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Esportes
Transcrição
00:00O lance está aqui na Granja com Maria. Eu sou a Gisele Corrêa, repórter de futebol feminino.
00:04A gente está conversando com ela, Angelina. Angelina, que é uma das craques dessa nova geração da seleção brasileira.
00:10Angelina, quero começar com o teu passado. Tu foi formada na base do Vasco, nasceu fora.
00:14Conta um pouquinho o que o futebol brasileiro te ensinou no período que tu passou aqui.
00:19Eu vim para o Brasil quando eu tinha 5 anos de idade. O meu irmão é 3 anos mais velho que eu.
00:24Ele começou jogando na escolinha de futebol, Tóquio do Futuro.
00:28E aí, como eu queria estar enturmada ali com ele, eu fui atrás e acabei gostando muito.
00:33Então, comecei nessa escolinha dos meus 6 aos 12 anos, que aí era a escolinha de meninos somente.
00:40E aí, depois disso, eu consegui um teste no Vasco da Gama, que foi com 12 anos.
00:44E aí eu fiquei lá até os 16. Então, acho que desde que eu cheguei no Brasil, desde pequena,
00:50eu estava enturmada, era com o futebol brasileiro, sabe? Estava no sangue brasileiro.
00:55Então, acho que para mim foi fácil essa escolha de ser brasileira, de escolher a seleção brasileira.
01:01E Angelina, todo mundo que tem um contato contigo, isso é geral, entre nós jornalistas,
01:05percebe que tu desenvolve muito bem, que tu fala muito bem, tem uma liderança.
01:09Apesar de ser muito jovem, eu queria saber um pouquinho da tua base, da tua família.
01:12Conta um pouquinho a história de vida, né? Para além do futebol.
01:14É, os meus pais, eles sempre foram muito presentes, assim, né?
01:19Eles sempre estavam em treinos, em jogos, eles estavam sempre querendo me incentivar.
01:24E isso fez total diferença para mim, porque também acompanhei meninas que tinham muito talento,
01:30que acabaram ficando pelo caminho, às vezes, por não ter o apoio familiar.
01:34Então, eu vejo que isso faz muita diferença.
01:36E fez para mim, realmente, na minha infância ali, na minha adolescência também,
01:41eles estavam sempre muito presentes e ajudou bastante na minha formação, com certeza.
01:46E algo que eu te perguntei lá em Bragança, no jogo contra o Japão,
01:49sobre essa identificação com a seleção feminina, porque a gente tem um momento de crise
01:53quando a gente pensa na instituição, nas seleções em geral, principalmente a masculina.
01:57Crise de identidade mesmo.
01:58E você, mesmo nascendo fora do Brasil, mesmo tendo a possibilidade de ficar, né?
02:02Porque hoje joga no Orlando Pride.
02:05Fala um pouquinho para a gente essa tua identificação com o Brasil,
02:07investir a camisa e o que tu sente toda vez que tu vem aqui e servir a seleção.
02:11Acho que a base familiar entra muito nisso, né?
02:14Os meus pais, eles são brasileiros, então...
02:16Minha família toda é aqui do Brasil.
02:18Eu tenho ainda um pouco de família lá nos Estados Unidos,
02:21mas a maioria é tudo aqui.
02:22Foi onde eu cresci, onde eu desenvolvi a minha personalidade.
02:27Então, eu me identifico muito com o Brasil.
02:31E, para mim, como eu falei, foi fácil a escolha de ser brasileira,
02:34porque quando eu jogo com essa camisa, eu sinto algo diferente.
02:36E em relação à tua posição, né?
02:38Tu é meio campista.
02:39É tão difícil pensar o jogo, marcar, mas também criar.
02:42Conta para a gente se tu tem alguma referência na posição de meio campista
02:46e como tu enxerga teu papel tático hoje na seleção.
02:49Bom, jogando como meio campo é uma posição um pouco difícil, né?
02:53Pelo fato de você ter que desenvolver muito a visão de jogo, né?
02:56Você tem que estar sempre ligada, tanto na parte defensiva quanto ofensiva,
02:59porque a defesa conta com você ali na marcação.
03:04E aí, quando você está com a bola, também um ataque depende de você para a bola chegar.
03:07Então, eu gosto muito dessa posição porque você participa do jogo em todas as fases, né?
03:12Então, eu vejo que o meio campo aqui na seleção,
03:15essa é a função de controlar o jogo, de dar ritmo ao jogo.
03:19E, normalmente, falam, né?
03:20Quando o meio campo está bem, o time flui.
03:22Então, é uma responsabilidade, mas é gostoso,
03:24porque a gente está sempre participando dos lances.
03:26E algo que a gente percebeu aqui hoje no bastidor do treino aberto da seleção,
03:29na Granja Comari, é que você tem esse jeito calminha, sereno,
03:33mas lá dentro, o bicho pega.
03:35A personalidade muda.
03:36Chama atenção.
03:38Então, conta para a gente como é esses dois lados de Angelina.
03:41Fora de campo, eu sou bem tranquila,
03:43eu sou muito na minha, reservada e tal.
03:46Mas, quando eu piso dentro de campo,
03:48eu me transformo em uma outra personalidade mais extrovertida.
03:52Eu gosto da resenha, gosto da brincadeira.
03:54E, quando eu estou ali dentro de campo, é muito sério para mim.
03:57Eu levo muito a sério o que eu faço.
03:58E, ali, eu sou mais explosiva, sou mais intensa,
04:02porque eu levo essa raça dentro de mim,
04:06que eu tenho que estar ali, muito intensa no jogo.
04:08Legal.
04:09E, para a gente finalizar, agora pensar em Copa América.
04:11Copa América que está chegando aí.
04:12Estamos há cinco dias da Copa América, no momento dessa gravação.
04:15Eu queria saber de você,
04:16quais são as expectativas,
04:18se o Brasil é mesmo o favorito,
04:19se vocês admitem isso internamente,
04:21ou tem aquele discursinho um pouco mais moderado?
04:23Ah, eu acredito que é legal a gente ter esse discurso moderado até,
04:28porque a gente não pode se apegar ao que passou, sabe?
04:32Foram outros grupos, outras pessoas que conseguiram o título,
04:35fizeram um histórico muito bonito,
04:37mas é sempre uma nova história,
04:39os times estão evoluindo,
04:40então, é tudo muito diferente.
04:42A gente não pode se apegar ao que passou,
04:44então, a gente tem que construir algo novo aqui
04:45para que a gente possa continuar sempre sendo considerado favorito.
04:49Você já pensou, Angelina, na cena?
04:51E aí, a gente vai imaginar juntos como torcedores também,
04:54jornalistas, torcedores da seleção brasileira.
04:56Você é uma das capitães da equipe,
04:57já pensou daqui a dois anos,
04:59se o Brasil conquista uma Copa do Mundo,
05:00levantar aquela taça.
05:02Você consegue ter essa imagem na sua cabeça?
05:04Com certeza.
05:05Acho que desde que o Arthur assumiu,
05:07era isso que ele implementou na nossa cabeça,
05:09de todo mundo aqui que já passou,
05:10que muitas meninas já passaram por aqui,
05:12e vão continuar passando até esse ciclo da Copa.
05:16E ele sempre passou isso para a gente,
05:17de confiança.
05:18A gente vai vencer a Copa do Mundo,
05:20a gente vai ser campeão.
05:21Então, essa confiança que a comissão traz para a gente,
05:24agora já está dentro da gente,
05:26já está na cabeça do mundo.
05:27Se for perguntar para todo mundo aqui,
05:29está todo mundo pensando,
05:29a gente vai ser campeão da Copa.
05:31Então, é bem legal que trouxe essa confiança,
05:34de dentro para fora, de todas as meninas.
05:37Angelina, eu te agradecer por essa entrevista
05:39e desejar boa sorte na Copa América Feminina.
05:41um primeiro passo,
05:42uma preparação que já tem sido realizada
05:44nesse ciclo pós-Olimpíadas.
05:47E te desejar toda a sorte do mundo,
05:49que o Brasil consiga trazer mais uma taça.
05:51Obrigada.
05:52Valeu.
05:53Obrigada, querida.
05:53Obrigada.
05:54Obrigada.
05:55Obrigada.
05:56Obrigada.
05:57Obrigada.
05:58Obrigada.
05:59Obrigada.
06:00Obrigada.
06:01Obrigada.
06:02Obrigada.
06:03Obrigada.
06:04Obrigada.
06:05Obrigada.
06:06Obrigada.
06:07Obrigada.
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06:09Obrigada.
06:10Obrigada.
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06:14Obrigada.
06:15Obrigada.
06:16Obrigada.
06:17Obrigada.
06:18Obrigada.
06:19Obrigada.
06:20Obrigada.

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