Gleisi Hoffmann nega medo de Lula em participar de atos esvaziados; Vilela analisa

Jovem Pan News

01/05/2025

Gleisi Hoffmann negou nesta quinta (1º) que Lula teve medo de participar de atos do Dia do Trabalhador em São Paulo por estarem “esvaziados”. A ministra de Relações Institucionais justificou a opção do presidente por fazer um pronunciamento em cadeia nacional sobre o 1º de Maio. Cristiano Vilela analisa.

Assista ao programa completo: https://www.youtube.com/watch?v=39zSeirrLhc

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00:00A ministra Gleisi Hoffmann nega que Lula tenha desistido de participar de atos do 1º de maio

00:06por receio de que o evento fosse esvaziado como no ano passado.

00:11Assunto agora para o repórter Fabrizio Naitz, que aqui no Jornal Jovem Pan,

00:14qual foi a alegação da ministra então Fabrizio?

00:17Boa noite pra você, bem-vindo, bom trabalho.

00:22A alegação de que Lula não é dois para comparecer em dois eventos diferentes.

00:26Tiago, boa noite pra você, boa noite a todos que acompanham o Jornal Jovem Pan.

00:30Foi isso que a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann,

00:34afirmou ontem em entrevista ao dizer que o presidente Lula havia sido convocado

00:39para participar de dois eventos de duas centrais sindicais diferentes.

00:43E aí ele optou por não ir em nenhuma das duas para não favorecer uma e desfavorecer outra,

00:49para deixar ali a amizade com todo mundo de maneira igual.

00:53Foi essa a explicação da ministra Gleisi Hoffmann, lembrando que no ano passado, 2024,

00:59na ocasião do feriado do Dia do Trabalho, 1º de maio, o presidente Lula esteve aqui em São Paulo

01:04em um evento lá em Itaquera, na Zona Leste.

01:07E o número de participantes era bem abaixo do esperado.

01:10Na própria ocasião, o presidente chegou a questionar, a reclamar do número de participantes,

01:16disse que os organizadores, incluindo o próprio Partido dos Trabalhadores,

01:20não haviam feito o suficiente para levar a quantidade de gente necessária para o ato.

01:27Apesar disso, ainda segundo a ministra Gleisi Hoffmann, o presidente optou por fazer o pronunciamento

01:32televisionado ontem, que foi publicado, inclusive, aliás, em rede nacional de rádio e televisão.

01:38Esse pronunciamento foi gravado na segunda-feira e foi ao ar ontem, quarta-feira.

01:43Ele foi, inclusive, gravado, acompanhado do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidonio Palmeira,

01:50e do secretário de imprensa, Laércio Portela.

01:53Nesse pronunciamento, Lula falou sobre o escândalo envolvendo o INSS,

01:57que a gente acompanhava agora há pouco na reportagem do Daniel Lian,

02:00mas também sobre um debate que o governo quer promover,

02:04envolvendo a redução da escala de trabalho 6x1,

02:07e o projeto de lei que foi enviado para o Congresso,

02:10que isenta as pessoas que recebem até 5 mil reais de pagar o imposto de renda.

02:17Nessa semana, Lula também se reuniu com diversas lideranças de centrais sindicais lá em Brasília.

02:22Ele recebeu todos esses líderes, acompanhado de ministros do governo e também auxiliares,

02:28nomes fortes, do Palácio do Planalto e da Esplanada dos Ministérios.

02:32Ele se reuniu com líderes da Central Única dos Trabalhadores, a CUT,

02:35da Força Sindical, da União Geral dos Trabalhadores, a UGT,

02:39da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, CTB,

02:43e da nova Central Sindical de Trabalhadores, NCST,

02:46além da Central dos Sindicatos Brasileiros, a CSB.

02:50Nesse encontro que aconteceu em Brasília,

02:52o presidente pediu que os líderes sindicais encontrem uma nova forma

02:57de desenvolver o sindicalismo aqui no país

03:00e também pediu uma representação maior dos trabalhadores nas ruas.

03:05Mais convocação para que os trabalhadores possam ir às ruas se manifestar em defesa de pautas

03:10que são mais caras ao governo, principalmente ao partido dos trabalhadores.

03:14Tiago.

03:15Com as informações aqui de São Paulo, você ainda volta na programação da Jovem Pan.

03:19Vou chamar mais uma vez o Cristiano Vilela.

03:21Ô, Vilela, nesse ano tem esse componente desse escândalo gravíssimo

03:27envolvendo o INSS e a permanência ou não do ministro Carlos Lupe.

03:32Os integrantes do governo saem em defesa do ministro.

03:35A ausência do presidente Lula talvez corrobore um pouco com essa situação

03:39que o INSS esteja vivendo.

03:42Agora é saber efetivamente o que vai ser feito para se reverter essa situação

03:47porque aquilo que a gente já falou nessa semana

03:49é uma fraude, é uma regularidade que cola muito na imagem do governo.

03:55Exatamente, Tiago.

03:56Especialmente por se tratar de um tema que tem uma forte aderência junto à população

04:00que é uma fraude no INSS envolvendo os recursos das aposentadorias

04:06de milhões e milhões de brasileiros.

04:07Então é algo que realmente pega na população.

04:11Caso o presidente da República tivesse ido ao evento,

04:14ou algum desses eventos, ou aos eventos de 1º de maio de uma forma geral,

04:19seguramente ele teria que lidar com essa situação,

04:22o que não seria fácil para o governo nesse momento.

04:25Sem contar o risco de ter eventos esvaziados, como de uma forma geral,

04:29os eventos de 1º de maio de hoje não remontam mais àqueles grandiosos

04:34eventos de 1º de maio que tivemos anteriormente.

04:37Então, nesse sentido, o governo precisa encontrar formas de se desvencilhar desse escândalo,

04:44que é um escândalo que tem potencialidade de diminuir ainda mais a popularidade do presidente,

04:50especialmente num contexto onde a popularidade está em queda

04:54e por mais que haja mudanças na área de comunicação,

04:57o governo não conseguiu retomar os índices que tinha anteriormente.

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