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  • 12/05/2025
O ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, afirmou que os aposentados dificilmente irão receber salários mensais futuramente, devido ao desequilíbrio no mercado de trabalho e nas contas públicas. Segundo ele, não há mais pessoas trabalhando de forma adequada para sustentar os pagamentos, já que grande parte da população recebe algum tipo de auxílio do governo, como bolsas e benefícios. Nardes também criticou o Palácio do Planalto, dizendo que a atual política de transferência de renda faz com que o Estado “dê o peixe, em vez de ensinar a pescar”. A declaração foi feita um dia antes da megaoperação conduzida pela Polícia Federal, em 23 de abril de 2025, que mirou desvios nos benefícios previdenciários.

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Transcrição
00:00Quando se fala em aposentadoria, há muita coisa para a gente também debater, analisar.
00:06E aí tem uma manifestação de uma autoridade que a gente precisa refletir,
00:11porque tem a ver com a nossa sociedade, mas também de que forma isso impactará
00:16com os próximos que irão se aposentar, as próximas gerações.
00:22O ministro do TCU, Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes,
00:26ele afirmou que os aposentados dificilmente irão receber salários mensais futuramente,
00:32em razão do desequilíbrio no mercado de trabalho e nas contas públicas.
00:37Segundo ele, não tem mais gente trabalhando de forma adequada para pagar os aposentados,
00:44pois muita gente, segundo ele, recebe algum tipo de auxílio do governo, uma bolsa ou algo do gênero.
00:50O magistrado ainda criticou o Planalto, afirmando que a atual política de transferência de renda no país
00:57faz com que o Estado dê o peixe aos brasileiros, ao invés de ensiná-los a pescar.
01:03A fala de Augusto Nardes foi registrada no dia anterior da mega-operação conduzida pela Polícia Federal
01:09no dia 23 de abril deste ano, que mirou justamente os desvios nos benefícios.
01:15Vamos começar essa com o Cristiano Beraldo.
01:18Beraldo, o sincericídio de Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União,
01:26para ele tem muita gente ganhando algum tipo de benefício social,
01:31isso fatalmente vai impactar nas aposentadorias futuras,
01:37e isso não é ficção, não é, Cristiano Beraldo?
01:39Muitos estudiosos, matemáticos e analistas projetam esse cenário.
01:45Pois é, isso tem a ver com o modelo de aposentadoria,
01:51de financiamento das aposentadorias que nós temos no Brasil.
01:56A gente precisa lembrar que a reforma da Previdência aprovada no governo Bolsonaro,
02:02início do governo Bolsonaro, uma proposta que foi colocada por iniciativa da Câmara dos Deputados,
02:08inicialmente sofreu resistência do próprio governo, depois foi aprovada,
02:12mas ela não resolve o problema da aposentadoria, porque é o velho modelo que prevê
02:18que novas pessoas arrecadarão o suficiente para pagar o benefício daqueles que já estão aposentados.
02:27Quando, na verdade, esse processo é insustentável, você tem um aumento da população em geral,
02:37só que no Brasil, especialmente, você tem o governo estimulando as pessoas a optarem pela vida na informalidade.
02:48Então, elas recebem o benefício social do governo e complementam essa renda com algum tipo de bico,
02:56com algum tipo de atividade eventual e não registrada.
03:00Com isso, há um esvaziamento do fluxo de entrada de recursos no processo da Previdência brasileira.
03:08Você consegue resolver este problema se você mudar a lógica do sistema
03:15para que as pessoas tenham na aposentadoria o resultado daquilo que elas próprias
03:21acumularam ao longo da sua vida de atividade profissional,
03:26o modelo da Previdência privada.
03:31Só que você, além do impacto dessa ineficiência, dessa falta de vontade de trabalhar
03:38que o governo estimula nos brasileiros, você ainda tem um mundo em transformação, Caniato.
03:45Esse modelo de Previdência que temos hoje é completamente inadequado
03:51para o mundo que está se transformando agora.
03:54Agora, se olharmos para outros países, se observarmos os impactos
04:00que a tecnologia, a inteligência artificial e tantas outras derivações
04:06dessas criações mais recentes terão no ambiente de trabalho,
04:11a gente vai ver que as pessoas, sobretudo os brasileiros,
04:15não estão preparados para um mundo onde terá diferença aquele que tem condição de pensar,
04:22que tem produtividade bastante acirrada e competitiva em relação a outros países.
04:30Tudo o que o Brasil não está fazendo com a sua população hoje.
04:33Portanto, o brasileiro terá uma legião crescente de pessoas,
04:39e desculpem a franqueza da expressão,
04:41mas de pessoas inúteis para o mundo que está se desenhando.
04:45Ou nós resolvemos isso a partir de uma redefinição da nossa estratégia para o futuro,
04:52aliás, redefinição até uma bondade da minha parte,
04:55porque o Brasil hoje não tem absolutamente nenhuma estratégia para o futuro,
04:58então precisamos cuidar para que o país tenha uma estratégia
05:02para daqui a 20, 30, 40, 50 anos.
05:04Ou então esqueça, Caniato, realmente nós vamos produzir para pagar a conta de quem não produz,
05:13e o Brasil vai se inviabilizar cada vez mais dessa forma.
05:17A crítica e a análise feita por Augusto Nardes,
05:21ministro do Tribunal de Contas da União,
05:24dizendo que possivelmente em breve aposentados não conseguirão mais receber os seus benefícios.
05:31Segundo ele, Dávila, tem muita gente ganhando benefício social,
05:35ou seja, essas pessoas não trabalham, não estão na formalidade,
05:39não produzem para o país, e aí a conta não fecharia.
05:45Os recursos que entram não poderão pagar as pessoas que se aposentarão muito em breve.
05:53Esse é um desafio não só para o Brasil,
05:55para outras nações também, em razão da dinâmica da nossa economia,
05:58mas aqui a situação é mais grave, né, Dávila?
06:03Ah, muito mais grave, né, Caniato?
06:05Porque o que acontece, o que nós temos em comum com o resto do mundo
06:09é a mudança da demografia, ou seja, o rápido envelhecimento da população
06:13perante ao número de jovens trabalhadores ingressando no mercado,
06:17que esse é o problema.
06:17Mas no Brasil, nós temos quase metade da mão de obra na informalidade,
06:23e o problema da informalidade é que não existe contribuição para a Previdência,
06:28aí quando eles se aposentam, eles passam a ter o benefício sem ter contribuído.
06:32Então o Brasil tem dois problemas.
06:34Hoje, não podemos esquecer que apenas 39 milhões de brasileiros têm carteira assinada,
06:40o resto está tudo na informalidade, ONU, PJ,
06:43Então essa história do trabalho informal sem contribuir aumenta drasticamente o rumo da Previdência.
06:51Mas a questão da demografia é essa sim uma questão grave
06:53que nós temos em comum com o restante do mundo.
06:56E aqui eu vou dar alguns números.
06:59De novo, eu gosto sempre de me inspirar no professor José Pastor,
07:01que é um assíduo ouvinte do nosso programa aqui.
07:05Ele diz o seguinte, que em 1980, cerca de 40% da população brasileira, Caniato,
07:13eram de crianças até 14 anos, 40%.
07:17Em 2022, essa proporção caiu para 20%.
07:22Então imagina só, caiu pela metade.
07:25Aí o que aconteceu com o número de idosos?
07:27Olha só, gente, o que aconteceu.
07:29Em 2010, nós tínhamos 31 idosos para cada 100 crianças.
07:36Hoje, são 55 idosos.
07:39É quase o dobro.
07:41Foi o maior crescimento de idosos desde 1940.
07:45Então veja só a pressão da demografia,
07:48além desse impacto da informalidade.
07:51E aí o que acontece?
07:52Olha só para o regime de Previdência que acontece.
07:55O nosso regime geral de Previdência Social,
07:57hoje tem 38 milhões de beneficiários.
08:00E tem um déficit, hoje, tem um déficit de 270 bilhões de reais.
08:08Aí nós temos uma outra coisa.
08:11Servidor público, militar, que tem seus regimes próprios de aposentadoria.
08:16E aí tem mais um rombo de 100 bilhões de reais.
08:19Então nós temos um rombo de 370 bilhões,
08:23se somar regimes próprios, com o regime geral da Previdência Social.
08:27E aí o Beral tocou num ponto super importante.
08:31Uma das coisas urgentes em se fazer uma nova reforma da Previdência
08:36é mudar do sistema de contribuição para capitalização.
08:40Precisa ter para capitalização.
08:42Você precisa começar a fazer a sua aposentadoria
08:45desde o primeiro dia que você começa a trabalhar.
08:47Porque se você hoje for depender dos mais jovens
08:50para financiar os mais velhos, a conta não fecha.
08:53E o ministro Nartes está corretíssimo.
08:55Ele está se embasando na questão demográfica do Brasil.
09:00E se acrescentarmos o peso dos não contribuintes,
09:05que são trabalhadores rurais e a economia informal,
09:09esse sistema já implodiu há tempo.
09:12Então a reforma da Previdência é urgente.
09:16E a reforma feita pelo governo Bolsonaro,
09:19os efeitos esperados já foram erradicados, caneados,
09:24por causa desse aumento real do salário mínimo
09:29que acaba impactando todos os benefícios sociais.
09:32Já engoliu tudo.
09:33Era para durar 10, 15 anos, acabou.
09:36Veja o absurdo impacto que isso tem nas contas públicas.
09:40Então, temos sim um grande desafio pela frente
09:44para enfrentar a questão da Previdência Social.
09:47Caso contrário, a turma que está contribuindo hoje,
09:50os jovens que estão contribuindo hoje,
09:51no dia que se aposentarem, não terão dinheiro para se aposentar.
09:56Estamos repercutindo uma fala, uma análise,
10:00uma reflexão do ministro do Tribunal de Contas da União,
10:03Augusto Nardes.
10:04Vou passar para você, Mota,
10:06mas só para as pessoas que acabaram de chegar,
10:08eu vou destacar exatamente qual foi essa fala,
10:11essa análise do ministro Augusto Nardes,
10:14abrindo aspas para ele.
10:15Os aposentados dificilmente irão receber salários no futuro,
10:19porque não tem mais gente trabalhando de forma adequada
10:22para pagar os aposentados.
10:24Todo mundo recebe um tipo de auxílio,
10:26uma bolsa, isso ou aquilo.
10:27Então, nós devemos ensinar a pescar.
10:31Nós estamos dando um peixe para todo mundo.
10:34Fecho aspas.
10:35Essa foi a análise e a fala do ministro Augusto Nardes.
10:39Mota.
10:39Acho que seu microfone está fechado, só verifica.
10:45Como eu disse no meu comentário anterior,
10:49existem pessoas competentes, inteligentes,
10:52bem-intencionadas e com bom senso no Estado.
10:55Aqui está uma delas.
10:56O ministro tem razão.
10:59O que acontece é que na maioria das democracias ocidentais
11:04foi construído um castelo de cartas,
11:07o chamado Estado de Bem-Estar Social,
11:11que funciona como um esquema de pirâmide.
11:14É preciso um número cada vez maior de novos contribuintes
11:18para pagar os benefícios de quem depende do Estado.
11:23Durante um tempo isso funcionou,
11:24porque as populações só aumentavam.
11:27Mas o mundo está mudando.
11:30A taxa de natalidade de quase todos os países ocidentais,
11:34incluindo o Brasil, está diminuindo.
11:37Ela está abaixo da taxa necessária
11:40para pelo menos manter a população estabilizada.
11:44A população da maioria dos países,
11:46inclusive o Brasil, está diminuindo
11:48ou vai começar a diminuir muito em breve.
11:51Então haverá um número cada vez menor
11:55de pessoas trabalhando
11:57para sustentar um número cada vez maior de aposentados.
12:02É uma conta que não fecha de jeito nenhum.
12:05Agora, Beraldo, tem uma crítica barra questionamento
12:10de uma pessoa que acompanha o nosso programa aqui pelas redes sociais,
12:15dizendo, bom, se os aposentados não conseguem
12:17identificar um desconto no contra-cheque,
12:19como eles iriam administrar uma aposentadoria
12:23por fora da Previdência?
12:25Será que teriam condições de, ao longo da vida,
12:30pegar uma parte, colocar em um fundo de investimento
12:34ou verificar uma Previdência privada?
12:39Há uma questão que a gente acaba tendo de colocar o dedo na ferida,
12:44que é a educação financeira.
12:45O brasileiro está preparado para administrar o que ganha ao longo da vida
12:51justamente para ter uma velhice um pouco mais confortável
12:55ou com certa segurança?
12:58Esse é um desafio também, né, Beraldo?
13:02É, vamos lá, Caniato.
13:03A gente precisa observar os aspectos práticos da vida real.
13:08Primeiro, é preciso que os brasileiros tenham educação financeira
13:15desde o início da sua vida escolar,
13:18para que quando eles saiam da escola,
13:20eles compreendam o que é juros,
13:24como calcular o custo efetivo das coisas que eles estão adquirindo,
13:28para que eles possam perceber o quanto são roubados
13:33por esse sistema de juros altos que existe no Brasil.
13:37E aí não me refiro apenas aos juros da taxa Selic,
13:41mas, sobretudo, aos juros extorsivos que instituições financeiras
13:46cobram dos consumidores.
13:48As pessoas precisam perceber que cabe a elas
13:55serem responsáveis pelo seu futuro
13:58e que o Estado brasileiro tratou o brasileiro,
14:04a população brasileira até o dia de hoje
14:06como se fôssemos uma legião de incapazes,
14:11incapazes de cuidarmos de nós próprios.
14:15Nós precisamos entregar a nossa vida ao Estado
14:18e colocar na mão do Estado a responsabilidade
14:22de gerir aquilo que nós teremos na velhice.
14:26Veja se faz algum sentido isso.
14:29As pessoas passam a vida inteira apontando o dedo para o governo,
14:33dizendo que o governo é incompetente,
14:35dizendo que o governo é corrupto,
14:37dizendo que o governo não consegue gerir de forma eficiente as contas públicas,
14:41mas aí, por um passe de mágicas,
14:43a gente acha que o governo é a melhor entidade
14:47para cuidar daquilo que teremos na velhice
14:50na época em que estivermos aposentados.
14:53Por isso, eu deixo aqui uma recomendação a todos,
14:57sobretudo àqueles que estão iniciando a sua vida profissional.
15:03Dê uma banana para o INSS.
15:06Não viva a sua vida na expectativa de que a sua aposentadoria do INSS
15:13é que vai resolver algum tipo de problema que você terá na velhice.
15:17Você trabalhe para garantir, a partir da sua atividade,
15:22do seu poder de poupança,
15:24da sua consciência financeira e capacidade de fazer investimentos seguros.
15:29Isso não é cair no papo de charlatão,
15:32nem daquela turma que fica te ligando
15:35para te dar um bizu de investimento em ações, não.
15:39Fazer investimentos seguros de longo prazo
15:42para que você consiga ter uma reserva financeira
15:47que te garanta para o futuro.
15:49Você tem que ser responsável pelo seu futuro.
15:53Pare de terceirizar as suas responsabilidades,
15:56e aí sim você estará desafiado a ser cada dia melhor,
16:01a ser cada dia mais produtivo,
16:04a dar uma banana para quem fica falando dessa balela
16:07de acabar com seis por um,
16:10de que não pode trabalhar seis dias por semana.
16:13Você vai querer trabalhar sete dias por semana
16:15porque você é responsável por si e pela sua família.
16:19Não haverá essa desculpa de que o governo tem que responder por você.
16:24É assim que teremos um país mais produtivo, Caniato.
16:28Se a gente não mudar essa estrutura de pensamento,
16:31realmente ficaremos cada vez mais para trás
16:34e as pessoas cada vez mais miseráveis
16:37na idade que elas mais precisarão, que é na velhice.
16:41Pois é, esse é um ponto muito importante,
16:44um tema fundamental para a gente discutir aqui,
16:47sempre na pauta do programa.
16:49Então, vamos lá.

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