Haddad aparece empatado com Eduardo Bolsonaro para vaga no Senado, segundo pesquisa

Jovem Pan - 3 em 1

16/05/2025

Uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas mostra Fernando Haddad (PT) tecnicamente empatado com Eduardo Bolsonaro (PL) na disputa pelo Senado em São Paulo. Com diferença de apenas 4 pontos percentuais, o cenário gera preocupação no entorno de Eduardo, e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro avaliam que o momento é instável e exige cautela.

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00:00E ainda sobre essas movimentações eleitorais e de que maneira que situação e oposição vão mexendo as peças,

00:05teve uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas que mostrou que Fernando Haddad está tecnicamente empatado com Eduardo Bolsonaro

00:11na disputa pelo Senado aqui em São Paulo.

00:13E isso, claro, vai gerando preocupação e planejamentos.

00:17Vamos entender quais são os motivos dessa preocupação dos bolsonaristas. Fala, Nelly.

00:22Pois é, Evandro, essa pesquisa Paraná Pesquisas que você citou aponta uma diferença de apenas 4 pontos percentuais

00:32entre Eduardo Bolsonaro e também o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo Senado.

00:39E é uma disputa que acaba colocando, então, em atenção os chamados partidos bolsonaristas ou à direita do Brasil

00:48porque esse grupo político já considerava como certa a vitória de Eduardo Bolsonaro

00:55com certa tranquilidade na disputa pelo Senado em São Paulo no ano de 2026, no ano que vem.

01:01A gente relembra também que são duas vagas no ano que vem que vão ser disputadas para o Senado

01:07e existia a expectativa de que essa segunda vaga ficasse com o Guilherme Derritte,

01:12atualmente secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

01:16Por conta do crescimento de Haddad nessas intenções de votos reveladas, então, pelo Instituto Paraná Pesquisas,

01:24fica a pergunta agora entre os apoiadores do ex-presidente Bolsonaro.

01:29Será que vai ser possível eleger Eduardo Bolsonaro e também Guilherme Derritte para essas duas cadeiras?

01:36Eles estiveram, inclusive, em Nova Iorque nos últimos dias, demonstraram essa possibilidade de uma dobradinha,

01:43um acabar ajudando o outro na campanha eleitoral, mas, por conta do crescimento de Haddad,

01:49pode ser, então, que exista dificuldade em relação a essa dobradinha para que ela seja viabilizada, viu, Evandro?

01:57Obrigado pelas informações, André Anelli. Bom trabalho para você.

02:00Zé Maria Trindade, você entende que essa possibilidade do Haddad concorrer ao Senado

02:06é uma preocupação grande para os bolsonaristas por causa dessas vagas aí para a Casa Alta?

02:10Há uma grande articulação do PL em fazer uma bancada forte no Senado, né?

02:18Me disseram, aliados lá e que fazem a estratégia, a possibilidade de ficar com mais de 40,

02:25o teto ali seria 40 dos 81 senadores.

02:29Esses 40, juntando os que já estão, né, que vão continuar, um terço continua,

02:36e dois terços é que serão eleitos, né?

02:38E aí, todos os estados estão sendo mapeados.

02:42Haverá um candidato identificado ao máximo com o ex-presidente Jair Bolsonaro

02:47e outro candidato de direita com apoio do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro,

02:53mas que não será a cara do ex-presidente Jair Bolsonaro.

02:57Esta é a estratégia do PL, ou seja, dominar o Senado.

03:01Quem dominar o Congresso vai dominar o próximo presidente da República, qualquer que seja ele.

03:08E, diante desta estratégia, provocou no lado governista uma reação muito forte também.

03:15E aí, eles estão dizendo, me disserá, mas eles não combinaram com os eleitores.

03:20Então, é o argumento.

03:21Então, isso iniciou, no lado governista, uma estratégia que é de abrir também.

03:28Ou seja, apresentar um candidato do PT ligado ao ex-presidente Lula, né?

03:34E outro que poderia ser um acordo, até de centro e tal, mas que não ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

03:42Então, essas são as duas estratégias, né?

03:45O ex-presidente Jair Bolsonaro me disse o seguinte,

03:50que ele, há muito tempo, ele queria fazer uma bacada muito forte no Congresso Nacional.

03:55e que ele não se esforçou tanto como deveria para fazer um Senado forte.

04:02Então, agora, há toda uma atenção.

04:05O cálculo é pelo menos um senador por Estado ligado a Bolsonaro.

04:11E, em alguns, como, por exemplo, Brasília,

04:14eles estão contando com a possibilidade de dois, de dois senadores.

04:17Minas, um.

04:18Me mostraram as contas lá, de todo o histórico, lá do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro,

04:23e que eles têm sempre ali 26% dos votos,

04:26e que 19% a 20% dos votos já garante um senador.

04:30Então, essa é a conta, essa é a estratégia.

04:33Quem vai responder isso é a urna, né?

04:37Piperno, como é que você avalia o nome de Fernando Haddad ao Senado aqui em São Paulo?

04:42Ah, ele foi ao segundo turno na última eleição para governador.

04:45É, naturalmente, um nome forte.

04:46Eu até citei essa pesquisa aqui outro dia, porque há uma outra simulação

04:50em que eles trocam o Haddad pelo Alckmin,

04:53e o Alckmin ainda está mais próximo ainda do Eduardo Bolsonaro.

04:57Então, é assim, o Eduardo Bolsonaro com, acho que, 35, 36,

05:02o Haddad e o Alckmin um pouco acima de 30,

05:05o Derritte entre 20 e 22,

05:07e o Salles em torno de 10.

05:09Foram os quatro nomes mais citados,

05:12e depois a Mara Gabrilli pertinho do Salles.

05:15Olha, eu acho que está muito cedo.

05:19As eleições para o Senado, de alguma forma,

05:23elas têm sido as mais surpreendentes de todas.

05:26Você vê, por exemplo, na última eleição,

05:28ninguém imaginava que o astronauta fosse ter aquela arrancada no final.

05:33E isso acontece.

05:34E aí volta o que eu te falei, Bolsonaro que elegeu o astronauta.

05:38O astronauta não seria ninguém sem o Bolsonaro.

05:41É verdade, até porque aí também contou muito a votação do governador Tarcísico,

05:49que passou todo o período de pesquisas,

05:53até uma semana, dez dias antes,

05:55brigando pelo segundo lugar,

05:57e de repente ele terminou em primeiro,

05:59já no primeiro turno.

06:01Então, assim, por exemplo, lá no Ceará,

06:04o senador Girão dificilmente vai renovar o mandato dele.

06:07De qualquer forma, está muito cedo ainda.

06:11Para você, hein, Gani?

06:12Não, o ministro Fernando Haddad é um nome muito forte.

06:15Por quê?

06:16Porque você tem um eleitorado de esquerda,

06:18e os votos desse eleitor de esquerda

06:20iriam para o ministro Fernando Haddad,

06:22canalizaria para o ministro Fernando Haddad.

06:24Veja, ele é um candidato competitivo.

06:27Vamos lembrar que ele ficou em segundo,

06:29foi ao segundo turno na eleição com Jair Bolsonaro em 2018,

06:34também foi ao segundo turno na eleição para governador,

06:38bem lembrado aqui pelo Piperno.

06:41Então, essa eleição para o Senado tem muito nome forte,

06:46tem muito nome competitivo, né?

06:47Então, entraria aí, vamos supor, né, todo mundo aí,

06:51o Derrite, você tem o Eduardo Bolsonaro,

06:54você tem o Haddad, o próprio Salles e o Alckmin,

06:59se entrar todo mundo em campo aí,

07:01é uma eleição que não pega para capar.

07:04Segret?

07:05Não acho que o Alckmin vai ser candidato,

07:07se o Haddad é candidato.

07:09Porque algum vai perder, então não me parece.

07:12É, teria que ser uma estratégia aí montada, né?

07:14Se as pesquisas estão andando bem,

07:16provavelmente o Haddad seja um candidato,

07:18até porque o Alckmin não sei se ele vai topar ser senador.

07:21E outra, se for senador o Alckmin,

07:24não vai ser senador do PT.

07:26E o PT precisa senadores próprios,

07:29como pessoas que tenham o DNA dentro deles,

07:33defendendo o partido.

07:34E se for, tomara o Haddad e ganhe,

07:36porque já perdeu na presidência,

07:38perdeu na governação,

07:39tem que ter alguma que ele possa ganhar, né?

07:43Língua de chicote, hein?

07:46Eita!

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