- 12/05/2025
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00:00Eu quero te levar pra São Paulo.
00:09São Paulo?
00:10É, São Paulo. Por que não?
00:12Afinal de contas, eu tenho um apartamento enorme, maravilhoso, muito legal.
00:16Eu tenho certeza que você vai adorar.
00:18E depois, meu filho, gostaria que você saísse um pouco daqui, sabe?
00:22Arejasse um pouco a cabeça.
00:24Sabe? Conhecesse coisas novas.
00:26E depois, lá em São Paulo, você vai poder encontrar aquela sua namoradinha que você ama tanto, sem o seu pai encher o saco.
00:36Eu prometi a Agatha que eu ia fazer uma visita.
00:39Não é uma ideia, não.
00:43Opa! Alguém falou em visitinha.
00:45Meu Deus do céu, o que é isso?
00:47Os montantes que levaram a Clara. Muito perigosos. Os três.
00:51Dessa vez, a gente vai levar você também, Eugeninha.
00:54Ah, não! O meu filho vocês não vão levar.
00:59Ninguém toca no meu filho!
01:02Meu Deus do céu!
01:04Aí, não falei que ele tava sozinho, sem proteção aqui?
01:07E dessa vez, você não vai pegar arma nenhuma, Eugeninha.
01:11Eu tava procurando a sua irmãzinha fugitiva e...
01:14...pre senti que você tava aqui, te protegido.
01:17Agora vamos levar você, Eugeninha.
01:19Não! Não, meu filho, não!
01:21Não!
01:24O que é que tá acontecendo?
01:38É dinheiro que vocês querem.
01:41Dinheiro?
01:42Que dinheiro, rapazes? A gente quer tua alma.
01:44Vamos te mandar pro inferno.
01:45Não vai caçar vampiro, mutante, nunca mais.
01:48Chegou tua hora.
01:49Que dinheiro?
01:58O que é o que é que você quer dizer?
01:58Não vai Bor�antilo, né?
02:00Não vai?
02:00Tá.
02:15O que é que é isso que você quer dizer?
02:15Vá, da verba. Sujo é a polícia. Vá!
02:45Vá, da verba.
02:47Vá, da verba.
02:48Mãe de céu.
02:52Mãe de céu.
02:59Procurar o Erick Lobão?
03:05Será?
03:07Não sei não, Ariadne.
03:09O cara foi a maior sacana comigo.
03:12Na hora que eu mais precisei dele, ele me deixou com uma mão na frente e a outra atrás.
03:17Baita traíra.
03:19É, mas assim, o cabrão não foi bem trairagem, né?
03:25Você que quis ficar casalando o dia inteiro, ele encheu o saco, lógico.
03:29Eu? O teu fogo é que é difícil de apagar, Ariadne, né?
03:34Eu nunca vi coisa igual. Tu não me dá sossego. Mó canseira.
03:38Mas bem que tu gosta, né, meu garúcio.
03:40Cara, eu adoro. Também, né?
03:44Tu me deixa louquinho, né, Meraia?
03:48Então deixa de ser orgulhoso. Vamos logo procurar o Eric Lobão, vai?
03:52A gente fala que vai trabalhar pra ele.
03:54Ele disse que a gente ia ganhar muito dinheiro, não disse?
03:58Tá bem, eu topo.
04:01Acho que tu tem razão.
04:03Tentar não custa nada.
04:05O que importa é a gente sair logo dessa pindaíba.
04:07Hum, né? Você disse que ia me dar super bem aqui em São Paulo, que todo mundo ia me achar linda.
04:13Com certeza, minha aranhinha.
04:15Mas não pensa que eu vou te deixar solta por aí pra algum engraçadinho crescer o olho pra cima de ti, não, hein?
04:21Hum, que bonitinho. Tá com ciúminho, é?
04:24Eu tô falando sério, hein, Ariadne?
04:26Tu não deixa nenhum espertinho crescer o olho pra cima de ti.
04:29Tás me ouvindo bem?
04:30Uhum.
04:31Tô sim, meu cobrão.
04:33Não pode deixar, só tenho olhos pra você.
04:35É, mas você, né, é diferente.
04:39Que história é essa?
04:40Tu sabe que eu arrasto um bonde por ti?
04:43Ué?
04:44Será?
04:46Fala a verdade, Fernando.
04:48Você tava mesmo disposto a fazer safadeza com aquele Danilo lá?
04:51Só por causa de dinheiro, não tava?
04:52Mas, porra, guria, desse jeito tu tás me ofendendo, tá?
04:59É claro que não.
05:02Eu macho.
05:04Meu negócio é o machinho na boazuda como tu.
05:06Não fala besteira.
05:09Cobrão.
05:10Alguém na flor da idade
05:11Perdão ao lobo que te abocanhou
05:15O olhar de sal, Jack estripado
05:19Droga.
05:37Os caras tinham que aparecer justo agora.
05:38Chegando, Jack.
05:39Acelera.
05:40Pisa fundo aí.
05:43Segura aí, cara.
06:04Quer matar a gente, Jack?
06:08Desgraçada.
06:13Não tô vindo aí.
06:15Vou tentar acertar o pneu desses idiotas.
06:27Tá ruim de vir, hein?
06:29Acerta logo esse babaca.
06:30Tô tentado, maluco!
06:31Brincadeira.
06:52Não querem fuzilar a gente da beira.
06:54Vamos logo.
06:54Segura esse volante, Henrique.
06:55E acelera que eu não quero ir preso.
06:57E aí?
07:03E aí?
07:03O Meta, para de brincadeira.
07:20Agora vamos embora, moleque.
07:23Você tá aqui, Telen, a minha mira.
07:26Por isso fica em questão tomar tiro.
07:27Tomar tiro, ouviu?
07:30Ouvi.
07:33Agora é você quem tá na minha mira, moleque.
07:38Se entrega.
07:39Bom, vamos levar lá o pivete, né?
07:41Não, não faz isso, não deve ao meu filho.
07:42São família de fora!
07:44Olha, se vocês querem dinheiro, eu dou o que vocês quiserem, mas pelo amor de Deus, deixam meu filho aqui e me devolvam a Clara, por favor.
07:51Acaba com a pavé, vai.
07:52Com todo prazer.
07:59Mãe, repita, mãe, repita.
08:03Ela tá sem pulso.
08:05Ai, que pena, né?
08:06Tadinha dela.
08:07Bom, quem mandou ela ficar falando que nem a Maritaca.
08:10Bora, rapaziada.
08:10Asa logo, antes que chegue alguém aqui, tá?
08:13Melhor.
08:14Vamos embora.
08:17Vamos embora, moleque.
08:19Vamos embora, moleque.
08:20Vamos embora.
08:20É verdade, sim.
08:31É verdade.
08:33Eu sou o Aristóteles Mar, sim.
08:35Mas eu nunca tive nada a ver com isso.
08:38Eu sempre fui contra a gente.
08:40Eu sempre fui contra essas experiências genéticas.
08:43É isso aí, pode crer.
08:45A culpada é a doutora Júlia Zacarias.
08:47A senhora a manja.
08:48Ela que criou os mutantes.
08:49O doutor ali é inocente.
08:51Peguem esse maldito!
08:53Pera aí, pera aí, pera aí.
08:54Que história é essa?
08:55Eu não tenho nada a ver com isso.
08:57Eu não tenho culpa.
08:59De uma vez por todas,
09:01eu sempre fui contra essas experiências
09:03dessa doutora Júlia maluca.
09:05Eu sempre fui contra.
09:08Mentira!
09:08É tudo farinha do mesmo saco.
09:11Só queriam saber de ganhar dinheiro.
09:14Criar monstros, aberrações.
09:17Inventar uma vacina falsa que não serve pra nada.
09:20A cidade está nesse caos aí, ó.
09:22Por causa da progênese.
09:24Isso não é verdade.
09:26Vi sua foto no jornal, senhor Aristóteles Maia.
09:30Você é o culpado, sim.
09:33Peguem esse cara!
09:34Vamos acabar com ele!
09:36Pera aí, pera aí, batista, minha filha.
09:38Essa mulher que me cuidar, ela que me matara.
09:39Ó, ó, ó, calma, pessoal.
09:41Vamos bater um papo tranquilo.
09:43Não é nada disso.
09:44Por favor, vamos manter a calma.
09:46Vamos bater um papo.
09:47Vamos bater um papo.
09:47Tranquilidade!
09:48Tranquilidade!
09:49Socorro!
09:49Socorro!
09:51Eu ainda estou aqui!
09:54Socorro!
09:54Socorro!
09:55Socorro!
09:56Socorro!
09:56Socorro!
09:57Socorro!
09:57Socorro!
09:58Socorro!
09:58Socorro!
09:59E aí, no final será o que não sei, mas será tudo demais.
10:13Nem o bem, nem o mar
10:16Só o brilho caldo dessa luz
10:21O planeta só no céu, a terra, terra
10:27E lá no fim daquele mar
10:31A minha estrela vai se apagar
10:34Como brilhou o fogo, o sol de pincar
10:43Olha ali, o que tá acontecendo ali, ó
10:49É a revolta do povo, eles vão matar aquele homem, Marta
10:52Mas aquele cara não é o Aristóteles?
10:54O Aristóteles Meyer, dono da Progênese, que criou os mutantes
10:56Vambora, vambora, vambora
10:58Vem, doutor Aristóteles, vem, vem, vem, vem
11:00Vem, vem, vem, vem
11:05Vem o carro, doutor Ali
11:10Você tá no carro, Batista, esse carro não é mais meu, da Progênese
11:12Você tá no carro, senhor
11:13Porra, que treco, o povo tá encontrado
11:15Obrigado, viu, gente
11:16Muito obrigado
11:18Vem, doutor Ali
11:19Oh, meu Deus
11:24Tá tudo bem com o senhor?
11:28Mas que senhor
11:28Ina acreditava
11:30Ina acreditava, eu
11:32Valente, você tá pensando mesmo em levar a Nath pra investigar com você?
11:59Tô sim, doutora
12:00Ela tá disposta a me ajudar e é uma excelente investigadora
12:04Eu fico preocupada com essa situação
12:07A Nath, ela foi contaminada pelo vírus do vampirismo
12:10Agora ela tem necessidades especiais
12:13Pode ter comportamentos imprevisíveis
12:15Fique tranquila, doutora
12:17Eu vou levar um suprimento de sangue, caso seja necessário
12:21Eu não vou atacar ninguém
12:23É, isso eu garanto
12:24Ela não vai atacar ninguém, mesmo que queira
12:26Eu não vou querer
12:27Minha fome tá satisfeita com o produto de origem bovina
12:31Eu nunca vou fazer mal ao ser humano, mesmo sendo uma vampira
12:34Se você conseguir isso, você vai mostrar que a humanidade é capaz de derrotar o vampirismo
12:39Através da força de vontade
12:41Eu vou provar que isso é possível
12:44É, a doutora sabe do nosso total interesse em conseguir a nossa cura
12:49Contamos com seu apoio
12:50Nós confiamos em você, doutora Gabriela
12:53Nós sabemos que você não vai nos entregar ao DPCOM e ao doutor Fredo Cavalcante
12:58Aquele policial com sua política de detenção e execução sumária de pessoas contaminadas pelo vírus do vampirismo
13:04É
13:05Realmente eu não vou entregar vocês pro pessoal do DPCOM
13:09Vocês podem contar comigo
13:12Eu vou fazer o possível pra curar vocês
13:16Obrigada, doutora, obrigada
13:18Obrigada, fique tranquila
13:20Eu vou conseguir conter todos os meus instintos vampirescos
13:24Eu prefiro morrer do que fazer mal a alguém
13:26É, uma vampira do bem
13:28Quem diria
13:29E eu que achava que isso era impossível
13:32É, Nath
13:34A sua força de vontade em ajudar os outros
13:37Mesmo quando precisa ser ajudada
13:39Isso é um exemplo a ser seguido por todos
13:41Primeiro se preocupa com o bem-estar do próximo
13:44Isso é lindo
13:46Ainda mais vindo de uma pessoa com um problema tão sério como o seu
13:50Não podemos refazer o ontem
13:52Que passou
13:52Mas o futuro tá nas nossas mãos
13:55Só depende da gente fazer o certo
13:57Ou desistir de nós mesmos
13:59Ei, mas eu tenho certeza que isso não é o seu caso
14:02Hã?
14:04Certeza que você não vai desistir de vencer esse mal
14:06Assim como eu não vou desistir de tentar recuperar a minha memória
14:09E descobrir quem eu sou
14:10Ai, Valente
14:11Você acaba de me falar as palavras exatas
14:13Que eu precisava ouvir pra seguir em frente
14:15Pois vocês podem contar com o meu apoio sempre
14:19Nath
14:21Cuide bem de você
14:23E você, Valente
14:25Eu nem preciso pedir pra você cuidar bem da Nath, né?
14:28Não
14:28Nós vamos investigar e tentar descobrir o máximo que pudermos
14:32É
14:32Essa história dos nomes e sobrenomes de locais famosos de São Paulo
14:37Pode não ser nada
14:38Mas pode ser a chave pra descobrir o mistério da sua vida, Valente
14:42Nós vamos descobrir ainda hoje, doutora
14:45Mas eu espero vocês hoje à noite aqui na clínica, hein?
14:49Pode contar conosco, doutora
14:51Obrigada
14:52Muito obrigada
14:53E você, Valente
14:55Acho que a gente precisa melhorar essa roupa, né?
15:01Obrigado, doutora
15:02Boa sorte lá
15:05Luna, meu amor
15:18Você é lindo, Gaspar
15:23Eu gosto de você
15:26Gosto do seu jeito
15:28Você é carinhoso
15:31Tenho um coração bom
15:33Às vezes eu até
15:36Me sinto atraída por você
15:39Mas
15:41Eu gosto do Tarso
15:45Eu amo o Tarso
15:47Você entende?
15:49Bom, eu preciso ir agora, tá bom?
15:58Eu vou ver se encontro o Tarso lá no campo
16:00Tchau
16:01Fica?
16:07Não, Gaspar
16:08Não faz essa carinha de tristinho não, tá?
16:11Eu volto depois
16:13Depois eu volto aqui, tá?
16:16Tchau
16:17Luna
16:19Leva, Gaspar
16:21Leva
16:22Levar você?
16:25Não
16:26Eu não posso
16:27Luna
16:30Leva, Gaspar
16:32Leva
16:33Não
16:33Não, Gaspar
16:35Você tem que ficar aqui na clínica
16:36Tá bom?
16:38Eu não posso levar você
16:39Só vai piorar as coisas, entende?
16:45Desculpa
16:45Mas tenta entender, tá?
16:48Tchau
16:49Bom, eu trouxe as tuas roupas, Marcelo
17:05Ainda bem que vocês esqueçam da em casa
17:06Não, amiga
17:07Valeu
17:08Agora tem uma jaqueta
17:09Obrigado, amiga
17:10Calço
17:12Sapato
17:15E aí
17:17E aí
17:18E aí
17:19E aí
17:22E aí
17:22Tchau, teeth
17:25Ô, tchau
17:27E aí
17:28Vai, frustrating
17:31O que é que ali
17:33Estão
17:38E aí
17:40O que wird?
17:42Vou botar a cama.
17:45Vai.
17:46Isso aqui.
17:47Olha, Marcelo, talvez fosse melhor a gente esperar você se recuperar.
17:52Aí então a gente vai.
17:53Não, Guiga, eu não posso esperar nem mais um minuto.
17:56A Tatiana tá em perigo.
17:57Eu tenho que ajudar a Maria e o Beto.
17:59Eu não posso ficar aqui esperando pela alta.
18:02Eu já lutei contra a doutora Júlia, contra monstros em condições muito piores do que eu tô agora.
18:08Pelo menos eu recuperei a memória.
18:10Eu sei exatamente o que eu tenho que fazer.
18:11Bom, tudo bem.
18:12Se eu estivesse no lugar, eu faria a mesma coisa.
18:14Afinal de contas, eu tô com duas filhas desaparecidas.
18:17Tudo bem, vamos nessa.
18:18Guiga, nós vamos encontrar as nossas filhas.
18:22Eu vou te ajudar.
18:23Pode ter certeza disso.
18:24Eu te prometo.
18:26Nós recuperamos as meninas.
18:28Depois eu parto pra ilha, pra ajudar a Maria e o Beto.
18:31Ok, então vamos nessa.
18:32Olha, Guiga, você vai na frente.
18:35Abre caminho pra mim.
18:36Se você encontrar a doutora Gabriela no corredor, disfarça.
18:39Pergunta sobre o meu caso.
18:41Eu vou, eu vou atrás.
18:43Tá bom?
18:43Mas não deixa ela voltar pro quarto.
18:47Olha, eu vou...
18:49Eu vou tentar disfarçar os enfermeiros.
18:52Eu vou pelos fundos.
18:53Eu te encontro lá embaixo.
18:54Eu vou te encontrar, filhinha.
19:05Eu prometo.
19:07Papai te ama muito.
19:09E depois eu vou atrás do amor da minha vida.
19:13Ai, Maria.
19:15Que saudades.
19:16Doutor Aristóteles Maia não tinha vindo com vocês?
19:31A gente só levou ele daqui a uma tentativa de linchamento.
19:34Pra mim, esse cara tem culpa no cartório.
19:36Aliás, toda a progênese estava envolvida.
19:38Vocês não acham?
19:39Quem é você pra julgar os outros?
19:40A gente só impediu o linchamento do doutor Aristóteles e do motorista dele.
19:45A gente tirou ele do meio do povo.
19:47Colocou ele numa condição de segurança.
19:49Mas você...
19:50Você não devia ter matado o dinossauro.
19:53Você desobedeceu ordens, Adolfo.
19:54Por que não, doutora?
19:56Aquele bicho estava ameaçando a vida de um monte de gente.
19:58Não interessa.
19:59A gente não tinha ordem de matar.
20:01A gente tinha ordem pra imobilizar.
20:01Você tem noção que você matou provavelmente o último ou o único dinossauro da face da terra?
20:09Aquilo ali não era um dinossauro.
20:11Era mais um daqueles mutantes daquela maluca da doutora Júlia.
20:14Acontece, Adolfo, que aquele mutante era elemento fundamental para as pesquisas do DPCOM.
20:20Você estragou tudo.
20:22E você vai ter que pagar por isso.
20:24Eu vou abrir um processo administrativo contra você.
20:27Por causa da tua atitude impensável.
20:29Pois saiba, senhora, que a minha atitude foi muito bem pensada.
20:32Eu matei porque eu quis.
20:34Doutor Fredo é que tá certo.
20:35Tem mais é que exterminar toda essa mutantada que tá solta por aí.
20:38Pode, Doutor Fredo.
20:39Fica enfiando essa ideia na cabeça dos agentes.
20:41Espera aqui.
20:42Eu fiz a coisa certa, que era matar aquele dinossauro.
20:46Qual sumo?
20:47Aquilo era um monstro e merecia morrer.
20:49Coitado do nosso país.
20:51Um bando de policiais que acredita que pode resolver quem é que vive, quem é que morre.
20:56Que acredita em execução sumária que nem você, Alfredo.
21:00Isso é um absurdo, Adolfo.
21:01É um absurdo.
21:02Será que você não consegue entender?
21:04A gente tá numa guerra, Doutor.
21:06É matar ou morrer.
21:07Esse tal Fredo Cavalcante tá demorando.
21:18Nem que ele podia não aparecer, deixar a gente em paz, né?
21:20Nossa família em paz.
21:23Olá.
21:24Eu sou Marta Pureza, diretora de operações do DPCOM.
21:28Prazer.
21:29Vocês estão aguardando o doutor Fredo Cavalcante, mas ele tá um pouco atrasado, é isso?
21:32Se a senhora quiser, nós podemos voltar outro dia, sem problemas.
21:35Ah, isso mesmo.
21:36Não, não, não há necessidade.
21:38Eu também tô estranhando, ele não costuma se atrasar.
21:41Mas enfim, de qualquer maneira a gente pode começar a nossa conversa, né?
21:43Vamos sentar, por favor.
21:54Bem, vocês são João e Sandra Borba Gato de Albuquerque Andrade.
21:59E estão aqui por causa do filho de vocês, o Tarso.
22:02Eu realmente ia entrar em contato com vocês, porque é uma denúncia contra ele.
22:08Ele tá sendo acusado de cumplicidade, no assassinato de duas adolescentes, Gleice Silva e Fanny dos Santos.
22:16Num camping na Praia do Sonho, enfim, perto da Vila Caixara, ao norte do Guarujá.
22:23E é uma outra denúncia contra ele justamente por ser mutante.
22:27Qual é a mutação dele?
22:28É, doutora, nós estamos aqui pra esclarecer isso.
22:32Eu acho que é um engano.
22:34Meu filho é completamente normal, delegada.
22:37Ele não faz mal pra ninguém.
22:40Não, mas tem uma ficha dele como mutante aqui no departamento.
22:43Tem uma lacuna, a gente não sabe exatamente quais são os poderes dele.
22:46Mas de qualquer maneira tem denúncias de aparecimento e desaparecimento.
22:50Bem, doutora, o nosso filho pode até ser considerado um mutante.
22:53Ele realmente faz umas coisas interessantes de vez em quando.
22:57Mas nem todo mutante é perigoso, né?
22:59O nosso filho é completamente pacífico.
23:01Ele é incapaz de fazer... cometer um crime, doutora.
23:05Eu compreendo.
23:06Mas a gente precisa investigar todos os tipos de mutantes, sendo eles perigosos ou não,
23:10justamente pra descobrir quem é e quem é.
23:12Vocês sabem que há uma guerra entre humanos e mutantes.
23:16E a minha obrigação é investigar, principalmente nos casos de denúncia.
23:20E as denúncias contra seu filho são muito graves.
23:28Oi?
23:30Desculpa, doutora.
23:32Esse aqui é o Tarso.
23:34O que você...
23:35É o nosso filho.
23:37Bom, você veio, filho.
23:38Mas assim, não é?
23:40Você estava aí o tempo todo, invisível?
23:42Não.
23:43Eu me teletransportei.
23:44Ah, então isso é a coisa interessante que ele faz de vez em quando.
23:49Não.
23:50Quer dizer, ele não...
23:51Ele faz de vez em...
23:52Não é sempre.
23:54Bem, eu vim aqui pra me defender.
23:56Eu vim aqui pra dizer pra todo mundo do DPCOM
23:59que eu sou um mutante, sim.
24:03Mas eu sou um mutante do bem.
24:05E que eu não assassinei aquelas meninas no camping lá no Guarujá.
24:09E o mais importante...
24:10Eu vim aqui pra dizer que eu vi o Fredo Cavalcante
24:17executar sumariamente dois amigos meus, Rico e Joca.
24:21Ai, ai.
24:34Ai, ai, ai.
24:38Não, tá duro.
24:40Aquela bruxa do mal
24:41quase acabou comigo.
24:47Não é.
24:47O meu amigo Boto vai me ajudar.
24:56Eu vou conseguir me vingar da tubaroa.
25:01Ai!
25:03Ai!
25:05Ai!
25:06Ai!
25:09Ai, que dor!
25:12Ai!
25:17O senhor está passando mal?
25:26A criatura está falando comigo?
25:29Meu Deus, que maluco da outra vez.
25:33Olha só, eu vi o senhor gemendo.
25:35O senhor está precisando de alguma coisa?
25:37Você pensa que me engana?
25:38Feiticeira?
25:39E os tubarões assassinos?
25:44E você?
25:45Ai, moço, me solta!
25:46Você, você é a sereia feiticeira, a tubaroa ou a mulher piranha?
25:54Fala!
25:55Ai, mulher piranha?
25:57Olha como o senhor fala comigo, hein?
25:59Solta!
26:00Fala!
26:01Não sobe!
26:02Solta!
26:02Fala!
26:04Volte aqui!
26:05Volte aqui, safada!
26:08Não, não, não!
26:09Ah, eu vou te pegar!
26:12Eu vou te pegar!
26:13Eu vou te pegar!
26:16Entrem!
26:21Oi, Janete!
26:23Vamos entrando, meus filhos!
26:25Com licença!
26:27Casa de vocês, viu?
26:29Muito obrigada!
26:31Que que é a vontade!
26:32Simone, essa é a Agatha.
26:34Aqui eles.
26:35Simone!
26:35Prazer!
26:37Também!
26:37Que menina linda!
26:39Aliás, os dois são lindos!
26:42Olha, meus queridos, eu queria apresentar vocês aos meus amigos, Nil e Marisa.
26:47Eles moram aqui agora, em casa, também.
26:50Vamos!
26:51Vamos?
26:52Vamos sentar?
26:53Vamos!
26:54Vamos!
26:54Vamos!
26:54Vamos!
26:54Vamos!
26:54Vamos!
26:54Vamos!
26:54Vamos!
26:55Vamos!
26:55Vamos!
26:55Vamos!
26:58Presença, senhora!
27:00Dá vontade!
27:01Obrigada!
27:03Ah, Jan!
27:04Minha querida, eu queria te falar, você sabe, né?
27:14Quanto eu sofri também com o falecimento do seu avô, seu irmãozinho Lucas.
27:19Eu sei.
27:21Eu sei, Simone.
27:22É tudo muito triste mesmo, né?
27:24Bem...
27:25Saiba que eu tenho rezado muito, viu, por você e por sua mãe, pra que vocês tenham força,
27:34não é?
27:35De seguir, de seguir em frente, viu?
27:37Obrigada, Simone.
27:38Obrigada.
27:40Bem, tá tudo bem difícil agora, bem difícil mesmo, sabe?
27:46Bom, agora, agora, agora chega de choro, chega de choro.
27:51É isso mesmo.
27:52É isso mesmo.
27:53Não é bom chorar demais pelos que já se foram.
27:57É preciso deixá-lo ir em paz, pro lado de Deus.
28:01É.
28:02Precisamos agradecer e agradecer com muita alegria de termos o privilégio de conviver com eles.
28:11O Mauro foi um homem que foi muito feliz nesses últimos tempos, por causa da Simone, a pequenina.
28:20É.
28:20E o Lucas, ele lutou até o fim pra que o bem vencesse o mal, né?
28:23Eu tenho certeza que onde eles estão, eles estão muito bem agora.
28:28Gente, obrigada.
28:30Obrigada mesmo pela força, pelas palavras, pelo apoio.
28:33Tá sendo bem difícil pra mim essa história do Lucas, do meu avô.
28:39E além de tudo isso, eu tive uma visão com o Tony, meu namorado com outra pessoa, uma outra
28:45mulher.
28:46E isso foi a gota d'água que acabou comigo.
28:48Eu não tô aguentando.
28:49Ah, minha filha, oh, minha querida.
28:52Sim, mãe, as pessoas acham que quando a gente tá passando por tempos difíceis, assim,
28:58que o carinho, a solidariedade incomodam, sabe?
29:01Mas, na verdade, a amizade, o carinho, são as coisas que a gente mais precisa nessas horas.
29:08Obrigada.
29:09Mesmo.
29:11Com certeza.
29:13Então, então tá.
29:15Olha só, vamos mudar um pouquinho, vamos deixar a tristeza e vamos falar de vida.
29:24Aqui, eles e a Agatha, eu quero que vocês saibam que vocês são muito bem-vindos a essa
29:29casa.
29:31Obrigado, dona Simone.
29:32Olha, nós seremos eternamente grátis pelo que a senhora tá fazendo, viu, dona Simone?
29:35Ah, imagina.
29:37Amigo é pra essas coisas, né, não?
29:45Para trás, todos para trás.
29:58Ninguém se aproxima.
30:00Você tá louca?
30:01Como ousa levantar a faca pra arranha-formiga?
30:03Queremos sair daqui.
30:05Queremos que nos mostre o caminho pra superfície.
30:10Vocês não vão sair daqui.
30:15Larga a faca.
30:22Larga a faca.
30:24Larga!
30:26Você tá esmagando meu pulso.
30:34Ah, isso é minha formiga é muito forte, cara.
30:45Nós que temos genes de formiga, temos uma força extraordinária.
30:51Uma formiga pode levantar até cinquenta vezes o seu peso.
30:57Assolente.
30:58Eu podia esmagar você como se fosse uma formiga, sabia?
31:02Não, não.
31:03Não, majestade, por favor.
31:04Por favor, perdoa.
31:05Perdoa.
31:06Eu agio por pulo medo, sem pensar.
31:08Me perdoa, rainha.
31:12Eu prometo nunca mais levantar a mão contra o seu imenso poder.
31:20Agora sim você está conhecendo a verdadeira força da rainha-formiga.
31:25Minha rainha, se você realmente deseja o meu amor, por favor, perdoa ela.
31:32Eu imploro.
31:33Não tire a vida dela.
31:34Ela não fez isso por mal.
31:35Ela jamais faria mal à senhora.
31:37Por favor.
31:39É verdade, rainha.
31:41Eu ameacei na tentativa de...
31:44voltar para a superfície do planeta e...
31:47sair do seu reino de...
31:49formigópolis.
31:51O que você acha, formigão?
31:55Mato...
31:58ou não mato esse ser da superfície terrestre?
32:00Ai, Mãe.
32:18Outro esqueleto.
32:20Esse lugar é muito sinistro, Maria.
32:22Deve ter outras armadilhas aqui.
32:24O que será que matou aquela pessoa?
32:26Olha o outro aqui.
32:27Eu não sei, mas o que quer que seja, eu não quero encontrar.
32:29Não é.
32:31Parece que a gente só está descendo em vez de subir.
32:34Mas a temperatura está constante, Maria.
32:37Pelo que eu sei, no fundo da Terra é mais quente do que a superfície.
32:40Por isso que existem os vulcões.
32:42Embaixo da Terra é só lava.
32:44Magma vulcânico.
32:45Ninguém sabe o que realmente acontece dentro da Terra.
32:49Eu acho que só existe lava em alguns pontos.
32:52Imagina se tivesse só lava e magma em todos os lugares.
32:58Ia pegar fogo na superfície da Terra.
33:00Não ia.
33:02Talvez só não derreta por causa dos mares.
33:04Não é?
33:04Pensa bem.
33:06Se a superfície da Terra é enorme,
33:09imagina o que pode existir dentro dela.
33:12Ai, muita coisa.
33:12Pode ter pontos quentes, pontos gelados.
33:18Pontos sólidos, como rochas.
33:22Pontos ocos.
33:24Grandes galerias.
33:25Cavernas gigantescas.
33:28Tudo isso dentro do globo.
33:30Meu Deus.
33:32A Maria, o ser humano conhece tão pouco da superfície da Terra.
33:34Quanto mais no interior dela.
33:38E ainda está aprendendo sobre o próprio corpo.
33:43O ser humano ainda sabe muito pouco sobre essa extraordinária criação.
33:48Não sabe quase nada sobre esse imenso universo.
33:51Nem lá fora, nas galáxias siderais.
33:54Nem no centro da Terra.
33:56Nem no fundo dos mares.
33:59Eu não faço a menor ideia de onde a gente está, Maria.
34:04Bom, Noé, acho que a gente está numa caverna que parece mais um caminho.
34:10No meio de uma galeria de pedras.
34:13Com certeza vai dar em algum lugar.
34:17Eu fico imaginando que nós podemos morrer a qualquer instante.
34:21Como esses esqueletos que estão por aí.
34:23Noé, não pense em tragédia, porque isso não atrai.
34:27Pensar é uma maneira muito forte de atrair.
34:29Por isso que a gente tem que pensar, tem que mentalizar.
34:32Somente o resultado desejado.
34:35Quem te ensinou isso?
34:39Marcelo.
34:44Você nunca vai me dar uma chance, Maria.
34:47Se um dia eu descobrir que...
34:50Marcelo realmente se foi, se...
34:52Se a gente conseguir sobreviver, quem sabe?
34:57A gente tem que pensar no agora, Maria.
35:05Vamos ficar junto.
35:07Pelo menos uma vez.
35:10Não pensa no futuro.
35:13Não pense em nada, a não ser nesse momento.
35:17Prova.
35:19Meu beijo.
35:22Meu amor.
35:23Você tá carente, né?
35:32Tô.
35:34Você não?
35:42Maria.
35:44Vamos aproveitar que a gente tá aqui, só nós dois.
35:47Aqui e agora, pode ser que a gente não esteja vivo hoje à noite.
35:59Não, não é.
36:00Como é que você pode...
36:01Maria.
36:02Se você relaxar...
36:05Se você se deixar beijar...
36:08Deixar que eu faça carinho...
36:11Você vai gostar.
36:12Não, não é.
36:13Estou sentindo.
36:23Estou sentindo um perigo muito forte.
36:28Que barulho é esse?
36:31Parece um bicho.
36:37Bicho enorme.
36:38O senhor aceita uma água?
36:45Ótima ideia, Dan.
36:47Senta, doutor Carvalho.
36:48Fica à vontade.
36:49O senhor aceita um suco, alguma coisa pra comer?
36:52Não, muito obrigado, Regina.
36:54Olha, eu ia adorar servir um suco.
36:56Mas, infelizmente, a dispensa está mais vazia do que piscina no inverno.
37:00Chega a dar um nó na garganta.
37:02Só de lembrar que antigamente eu poderia oferecer caviar, ovas de salmão com uma vodka polonesa bem gelada.
37:10Mas, ah, agora acabou tudo.
37:13Eu entendo, Danilo.
37:14Você pode ficar tranquilo porque eu não quero nada, não.
37:18Carvalho.
37:19O nome bonito que você tem combina perfeitamente com você, sabia?
37:23Um homem forte, veril, assim como a madeira proveniente da árvore de Carvalho.
37:30Como eu havia dito antes pra você, Regina, eu fiquei bem impressionado com sua postura.
37:37Mesmo tendo que sair dessa mansão, você continua firme, acreditando que a justiça tem que prevalecer.
37:46E tudo que foi tirado da Maria precisa voltar pra ela.
37:48É, só o meu jeito de pensar.
37:51Como eu te falei antes, assim, mesmo sabendo que vai ser muito difícil pra gente,
37:56eu vou sempre preferir a vitória da justiça.
37:59Ah, eu também sou totalmente a favor da justiça.
38:02Eu acho tudo.
38:04O que é que está acontecendo aqui?
38:07Fomos salvos pelo Golgo.
38:09Quer dizer, pelo Golgo não, pelo TPCol.
38:11Que bom que você chegou, eu estava morrendo.
38:12Depois a gente conversa.
38:14Meu filho, mãe, por favor.
38:15Depois a gente conversa, Danilo.
38:17Agora nós temos outros assuntos para resolver.
38:20O que é isso?
38:20Vocês estão assustados?
38:21O que foi?
38:22Aconteceu alguma coisa?
38:23Aconteceu alguma coisa.
38:24Uma tragédia.
38:25Quer dizer, quase aconteceu uma tragédia, Regina.
38:27Tragédia?
38:27Ah, não.
38:28O que pode ser pior do que ser expulso dessa mansão?
38:30Imaginem vocês, acreditem ou não, que quase fomos lixados.
38:35Lixados em praça pública.
38:37É.
38:37Uma louca, uma desvairada, uma senhora, apontou o dedo pra mim no meio da multidão
38:42e falou, olha lá o Aristóteles Maia.
38:46Começou a inflamar a multidão dizendo que eu era responsável pela criação desses malditos mutantes.
38:53Foi um caos.
38:54Também um diretor da Progênese, né, doutor Carvalho?
38:57Tinha que passar por uma situação dessa.
38:59Sem falar que antes, não foi, Batista, antes, acredita ou não, quase fomos devorados por um dinossauro.
39:07Porra, brincadeira.
39:08É um dinossauro em pleno centro de São Paulo.
39:11Saca só o barulho do trem.
39:12Se continuar desse jeito, maneia o Spielberg pra dar um jeito nessa cidade, manja.
39:17Dinossauro?
39:18Como assim?
39:19Horrível, horrível, Regina.
39:20Uma situação perigosíssima, terrível, terrível.
39:23Mas calma aí.
39:24Pegaram pelo menos o bicho?
39:25O DPCom chegou na hora H.
39:27Se não fossem eles, eu e o doutor Ari, a gente tinha virado dois pastéis na boca daquele monstrengo carnívoro.
39:33Imenso, manja.
39:34Ai, que horror, gente.
39:36Ai, olha, se eu cruzo com uma fera dessas, eu acho que eu morro de susto, sabia?
39:40Eu caio durinho assim.
39:41Menos, meu filho.
39:43Por favor, menos, né?
39:46Ô, tio.
39:50O doutor Carvalho veio tomar posse da mansão.
39:57É, doutor Carvalho, o senhor tá tentando me dizer que eu tenho que sair da minha casa hoje.
40:15Quer dizer, nesse exato momento.
40:18É isso?
40:19O oficial de justiça trouxe todos os documentos solicitados pelo juiz.
40:26Vocês vão ter que deixar a mansão hoje mesmo, senhor Aristóteles.
40:28Vlado, por favor, eu te imploro.
40:36Vambora daqui, você ouviu o que esse homem falou?
40:38Ele é um agente do DPCom, daqui a pouco vão ter outros caras aí, Vlado.
40:42Eu não quero ser presa.
40:43Vlado, eu já sofri muito na cadeia da concentração.
40:46Vlado, vambora.
40:47Por favor, eu tô te pedindo, me escuta.
40:49Calma, meu amor.
40:52A gente não pode passar a vida toda fugindo, não.
40:55Não dê ouvidos a esse humano calhorta.
40:58É ele que quer nos matar.
41:01E a gente vai ficar aqui, na nossa casa.
41:03Tá decidido.
41:04Isso mesmo.
41:05Isso.
41:06Fiquem aqui, fiquem.
41:08Logo, logo, o DPCom vai invadir esse local.
41:12Não adianta, mutantes.
41:13Vocês vão morrer.
41:15Todos vocês estão condenados.
41:16Vocês são aberrações.
41:19Vocês não foram projetados pela natureza.
41:22São obras de uma cientista maluca.
41:24Que quis brincar de Deus.
41:26Tá, bobo, desgraçado.
41:29Vampiro, filho de um cão.
41:31Vlado, chega.
41:32Chega de violência.
41:33Entendeu?
41:35Ô, olha pra mim,
41:38o agente do DPCom.
41:40Olha!
41:41Olha!
41:44Você só tá vivo por piedade da minha mulher.
41:47Por mim, você já tava ardendo no inferno,
41:50criatura asquerosa.
41:53A minha vontade era de beber o seu sangue até a última gota
41:57e te deixar seco como a folha de outono.
42:00oi.
42:11Oi.
42:11Oi.
42:12Oi.
42:14Ai, meu Deus.
42:19Você tá faminta, não tá?
42:21Tô.
42:22Tá.
42:22Gatona.
42:24Gatona, não tinha nada melhor.
42:27Só tinha peixe.
42:28Não tem problema.
42:30Esse peixe vai alimentar a gente.
42:32Vai.
42:34Deixa eu te contar uma coisa que aconteceu comigo hoje.
42:37Sabe o que eu encontrei aqui na ilha?
42:39O quê?
42:39Um lago.
42:40Mas não é nenhuma novidade que existem alguns lagos nessa ilha, Hélio.
42:46Mas a novidade é que nesse é fácil de pegar peixes, folha.
42:50Olha o tamanho desse aqui.
42:52Olha o tamanho desse bicho que eu peguei.
42:55Foi só jogar umas iscas de minhocas e aí com a minha lança eu...
42:58Peguei esse danado aqui, ó.
43:02Que ótimo.
43:04Entendeu?
43:04Olha, você tá saindo muito bem.
43:08Muito bom.
43:08É.
43:09Eu não prometi pra você que ia caçar a minha pantera.
43:12Fiz bem.
43:13Encontrei comida pra você.
43:16Tipo Lagoa Azul.
43:17Come, namora, come, namora.
43:20Prometeu sim.
43:21E cumpriu, né?
43:23Lógico.
43:24E me diz uma coisa.
43:26Hum?
43:26Você não vai colocar as roupas que eu encontrei na mochila pra você?
43:30Vou.
43:31Vai?
43:33Vamos trocar, tá?
43:34Vai lá.
43:34Enquanto você termina o nosso peixão.
43:36Vai lá, Lina.
43:49E aí?
43:51Fiquei bem?
43:54A blusera é do meu tamanho.
43:57Ótimo.
43:58Detesto a roupa larga.
44:00Que bom, minha gatona.
44:02Sabe, folha?
44:05Eu tenho muita vontade de te levar pro continente.
44:07Você não sabe o quanto.
44:10Ah, é?
44:11E que mais?
44:13Que mais?
44:14Que eu quero viver com você pra sempre.
44:17Pra sempre.
44:18Que eu quero formar uma família com você.
44:21Ter filhos.
44:22Viver em paz com você do meu lado.
44:25Num lugar menos perigoso.
44:27E fazer do meu canto o teu esconderijo e o nosso lar.
44:33Hum, que lindo, Lina.
44:36Eu também quero ficar com você pra sempre.
44:42Bem, mas pra isso a gente precisa encontrar um barco.
44:46E daí, dá um jeito de sair dessa ilha.
44:49É, você tem razão.
44:53A doutora Júlia sempre dizia que os humanos, mesmo mutantes geneticamente modificados como
45:00nós, devemos querer mudar sempre.
45:04Melhorar de vida.
45:05É isso que eu quero, minha pantera.
45:07Mudar de vida sempre.
45:09Hum, mudar de vida.
45:11Evoluir.
45:12É.
45:13Isso parece ser uma ótima ideia.
45:15Vamos tentar?
45:17Minha panterona linda.
45:20Hum, tá.
45:22Tá.
45:23Bom, agora que eu já fiquei boa do velhão daquele sapo bufo nojento, eu tô entrando numa nova fase.
45:31Hum, qual fase?
45:32A do meu si.
45:35Ah, excelente.
45:38Então vamos aproveitar essa maré de desejo.
45:41Seja no sonho, seja tu que despertou.
45:44Seja uma flor ou seja alguém na flor da idade.
45:48O perdão ao longo que te abocanhou.
45:52Um olhar de sal, Jack estripado.
46:02Alguma coisa, um sonho estranho em você.
46:13Ai, o que é, Beto?
46:14O que é que tá sonho estranho?
46:17Ai, vem aqui, vem.
46:18Vem aqui.
46:19Você tá delirando.
46:20Para de delirar.
46:21Me beija, esquece tudo.
46:23Me beija.
46:24Maria, peraí, peraí, peraí.
46:25Não, eu preciso de um tempo.
46:34Por que você tá me rejeitando desse jeito, Beto?
46:39Tô tão carente.
46:42Tô precisando tanto de um abraço forte.
46:44De um homem, um abraço apertado.
46:50Eu...
46:51Eu pensei que...
46:54Que você gostava de mim.
46:57Que você me desejava, me queria, mas...
46:59Eu gosto.
47:01Eu gosto, eu te desejo, Maria.
47:03Eu te desejo.
47:07Mas...
47:08Você tá muito diferente.
47:09Não é, não é, Maria, que eu...
47:12Que eu conheci, que eu aprendi a amar.
47:16Eu sei, eu tô diferente, sim.
47:19Agora eu sou uma outra Maria.
47:22Eu não sou mais aquela...
47:24Pobretona de circo, uma baby.
47:27Agora eu sou rica.
47:29Perdeira de um grande milionário brasileiro.
47:34Eu também sou uma mulher, Beto.
47:36Eu sou uma mulher que sofreu muito com a morte do seu irmão.
47:43Ai, Beto, eu tenho sofrido tanto nessa vida.
47:48Não é natural...
47:50Que ele esteja assim, diferente?
47:56Desculpa, Maria, desculpa.
47:59Eu sei que aconteceu uma reviravolta na tua vida.
48:01É.
48:03Você tem razão, é...
48:05É natural que isso mexa com a tua personalidade.
48:10Então...
48:11Por que você tá assim, tão frio comigo, Beto?
48:17Eu sei que você me deseja.
48:20E você me quer.
48:23Eu tô aqui.
48:26Eu tô aqui inteirinha pra você.
48:28Eu quero ser sua.
48:30Faz comigo tudo aquilo que você sempre teve vontade.
48:37Tudo.
48:38Tudo o que você sempre teve vontade.
48:40Desculpa.
48:51Desculpa, mas tem alguma coisa estranha no teu beijo me dizendo que você não é a Maria.
48:54Como é que pode?
48:55Você nunca havia beijado a Maria antes.
48:57Como pode ter algo de estranho no meu beijo?
48:59Olha aí.
49:00Você disse que você nunca havia beijado a Maria antes.
49:03Você devia ter dito que você nunca havia me beijado antes.
49:06Beto, você tá conjunturando coisas.
49:08Você tá...
49:08Não, não, não.
49:09Você não é a Maria.
49:11Você não é um clore, uma mutante disfarçada, uma espécie de gêmea.
49:15Você é uma armadilha.
49:16Você é uma armadilha da doutora Júlia.
49:18Eu não posso esquecer disso.
49:20Você atirou em mim.
49:21A Maria nunca atiraria em mim.
49:22Nunca.
49:23Chega de conversa.
49:24Você vai me beijar agora.
49:26Aliás, você vai fazer muito mais que isso.
49:28Você vai me beijar.
49:29Vai me abraçar.
49:30Me apertar.
49:32E você vai me amar.
49:33Como se eu fosse a mulher que eu sei mais desejar sem essa vida.
49:36Anda.
49:37Agora.
49:38Você não vai amar.
49:43Você nunca vai ser a Maria.
49:45Você nunca vai ser a Maria.
50:08Aqui ninguém mais ficará depois do sol.
50:25No final será o que não sei.
50:29No final será o que não sei.
50:29No final será o que não sei.
50:30Tchau.
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