Em entrevistas ao Jornal da Record e ao Jornal Nacional, ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o Brasil não se curvará aos ataques de Donald Trump, que ameaçou taxar em 50% as exportações para os Estados Unidos, caso o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não seja interrompido, e por causa de um “desequilíbrio comercial” entre os países — como imagina o presidente norte-americano. Segundo Lula, a carta endereçada a ele é “absurda” e atesta o total desconhecimento de Trump sobre o comércio bilateral de Brasil e EUA.
00:00Em entrevista à TV Record, o presidente Lula afirmou nesta quinta-feira que está disposto a negociar sobre a intenção dos Estados Unidos de impor novas tarifas sobre os produtos brasileiros, mas reiterou que seu governo avalia medidas de reciprocidade.
00:13Nós não abriremos mão da reciprocidade. Enquanto isso, vamos tentar negociar. O mandato de um presidente está a durar quatro anos. Daqui a pouco, quem sabe, tem outro presidente que quer negociar.
00:25É importante que ele entenda que aqui no Brasil, quem estabelece as regras é o Brasil.
00:32Lula enfrenta um desafio econômico inédito após o presidente americano Donald Trump anunciar na quarta-feira sobre taxas de 50% sobre as importações de origem brasileira.
00:43Lula já havia mencionado na noite de quarta-feira a lei de reciprocidade econômica em resposta às novas tarifas anunciadas por Trump, que devem começar a ser aplicadas em 1º de agosto.
00:55A lei publicando anunciou tarifas de 10% sobre importações brasileiras, a lei autoriza o Executivo a decidir sobre a suspensão de concessões comerciais, investimentos e obrigações relacionadas a direitos de propriedade intelectual.