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  • 17/05/2025
Milhares de pessoas se manifestaram em mais de 60 cidades alemãs para exigir a proibição do partido Alternativa para a Alemanha (AFD) após o serviço de inteligência local classificá-lo como um grupo extremista de direita. Acompanhe a repercussão do assunto com o editor de Internacional, Fabrizio Neitzke.

Assista à íntegra em:
https://youtu.be/4ow_lrbO1Z0

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Transcrição
00:00Milhares de pessoas se manifestaram em mais de 60 cidades da Alemanha
00:04para exigir a proibição do Partido Alternativa para a Alemanha, a AFD,
00:09após o Serviço de Inteligência Local classificá-lo como um grupo extremista de direita.
00:14Grieco Holtz.
00:16Em Berlim, a manifestação ocorreu no portão de Brandenburgo,
00:20reunindo mais de 7 mil pessoas segundo os organizadores e 3 mil segundo a polícia.
00:25Com bandeiras de arco-íris e cartazes, a multidão entoava.
00:29Todos juntos contra o fascismo.
00:31As manifestações foram colocadas pelo coletivo Juntos contra a Direita,
00:36que afirmou em comunicado que a AFD não é um partido normal e não deve ser tratada como tal.
00:42Agora é hora de considerar seriamente sua proibição.
00:45A crescente pressão social ocorre no momento de transição política no país.
00:50Poucos dias antes da posse do novo chefe de governo, Friedrich Merz,
00:54líder de uma colisão entre conservadores e social-democratas,
00:58o Serviço de Inteligência Interna, BFV, classificou a AFD como uma ameaça à ordem democrática.
01:05A classificação foi suspensa temporariamente, enquanto a justiça avalia um recurso do partido.
01:11A AFD obteve 20% dos votos nas últimas eleições legislativas
01:15e se tornou a principal força de oposição no parlamento.
01:19Em paralelo às manifestações, as autoridades alemãs anunciaram a dissolução do grupo extremista Reino da Alemanha,
01:27acusado de minar a ordem democrática.
01:30A operação, conduzida pelo Ministério do Interior, aconteceu em sete regiões do país,
01:35levou à detenção de quatro pessoas, incluindo três fundadores da organização.
01:39Segundo o governo, o grupo de quase seis mil integrantes criou estruturas paralelas ao Estado,
01:45incluindo moeda própria, sistema bancário e emissão de documentos fictícios.
01:50O ministro do Interior afirmou que o grupo nega a existência da República Federal da Alemanha,
01:55adere a teorias da conspiração, inclusive antissemitas,
01:59e construiu uma rede econômica criminosa, sob vigilância há anos.
02:03A associação é parte do movimento conspiracionista conhecido como Cidadãos do Reich,
02:09cujos membros estimados em 23 mil rejeitam a legitimidade da Alemanha moderna
02:14e defendem o retorno à monarquia pré-Primeira Guerra Mundial.
02:19O novo governo alemão, sob liderança de Friedrich Merz,
02:22enfrenta o desafio de conter o avanço da extrema-direita
02:25e reafirmar os valores democráticos em um cenário político cada vez mais polarizado.

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