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Em entrevista ao programa EM Minas, o prefeito Álvaro Damião fez um balanço dos seus primeiros 100 dias à frente da prefeitura. Segundo ele, o objetivo agora é claro: “destravar Belo Horizonte”.
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NotíciasTranscrição
00:00Estamos de volta com o programa em Minas e agora com um bloco específico, especial
00:21para você que nos acompanha pelo YouTube do Portal Uai.
00:25O convidado de hoje, o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião.
00:28Então, Álvaro, muita coisa ainda para a gente conversar, muitas perguntas que a gente
00:33precisa aqui fazer para você e eu já começo perguntando sobre a pesquisa divulgada recentemente
00:38pelo Estado de Minas, que fala aí sobre o seu governo, está super, está ali, a balança
00:43está para cima, mas um ponto citado pelos belo-horizontinos que causa a maior insatisfação é o transporte
00:51público.
00:51Então, o que o Álvaro Damião pode dizer para a gente hoje sobre o transporte em Belo Horizonte,
00:55o que pode ser feito para melhorar o transporte, a vida do cidadão que precisa ir e voltar
01:01para casa e está contando aí com o transporte.
01:03Sobre a pesquisa primeiro, agradecer, porque a gente tem 42% de aprovação numa pesquisa
01:09com três meses apenas no mandato de prefeito da cidade.
01:13Então, é primeiro agradecer a todas as pessoas que confiam na gente e falar para todas as
01:17outras que podem confiar porque nós estamos ali para trabalhar.
01:20e trabalhamos 24 horas, se precisar, gostamos muito do que estamos fazendo, apaixonados
01:26pelo que estamos fazendo e pela nossa cidade.
01:28Se tiver algum erro, é um erro tentando acertar, tentando melhorar a vida das pessoas mais simples
01:32e das que mais precisam.
01:35Transporte público em Belo Horizonte, ele é um problema antigo.
01:37Eu sou da capital, eu conheço o transporte público.
01:40Eu sou frequentador, eu sei o que é o 502, o Guarani, eu sei o que é o 504.
01:44Você perguntar para mim, 505 é o Tupi, o 100 é o Barreiro, 1144 é a Independência,
01:49região do Barreiro.
01:51Eu sei o que é o transporte público em Belo Horizonte, mas sei também que nós temos
01:55a frota mais nova de todas as capitais do Brasil dos últimos cinco anos.
02:00Eu sei também que o nosso transporte público, ele precisa de melhoria, mas os nossos ônibus
02:06são novos, de qualidade.
02:08Nós precisamos de mais ônibus, precisamos de aumentar a nossa grade de horários, precisamos
02:13atender à noite porque não atende à noite, precisamos de um atendimento melhor no final
02:18de semana, precisamos.
02:19Mas nós não podemos generalizar e falar que o nosso transporte público é ruim, porque
02:23o nosso transporte público é bom, ele falha em algumas coisas e é nisso que a gente vai
02:28entrar para poder consertar.
02:30E a gente já está conversando com o CETRA, eu faço reuniões com o CETRA, eu converso,
02:34eu participo das reuniões, não é só a Secretaria de Mobilidade que faz, não é só
02:39a BH Trans que faz, eu participo disso tudo.
02:42Eu quero melhorar o transporte público de Belo Horizonte ouvindo as pessoas.
02:46E uma das coisas que as pessoas mais reclamam é sobre os horários, é o ônibus não passar,
02:51passar lotado.
02:53Então é essa grade de horários que nós estamos discutindo com o setor.
02:57Não existe a possibilidade de eu fazer transporte público em Belo Horizonte sem conversar com
03:02quem é especialista, com aqueles que fazem o transporte público, que eles já fazem há
03:06anos.
03:07A gente tem que trabalhar e a gente está fazendo isso.
03:09Nós vamos reformular logo em breve, muito em breve mesmo, até o final do ano eu acredito
03:14que nós já vamos ter algumas gratas surpresas para o povo de Belo Horizonte em relação
03:19ao transporte público.
03:20Mas posso dizer que o que começou com o FUAD nós estamos continuando, que é o Tolerância
03:25Zero, por exemplo.
03:26E o que é o Tolerância Zero?
03:28Antes, aqui no Estado de Minas, na TV Alterosa, no grupo em geral, na imprensa em geral, todo
03:35dia você via um ônibus quebrado mostrando que tinha goteira dentro de ônibus, ar-condicionado
03:40que não funciona.
03:41Hoje isso pode acontecer?
03:42Claro que pode acontecer.
03:44São 2.800 ônibus rodando pela cidade.
03:47Isso pode acontecer.
03:48Mas é caso isolado.
03:49Isso não acontece mais como acontecia.
03:51Você vai ter dificuldade para conseguir essa imagem e colocar no jornal, porque não tem
03:55mais ônibus rodando dessa forma.
03:57E o que é isso?
03:58É o Tolerância Zero.
04:00Nós estamos, a Prefeitura está nas garagens todos os dias olhando os ônibus que saem.
04:04E aqueles que não têm condições de sair, não estão saindo.
04:07Pode passar um ou outro?
04:08Pode, porque é natural isso acontecer.
04:10São muitos os ônibus.
04:12Mas nós estamos atentos, nós vamos mudar a grade, nós vamos atender de madrugada
04:16e vamos atender no final de semana como não vinha acontecendo.
04:19Agora, um ponto positivo da pesquisa também divulgada pelo Estado de Minas são as obras
04:24de infraestrutura, né?
04:25O que você pode dizer aí?
04:27Há algo ainda planejado?
04:28O que já está em andamento?
04:30A gente já tem as obras acontecendo em Belo Horizonte, por isso elas foram mostradas
04:36nas pesquisas.
04:37As pessoas sabem, no fundo, que as encostas não atacam mais as pessoas mais simples, dos
04:46bairros mais simples da cidade, como atacavam.
04:48Antes, caía pedra, era uma...
04:50Você não consegue...
04:51Uma pessoa que mora próximo de uma encosta, Carol, ela não consegue dormir.
04:55É só um trovão solto.
04:58Passar um trovão que a pessoa já fica alarmada dentro de casa.
05:01Ela não sabe se ela vai poder dormir com tranquilidade ou não.
05:04Hoje, nós não temos mais esse problema.
05:06São mais de 300 encostas em Belo Horizonte, todas elas protegidas.
05:11Nós não tivemos problemas com a chuva esse ano, como já tivemos em outras épocas.
05:16Nós tivemos pequenos alagamentos, nada comparado com 3, 4 anos atrás.
05:22Por quê?
05:22Por causa das obras que estão sendo feitas, pelas contenções que estão sendo espalhadas
05:27por toda a cidade.
05:28É na Vilarinho, é no 1º de Maio, é na região do Barreiro, é na Tereza Cristina.
05:32Olha a realidade de quem mora na Tereza Cristina hoje com aquela de quem mora lá e que estava
05:37lá 3 anos atrás.
05:38Então, isso tudo está mudando e as pessoas estão vendo.
05:41Então, o que acontece com a pesquisa?
05:43Essa pessoa foi perguntada.
05:45Então, essa pessoa fala, olha, eu não conseguia sair de casa.
05:49Hoje, eu consigo sair de casa na chuva.
05:51Então, essas mudanças estão acontecendo.
05:54Mas nós vamos continuar fazendo.
05:56Nós temos muitas outras por vir.
05:58As principais, elas podem ser consideradas.
06:01Por exemplo, vou dar exemplo aqui porque todo dia acontece uma coisa.
06:04Belo Horizonte é uma cidade que, a partir de agora, está pulsando.
06:07e eu ando por toda a cidade.
06:08Nós temos a trincheira da Cristiana Machado, que é uma realidade que vai estar...
06:15As obras já começaram em frente à Igreja Católica, a Faminas, no final da Cristiana Machado.
06:20Para quem vai para o aeroporto de Confins, para quem vai para a região de Lagoa Santa,
06:24aquela região ali.
06:25Nós temos o Anel Rodoviário, que a partir de agora é nosso, é de Belo Horizonte.
06:29Nós temos obras para fazer ali.
06:32Nós vamos melhorar a vida das pessoas que passam pelo Anel Rodoviário.
06:34Eu não quero mãe nenhuma passando pelo que eu já passei, como pai, por exemplo.
06:40Quando a minha filha fala, estou no...
06:42Onde você está?
06:43Estou no Anel Rodoviário.
06:44Você sabe disso.
06:45Não passa por aí, não, minha filha.
06:46Não, filha.
06:47Pelo amor de Deus.
06:47Vai para outro lugar.
06:48Outro caminho.
06:49Não é verdade?
06:49É.
06:50Eu não quero mais essa mãe falando isso.
06:52Eu vou trabalhar muito, incansavelmente, para mudar a história do Anel Rodoviário.
06:57Eu quero...
06:58Vai acontecer acidente?
06:59Claro que vai.
06:59Acontece em São Paulo, no Rio, em todo lugar acontece.
07:01Mas não na proporção que acontecia e na magnitude que acontecia.
07:06Então tem obras previstas para o Anel.
07:08Tem, tem.
07:08Tem obras previstas para o Anel.
07:10A gente vai...
07:11Radares já foram instalados.
07:13Isso.
07:13Minimizar o impacto, sabe, dos grandes acidentes que acontecem no Anel Rodoviário.
07:19Diminuímos a velocidade na via expressa.
07:22Para quê?
07:22Para minimizar o impacto dos acidentes.
07:25Às vezes a pessoa não entende porque a pessoa acha que é só o carro que passa na rua.
07:29Não, tem gente atravessando ali.
07:30Eu tenho que pensar no fluxo de carro.
07:32Claro que tenho que pensar.
07:34Mas eu tenho que pensar na pessoa que atravessa.
07:36A via expressa, onde nós diminuímos a velocidade.
07:38Isso não diminuímos, na verdade.
07:40Nós só equiparamos.
07:42Porque a via expressa aqui embaixo, na Tereza Cristina, 60 km por hora.
07:47A via expressa, nesse percurso que a gente igualou, era 80.
07:50A via expressa, em contagem, é 60 km por hora.
07:54Cristiano Machado é 60, Antônio Carlos é 60.
07:57Então, eu só equiparei as grandes avenidas.
07:59Sim.
08:00Porque a via expressa hoje é uma grande avenida.
08:02É uma avenida, né?
08:03Não é uma via expressa, dispersa, não tem mais nada.
08:05Dispressa é da década de 80.
08:06Só o nome.
08:07Da década de 80.
08:08Quando o número de carros que passavam por ali, era um terço do que passa hoje.
08:12O número de ônibus e caminhões que passavam ali, um terço do que passa hoje.
08:16Sim.
08:16Mudou, a realidade mudou.
08:18Então, preservar a vida das pessoas e cuidar dessas pessoas.
08:23Minimizar, pelo menos minimizar, o impacto dos acidentes em Belo Horizonte.
08:27Ainda falando sobre as obras, porque imagino que tenham muitas.
08:30Falou que Belo Horizonte atualmente é uma cidade pulsante, não deve dormir, inclusive, nos projetos.
08:35Há também aí, nós noticiamos recentemente, a construção, as obras da Casa da Mulher Brasileira.
08:41Que projeto sensacional também, né?
08:42A Casa da Mulher Brasileira, ele, quando foi abraçado pela Prefeitura de Belo Horizonte,
08:47dá-se o crédito e eu não posso deixar de dar, ele é um projeto do governo federal.
08:52Sim.
08:52E aqui em Belo Horizonte, a gente arca com 6 milhões dos 16 milhões que são colocados ali
08:59para poder construir aquela obra.
09:01E depois, obviamente, é a Prefeitura de Belo Horizonte que vai cuidar, né?
09:05Toda a estrutura será feita por nós.
09:07A mulher que ela, eu apresentando o programa aqui na TV Alterosa, por anos, quantas vezes,
09:14eu já falei, infelizmente é uma realidade, não precisava nem de construir um local desse, né?
09:18Porque a mulher não tem que ser agredida.
09:19Não tem que ser vítima de violência.
09:21Não tem que ser vítima de violência.
09:22Mas é uma realidade, então eu tenho que viver com essa realidade, né?
09:25Eu tenho que melhorar a vida dessas pessoas que são agredidas pelo companheiro em casa.
09:30Essa pessoa, ela é agredida, aí ela procura.
09:33É uma delegacia, é um outro lugar, aí chega e conta a história.
09:36Aconteceu assim, assim, assim.
09:38Aí depois você vai no outro lugar, tem que contar a história de novo.
09:41Ela conta 30 vezes a história, olha que sofrimento.
09:44Não bastasse o sofrimento da agressão, tem que contar a história 30 vezes.
09:47Agora não, com a casa da mulher brasileira, ela vai lá, vai contar a história uma vez só
09:51e ela será encaminhada para tudo que ela tiver de ser encaminhada ali dentro.
09:54Inclusive tem espaço lá, sabe para quem?
09:56Para o agressor.
09:58Tem um espaço para o agressor.
09:59Sabe que espaço que é esse?
10:00Uma cela.
10:01Vai ter e vai ter mesmo, vai ter mesmo para aquele engraçadinho que gosta de agredir mulher,
10:08o espaço que é da mulher, vai ter um cantinho para ele lá.
10:12É o cantinho do pensamento, para ele saber a porcariada que ele fez na vida dele e da pessoa que ele agrediu.
10:18Vamos falar um pouquinho mais sobre mobilidade.
10:21A faixa exclusiva para motocicletas é um projeto, é uma possibilidade aqui em Belo Horizonte?
10:26Pode colocar, pode usar outro verbo aí, é realidade, realidade, vai ser implantada a partir de agora,
10:32a gente já vai definir essa situação e vai ser a primeira, a primeira pelo menos,
10:37porque a gente vai ver o impacto, vai ser na Via Expressa, justamente nesse lugar onde eu tive que adaptar
10:44os 60 km por hora, porque ali também eu sabia que vinha uma pista exclusiva para motocicleta ali.
10:50A gente já inaugura nos próximos dias, no próximo mês.
10:52Coisa boa. Agora vamos falar também um pouquinho sobre moradores em situação de rua,
10:57uma realidade que Belo Horizonte enfrenta, né?
11:00E atualmente, por números oficiais, são cerca de 5 mil pessoas vivendo nas ruas da capital.
11:05A gente sabe que pode ser que esse número seja maior,
11:07mas qual é o olhar do Álvaro Damião hoje para as pessoas em situação de rua
11:11e o que a gente pode fazer para melhorar a situação em Belo Horizonte?
11:14A primeira coisa que eu falo e falo sempre é que morador de rua não é problema.
11:18O problema é morar na rua. Morar na rua é o problema.
11:22Morador de rua é uma pessoa que eu tenho que tratá-lo da forma como ele tem que ser tratado.
11:26Eu tenho que cuidar dele como eu cuido de qualquer outra pessoa na minha cidade.
11:30Eu tenho que oferecer para ele as condições para ele sair dali.
11:33Então, nós estamos fazendo todo um projeto.
11:35Isso não é em Belo Horizonte.
11:37Isso é em Belo Horizonte, nas cidades da Grande Belo Horizonte.
11:40Todas as capitais do país vivem com esse drama hoje.
11:44Todas as capitais. Capitais mundo afora vivem com esse drama.
11:49E nós aqui, como que nós estamos atuando?
11:51Primeiro é ter o real número.
11:54É saber que número é esse e como trabalhar esse número.
11:57E não é um problema da prefeitura.
11:59Não é a prefeitura vai resolver.
12:01Não, a prefeitura não vai resolver.
12:02A prefeitura vai participar da solução.
12:06Junto com o Ministério Público, junto com o Tribunal de Justiça,
12:09junto com associações, ouvindo essas pessoas,
12:11entendendo por que ela está ali, sabe?
12:14Entendendo por que ela está ali e oferecendo para ela um lugar melhor para ela ir.
12:18Mostrar para ela que ali não é o lugar.
12:20Falar, olha, você estava aqui porque você não tinha isso aqui.
12:24A partir de agora, eu estou te oferecendo para você não precisar de estar aqui mais.
12:28É isso que a gente está fazendo.
12:29Nós estamos fazendo o estudo,
12:30mas não significa dizer que enquanto estamos fazendo esse estudo,
12:34que a gente não está atuando.
12:35Nós estamos atuando.
12:36Estamos atuando em toda a cidade.
12:38Mas dentro de um planejamento.
12:41Não é chegar lá falando com essas soluções que eu vejo na internet.
12:44A solução para isso, para aquilo.
12:46A solução você consegue para um número de 500 pessoas, 200 pessoas, 300 pessoas.
12:51Para mais de 5 mil.
12:52Para 5 mil, para 7 mil ou para 10 mil pessoas.
12:55Não é solução assim de um dia para o outro que você vai conseguir.
12:58Até porque se fosse, se fosse simples assim,
13:00eu acho que esse problema, se é problema, nem existiria.
13:03Álvaro, como é que é a sua relação hoje com a Câmara de Vereadores?
13:09Tranquila demais.
13:10Graças a Deus.
13:11Por quê?
13:11Porque eu estou fazendo só o que tem que fazer.
13:14Eu estou mostrando para a cidade de Belo Horizonte,
13:17com muita transparência,
13:19e consequentemente para os vereadores e vereadoras de Belo Horizonte,
13:22que eu estou ali para trabalhar.
13:24E que eu quero o mesmo que eles querem.
13:26O que nós queremos?
13:27Nós fomos eleitos para quê?
13:29Eu fui eleito vice-prefeito,
13:31FUAD foi eleito prefeito,
13:33os 41 vereadores e vereadoras foram eleitos para quê?
13:36Para melhorar a vida das pessoas que moram no município
13:40ou que passam pelo município de Belo Horizonte.
13:42Então, o nosso pensamento tem que ser o mesmo.
13:45Nós não estamos ali, eu não vim no mundo ou ao mundo
13:48para avacalhar a vida de ninguém.
13:50Eu não estou aqui para poder participar de situações negativas
13:55que vão prejudicar um vereador ou uma vereadora.
13:58Isso aí ficou bem claro para todos eles.
14:00Nós temos que trabalhar juntos para melhorar a vida.
14:02Significa dizer que o vereador vai aprovar um projeto,
14:05que ele não quer nada disso.
14:07Até porque todos os projetos, sem exceção,
14:10todos os projetos que serão enviados para a Câmara de Vereadores
14:14são para melhorar a vida do povo de Belo Horizonte.
14:18Não vai nenhum projeto pessoal lá.
14:20Eu não vou mandar nenhum projeto para resolver problema meu.
14:23Eu não vou mandar nenhum projeto para resolver problema de Grupo A, Grupo B.
14:26Não, eu vou mandar projetos para resolver problemas da cidade de Belo Horizonte.
14:31Então, acredito que a maioria queira resolver os problemas da cidade de Belo Horizonte.
14:35E não temos problema nenhum.
14:37Criou-se muito isso por causa da eleição, para a presidência da Casa.
14:41Nada.
14:42Juliano é meu amigo.
14:43Eu converso muito com o Juliano.
14:45Mostrei isso claramente agora na minha saída do país,
14:48para ele poder assumir, porque é dele.
14:50É de direito.
14:51Ele foi eleito presidente da Casa.
14:54Ele é o meu vice.
14:55Ele é o meu vice.
14:56É de direito dele.
14:58Sabe?
14:59E a gente tem que entender que processo político é processo político.
15:02Processo político, ele vem, chegou, passou, foi embora.
15:06E você vai ficar vivendo aquele processo?
15:07Não.
15:07Você tem que viver o que aquele processo vai te oferecer a partir de agora.
15:11E é isso que a gente está fazendo.
15:13Seu mandato, esse, vai até 2028.
15:15Como é que você enxerga Belo Horizonte aí nos próximos anos, lá em 2028?
15:19Como é que você vê?
15:20Eu quero uma cidade mais segura.
15:22Eu quero a cidade onde a mãe não precisa se preocupar tanto com a filha,
15:25quando a filha ou o filho passar, o neto, num anel rodoviário.
15:29Eu quero uma cidade mais limpa, mais organizada.
15:33Quero uma cidade mais moderna, uma cidade com visão de futuro.
15:37No que se refere visão de futuro, é obras pela cidade, é obra no transporte, é melhorar a vida das pessoas,
15:46fazer com que as pessoas possam ficar mais tempo dentro de casa, chegar mais cedo em casa, sabe?
15:52Sair um pouquinho mais tarde de casa para chegar no trabalho, ficar um pouco mais com o filho dela.
15:57E aquele filho dela, que ela confiar em mim e colocar na escola pública do meu município,
16:02cuidar dessa criança como se ela fosse minha.
16:04Cuidar do professor que dá aula para essa criança, como se ele fosse o meu professor,
16:08como se ele fosse o professor que ele é, sabe?
16:11É cuidar dessas pessoas, cuidar da pessoa que está na escola pública,
16:15é cuidar das pessoas que dependem do sistema de saúde do município,
16:18para poder viver no dia a dia dele.
16:22Cuidar das pessoas.
16:23E durante esse tempo, nós vamos passar o tempo todo fazendo isso.
16:26Nós vamos ficar, estamos fazendo, quatro anos fazendo isso.
16:29Pensando todo dia, o que é que eu faço para melhorar a vida dessas pessoas?
16:32Eu ando no meio das ruas, eu converso com elas, eu passo pela calçada,
16:37eu ligo para o secretário, eu mando o áudio na hora, eu faço o vídeo.
16:41Olha que buraco esse aqui, que negócio mais horroroso.
16:43E é verdade.
16:44E no outro dia, o pessoal, o prefeito, é porque a gente está fazendo lá a parte de baixo,
16:49mas vai chegar em cima.
16:50Não, vai chegar em cima, a dona está xingando eu aqui.
16:53Você considera esse um diferencial que o jornalista Álvaro Damião trouxe para a Prefeitura de Belo Horizonte?
16:58Foi. Considero. Considero porque é a visão de quem conversa com as pessoas, né?
17:04Porque isso aqui é conversar com as pessoas.
17:06Eu fiz isso a minha vida toda, no rádio, na televisão, conversar com as pessoas, né?
17:10Hoje eu converso com essas pessoas nas ruas.
17:13Mas tem um outro detalhe por trás disso tudo, Carol, sabe o que é?
17:16Por que eu me tornei também o jornalista que eu me tornei?
17:20Porque eu já era essa pessoa antes de ser jornalista.
17:22Eu não virei jornalista para poder ser comunicativo.
17:25Foi a comunicação que me fez ser jornalista.
17:28É o contrário.
17:29A comunicação me fez ser o jornalista que eu sempre fui.
17:32E esse jornalista e essa comunicação me fez ser o prefeito que eu sou.
17:36Eu não faço, eu não ando nas ruas, eu não cumprimento as pessoas para poder fazer média
17:41ou para poder aumentar a popularidade.
17:42Não, é porque ele já faz isso.
17:44Você que não sabia.
17:46Às vezes a pessoa pergunta, mas é ele aqui?
17:47Fala, é.
17:49Mas ele vem aqui?
17:50Ele vem a vida toda.
17:50É porque agora que ele é prefeito, mas ele sempre veio aqui.
17:54Ele sempre passou por aqui.
17:56Eu sentei no restaurante que enfrente aqui esses dias,
17:58aí tinha uma senhora do meu lado lá, falou assim, ó, prefeito aqui.
18:01Aí o rapaz do restaurante, que eu almoço aqui em frente até ver,
18:05porque eu vivi minha vida aqui,
18:06falou, mas ele sempre senta nesse cantinho ali, ó.
18:10Ele vem sempre.
18:11Já é o seu costume, você não mudou isso porque tornou-se prefeito.
18:14Pode, você tem que viver a vida, tem até que curtir o mandato, sabe?
18:19Deus está me dando uma oportunidade que ela é única.
18:22Eu não sei se eu vou ter outra oportunidade dessa.
18:24Falar em mandato, 100 dias à frente da prefeitura, hein?
18:28Qual o balanço que você faz desses 100 dias?
18:30O primeiro grande desafio é a filosofia de trabalho.
18:34É mostrar para as pessoas que você tem a sua filosofia,
18:37não é que eu quero mudar a prefeitura.
18:39Eu respeito todos os outros prefeitos que passaram pela cidade.
18:42Eu não sou melhor, nem sou pior do que ninguém.
18:45É apenas filosofia, sabe?
18:47É uma nova visão.
18:48A visão era errada?
18:50Não vou falar que a visão era errada, não é nada disso.
18:53É apenas implantar a minha filosofia.
18:55E qual que é a minha filosofia?
18:56A minha filosofia é destravar a cidade.
18:59Por quê?
18:59Porque eu sinto que ela estava travada.
19:02E por que você sente isso?
19:03Porque eu moro aqui, sou eu que converso com o dono de bar,
19:06que reclama comigo, que não pode colocar uma mesa na calçada.
19:09Sou eu que converso com o dono do bar, que reclama comigo,
19:15que não tem ônibus de noite e por isso ele tem que fechar a cozinha mais cedo.
19:18Sou eu que reclamo.
19:19É comigo que o rapaz reclama que o alvará dele não sai
19:22e que a padaria dele já era para ter sido inaugurada mais de dois meses atrás
19:25e até hoje não foi inaugurada só porque tem um negocinho lá que tem que olhar
19:28e não libera o alvará do rapaz.
19:30Então são essas coisas que eu estou destravando.
19:33Eu estou destravando a cidade para ela poder crescer.
19:35Eu nasci no bairro Concórdia, eu conheço o bairro Concórdia
19:39que fica 15 minutos a pé do coração da cidade, que é a Praça 7.
19:43Sabe quantos prédios tem no meu bairro, no bairro onde eu nasci?
19:46Nenhum.
19:48Nenhum. Por quê?
19:49Porque a construção não permite.
19:51A construção não permite.
19:52Aí o que acontece?
19:53Os lotes lá são lotes de família,
19:55mas não é porque é tradição do bairro ser lote de família,
19:58é porque não tem para quem vender.
19:59Quem é que vai comprar um lote com uma casa lá,
20:01se você não pode construir um prédio ali?
20:03Quem vai comprar esse lote?
20:04Como é que eu faço isso?
20:05Esse é um dos entraves que você também pretende...
20:08Melhorar, colocar as pessoas mais próximas da cidade.
20:11E para isso eu tenho que verticalizar parte da cidade.
20:15Eu trabalhei no bairro Lagoinha a minha vida toda,
20:17na Rádio Itatiaia.
20:18Eu sei o que é o bairro Lagoinha do lado do centro.
20:21Do lado não, ele está no centro.
20:23O bairro Lagoinha está no centro.
20:25Então eu tenho que verticalizar parte do Lagoinha, sim.
20:28Eu tenho que fazer que o Barro Preto seja extensão do Santo Agostinho.
20:32É Lourdes, Santo Agostinho e Barro Preto, os três no mesmo nível.
20:37Eu tenho que fazer o Barro Preto virar extensão do Santo Agostinho,
20:40para as pessoas morarem mais no Barro Preto, para as pessoas morarem mais no Concórdia,
20:45morarem mais no Lagoinha, ficarem mais próximos do centro, mais próximos do metrô.
20:50E aí eu vou diminuir o número de pessoas que utilizam o carro para ir trabalhar,
20:54porque a pessoa já está ali, ela trabalha ali próximo.
20:56Eu vou diminuir o número de pessoas que utilizam o carro para ir trabalhar,
21:00que utilizam o carro para ir no centro.
21:01Eu vou fazer as pessoas voltarem para o centro.
21:04Voltando para o centro, eu volto com a segurança no centro.
21:07Eu volto a iluminar o centro.
21:09Por que o centro está escuro?
21:10Está escuro porque à noite lá não tem residencial,
21:13não tem loja nenhuma funcionando, os prédios estão tudo pagados.
21:16Quem é que vai deixar a luz acesa de noite?
21:19Então eu tenho que ter mais prédios residenciais no centro da minha cidade,
21:22para eu poder iluminar a minha cidade.
21:24Todos esses são desafios dentro de uma filosofia que você pretende destravar à frente da prefeitura.
21:31Estamos destravando em todos os ambientes.
21:35Antes, para você fazer um grande evento, não precisa ser grande, não.
21:38Qualquer evento que você for fazer em Belo Horizonte,
21:41para você conseguir fazer uma corrida de rua em Belo Horizonte,
21:44é um sacrifício danado, um sacrifício para você conseguir a liberação.
21:49A prefeitura dava o alvará à liberação para você fazer o evento,
21:52seja na praça, seja no particular, seja no lugar onde você alugou para poder fazer o evento,
22:0024 horas antes.
22:02Isso é uma maldade.
22:03Como é que a pessoa vai se preparar?
22:05Eu vou ficar fazendo uma semana de propaganda no rádio, na televisão, aonde eu for fazer,
22:10se eu nem tenho certeza...
22:11Se vai acontecer.
22:12Se vai acontecer ou não, porque a prefeitura não liberou.
22:13O que é isso? Hoje, com 10 dias, em uma hora, duas horas, você consegue a liberação,
22:18você já sabe se o evento pode ser feito ou não.
22:20No que se refere às liberações que a prefeitura tem que dar.
22:23E até isso pode tornar a Belo Horizonte mais atrativa culturalmente, né?
22:26Pergunta para qualquer promotor de eventos hoje.
22:28Eu vou, eu conheço, eu estou frequentando, pergunta que eles vão falar.
22:32E eles vão falar.
22:33Eles vão falar, o que é isso?
22:34Mas mudou assim, dá água para o vinho.
22:35E foi três meses, esse cara fez uma realidade aqui que não existia.
22:40E tem quatro anos que era assim, tem cinco, tem dez, sei lá quanto tempo que tinha,
22:43que era assim.
22:44Era assim para a construção.
22:46Para você poder construir em Belo Horizonte, puxa vida, parece que quem quer construir,
22:51quem quer empreender na cidade, que ele é inimigo da cidade.
22:55Não, eu dou o recado direto para você, para você que é empreendedor.
22:59Eu quero ser seu parceiro.
23:01Eu quero que você empreenda em Belo Horizonte.
23:03Eu quero que você construa em Belo Horizonte.
23:05Aqueles que deixaram a capital, que foram construir em Campinas, que foram construir em São Paulo,
23:09no Rio de Janeiro, voltem.
23:11Porque eu vou oferecer para vocês o mesmo que eles ofereceram para tirar vocês daqui.
23:15E aqueles que estão aqui, eu não vou deixar você sair.
23:18Se você quer ficar aqui, você vai ficar.
23:20Porque eu vou dar a mesma condição que São Paulo dá, que o Rio dá e que o interior de São Paulo dá.
23:25Eu vou te dar a condição para você poder fazer aqui.
23:27São 100 dias de muitos que ainda virão, Álvaro, sem dúvida.
23:31E eu encerro essa entrevista de hoje do mesmo jeito que você começou.
23:35Pensando, poxa, eu, hein, que já estive aqui nesse estúdio da TV Alterosa, estou de volta como prefeito.
23:41O que isso significa para você, o que isso representa para você?
23:44Você sente assim que você realizou um sonho, a sua família?
23:50Como é que é?
23:50Você se sente orgulhoso?
23:52Orgulhoso, orgulhoso.
23:53O sonho eu não sei, porque eu nem sei se algum irmão meu, parente meu, sonhava que um dia eu fosse virar prefeito.
23:59Pode sonhar lá, no fundo, lá, sei lá.
24:01Mas é assim, é ter a certeza absoluta que Deus tinha um propósito para mim.
24:05Nesse mesmo estúdio, aqui onde eu estou, aqui onde eu estou, eu entrei numa segunda-feira,
24:11às vezes a pessoa que está me assistindo não sabe, mas eu entrei numa segunda-feira destruído.
24:17Destruído, sem saber, inclusive, o que é que eu ia falar no ar.
24:19Sabe por quê?
24:21Porque no domingo, antes, eu tinha perdido uma eleição para deputado federal, há três anos atrás.
24:27Aí, numa segunda-feira, eu entrei aqui para tentar justificar, falei, como é que eu justifico?
24:30Qual que é a imagem que eu vou passar?
24:33Mas eu fiz o programa, mas eu me perguntava, poxa Deus, você não quis isso para mim?
24:38Eu acreditava tanto que o senhor quisesse, queria isso para mim.
24:42O futuro guardava outras coisas.
24:44Então, é isso, é acreditar em Deus, é saber que eu fui, eu sou orgulho da minha família?
24:51Sou, mas o meu também, o meu irmão, ele é meu orgulho.
24:55Ele é meu orgulho, mesmo ele não sendo prefeito, mesmo ele não tendo a condição que eu tive, ele é meu orgulho.
25:00Porque se eu estou aqui, é porque meus irmãos abriram mão da juventude deles para poder me criar,
25:06que eu sou o caçulo da família.
25:07A minha família é sempre muito pobre, muito difícil, meu pai morreu um mês antes de eu nascer.
25:12Minha mãe criou oito filhos sem a presença do meu pai e com pensão de um policial militar na década de 70.
25:19Imagina o sofrimento dessa mulher para criar todo mundo.
25:22Ninguém nunca passou por uma delegacia, nem para poder prestar depoimento, sabe?
25:26Então, ela teve muita dificuldade.
25:27E os meus irmãos, eles tiveram que abrir mão da adolescência deles para trabalhar,
25:33e trabalhar para ajudar a minha mãe a cuidar dos pequenininhos.
25:35Então, se os meus irmãos não tivessem feito o que eles fizeram por mim, eu nem estaria aqui.
25:40Eu nem estaria aqui.
25:41Então, se eu sou o orgulho deles, eles podem ter certeza absoluta que eles são meus orgulhos também.
25:46É uma gratidão familiar.
25:47Sempre.
25:48E a sua história também, né, Álvaro, não só à frente da prefeitura, o seu trabalho também como jornalista.
25:53Pronto, aí, ó, desencadeou, chegou até aqui.
25:55Orgulho de jornalistas como eu também, por exemplo, que fiz parte da sua história desde 2008, lá atrás, quando trabalhamos juntos.
26:02É um orgulho muito grande te ver hoje à frente da prefeitura.
26:04É claro que a gente espera algumas coisas.
26:07Pode ser que a gente também cobre.
26:09E cobre mesmo.
26:10Sabe por que eu quero a cobrança?
26:12Porque a cobrança me incentiva a fazer.
26:14Às vezes é porque eu nem pensei em fazer isso que você acabou de falar.
26:18Tem pessoas que me falaram que assim, eu lembro de uma jornalista.
26:20Jornalista, eu fui inaugurar a praça da rodoviária, aí me fez a pergunta sobre a praça do Papa.
26:28Aí falou que se prefeito, a praça do Papa não vai liberar não, não vai inaugurar a praça do Papa.
26:33Falou que ia inaugurar final do ano passado e até hoje nada.
26:36Eu falei que assim, olha, lá temos um problema.
26:38A pedra do piso é tombada, não sei o quê.
26:41Expliquei, né, a explicação que é, que é a explicação mesmo pelo atraso na obra.
26:45Ela falou, tá, então prefeito, libera uma parte da praça, faça a parte de baixo.
26:51Eu fui e olhei para ela e falei que assim, tem razão, não tinha pensado nisso não.
26:56Saí de lá e fiz uma reunião.
26:58Saí de lá, fiz uma reunião com o secretário e falei que assim, a jornalista lá tem razão.
27:01Por que ele não libera uma parte da praça?
27:03Ela falou que assim, prefeito, atrasou, mas agora as pedras já estão chegando.
27:08Se eu parar para fazer isso agora, as pedras que demoraram tanto, que é o piso, agora está chegando.
27:14Eu falei, então depois numa próxima entrevista eu vou explicar para ela.
27:16Só não fiz a parte de baixo primeiro, porque a parte de cima, quando você me cobrou já estava para fazer.
27:21Mas é aprender todos os dias com as pessoas e ter humildade.
27:24Ter humildade para reconhecer que eu não sou dono da cidade, eu não tenho que fazer a cidade que eu quero.
27:29Eu tenho que fazer a cidade que o povo de Belo Horizonte quer e merece.
27:32E para eu fazer isso, eu tenho que ouvir as pessoas.
27:35Álvaro, muito obrigada pela entrevista.
27:36Obrigado a você.
27:37Obrigado por ter aceito o nosso convite.
27:39As portas da TV Alterosa estão sempre abertas, você sabe disso.
27:42Obrigado.
27:43Para você que nos acompanhou até aqui, muito obrigada pela companhia.
27:46A íntegra da entrevista você acompanha amanhã no Jornal Estado de Minas.
27:50Obrigada pessoal e até semana que vem.
27:52E aí
28:00Legenda Adriana Zanotto