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O vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Ingo Plöger, comenta os possíveis impactos das tarifas anunciadas por Donald Trump sobre o agronegócio brasileiro e avalia como o setor pode reagir diante desse cenário.
Apresentadores: Roberto Nonato e Soraya Lauand
Entrevistado: Ingo Plöger

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Transcrição
00:00Com a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a agricultura já projeta os efeitos no setor.
00:07A gente vai falar sobre o assunto agora com o vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Ingo Plogger.
00:14Bom dia, senhor Ingo, bem-vindo aqui à Jovem Pan.
00:18Bom dia, Nonato e Sagaia.
00:20Diante dessa tarifa que o Donald Trump promete colocar em vigor a partir de agosto, caso a gente não avance aí em negociações,
00:28os senhores já têm um cálculo do quanto isso impacta para o agronegócio do Brasil, senhor Ingo?
00:35Não, é difícil fazê-lo porque você tem uma cadeia produtiva e que cada um tem um destino e uma lógica muito diferenciada.
00:45Quando a gente fala de papel celulose é uma realidade, quando a gente fala de café é outra,
00:51quando a gente fala da parte de carnes é uma terceira.
00:54Então, você tem em cada um efeitos colaterais ou efeitos primários que poderão ser imediatos ou postergados.
01:03Se você pensar em máquinas e equipamentos, talvez no primeiro momento você não sinta esse impacto,
01:08mas daqui a alguns meses você poderá senti-lo.
01:11Então, o impacto, se assim permanecer, será muito forte em relação ao nosso negócio com os Estados Unidos.
01:19Agora, senhor Ingo, muito bom dia para o senhor também, obrigada pela entrevista.
01:25Além dessa taxação de 50%, ontem o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também subiu o tom em relação à Rússia,
01:33dizendo aí que vai colocar novas sanções secundárias, inclusive que podem atingir o Brasil,
01:40pensando que o Brasil tem um fluxo importante e significativo de exportações, principalmente de soja, de carne.
01:47De que maneira vocês estão vendo também essa ameaça à Rússia que pode atingir aqui nosso país?
01:55Os efeitos colaterais, Soraya, a gente está começando a retrabalhar.
02:00Porém, nós já temos uma série de efeitos colaterais desde o início das tarifas americanas.
02:10Então, percebemos, por exemplo, que a iniciativa chinesa na América Latina tem aumentado em função das barreiras colocadas.
02:20O Canadá, a União Europeia tem atitudes similares.
02:24Então, no geral, nós sentimos que a conjuntura internacional está em um forte movimento.
02:30Então, o que nós necessitamos neste momento, Soraya, é concentração de esforços, de união de esforços,
02:39para que a gente possa fazer o diálogo construtivo com os Estados Unidos.
02:43Esse é o nosso ponto.
02:44Então, se você olhar o que a União Europeia está fazendo,
02:47ela está num, digamos, silêncio ensurdecedor,
02:52porque você não ouve nada na negociação.
02:54E eles estão tentando fazer de tudo para conseguir, pragmaticamente, ter algumas soluções.
03:01Agora, senhorinho, a gente tem a reunião hoje de Alckmin com alguns empresários,
03:08exatamente para tentar discutir que tipo de ação pode se ter nos Estados Unidos.
03:12E o senhor falou do movimento que a gente tem atualmente.
03:16Me parece que a chegada do Donald Trump ao governo dos Estados Unidos,
03:20e aí com todas essas ações que ele tem tomado, tarifa para cá, tarifa para lá,
03:26gera uma nova realidade para o comércio mundial.
03:29E aí o senhor citou vários outros países também que estão no mesmo cenário,
03:33ou seja, vão lá negociar.
03:35É por aí que a gente tem que encontrar uma saída, ou seja,
03:38negociar diretamente com o governo americano para tentar reduzir esse tarifácio
03:45antes que agosto chegue?
03:46A saída é a negociação, Ingo?
03:48Nonato e Soraya, é a única saída que nós podemos visualizar de uma maneira pragmática.
03:56Não é hora, no momento, de exercer ações de declarações políticas
04:03que possam irritar um lado ou outro.
04:06Nós vimos o que acontece quando você entra por essa via.
04:09No momento, para o lado empresarial, é fundamental a gente manter o pragmatismo,
04:15com a cabeça fria, a calma, a tranquilidade, sentar e buscar a união,
04:20porque cada um desses setores, Nonato e Soraya, eles têm lógicas diferentes.
04:26Imagina uma Embraer que tem investimentos nos Estados Unidos,
04:30tem produtos lindas e lindas em relação ao café.
04:34Não tem nada a ver.
04:35Agora, se cada um sair por um lado, a negociação vai ficar extremamente fragilizada
04:41e nós temos que buscar alianças.
04:45O americano, o nosso cliente, o nosso investidor, o nosso fornecedor,
04:51parceiro em tecnologias, eles sentem a mesma coisa do que nós.
04:55É uma relação de 200 anos.
04:57Então, vamos buscar essas alianças, vamos trabalhar com pragmatismo.
05:01Temos coisas para oferecer? Sim.
05:04Eles têm coisas para resolver? Também.
05:06Então, é muito mais no silêncio, de um lado,
05:10mas força de união, pragmatismo e trabalho
05:14para a gente constituir essa relação de novo.
05:18Dentro, então, essas possibilidades de negociações,
05:22seria benéfico, talvez, pedir um pouco mais de tempo
05:25para conseguir construir um cenário, uma negociação um pouco mais madura,
05:31para tentar reverter essa tarifa ou diminuir a porcentagem?
05:36Certamente, Soraya.
05:37Eu acho que um negociador habilidoso,
05:41um negociador que conhece as relações internacionais,
05:44ele sabe qual é o cardápio que ele tem pela frente,
05:48o que ele tem para oferecer e o que ele tem para ceder.
05:52Então, o urgente, no momento, é nós demonstrarmos essa vontade do diálogo,
05:57construir essa fonte de uma maneira confiável e com credibilidade.
06:03Então, do lado empresarial, inclusive,
06:06seria muito bom a gente também ter, digamos,
06:10uma composição conjugada com alguém que tem muita experiência no lado internacional.
06:16Imagina um ex-embaixador da OMC ou alguma coisa assim que nos venha assessorar
06:22para que possamos, em conjunto, trazer propostas.
06:26Porque agora, no momento, é a união.
06:28No momento, a gente teria que trazer a lógica dessa negociação.
06:35Nós conversamos aqui no Jornal da Manhã com o vice-presidente
06:38da Associação Brasileira do Agronegócio, Ingo Plogger.
06:42Senhor Ingo, muito obrigado pela gentileza.
06:44Um bom dia aí para o senhor.
06:45Muito obrigado, Nonato.
06:47Sarai, ótimo dia.

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