00:00Acho que uns 5, 6 dias por aí, aí eu vi um carro d'água, ela pediu uma lata d'água, o menino nem entrou, mas não vinha, ela ficou na porta.
00:09Aí entrou, botou, ela fechou, pronto, acabou, não veio mais.
00:12Eu vi a assistente social aqui do posto de saúde, ela saiu dela, disse que era para fazer um documento do menino e pegar, mas ela não estava.
00:21Depois veio de novo, outro dia, não estava, mandou até eu ficar olhando para ver se eu via ela, para falar com ela que a gente saiu, eu tinha vindo aqui fazer um registro do menino.
00:31Mas eu não via, não sei, mas tem conversa, eu não sei, o povo conversa muito demais também, disse que ela estava com muitos problemas.
00:41Eu vi ela assim, maga, maga que eu dava vontade de chorar, tanta pena que eu tive dela.
00:46Se os olhos dela assim, tudo descoberto assim, as costelas, que ela estava com a blusa meio aberta assim, dorada, as costas, tinha que ver isso assim, as costas dela, só o couro e o osso.
00:59Então magrinha, né?
01:00Magrinha.
01:00Essa criança aí de 4 anos, filho dela era?
01:03Era filho dela, disse que era filho dela, era pequenininha assim, nem fora, não voltava ele para ficar ali, isso era dentro de carro trancado.
01:11Ontem foi ontem, ontem viram uma criança também chorando aí, mas se estava a mãe, não sei o que, mas não sabe se a mãe já estava morta e a criança também, não sei, se estava com fomba, com sede também, chegava a morrer também assim, né?
01:26Mas disse que ele já tinha problema no coração, essa criança.
