:09que infelizmente se nega a cumprir o programa
43:13e com isso, deixando de realizar uma descarbonização
43:17de milhões de toneladas de carbono até o momento,
43:22eles, esses distribuidores,
43:25como você bem disse, é um assunto técnico,
43:29eles de alguma maneira acabam induzindo
43:33o Poder Judiciário a determinados erros,
43:36na nossa opinião, porque a lei é clara,
43:39superprevisível, trata todas as distribuidoras
43:44da mesma maneira,
43:46mas tem um grupo de distribuidores
43:48que não cumpre essas metas e por uma razão muito simples,
43:51como elas não cumprem a lei,
43:53não tem a compra do sebil dentro das suas práticas,
43:58elas no fundo vendem esse processo,
44:02constrói isso para tomar mercado
44:04das distribuidoras que cumprem.
44:06Imagina que você tem uma rede de comunicação
44:09que paga atributo e aí abre alguém do lado
44:12que diz, não, eu não vou pagar atributo,
44:14ou seja, esse vai estar na frente daquele
44:16que está cumprindo a lei para os consumidores,
44:20para os anúncios e assim por diante.
44:22Imagina a pessoa que tem um cachorro quente
44:24que cumpre com as suas obrigações
44:26e o do lado, olha, eu não quero cumprir.
44:28Para quê? Para ganhar uma vantagem,
44:30para ganhar mercado como eles têm ganhado.
44:33Então, no fundo, eles têm atrapalhado
44:35um programa que é seríssimo para o Brasil,
44:37seríssimo para a economia brasileira,
44:40para a reputação internacional do Brasil,
44:43eles não são minimamente comprometidos
44:46com um tema importante,
44:47que é o tema da sustentabilidade do meio ambiente
44:50e vão conseguindo uma liminar aqui
44:53e uma liminar ali.
44:54O que o governo fez de uma maneira muito corajosa,
44:57muito correta, foi o Ministério de Minas e Energia,
45:01o ministro Alexandre Silveira,
45:02tem sido extremamente comprometido com o programa,
45:06porque ele tem viajado o mundo,
45:08tem visto que esse programa tem recebido
45:12de reconhecimento em todas as partes do mundo.
45:15Junto com a Advocacia Geral da União,
45:17eles entraram, o governo entrou com uma medida
45:20no Superior Tribunal de Justiça
45:22para que essas liminares sejam suspensas.
45:25Não há vantagem nenhuma dessas liminares para ninguém,
45:28a não ser para um grupo de distribuidoras
45:31que não tem tido compromisso com a legislação brasileira,
45:35que obriga todos nós,
45:38todos nós somos no fundo responsáveis pelo meio ambiente.
45:42Perfeito.
45:43E aí a gente está falando então
45:45de um impacto na descarbonização também.
45:48A gente tem aí dados da ANP
45:50que mostram que 10, quase 11 milhões de Cebius
45:53deixaram de ser adquiridos
45:55devido a essas liminares concedidas a 21 distribuidoras,
45:59se eu não me engano esse é o número.
46:01Qual que é o impacto prático então?
46:03Você deu esse contexto,
46:04mas qual que é o impacto prático,
46:06tanto do ponto de vista ambiental,
46:08mas também financeiro,
46:09para esses produtores de biocombustíveis?
46:11O que está acontecendo neste momento
46:15à medida que uma série de distribuidoras
46:18deixam de cumprir e acaba gerando,
46:21claro, todo esse mal estar,
46:23mas na prática ambiental e financeira,
46:25o que você tem visto?
46:27Olha, Mariana, é um prejuízo primeiro
46:30para a reputação nacional, para o Brasil.
46:32Esse programa, para você ter uma ideia, o Renovabil,
46:35ele hoje pauta todas as grandes políticas públicas
46:39de mobilidade do Brasil.
46:41Então recentemente foi aprovado o programa Mobilidade Verde
46:44do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
46:48que é gerido pelo Dr. Geraldo Alckmin,
46:52nosso vice-presidente da República.
46:54Então lá no Mover, a gente vai ter
46:58qual é o nível de emissão dos combustíveis
47:01pautados pelo Renovabil.
47:03O programa combustível do futuro,
47:05que o governo acabou de lançar no ano passado,
47:08que é um programa extremamente importante,
47:12também tem como lastro as notas de eficiência,
47:17ou seja, o nível de emissão do Renovabil,
47:21dessa política nacional.
47:22Então ela é fundamental para isso.
47:24Por que o Japão quer comprar etanol do Brasil
47:27e não dos Estados Unidos?
47:28Porque a nota do Renovabil é que é fundamental.
47:30Ou seja, o programa tem toda uma estruturação
47:33que faz com que a gente possa reconhecer
47:35a qualidade do biocombustível brasileiro.
47:38Enquanto o biocombustível, por exemplo,
47:40dos Estados Unidos tem uma emissão
47:42de 50 gramas por megajoule de energia,
47:45o nosso tem de 21 gramas.
47:48E onde que a gente mede isso?
47:49A gente mede no Renovabil.
47:51E essas distribuidoras,
47:53eu posso dizer com tranquilidade,
47:55elas já há muitos anos travam uma batalha
47:58contra a sustentabilidade no Brasil.
48:01Uma batalha contra os biocombustíveis,
48:04uma batalha contra o novo mundo,
48:07contra o presente e contra o futuro.
48:09E a prova disso é que no passado eles diziam
48:12olha, são as distribuidoras
48:15contra os produtores de biocombustíveis.
48:19Isso agora cada vez mais se mostra
48:22que não é a verdade.
48:23Tanto que o sindicom que representa
48:26distribuidoras que estão comprometidas
48:28com as políticas ambientais,
48:30distribuidoras que têm respostas
48:33a dar aos seus acionistas,
48:35a sociedade brasileira que é cada vez
48:37mais consciente da nossa necessidade ambiental,
48:40cada vez mais consciente desse patrimônio
48:42fantástico que são os biocombustíveis,
48:44estão juntos conosco no pedido ao STJ
48:48que acolha esse requerimento
48:51da Advocacia Geral da União,
48:53do Ministério de Minas e Energia,
48:55que está querendo uma coisa só,
48:57que a lei seja cumprida.
48:59Nós todos no Brasil queremos ter um país
49:02em que todo mundo seja tratado de maneira igual,
49:04em que não tenha um que pode,
49:06outro que não pode,
49:08um que é obrigado a cumprir a lei,
49:10outro que não é obrigado a cumprir a lei.
49:13A gente também está falando de um momento
49:16em que existe uma sanção da Lei 15.082 de 2024
49:21que amplia as penalidades para as distribuidoras
49:24inadimplentes.
49:252024 a gente está falando super recente.
49:27Como que a única espera que o cenário evolua
49:30no STJ e no mercado diante dessa lei
49:33é o suficiente para tentar inibir
49:36esses novos pedidos de liminares?
49:38Ou a associação de alguma forma prever
49:40aumento nas disputas judiciais?
49:42Enfim, um pouco mais de desgaste nesse sentido.
49:45Embora, claro, você mesmo tenha falado aqui
49:47que a ideia é que o negócio avance.
49:49Mas existe essa lei?
49:51Vocês estão contando com ela
49:52para que ela entre também em vigor
49:55de forma prática?
49:57Com certeza, Mariana.
49:58Veja, você trouxe um ponto super relevante.
50:01O Congresso Nacional, olhando o comportamento
50:05errado dessas distribuidoras,
50:07esse comportamento destoante,
50:09o comportamento contrário à lei
50:11e à lei ambiental brasileira,
50:13o Congresso foi lá e disse, olha,
50:15por unanimidade na Câmara dos Deputados,
50:18unanimidade no Senado Federal,
50:21o Congresso foi lá e endureceu as penas
50:26e as condições de atuação
50:28para esses atores da distribuição.
50:32Isso com o apoio das distribuidoras sérias.
50:35Isso que é o mais impressionante.
50:37As distribuidoras sérias,
50:39e quando eu digo sérias,
50:40são essas que cumprem a lei,
50:42porque quem não cumpre a lei
50:43não está agindo de uma maneira correta.
50:45E eu dizia e repito,
50:47a gente tem que acabar no Brasil
50:49com aqueles que têm que cumprir a lei
50:52e os outros que não têm que cumprir a lei.
50:54O Brasil tem que ser um país de todos.
50:56É para todo mundo?
50:57É para todo mundo.
50:58Então o Congresso foi lá e reforçou as penalidades,
51:01colocou restrições importantes para a atuação,
51:03para quem não está cumprindo,
51:05para quem não está adimplente com o RenovaBill
51:08e o que a gente espera é que o Poder Judiciário
51:10seja o garantidor efetivo
51:14da legalidade no Brasil
51:16e nós esperamos que,
51:17após uma avaliação técnica,
51:19isso está sob o julgamento
51:23do ministro Herman Benjamin,
51:25que é um reconhecido ambientalista no Brasil,
51:29uma pessoa com uma capacidade técnica comprovada,
51:32é um intelectual, um jurista
51:34reconhecido tanto no Brasil quanto no mundo
51:37e o que a gente faz é apoiar
51:39o pedido da Advocacia Geral da União,
51:41o pedido do Ministério de Minas e Energia,
51:44que no fundo era uma coisa, Mariana,
51:47para ser óbvia,
51:48a lei deveria ser cumprida e cumprida por todos.
51:50O que a AGU e o Ministério de Minas e Energia
51:53está pedindo ao STJ é que a lei seja cumprida
51:56e que todos estejam obrigados por ela.
51:59Assim esperamos, né?
52:01Mas para acompanhar,
52:02continuar acompanhando esse assunto,
52:04já fico com o convite para você voltar, viu, Evandro?
52:06Muito obrigada pelas explicações,
52:08pelo didatismo
52:09e é isso, seja bem-vindo aqui em outras ocasiões
52:11no Hora H do Agro.
52:13Sempre à sua disposição, Mariana.
52:15Um abraço a todos.
52:16Muito obrigada.
52:17Agora, é hora da gente saber
52:19como que fica a previsão do tempo para essa semana.
52:21Esse é mais um Por Dentro do Clima.
52:28Por Dentro do Clima
52:31O Marco Antônio, nosso mestre da meteorologia
52:34aqui no Hora H do Agro,
52:36ele esteve em um evento no Rio Grande do Sul.
52:38Então, ele conseguiu uma brecha na agenda
52:40para compartilhar um pouquinho conosco
52:42o que nós podemos esperar do tempo
52:45para as principais áreas produtoras do Brasil
52:47essa semana.
52:48Então, vamos assistir.
52:49Olá a todos.
52:50E como fica o clima agora para essa semana?
52:55Após uma semana de pouca chuva
52:57sobre todo o Brasil, né,
52:59devido à presença de uma massa de ar polar
53:02que inibiu a presença de nuvens de chuvas,
53:06bem como também o avanço de novas frentes frias,
53:09essa semana começa diferente.
53:11Essa massa de ar polar perdeu forças
53:14e a previsão é que uma nova frente fria
53:17avance já entre a terça e a quarta-feira
53:19sobre o Rio Grande do Sul,
53:21levando chuvas torrenciais
53:23a toda a região sul do Brasil,
53:27em especial sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina,
53:30onde há previsões até para temporais.
53:34Então, muita atenção.
53:35Essas chuvas irão proporcionar
53:38uma condição muito boa
53:40para já a implantação das lavouras de inverno,
53:44como trigo, aveia,
53:47entre outras que temos aí no sul do Brasil.
53:50Já as chuvas no Paraná,
53:52sul do Mato Grosso Sul e até mesmo no Paraguai,
53:55irão beneficiar as lavouras tanto de inverno
53:58quanto e principalmente as lavouras de segunda safra,
54:01como milho e feijão.
54:03Já para o sudeste,
54:05a tendência é de poucas chuvas ao longo dessa semana.
54:08Mesmo com a passagem dessa frente fria
54:10pela costa da região sudeste,
54:12as chuvas que estão sendo previstas
54:14irão muito mais para a faixa leste de São Paulo,
54:17ou seja, mais faixa litorânea ali,
54:20no máximo até Campinas, Piracicaba,
54:23e também há previsões de chuvas
54:26sobre Rio de Janeiro e Espírito Santo
54:28e no máximo sul de Minas Gerais,
54:31ou extremo sul de Minas Gerais.
54:33Já todo o interior da região sudeste,
54:36o tempo ficará aberto
54:38e com grande amplitude térmica,
54:41ou seja, dias quentes
54:43e noites com temperaturas mais amenas.
54:45Já no centro-oeste,
54:47o tempo permanecerá aberto,
54:49com exceção um pouco de Rondônia,
54:51que ainda há previsões
54:53de algumas pancadas de chuvas isoladas,
54:55mas há previsões de chuvas.
54:57E essa tendência para o centro-oeste
54:59de tempo aberto deverá persistir
55:01não só para essa próxima semana,
55:03mas também ao longo das próximas semanas.
55:06Já na região norte,
55:08há tendência de muita chuva ainda
55:12sobre toda a faixa norte da região norte,
55:15ou seja, regiões norte do Amazonas,
55:20norte do Pará, Roraima e Amapá
55:23ainda continuarão recebendo
55:25altíssimos volumes de chuvas,
55:28tudo por conta da zona de convergência intratropical
55:32que se mantém ativa,
55:34levando chuvas a toda essa faixa norte do Brasil.
55:38Já para o nordeste,
55:40há tendência de chuvas muito boas,
55:43tanto por interior do nordeste,
55:45quanto e principalmente
55:47sobre toda a faixa litorânea do nordeste.
55:50Até há previsões de altos volumes de chuvas
55:53sobre Sergipe, Alagoas, Pedambuco
55:56e também sobre o leste da Bahia.
55:59Muita atenção!
56:01Chove forte também sobre o norte do Ceará
56:05e norte, ali do Rio Grande do Norte.
56:08Muita atenção!
56:09De uma forma geral,
56:10essas chuvas no nordeste serão de fundamental importância
56:14para o desenvolvimento das culturas.
56:16Já com relação às temperaturas,
56:18por enquanto não há nada nos modelos
56:22sinalizando uma entrada mais forte
56:25de uma massa de ar polar
56:27que possa trazer geadas.
56:28A tendência é ainda dessa grande amplitude térmica.
56:32Um grande abraço a todos!
56:35Marco Antônio, muito obrigada por essa perspectiva completa.
56:38A gente se encontra na semana que vem, com certeza.
56:41E nós não podemos encerrar o programa
56:43sem falar, é claro, da confirmação
56:45do primeiro caso de gripe aviária
56:47em granja comercial do Brasil
56:49no município gaúcho de Montenegro.
56:51Antes, os casos ocorreram em aves silvestres,
56:54ou seja, aves migratórias que vivem soltas na natureza,
56:58o que é muito diferente das granjas comerciais.
57:01A detecção do vírus da influência aviária
57:04de alta patogenicidade foi confirmada na sexta-feira
57:08e levou o governo federal a decretar
57:10emergência zoossanitária no país
57:12por um prazo de 60 dias.
57:15Com isso, China e União Europeia
57:17suspenderam as compras de produtos
57:19da avicultura brasileira
57:21pelo prazo de dois meses.
57:23Outros países restringem apenas
57:25as compras do Rio Grande do Sul,
57:27como é o caso da Argentina,
57:29Emirados Árabes e Reino Unido.
57:31É importante dizer que o Ministério da Agricultura
57:34e entidades setoriais
57:35seguem um plano nacional de contingência
57:38que foi colocado em prática imediatamente
57:41com medidas de contenção e erradicação do foco.
57:45A iniciativa visa não somente combater a doença,
57:48mas também manter a capacidade produtiva do setor
57:52para abastecer a população.
57:54A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul
57:57está investigando se há outros casos
57:59em um raio inicial de 10 quilômetros da região
58:02onde o foco foi identificado.
58:05Tanto o Ministério da Agricultura
58:07quanto a Associação Brasileira de Proteína Animal, a ABPA,
58:11afirmam que o caso não leva nenhum risco
58:14para a transmissão de gripe aviária
58:16pelo consumo de carne, de frango ou de ovos,
58:19desde que eles estejam devidamente cozidos.
58:22A gente, claro, continua acompanhando esse assunto
58:25aqui na programação da Jovem Pan News
58:27e trazendo outras informações aqui no ORH do Agro.
58:31Mas, por enquanto, o nosso programa fica por aqui.
58:34Você continua conectado nas nossas redes sociais,
58:37ligado na programação da Jovem Pan News.
58:39Muito obrigada pela sua companhia,
58:41muito obrigada pela equipe que faz o programa acontecer.
58:44Até a próxima. Um abraço.
58:58ORH do Agro.
59:01ORH do Agro.
59:02Oferecimento.
59:04Consórcio Maggi. Volkswagen, caminhões e ônibus.
59:07Meteor da Volkswagen, caminhões e ônibus.
59:10Mas pode chamar de meteoro da paixão.
59:13A opinião dos nossos comentaristas
59:15não reflete necessariamente a opinião
59:18do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
59:24Realização Jovem Pan News.
59:27Legendas pela comunidade da Amara.org