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  • 13/05/2025
No JP Ponto Final deste fim de semana, o deputado federal Ricardo Ayres analisou o limite das emendas parlamentares e falou sobre a harmonia entre os Três Poderes.

Assista ao programa completo: https://youtu.be/y0zYzpYkKhc

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Transcrição
00:00...comunidade melhor, né?
00:01Pois é, a Praça dos Três Poderes é feita ali do equilíbrio.
00:05A Constituição fala desta convivência harmônica,
00:09mas a harmonia não significa submissão,
00:13ou seja, os poderes têm lá as suas prerrogativas, é assim.
00:16O senhor tem uma proposta que é muito discutida e interessante,
00:21não conseguiu, através de uma emenda à Constituição,
00:24que é redefinir o Supremo Tribunal Federal.
00:27Na verdade, existe um desvirtuamento de toda a República
00:32e isso também alcança o Supremo Tribunal Federal.
00:36Hoje nós temos o Poder Executivo, que através da medida provisória
00:39tomou para si as atribuições do Poder Legislativo.
00:43O próprio Poder Legislativo também, de maneira desmedida,
00:46a gente precisa se reconhecer, ampliou a sua atuação,
00:50inclusive realizando atribuições do Poder Executivo
00:53através das emendas parlamentares.
00:55E a gente precisa encontrar um limite para isso tudo.
00:58E com muito mais razão em relação ao Supremo Tribunal Federal.
01:02O Supremo Tribunal Federal dá a última palavra
01:05em tudo aquilo que diz respeito à nossa República.
01:08E a gente precisa mudar toda essa dinâmica,
01:10inclusive da sua composição,
01:13conferindo mandatos transitórios
01:15para que a gente possa sempre oxigená-lo.
01:18Não pode, por exemplo, o Presidente da República
01:20tomar para si a indicação de todos os ministros.
01:22A gente precisava, e essa é a minha proposta,
01:25ouvir a OAB, o próprio Ministério Público, a Câmara, o Senado.
01:29Como é o Tribunal de Contas da União, né, hoje?
01:31Num formato como, por exemplo, o Tribunal de Contas da União.
01:35Então eu acho que é importante...
01:36A Câmara indica, o Senado, o Executivo, né?
01:40Exatamente.
01:40É importante revisitar o Supremo Tribunal Federal
01:43sem tirar dele a força que ele precisa ter
01:49para garantir a sua atuação,
01:52mas a gente precisa tornar ele mais plural,
01:55mais transparente.
01:56Eu acho que essa é uma reclamação do conjunto da sociedade.
01:59Eu só toco num ponto aí da medida provisória.
02:02É uma origem de um Brasil que seria parlamentarista.
02:06Eu me lembro que esse debate veio da Constituição Italiana,
02:10a medida provisória.
02:11Na época, o então presidente Sarney disse
02:13que sem um instrumento assim ficaria ingovernável.
02:17Ele se referia ao que existia antes,
02:19que era o decreto de lei, o famoso decreto de lei.
02:23E aí ele disse que sem um instrumento,
02:25então, criaram a medida provisória.
02:27Tinha uma ideia de que o Brasil seria parlamentarista,
02:30mas depois o referendo popular não aceitou o parlamentarismo.
02:36O Brasil ficou presidencialista com um monte de penduricalhos,
02:39os parlamentaristas, inclusive, a medida provisória.
02:43Mas hoje a medida provisória está bem contida.
02:46Dificilmente um governo como hoje do presidente Lula
02:50aprovaria uma medida provisória que o Congresso não aceitasse.
02:55Na realidade, o próprio Supremo e o Poder Judiciário,
02:58de uma maneira geral, restringiu o uso dessas medidas provisórias,
03:03cobrando que haja sempre relevância e urgência,
03:06de maneira que não são mais usadas como anteriormente.
03:11Até porque, para além do Supremo Tribunal Federal,
03:14para além da Câmara Federal, do Poder Legislativo,
03:17hoje a população vem acompanhando com muito mais presença
03:22todo o desenrolar da política pública,
03:25em especial aquilo que diz respeito ao Poder Executivo.
03:29Hoje nós temos, e aqui é importante fazer essa crítica,
03:32nós temos hoje um Poder Legislativo muito empoderado,
03:36grande parte do orçamento executado através das emendas.
03:4050 bilhões.
03:41Então nós temos o bônus de poder estabelecer uma política pública
03:47que chegue aos municípios, isso é muito importante,
03:50é importante considerar isso,
03:51mas nós não temos também um ônus da boa governança.
03:55De maneira que eu vejo hoje bastante promissor
03:58o debate que se faz, inclusive do parlamentarismo,
04:02como forma do Poder Legislativo ter o ônus,
04:06ter o bônus, mas também ter o ônus da gestão
04:09com a presença de um primeiro-ministro
04:13que possa fazer esse trabalho de elaboração
04:16em conjunto com os ministros de Estado das políticas públicas.
04:20É interessante, deputado, que o senhor mostra um equilíbrio,
04:24o senhor faz críticas a posicionamentos
04:26do Supremo Tribunal Federal que invade e ultrapassa barreiras,
04:31mas também do próprio Congresso.
04:33Quer dizer, o Congresso com essas emendas impositivas
04:35se transforma em executor.
04:37Se existisse um só motivo para a existência do Congresso,
04:41seria aprovar o orçamento e fiscalizar.
04:44Não para executar.
04:45Ninguém pode, ao mesmo tempo, executar e se fiscalizar.
04:50É uma armadilha.
04:51Exatamente.
04:52E veja algumas inconsistências.
04:54As emendas de bancada, por exemplo,
04:57elas se voltam para o atendimento
04:59de projetos estruturantes dos Estados.
05:01Hoje, esses valores correspondentes às emendas de bancada
05:07são divididos em projetos menores.
05:10Está certo que você atende ali um ou outro município
05:12com uma demanda local relevante,
05:15mas isso se distancia daquilo que marcou a sua criação,
05:20que é o atendimento de projetos prioritários
05:22para fazer a economia de determinada localidade crescer,
05:26como a construção de uma ponte,
05:28como um instrumento importante de transporte logística daquela região.
05:33Então, assim, nós precisamos rediscutir esse pacto federativo também
05:37para colocar em debate aquilo que cabe ao município, ao Estado e à União.
05:43Não adianta também a União arrecadar do jeito que arrecada,
05:47entregando para o Estado e município,
05:49que não tem recurso para isso as políticas que são de suas atribuições,
05:53como não adianta também a gente hoje experimentar
05:57o que a gente vem enxergando,
05:59que é essa guerra institucional
06:01que faz com que, por exemplo, a gente não avance.
06:04Nós estamos agora faltando 60 dias para o recesso legislativo
06:07e a gente ainda não conseguiu avançar na Câmara dos Deputados
06:10com temas que interessam à nossa população.
06:13Parte disso em função dessa guerra institucional
06:16e desse debate ideológico
06:18que, infelizmente, não vem deixando a política e a boa política se desenvolver.
06:24É interessante que isso que o deputado falou é muito importante
06:28porque, realmente, há uma pulverização.
06:31Atende ali o calçamento de uma rua no município
06:34e o deputado pega cerca de 40 milhões de reais para cada deputado
06:38e ele distribui um pouquinho para um, um pouquinho para outro e tal,
06:42cada um com seu objetivo.
06:44São três tipos de objetivos claros no Congresso.
06:48Um é ganhar voto, o outro é altruísta que quer desenvolver regiões
06:52e olha para roubar.
06:53Existem deputados lá que querem emendas para isso.
06:55E esse dinheiro é pulverizado.
06:57Ou seja, não atende a uma grande obra de infraestrutura, que é o gasto bom, né?
07:03Que é uma estrutura que possa fazer o município, o Estado e a União se desenvolver.
07:09Eu, inclusive, quando fomos discutir a Lei DO, sugeri que a gente pudesse colocar uma trava
07:15de pelo menos 30% desses recursos para projetos estratégicos que pudessem ser orientados
07:21pelo próprio Poder Executivo.
07:23Nós temos lá no Estado Tocantins, por exemplo, a BR-010, a BR-235, rodovias importantíssimas.
07:29E um deputado não consegue.
07:31E um deputado sozinho não consegue, dado a necessidade de um volume maior de recursos.
07:36De maneira que se a gente colocasse uma trava...
07:38Que é uma obra estruturante, que visa futuro.
07:40É uma obra de futuro, que vai a longo prazo garantir o desenvolvimento de toda uma região
07:46e fazendo, inclusive, com que haja um aumento da arrecadação de recursos do próprio Estado
07:52através da atividade econômica que vai gerar a partir da sua construção.
07:57E a minha ideia era criar ali na LDO uma trava de 30%
08:01para conter essa distribuição aleatória de recursos
08:06para que a gente pudesse alcançar esses projetos estruturantes.
08:10Então, assim, o Congresso hoje vem debatendo temas importantes.
08:13A gente tem uma agenda na pauta absolutamente relevante.
08:17A PEC da Segurança Pública está aí com as inovações que são propostas.
08:22Eu acho bastante importante essas inovações, porque traz a União
08:25para o papel de coordenar as Forças de Segurança Pública.
08:28Nós temos a mudança da faixa de isenção do imposto de renda.
08:33Nós vamos colocar ali 140 mil brasileiros de alta renda
08:36para bancar a isenção que vai alcançar 10 milhões de brasileiros.
08:41Nós temos debates importantes que precisam acontecer.
08:47Mas, infelizmente, hoje, essa controvérsia ideológica que é própria da política
08:53tem contaminado e não tem deixado a gente avançar nesse sentido.

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