Juncker enfrenta segundo episódio do escândalo Luxleaks

  • há 10 anos
O escândalo Luxleaks, relativo a um sistema massivo de elisão fiscal no Luxemburgo, tem um segundo episódio.

O Consórcio Internacional dos Jornalistas de Investigação (CIJI) revelou nomes de mais 35 multinacionais implicadas.

Disney, Skype, Telecom Itália e Bombardier foram mais algumas das empresas que pagaram impostos mínimos sobre lucros milionários, usando o mesmo mecanismo que também beneficiou a Amazon e a Apple, como foi divulgado no início de novembro.

Os acordos fiscais em causa foram celebrados com o governo do Luxemburgo, na altura presidido por Jean-Claude Juncker, que esteve no cargo duas décadas.

Atualmente presidente da Comissão Europeia (CE), Juncker já escapou a uma moção de censura do Parlamento Europeu por causa deste escândalo.

Mas o segundo episódio foi divulgado no dia em que a CE presta juramento numa cerimónia simbólica no Tribunal da União Eurppeia, sedeado no Luxemburgo, criando novo embaraço institucional.

Apoiando-se em cerca de 28 mil páginas de documentos obtidos pelo CIJI, cerca de quatro dezenas de jornais revelaram, em novembro, que, entre 2002 e 2010, cerca de 340 multinacionais obtiveram acordos que privaram vários países europeus de receitas fiscais no montante de milhares de milhões de euros.