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Entrevista com Samir Xaud, presidente da CBF - Rio Innovation Week

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Esportes
Transcrição
00:00Olá amigos, a gente está aqui no estúdio do Lansi, na Viu Innovation, recebendo o presidente da CBF,
00:05Sabir Chaudo, presidente, muito obrigado pela visita.
00:09Sem mais delongas, vamos falar com o seu pessoal brasileiro.
00:13A CBF organizou na segunda-feira uma plenária em clubes e federações para a pauta do inferno pleno financiado.
00:20Um vice-presidente seu falou na semana passada, comparando as situações dos pelos brasileiros,
00:25ao Titanic e ao ICBF.
00:27Você veio da mesma hora, qual é que a culpa passou no CBF com a situação financeira dos clubes?
00:33A CBF se preocupa com toda essa questão financeira dos clubes.
00:39A gente vê muitos clubes hoje passando por dificuldades financeiras, clubes grandes, de grande camisa.
00:46Nessa segunda-feira tivemos a honra de dar o kick-off inicial, um assunto tão importante
00:54que já vem há mais de 10 anos acontecendo em outros países.
00:59E aqui no Brasil nós acompanhávamos, mas nenhuma gestão anterior teve a coragem de dar esse início a esse tema tão importante.
01:09Então, na segunda-feira tivemos um encontro com 37 clubes, mais de 12 federações,
01:16players do mercados importantes da UEFA, representantes da UEFA,
01:21para a gente estar começando essa discussão,
01:24tentando achar o melhor modelo para implementarmos aqui no nosso campeonato do Brasil,
01:31dos campeonatos brasileiros.
01:33E o que a gente deu início foi o kick-off inicial,
01:37mas nós temos 60 dias para, durante esses debates,
01:41a gente estar apresentando os modelos mais viáveis aqui para o futebol brasileiro.
01:46E a partir desse modelo escolhido,
01:48a gente começar o nosso período de implementação e de transição
01:52tão importante nesse assunto aqui para o Brasil.
01:55O foco deve ser na transferência dos jogadores?
01:59Como?
01:59O foco deve ser na transferência dos jogadores?
02:01Na verdade, não só na transferência, mas na questão de gastos.
02:06O que nós nos preocupamos bastante são com os gastos demasiados de alguns clubes.
02:15Você tem uma arrecadação X e o clube está gastando 3X.
02:20Então, além de prejudicar o campeonato,
02:23de ser uma atitude antidesportiva com os outros clubes,
02:26os clubes menores que pagam em dia suas receitas, seus jogadores,
02:30Então, acaba tendo aquele, entre aspas, o DOPE financeiro ali.
02:35E o que a gente quer é dar uma lisura maior para os nossos campeonatos,
02:38deixar o campeonato mais disputável
02:42e tornar o futebol brasileiro autossustentável financeiramente.
02:47O senhor falou que o período de transição é a começar de 2016?
02:52Não, aí é uma construção.
02:54Não é tão simples.
02:56Eu acho que esse período de transição...
02:58Teve outros países que demoraram anos nessa transição.
03:01Nós temos que dar tempo aos clubes e se adaptarem a um novo modelo.
03:05Então, acredito que o pontapé inicial, o que precisava, a gente começou.
03:11Mas o tempo determinado a gente não tem.
03:15Mas o que nós queremos é ser o mais breve possível.
03:18Mas o tempo determinado eu não tenho.
03:20Tem uma concentração dos clubes, ou o senhor deixa de uma resistência?
03:24Tem, tanto que times de Série A e B, dos 40, nós tivemos ali 37 clubes.
03:31Então, não só clubes, mas federações, a CBF como um todo.
03:35Então, acho que está todo mundo antenado nesse tema.
03:40É um tema muito importante para todo o futebol brasileiro.
03:43E eu acredito que nós vamos construir um modelo, o melhor modelo aqui para o Brasil.
03:48A sua fala inicial na segunda-feira, o senhor falou que vai haver uma mudança no paletário da futebol brasileiro.
03:53Pode antecipar para nós, o Série Ação?
03:55Posso te antecipar que vai ser uma boa mudança no calendário brasileiro.
04:01Mas acredito que em 60 dias nós estaremos apresentando.
04:05Não trata-se só de um campeonato.
04:07A gente vai reformular a maioria dos campeonatos organizados pela CBF.
04:12Nós estamos nos ajustes finais, discutindo alguns detalhes importantes,
04:18mas aqui em 60 dias eu te conto de primeira mão.
04:21Primeira mão para o ano.
04:23São 80 dias de gestão.
04:25Como é que você encontrou a CBF?
04:28Olha, a CBF vinha por muitos anos, passando por um momento de turbulência institucional,
04:35com os gestores anteriores.
04:37Então, a gente encontrava o clima um pouco pesado nessa questão institucional.
04:47Foi onde nós começamos a tratar, não só dentro das quatro linhas, mas fora das quatro linhas.
04:53Então, com esse novo modelo de gestão descentralizada, dando autonomia para as pessoas trabalharem lá dentro,
05:00aproximando clubes e federações da CBF, aproximando os próprios funcionários da CBF.
05:07Hoje a CBF vive um novo momento.
05:10É um momento de muita união ali dentro.
05:12E isso está se refletindo fora de campo também.
05:14Historicamente, na média, o torcedor brasileiro não tem uma visão muito boa da CBF.
05:21Por um lado, tem a questão, porque na última década, ele tem tropas sucessivas de franzés,
05:25e, por outro lado, tem a questão da torcedora que sempre achar que essa é a CBF,
05:29o dar para o juízo de franzés, o certinho.
05:31Como fazer para mudar essa visão?
05:34Na verdade, a transparência, ser mais transparente de todas as ações é o que nós estamos fazendo.
05:40Eu faço uma gestão com muito diálogo, de todas as áreas, com clubes, com federações, com a imprensa.
05:49Estou ali para fazer o melhor para o futebol brasileiro.
05:53Acredito, sim, que essas mudanças que estamos fazendo, já com poucos dias de gestão,
05:59elas serão muito impactantes a médio e longo prazo para o futebol brasileiro.
06:03E eu acho que é isso, é o diálogo.
06:06O diálogo, para mim, é o pilar essencial dessa nova gestão.
06:09Na mesma linha, o torcedor se afastou nos últimos anos,
06:13perdeu um pouco daquele custo pela seleção.
06:15O que você atribui a isso e o que pode ser feito para o futebol?
06:20É muito atribuído a tudo que a CBF vinha vivendo nessas últimas gestões.
06:26Acabou perdendo um pouco da credibilidade.
06:29Mas o que nós estamos fazendo com esse trabalho transparente,
06:32aproximando mais o torcedor da seleção,
06:35nós estamos também atuando muito com a parte do nosso marketing,
06:40trabalhando isso.
06:41Vamos começar agora a dar o pontapé inicial também no CBF Social,
06:45que é um programa que estava parado.
06:47Então, são muitas ações, são muitas frentes,
06:50que acabam aproximando mais o torcedor da seleção brasileira.
06:53E essa chegada do Celote também nos ajudou bastante em relação a isso.
06:57Eu já vejo um novo sentimento no ar de grande parte da torcida brasileira,
07:04que tem nos apoiado, tem visto as mudanças que estamos fazendo
07:07e recebo muitas mensagens de apoio para continuar dessa forma.
07:13E é o que nós queremos.
07:14Nós queremos realmente que haja essa mudança no futebol brasileiro
07:18e que o brasileiro comece a torcer novamente,
07:21como torcer indicamente, como eu era torcedor quando mais jovem.
07:24E o que a gente quer é trabalhar dessa forma
07:28para que no que vem nós consigamos chegar na nossa Sexta Estreta.
07:31O senhor falou sobre a CBF Social.
07:34A CBF destravou recentemente uma verba da PIPA,
07:36ainda da Copa de 2014.
07:38A gente está investindo em centros de treinamento
07:41em áreas periféricas.
07:43Olha um pouquinho sobre isso.
07:45Na verdade, é o legado da Copa de 2014,
07:49onde todos os estados que não tiveram jogos
07:52e não foram subsedes, eles receberam o recurso disponibilizado
07:57para essa construção desse centro de desenvolvimento do futebol.
08:01Então, desde 2014 estava parado.
08:05Tinham construções que estavam paradas, prontas há muito tempo.
08:09Só que por conta do recurso de autossustentabilidade
08:12que esses centros dependem, a CBF não destravava.
08:17Então, o que eu fiz questão de fazer quando cheguei
08:21foi dar o primeiro comando para que destravassem.
08:24Nós fizemos um estudo financeiro desses recursos
08:27e vimos que tinham condições de aplicar o recurso
08:31para esses centros de desenvolvimento se sustentarem por dois anos,
08:36até que a federação conseguisse, por meios próprios,
08:39fazer os projetos e ter uma autossustentabilidade por si só.
08:43Então, nós estamos nessas entregas desses centros.
08:47Começamos com três centros de desenvolvimento no norte do Brasil,
08:51Amapá, Rondônia e Tocantins.
08:55Sexta-feira agora estou indo entregar um em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
08:59E na próxima semana nós estaremos indo para Sergipe.
09:03Então, ao todo, são 14 centros que nós queremos entregar até o ano que vem.
09:08Então, esses estados que não foram contemplados nem como subsede,
09:13nem como jogos da Copa, têm o direito de ter esses centros.
09:18Por dois anos, a CBF vai ajudar os custos.
09:21Isso, são mais de 20 milhões de investimentos para esses custos
09:24e a CBF vai arcar com esses custos até que as federações
09:28façam o seu próprio programa e tornem aquilo autossustentável.
09:31Para finalizar, a seleção brasileira sempre é apontada
09:35com uma das suas vinhetas à Copa do Mundo.
09:38O que a CBF pode fazer para que daqui a dez meses
09:40se transforme em casa?
09:45Tudo.
09:46Tudo que estiver ao alcance da CBF,
09:49nós estamos colocando à disposição da Comissão Técnica do Ocelotti.
09:53Eu fiz questão de dar 100% de autonomia para eles,
09:57então, sem interferências externas.
10:00Então, eu apenas acompanho o trabalho,
10:03o que eles decidem tecnicamente,
10:06o que eles precisam para o treinamento,
10:09quem são as seleções que vão enfrentar.
10:11Então, tudo ligado à parte técnica,
10:14eles têm autonomia.
10:15E eu só assino.
10:17Então, acredito muito no trabalho deles,
10:19são excelentes profissionais,
10:21tanto o Rodrigo Caetano como sua comissão,
10:23quanto o nosso míster, o Ancelotti,
10:25que veio como a cereja do bolo para a nossa seleção.
10:30E eu estou muito confiante,
10:32muito confiante que ano que vem
10:33a gente vai estar, sim,
10:35numa final de Copa do Mundo,
10:36se Deus quiser conquistando a sexta estrela.
10:38Presidente, muito obrigado.
10:40Boa sorte, Néstor.
10:41Obrigado.
10:41Obrigado.
10:41Obrigado.

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