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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, saiu em defesa do diálogo e firmeza quanto às tarifas dos EUA impostas por Donald Trump. A declaração do parlamentar foi dada após uma conversa com o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Comentaristas: Acacio Miranda e Jesualdo Almeida.
Reportagem: Luciana Verdolin.

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Transcrição
00:00Hugo Mota, o presidente da Câmara dos Deputados, saiu em defesa do diálogo e firmeza quanto às tarifas dos Estados Unidos.
00:08Ao vivo em Brasília, a repórter Luciana Verdolim participa aqui com a gente do Jornal da Manhã e tem mais detalhes sobre essa fala do presidente da Câmara.
00:17Luciana, bom dia, bem-vinda.
00:21Bom dia, Nonato, bom dia a todos.
00:23Olha, o presidente da Câmara, o deputado Hugo Mota, deixou bem claro, ele reafirmou que o momento é de expectativa, o momento é de diálogo.
00:31E assim como o governo federal, tanto a Câmara quanto o Senado também lembraram que vão acompanhar a atenção e que é preciso socorrer o setor produtivo.
00:42A conversa com o vice-presidente Geraldo Alckmin foi ontem, juntamente também com o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto.
00:49Em nota, em publicação nas redes sociais, melhor dizendo, a gente tirou até o destaque para vocês, o Hugo Mota diz o seguinte,
00:57que reafirmou aos dois que a Câmara dos Deputados acompanha os desdobramentos desse caso, dessa briga comercial do Brasil com os Estados Unidos
01:06e está à disposição para agir com firmeza em defesa dos interesses do nosso setor produtivo, de nossa economia e da proteção dos empregos dos brasileiros
01:16que podem ser direta ou indiretamente atingidos pelas medidas.
01:21Nessa semana também, na última semana, a gente viu que o presidente da Câmara e o presidente do Senado
01:26divulgaram uma nota conjunta do Congresso Nacional contra esse posicionamento dos Estados Unidos,
01:33afirmando que o Congresso vai acompanhar de perto todos os desdobramentos.
01:37E lembrou que já tem aprovada a chamada Lei da Reciprocidade, que foi discutida no Congresso Nacional exatamente depois que os Estados Unidos
01:48avançaram, ameaçaram impor novas taxas ao aço brasileiro.
01:54O vice-presidente Geraldo Alckmin, que é quem toma conta dessa negociação com o governo norte-americano,
02:00juntamente com o Ministério das Relações Exteriores, disse que vai sair um decreto também do governo brasileiro
02:07regulamentando a questão em torno da taxação da reciprocidade.
02:12Enquanto isso, o presidente Lula tem dito o seguinte, que vai recorrer à organização do comércio,
02:19que tudo ainda vai depender de negociações com os Estados Unidos,
02:23mas que o Brasil está pronto, sim, para também sobretaxar produtos norte-americanos.
02:29E lembrou que vai criar, não um gabinete de crise, mas um comitê com o setor produtivo para discutir o assunto.
02:36E que, nesse momento, a prioridade é que o governo, o Congresso Nacional também,
02:41eles vão ajudar o setor produtivo a entender e a reagir a essa questão dos Estados Unidos.
02:49Lá no Congresso Nacional, apesar do governo estar rebatendo muito, principalmente,
02:54essa defesa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de rever a posição jurídica aqui no Brasil,
03:01envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, os presidentes da Câmara e Senado não tocaram nesse ponto.
03:08Muito obrigado. Luciana Verdolim, direto de Brasília.
03:12Daqui a pouco ela volta na programação com mais informações.
03:15E é um assunto que a gente traz também para os nossos comentaristas.
03:17A Cássio Miranda e Jesualdo Almeida estão com a gente.
03:20A Cássio, eu vou começar contigo essa rodada à medida em que a gente tem essa declaração do Hugo Mota,
03:27pedindo diálogo, mas também firmeza.
03:29E, por outro lado, a gente tem uma negociação da Índia com os Estados Unidos
03:34para tentar reduzir as tarifas e o processo está avançando.
03:37Por que eu estou citando a Índia?
03:39Porque muito se falou que o Brasil, recebendo o grupo BRICS aqui,
03:43falando na possibilidade de uma moeda que pudesse transacionar com outras nações para além do dólar,
03:49poderia também ser um gatilho para o Donald Trump ter adotado todas essas medidas.
03:54Então, não parece que talvez seja tão justificado,
03:57senão não faria acordo também com a Índia, que está dentro do BRICS.
04:00Como é que você vê essa possibilidade de uma resposta diplomática,
04:04mas também com firmeza, Cássio?
04:07Nonato, você tocou no ponto crucial.
04:09Existem duas avaliações distintas do tarifácio do Trump.
04:14Uma avaliação interna, que fala que é uma retaliação
04:17por conta da situação do ex-presidente Jair Bolsonaro,
04:20e uma avaliação externa, que diz que é uma postura de Donald Trump em relação aos BRICS.
04:27Verdade seja dita, não é uma retaliação em relação aos BRICS.
04:31É uma retaliação em relação à China e Rússia,
04:35que são os dois representantes mais fortes dos BRICS.
04:38E quando você toca no caso da Índia,
04:42é exatamente o exemplo que se tem.
04:44A Índia também faz parte dos BRICS,
04:47numa situação equivalente à do Brasil,
04:50é um segundo escalão dos BRICS,
04:53e os Estados Unidos, Donald Trump,
04:55se prontificaram a negociar.
04:57Porque eles sabem que trazer para perto de si
05:01os hoje aliados de Rússia e China
05:05é um fator positivo.
05:07Portanto, eu sou capaz de cravar,
05:09e acho que o Hugo Mota teve essa leitura também,
05:12que, em havendo uma negociação do Brasil
05:16com os Estados Unidos,
05:18que afaste o Brasil da Rússia e da China,
05:24Donald Trump esquecerá,
05:26ou pelo menos tratará com um pouquinho menos de rigor,
05:30entre aspas,
05:31a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
05:34Porque, ao fim e ao cabo,
05:36as relações internacionais
05:37são pautadas por interesses econômicos.
05:41E, economicamente,
05:42não interessa aos Estados Unidos
05:44travar as suas relações com o Brasil.
05:49Especialmente porque Donald Trump
05:51estaria jogando o nosso país
05:53no colo dos seus dois principais concorrentes.
05:59Jesualdo Almeida,
06:00a Câmara e o Congresso como um todo,
06:03afinal, o Senado Federal
06:05acabou até soltando nota conjunta
06:07ali entre Câmara e Senado
06:09sobre essa taxação.
06:12Eles precisam agir de forma conjunta
06:14com o governo federal nesse momento?
06:16Porque, recentemente,
06:17tiveram alguns atritos,
06:18alguns desentendimentos, né?
06:21Sim, houve, Beatriz,
06:22esses atritos,
06:23esses desentendimentos,
06:24mas parece que, pelo menos nesse assunto,
06:26eles estão alinhados.
06:27Vamos lembrar que o decreto da reciprocidade
06:30foi aprovado no Congresso
06:32por unanimidade.
06:34Isso conseguiu unir tanto a oposição
06:36quanto a situação.
06:38E fazendo cor ao que foi dito aqui
06:40muito bem pelo Acácio,
06:42são três os vieses
06:44pelos quais pretende-se explicar
06:46essa taxação ao Brasil.
06:47O primeiro, o BRICS.
06:48Participar do BRICS
06:50e ter incentivado o BRICS.
06:51Ora, mas a Rússia não foi taxada,
06:54existe negociação com a Índia
06:56e também negociações com a China.
06:58Não deveria ser diferente com o Brasil.
07:00Também se falou que seria uma represária
07:02a atuação do Supremo Tribunal Federal
07:04contra as Big Techs.
07:06Se de fato é isso,
07:07o governo federal tem muito pouco para fazer,
07:09haja vista que a decisão é
07:10eminentemente do próprio Supremo.
07:13Caberia quando muito ao Congresso
07:14editar uma lei para regulamentar
07:16essas Big Techs
07:18nos termos que os Estados Unidos pretendem.
07:20Resta, portanto, a terceira hipótese,
07:22que parece ser a mais forte.
07:24É uma questão eminentemente política.
07:27E se é eminentemente política,
07:29se é uma preservação de um aliado seu,
07:31como no caso Jair Bolsonaro,
07:33o Trump invade indevidamente
07:35a soberania do país.
07:36E mais, tenta desfazer uma medida judicial
07:40por conta de uma discussão
07:42que nem diplomática é,
07:44que fica efetivamente no campo econômico
07:47das tarifas.
07:48E é por isso que parece,
07:50parece pelo menos na primeira vista,
07:52que tanto o presidente da Câmara
07:53quanto o presidente do Senado
07:54estão alinhados ao governo federal
07:57nesse aspecto.
07:58A resposta deve ser
08:00do campo diplomático
08:01e que fique muito claro
08:02que a soberania do Brasil
08:03é inegociável.

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