A estimativa de déficit primário para 2025 subiu de R$ 29,5 bilhões para R$ 97 bilhões, segundo o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas enviado ao Congresso nesta quinta-feira (22). O aumento é atribuído ao crescimento de gastos obrigatórios e à frustração de receitas pela ausência de compensações à desoneração da folha de pagamento. Deysi Cioccari e Cristiano Vilela opinaram.
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NotíciasTranscrição
00:00O governo federal anunciou ontem o aumento do déficit primário.
00:04Aline Becht está por dentro, traz as informações ao vivo pra gente, direto de Brasília.
00:09Oi, Aline.
00:13Olá, tudo bem, Soraya? Exatamente.
00:15Existem duas coisas que aconteceram e que foram divulgadas nesse relatório primário, né?
00:20A primeira delas foi a queda nas receitas, ou seja, uma queda de arrecadação por parte do governo federal.
00:26Houve uma redução de 41 bi nas receitas líquidas em relação ao valor que estava previsto no orçamento de 2025.
00:34E ontem mesmo a equipe econômica e até o ministro Fernando Haddad disse que houve ali uma compensação insuficiente da desoneração da folha de pagamento.
00:44Então, portanto, esse projeto que foi aprovado pelo Congresso Nacional, ele teve uma arrecadação menor do que aquela prevista pelo governo federal inicialmente.
00:53E também a retirada de receitas extraordinárias que estavam previstas anteriormente.
00:59Por outro lado, houve um aumento das despesas obrigatórias, né?
01:04Então, houve um acréscimo de 36 bi, quase 37 bi nessas despesas obrigatórias, incluindo a Previdência Social.
01:12Então, teve uma alta de aposentadorias que somaram 16 bi.
01:16Também créditos extraordinários que foram encaminhados para o Rio Grande do Sul no valor de 7 bi.
01:22E o benefício de prestação continuada, o BPC, no valor de 2,8 bi.
01:27Eu destaco a vocês que esse aumento das despesas obrigatórias, ele tem um limite, ele tem um teto dentro do orçamento.
01:34Esse teto é de 2,5%, ou seja, o governo acabou ficando acima desses 2,5%.
01:41E aí, por isso, foram necessárias medidas de contingenciamento que foram anunciadas ontem pelo ministro Fernando Haddad.
01:48E também existe um outro ponto que são os precatórios.
01:52Esses precatórios, eles estavam fora da meta do governo federal até 2026 em relação ao fiscal, né?
02:00A economia.
02:00Porque havia sido firmado um acordo com o Supremo Tribunal Federal de que essa pauta dos precatórios, elas seriam incluídas no fiscal no ano de 2026.
02:11Mas, nessa estimativa de déficit que foi exposta ontem pelo Ministério da Fazenda,
02:19a equipe já trouxe aí essa estimativa, incluindo os precatórios.
02:24E aí, somaram 97 bilhões em déficit primário nesse relatório bimestral apresentado ontem pela Secretaria Econômica do Ministério da Fazenda.
02:34Se a gente tira o pagamento de precatórios, que no caso os precatórios são dívidas judiciais do Supremo Tribunal Federal,
02:41que o governo federal é obrigado a pagar.
02:44Se a gente tira esse valor dos precatórios de 97 bilhões, a gente tem um déficit que cai para 51 bilhões.
02:53E aí, relembrando a vocês, ontem o governo federal anunciou esse congelamento de 31,3 bi para poder tentar manter ali a média fiscal
03:04e cumprir a responsabilidade fiscal.
03:06Então, foi anunciado um contingenciamento de 20 bi.
03:10E esse contingenciamento, ele é justamente quando essa arrecadação é menor do que aquela prevista
03:16e um bloqueio de 10 bi nos gastos discricionários.
03:20Esse bloqueio de 10 bi foi por conta desse aumento das despesas obrigatórias.
03:25Então, somando esses 20 bi e 10 bi, dá os 31,3 bi.
03:30Destaco a vocês ainda que é uma forma do governo federal de cumprir o orçamento de 2025
03:36e cumprir com essa responsabilidade fiscal também prevista no orçamento de 2025.
03:42Mas o fato é que, junto com o pagamento de precatórios, o governo registra um déficit primário no valor de 97 bilhões de reais.
03:53E aí, a gente segue por aqui acompanhando essas medidas anunciadas.
03:57O ministro Fernando Haddad falou agora há pouco também sobre o recuo em relação ao IOF.
04:01Então, todas são medidas que entram aí nessa tentativa de arrecadação e nessa tentativa de diminuir essas despesas obrigatórias
04:10que vêm crescendo constantemente.
04:13Eu volto com você, Soraya.
04:14Obrigada, Aline, pelas suas informações.
04:17Deixa eu chamar novamente os nossos comentaristas, hoje conosco a Deise Siocari e também o Cristiano Vilela.
04:23Deise, essas informações que a Aline traz, né, tem tudo a ver com o que a gente estava falando,
04:27com o que o Haddad acabou de falar hoje pela manhã e faz a gente pensar.
04:32O arcabouço está sendo cumprido na prática ou o governo está tendo que fazer esses bloqueios técnicos, né, ao passar do tempo?
04:41Não, Soraya, o arcabouço virou um enfeite, né?
04:45O governo finge que obedece ali, mas aí está toda hora revisando a meta, toda hora revisando o arcabouço
04:50ou prometendo que depois vai se cumprir, mas virou um simples enfeite, né?
04:56E aí tem uma coisa que chama muito a atenção, né?
04:58O governo prometeu, pasmem, déficit zero e o rombo agora é de 97 bilhões.
05:05Assim, é uma coisa que simplesmente não faz sentido nenhum, né?
05:09E aí o motivo não é surpresa, né?
05:11Porque esse governo, ele gasta demais e aí voltamos à pauta anterior e planeja de menos.
05:16Não tem nem planejamento, né?
05:18Mas é uma coisa que beira o absurdo, né?
05:19Você prometeu um déficit zero e aí tem um rombo de 97 bi.
05:24Assim, é...
05:25Acho que nem se você inventasse essa história, ela seria plausível, né?
05:29E aí ainda o governo segue com essa história de prometer gastos com investimento social.
05:37Da onde que vai tirar o dinheiro?
05:38Não tem planejamento, não tem metodologia.
05:41Então, o que está ficando claro é que, em primeiro lugar, como a Soraya falou aqui,
05:45arcabou o fiscal não existe mais e é um jogo que acaba minando a confiança,
05:52tanto da sociedade, dos investidores, do mercado, e está mostrando cada vez mais que a economia brasileira,
05:59ela é feita no improviso.
06:03Vilela, a Deise mais cedo falou numa bomba para o futuro governo aqui do Brasil.
06:09E quando a gente observa esse tipo de informação e esse desequilíbrio,
06:13a impressão que dá é essa mesmo.
06:15Ou seja, se está ruim agora, imagine para um futuro governo, não?
06:19Exatamente. Aquela máxima de tiririca, pior que está, não fica, pode ficar sim.
06:26Porque justamente as medidas equivocadas que são praticadas nesse momento,
06:31elas acabam reverberando no momento futuro.
06:34E o próximo governo tudo indica que vai, de fato, pegar uma situação bastante difícil.
06:40Vai pegar um abacaxi difícil de descascar.
06:42E o que se vê ao longo desses dois anos e meio do atual governo,
06:47ele é um certo negacionismo.
06:49Quando a gente vê um cenário como esse, onde um déficit que era para ser zero,
06:54ele ultrapassa um número de 90 bilhões de reais, um número extremamente alto,
07:00nós vemos, por outro lado, o governo anunciando medidas que vão impactar ainda mais no gasto público,
07:07como, por exemplo, SMP, que gera uma série de isenções na taxa de energia elétrica.
07:12É evidente que as políticas sociais devem ser feitas, o gasto social deve ser prestigiado,
07:20mas isso não pode ser feito a qualquer custo, especialmente com o objetivo de um viés eleitoral.
07:25Isso deve ser construído de uma forma racional, cortando despesas do governo.
07:30Mas o que se vê, infelizmente, é um incremento cada vez maior nas despesas
07:35e que, por vezes, a única medida que o governo acaba procurando fazer para se contrapor a isso,
07:41ele vai justamente no sentido da criação de mais impostos,
07:45estrangulando ainda mais a atividade produtiva no Brasil.