Gleisi Hoffmann afirma que ‘escala 6x1’ será prioridade do governo Lula

Jovem Pan News

05/05/2025

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que a regulamentação da jornada 6x1 será prioridade do governo Lula. Ela criticou o atual regime trabalhista, dizendo que é preciso garantir melhores condições aos trabalhadores. A proposta pode impactar setores como comércio e serviços, onde a escala é comum.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/4o3OumX-7co

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00:00A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, publicou nas redes sociais que a redução da jornada de trabalho 6x1

00:06será uma das prioridades do governo no Congresso Nacional.

00:09Reportagem de Beatriz Manfredini.

00:12Exatamente. A ministra Gleisi Hoffmann reforça uma fala do presidente Lula do dia 1º de maio, dia do trabalho.

00:20Em discurso, na ocasião, o presidente disse que o governo federal vai se comprometer com essa pauta,

00:26a pauta de redução da jornada de trabalho, da atual escala 6x1, como foi chamada, então, a PEC, para uma jornada 4x3.

00:36No domingo, então, Gleisi Hoffmann vem às redes sociais fazer, então, esse reforço, né?

00:42Colocar que isso realmente será um compromisso do governo federal daqui pra frente.

00:46Em publicação nas redes sociais, ela escreveu o seguinte, olha, abre aspas,

00:50Diz a ministra, então, fecha aspas.

01:16Com isso, então, Gleisi Hoffmann sinaliza uma tentativa de abertura de diálogo com o Congresso Nacional,

01:22mais especificamente com a Câmara dos Deputados, sobre o assunto.

01:26Isso porque a PEC, que foi elaborada pela deputada federal Erika Hilton, do PSOL,

01:31foi encaminhada aos deputados em fevereiro deste ano e, desde então, está parada.

01:36Ela enfrenta a forte resistência de alguns setores do Congresso Nacional e de algumas entidades.

01:43Portanto, a ideia agora é que o governo federal consiga ampliar esse diálogo

01:47pra fazer com que essa discussão volte a acontecer no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados.

01:53A gente vai ver aí como vai ficar essa capacidade de diálogo daqui pra frente.

01:57Então, por enquanto, o projeto segue parado.

02:00É, Kobayashi, esse assunto foi tema do 1º de maio na semana passada

02:03e o governo diz que é prioridade porque é uma pauta popular.

02:08Agora, há espaço pra discutir isso no Congresso Nacional?

02:12De que forma que isso se daria?

02:14Essas são as grandes dúvidas, né?

02:16Sabe, Tiago, que isso seria uma espécie de tentativa de reconexão do Partido dos Trabalhadores

02:20com os trabalhadores.

02:22Principalmente quando a proposta veio de outro partido.

02:24Não veio da base petista, veio da Erika Hilton, que é do PSOL.

02:28É da esquerda, é aliada do governo, mas não é do partido do presidente.

02:31Então, se o governo, o presidente Lula, através de seus ministérios, abraçar essa causa,

02:37é uma espécie de tentativa de reconectar o partido, o governo, com os trabalhadores.

02:43Mas há muita resistência em relação a isso, principalmente do setor produtivo.

02:47Principalmente do setor que emprega, que enxerga essa proposta como um risco,

02:51não só à produtividade, mas inclusive à manutenção de muitos empregos.

02:55É claro que a ministra Glaze Hoffman, ela atribui aí um resultado imediato

03:00de geração de empregos, porque isso pega bem com o público, com os eleitores.

03:05Mas na prática, na ponta da caneta, os estudiosos aí, principalmente do setor produtivo,

03:11indicam justamente o contrário.

03:12Isso precisa de um longo debate, porque se isso for aprovado como emenda à Constituição,

03:17não tem volta.

03:18Isso é direito social que vira cláusula pétrea.

03:21Então, os resultados, o impacto disso pode ser irreversível.

03:25Então, há sim uma necessidade de amplo debate, estudos, audiências públicas

03:30e, principalmente, os impactos econômicos que isso geraria no Brasil.

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