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Em entrevista ao Jornal da Manhã, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, comentou o tarifaço imposto por Donald Trump e afirmou que o Brasil continuará enfrentando dificuldades devido à postura do presidente Lula, que, segundo ele, adota um discurso anti-Estados Unidos. Zema também falou sobre a isenção de alguns produtos concedida pelo governo norte-americano.
Apresentadores: Roberto Nonato e Soraya Lauand
Entrevistado: Romeu Zema

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Transcrição
00:00O governo de Minas Gerais anunciou ações para amenizar os impactos do tarifaço ao Estado, principalmente para o setor produtor de café.
00:09Sobre esse assunto, a gente conversa agora com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que gentilmente atende aqui a Jovem Pan.
00:16Governador, queria antes da gente entrar propriamente dito nas medidas para o setor do café,
00:23qual é a sua impressão desse tarifaço à medida em que a gente teve alguns produtos isentos,
00:28entre eles o ferro-guza, que é muito importante para o seu Estado também.
00:32Ficou menos pesado que o imaginado? Qual é a avaliação que o senhor faz? Bom dia e bem-vindo.
00:39Bom dia, Roberto. Bom dia, Soraya. Bom dia para todos que nos acompanham. Agradeço muito a participação.
00:48Realmente, o tarifaço tem um impacto muito grande no Brasil, já que os Estados Unidos é um grande comprador de produtos
00:56produzidos no Brasil e também aqui em Minas Gerais. As exclusões anunciadas propostas ontem amenizam razoavelmente o problema,
01:08mas ele não desapareceu. Nós vamos continuar enfrentando dificuldades muito em virtude dessa postura,
01:19principalmente do presidente Lula, que está tendo essa argumentação contra o dólar, um discurso anti-americano, anti-Ocidente
01:33e essa proximidade enorme, desproporcional com ditaduras, com países que não prezam a democracia.
01:42É o preço que o Brasil começa a pagar. Não sabemos se esse preço vai aumentar, em virtude desse posicionamento totalmente equivocado.
01:54E lembrando que o Brasil, no passado, sempre foi um país que se relacionou bem com todos os demais do mundo.
02:02Mas, infelizmente, nessa gestão Lula-PT, nós estamos tendo uma proximidade desmedida com esses países que são totalmente desalinhados
02:14de práticas democráticas, não são países cristãos, não têm nenhuma afinidade, inclusive geográfica, com o Brasil.
02:23E ficar agora acompanhando. Aqui em Minas nós temos feito tudo para amenizar esse impacto.
02:30Ontem estive aqui reunido com empresários, com líderes de setores e já disponibilizamos aqui algumas medidas que já estão, inclusive, em vigor.
02:43Como a liberação de R$ 100,00 de crédito de ICMS que as empresas têm e que levariam um bom tempo para serem ressarcidos.
02:53Nós vamos fazer isso num prazo curtíssimo para dar um alívio às empresas exportadoras para os Estados Unidos que foram afetadas.
03:03Além disso, estamos disponibilizando R$ 200 milhões pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais,
03:11com taxa de 0,9% para esses empresários que também estão sendo afetados.
03:19E vamos estar acompanhando. Talvez mais medidas sejam necessárias, dependendo do desfecho.
03:27Governador, bom dia para o senhor. Obrigada pela gentileza da entrevista.
03:31O senhor já deve ter escutado, claro, do setor produtivo, qual que é a maior demanda deles a curto e longo prazo.
03:39O que mais eles pedem para o governo estadual nesse momento?
03:42O que eles mais pedem é acabar com a retaliação, Soraya.
03:49Só que quem tem hoje autonomia para fazer isso e infelizmente não está fazendo é o governo federal.
03:58Os governadores, os parlamentares têm se mobilizado, mas quem representa o Brasil perante outros países é o Itamaraty, é o presidente.
04:12E até o momento o que nós estamos vendo é um aumento de temperatura e pressão.
04:17O presidente, em vez de dialogar, de se propor a ir a sentar, tenha feito um discurso anti-Estados Unidos,
04:28continuando com uma postura que, no meu entender, só contribui para agravar a situação.
04:35E nós aqui estamos fazendo o possível, mas realmente não está sendo, vamos dizer, fácil,
04:43está conduzindo esse problema, já que nós não temos procuração para estar resolvendo isso, nós governadores.
04:51E lembrando que o Sul e o Sudeste são os estados mais atingidos por essas medidas.
04:58Governador, falando um pouco, pensando já para as eleições de 2026,
05:03governadores cotados para disputar o Planalto, como é o seu caso,
05:08tem dito que a direita terá uma unidade lá em 2026, né?
05:12Mas o tarifácio acabou gerando algumas rusgas, principalmente entre Eduardo Bolsonaro, Tassígio.
05:18Esse pode, na sua avaliação, ser um fator que pode provocar um racha?
05:26Por muito confiante, o cenário que se desenha é que a direita terá alguns candidatos no primeiro turno
05:36e, conversando com o presidente Bolsonaro há 15 dias atrás, ele, inclusive, concorda que isso é o melhor,
05:45já que isso vai amealhar, trazer mais votos para a direita.
05:50E, num segundo turno, com toda certeza, a direita vai estar unida em torno do candidato que passar para o segundo turno.
05:59Eu visualizo esse cenário. Estou muito confiante, porque o governo Lula está plantando o desastre.
06:09Nós vamos ver a repetição de 2015-16, que foi a maior recessão da história do Brasil,
06:17enquanto todo o resto do mundo crescia.
06:20Esse crescimento que aconteceu ano passado, está acontecendo, é via anabolizante.
06:26Não é um crescimento sustentável e muito menos saudável.
06:32Perfeito. Governador, a gente tem um minuto e eu gostaria que o senhor usasse aí todo o seu poder de síntese
06:37para a gente fechar a nossa conversa aqui.
06:39Quando o senhor cita que o Brasil aproximou-se de ditaduras, que efetivamente falou contra o dólar,
06:47o senhor entende, então, que as medidas adotadas pelo Donald Trump
06:50são mais políticas do que necessariamente econômicas? Rapidamente, por favor.
06:56Bom, o que eu visualizo é o seguinte.
07:01Esse discurso do presidente Lula contra a ordem mundial não é de hoje.
07:08E isso fez os ânimos irem se exaltando ao longo do tempo.
07:14E tudo tem limite.
07:17O que os países dos BRICS têm em comum?
07:20São países cristãos?
07:21São países que estão em uma mesma região geográfica?
07:27Não.
07:28São países que compartilham valores democráticos, que inclusive o PT exalta tanto?
07:35Não.
07:36Os países dos BRICS têm, me parece, um interesse que é questionar o sistema econômico,
07:44que não foi construído por ninguém.
07:46Ele ocorreu ao longo da história e principalmente questionar Estados Unidos e Europa.
07:52E se aproximar de países que, muitas vezes, como eu disse, têm sistemas ditatoriais.
08:00Então, isso com toda certeza tem um peso.
08:03E o presidente Trump está usando a força econômica dos Estados Unidos
08:09para que o Brasil reconsidere isso.
08:13O Brasil, mais uma vez, sempre teve um relacionamento bom com os países no mundo.
08:19Pela primeira vez nós estamos assistindo um presidente começar a afrontar outros países
08:26como o presidente Lula tem feito.
08:28Então, eu vejo que o presidente Trump tem usado, né, tanto de questões econômicas
08:35quanto políticas para estar tentando, né, reconduzir o Brasil para um lugar
08:41de onde ele sempre deveria ter ficado e nunca ter saído.
08:45E que, infelizmente, o presidente Lula e a diplomacia do PT têm tomado um rumo totalmente equivocado.
08:52Governador, muito obrigado. Um bom dia ao senhor, hein?

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