- anteontem
O senador Flávio Bolsonaro se manifestou através das suas redes sociais para criticar o governo Lula, ao afirmar que a gestão petista é a culpada pela taxação de 50% de Trump aos produtos brasileiros. O parlamentar afirmou que o presidente é “anti-patriota” e responsável pelo “potencial desemprego de milhões de brasileiros”.
Comentaristas: Roberto Motta, Cristiano Beraldo e Luiz Felipe D’Avila.
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NotíciasTranscrição
00:00Pois é, eu disse que eu traria repercussões de congressistas, deputados e senadores.
00:05A nossa produção compilou algumas dessas manifestações nas redes sociais.
00:11Tem aí a fala de Flávio Bolsonaro, senador da República, PL do Rio de Janeiro.
00:17Ele fez a seguinte postagem.
00:19Parabéns, Lula, você conseguiu ferrar o Brasil.
00:23Você está com raiva dos brasileiros? Ele pergunta.
00:26Seu antipatriotismo não tem limites.
00:28Depois de tantas ações provocando a maior democracia do mundo,
00:32está aí o resultado do vexame da sua política internacional ideologizada.
00:38Desde a primeira-dama, mandando um insulto para Elon Musk,
00:42passando pela perseguição à oposição e a Bolsonaro,
00:46até você dizendo que se o Brasil fosse taxado, a resposta seria taxar os Estados Unidos também.
00:53Você fez bravata e agora chegou à conta.
00:56Seu governo é baseado em aumentos insaciáveis de impostos,
01:00esfolando os trabalhadores e agora o Brasil é taxado em 50% nas exportações aos Estados Unidos.
01:07É a mesma coisa que você tem feito com os brasileiros que não aguentam mais pagar tantos impostos.
01:12Agora você conseguiu prejudicar também com as empresas brasileiras que geram empregos aqui
01:19e vão perder a competitividade perante o mundo.
01:22Resultado, potencial desemprego de milhões de brasileiros.
01:27Essa é a manifestação, a postagem feita há pouco pelo senador Flávio Bolsonaro.
01:32E aí eu vou trazer os nossos comentaristas, vou começar com o Cristiano Beraldo,
01:36porque há agora na internet, viu Beraldo, acusações de que integrantes da família Bolsonaro,
01:43especialmente Eduardo, pudessem estar por trás desse anúncio de Donald Trump.
01:49E eu queria que você também discorresse sobre isso.
01:51O quanto o governo norte-americano é influenciável?
01:54Políticos brasileiros poderiam dar dicas de qual deveria ser o tom do comunicado,
02:01taxar o quê e em quanto?
02:03Queria que você trouxesse também a sua percepção sobre isso, Beraldo.
02:09Não, Caniato, não há esse tipo de influência para combinar com o presidente dos Estados Unidos
02:17o que ele vai escrever numa carta ao presidente de um outro país.
02:20Obviamente há uma atuação, não só de Eduardo Bolsonaro,
02:25mas outras pessoas ligadas à família Bolsonaro,
02:30que têm relações com o Partido Republicano,
02:32que têm acesso a deputados e senadores do Partido Republicano
02:36e que obviamente estão municiando esses interlocutores de informação
02:40sobre o que acontece no Brasil.
02:43Essa informação, inclusive, Eduardo Bolsonaro tem uma relação,
02:47parece de amizade próxima com o filho do presidente norte-americano, Donald Trump.
02:53Então as informações chegam.
02:55Agora, me parece que seria absurdo imaginar
03:02que Eduardo Bolsonaro e as pessoas que estão com ele nos Estados Unidos,
03:09fazendo essa interlocução, se eles alimentaram, se eles produziram esse anúncio,
03:19aí realmente eles estão atuando contra o Brasil.
03:24Porque, como eu disse mais cedo,
03:26essas tarifas prejudicam sobretudo o Estado de São Paulo,
03:32que é governado por Tarcísio de Freitas,
03:34que só foi eleito graças ao apoio que recebeu de Jair Bolsonaro,
03:39e Santa Catarina, que é o Estado onde o ex-presidente conta,
03:44e sempre contou, com um apoio imenso.
03:48Aliás, boa parte daquelas pessoas que estão presas pelo 8 de janeiro
03:52estão presas e são de Santa Catarina,
03:56estão presas em Brasília, mas são de Santa Catarina.
03:58Então, não é razoável, ou seria uma insanidade,
04:03imaginar que Eduardo Bolsonaro está atuando
04:08para que o governo norte-americano dê esse tipo de resposta.
04:11Agora, eu queria aproveitar também, Caniato,
04:13para comentar a fala do Dávila,
04:17porque, Dávila, veja,
04:19nós temos que olhar isso pela perspectiva dos dois lados.
04:23Então, você tem os Estados Unidos,
04:27que é um país que agora deve ter chegado
04:29a 400 milhões de habitantes,
04:33o número que eles contam agora no meio do ano ainda não saiu,
04:36é um país que está se transformando muito
04:39porque precisa criar emprego
04:42para uma massa gigantesca de população,
04:45é um país que as guerras que sempre serviram
04:49para o recrutamento de jovens e tal.
04:52Hoje, as guerras estão sendo, em boa parte,
04:55travadas através de drones,
04:57pessoas que ficam com grande capacidade técnica
05:00fechados dentro de uma sala com ar-condicionado,
05:02operando drones,
05:03que servem por milhares de combatentes,
05:08soldados, que ficavam ali na linha de frente,
05:10muitas vezes.
05:11Então, os Estados Unidos mudou.
05:13E os Estados Unidos estão sendo ameaçados pela China,
05:16porque a China vem crescendo no seu exército,
05:19vem crescendo na sua importância comercial
05:22e por aí vai.
05:23Então, e a China tem um instinto de colonização.
05:27A China quer tomar Taiwan
05:28e vai tomar Taiwan.
05:30Isso está ali sendo preparado pelo governo chinês.
05:33Os Estados Unidos quer pôr um freio nisso.
05:36Então, o que cabe aos Estados Unidos?
05:38Tomar medidas que fortaleçam
05:40a economia norte-americana
05:42com geração de emprego dentro dos Estados Unidos.
05:45E não é o emprego do Vale do Silício.
05:47Não é emprego para o gênio
05:49que saiu da faculdade
05:51para ir ganhar a bolsa de estudos no MIT.
05:54Não, é aquele americano médio.
05:56Ele precisa ter um emprego.
05:57Ele precisa ter fábricas.
05:58Ele precisa ter uma atividade comercial forte,
06:00uma atividade industrial forte.
06:02Pois bem, esse é o interesse dos Estados Unidos.
06:04Agora, olha para o Brasil.
06:05Nós estamos vendo esses gigantes
06:06que está acuado,
06:08que está precisando reagir.
06:09É como se, no Brasil,
06:11nós estamos vendo o assaltante
06:12de arma na mão
06:14e aí ficamos nós lá
06:16xingando o ladrão,
06:19provocando o ladrão.
06:21E aí, quando o ladrão chega
06:22e põe uma arma na nossa cabeça,
06:23o que a gente vai fazer?
06:24Ah, pelo amor de Deus, não me mate.
06:26Por que é isso que o governo vai fazer?
06:28Não há alternativa.
06:29Não deveria ter provocado o ladrão.
06:31Deveria ter, nesta situação com os Estados Unidos,
06:35começado uma negociação a sério
06:37e parado de fazer bravata
06:39e parado de usar esses palanques
06:41como encontro dos bricos
06:42para ficar atacando o governo norte-americano.
06:44Como citou o senador Flávio Bolsonaro,
06:46a primeira-dama deveria ter escondido
06:48para não ficar atacando
06:49membros do governo norte-americano.
06:51E aí, quem sabe,
06:51nós teríamos uma oportunidade
06:53de encontrar um caminho
06:55e não sermos usados
06:56como estamos sendo
06:57pelos Estados Unidos
06:58para atacar a China.
06:59Você dá pelas manifestações
07:02de Flávio Bolsonaro,
07:04já apontando para a possibilidade
07:06do desemprego de milhões de brasileiros,
07:09um impacto severo
07:10em alguns setores da nossa economia
07:12e, em contraposição,
07:14o posicionamento de parlamentares
07:16e congressistas progressistas
07:19do nosso Congresso,
07:21em que dizem que
07:22essa manifestação norte-americana
07:24seria política
07:25numa tese de defesa
07:27do ex-presidente da República,
07:29Jair Bolsonaro.
07:31Caniato, isso é continuar
07:33politizando uma questão,
07:34evidentemente, como o Mota disse,
07:37não dá para despolitizar,
07:38mas se nós tivéssemos
07:39uma diplomacia
07:41consciente dos interesses nacionais,
07:44nós tentaríamos focar
07:45em discussões técnicas
07:47em determinados setores.
07:48Eu citei aqui um,
07:49suco de laranja.
07:51Não tem como criar uma indústria
07:52de suco de laranja
07:53sem laranja.
07:54Você precisa da laranja.
07:55Não tem laranja nos Estados Unidos.
07:56Você não tem como fazer isso.
07:58Então, está aí um ramo
07:59que é possível sentar,
08:00negociar.
08:02Ou amanhã você vai anunciar
08:03ao Donald Trump,
08:03olha, quero que os americanos
08:05não tomem mais suco de laranja
08:06no café da manhã.
08:07Bom, está bom.
08:08Tente.
08:09Vai ser um tiro no pé total.
08:11Isso não vai acontecer.
08:12Então, assim,
08:13é óbvio.
08:14Por exemplo,
08:14a questão dos insumos,
08:17principalmente,
08:19na área de alumínio.
08:21Isso vai encarecer
08:22implemento agrícola.
08:23Liga lá para John Deere.
08:24O que ele acha?
08:25Que vai subir 25%
08:26o custo do trator
08:27e o Brasil é um dos maiores
08:28compradores desses produtos
08:29hoje no mundo.
08:30Então, assim,
08:31é óbvio que dá para fazer
08:32uma negociação técnica
08:34em alguns setores.
08:36É óbvio que não dá
08:38para despolitizar tudo
08:39porque o próprio anúncio
08:40por meio de uma carta
08:41aberta,
08:42tweetada,
08:43mandada para o presidente
08:44da república,
08:44já é um ato político em si.
08:46Então, é óbvio que não dá
08:47para despolitizar tudo.
08:48Mas se nós tivéssemos
08:49uma diplomacia
08:51que pensasse
08:52no interesse nacional,
08:53não falar,
08:54bom,
08:55está aqui a pauta
08:55de exportação do Brasil.
08:57Quais são alguns setores
08:58essenciais para o Brasil
09:00e para os Estados Unidos?
09:02Como eu acabei de citar.
09:03E aí,
09:03focaria uma discussão técnica
09:05pelo menos em cima
09:07de alguns setores
09:08para aliviar
09:09a taxação
09:10que seria um desastre
09:11para o Brasil
09:12e para os Estados Unidos.
09:14Segundo,
09:14no meu comentário anterior,
09:15eu havia dito,
09:16Beraldo,
09:16justamente que os Estados Unidos
09:17têm que focar mesmo
09:19na indústria bélica.
09:20A indústria de defesa
09:20é fundamental.
09:21e nessa indústria
09:23ter uma proteção,
09:25um incentivo
09:26para se criar
09:27essa indústria,
09:29fortalecer essa indústria
09:30nos Estados Unidos
09:31é fundamental.
09:32Aliás,
09:32é o que a Europa
09:33está fazendo também
09:34com sua política industrial
09:35para focar
09:36na indústria de defesa.
09:37Então,
09:37eu entendo.
09:39Agora,
09:39não dá para generalizar.
09:40A generalização
09:41é uma idiotice total.
09:44Isso é que eu digo
09:44que é o populismo imbecil,
09:46porque isso empobrece
09:47os Estados Unidos,
09:48isso perde competitividade
09:50dos produtos americanos
09:51em vários setores.
09:53Agora,
09:53focar na indústria de defesa,
09:55focar no desequilíbrio
09:57do comércio com a China,
09:59faz sentido.
09:59Isso é uma política pública
10:01de Estado,
10:02mas não pode generalizar,
10:05brigar com todos os países
10:06do mundo,
10:06criar sem segurança
10:07no comércio internacional.
10:09Isso é péssimo
10:10para os Estados Unidos
10:11e é péssimo para o Brasil.
10:12Aliás,
10:13o Ray Dalio,
10:14um dos maiores investidores
10:16americanos,
10:17um fundo gigantesco,
10:18ele mencionou
10:19a lei do Ferguson
10:20e que diz que é interessante.
10:22Ele gosta de fazer
10:23relatos históricos.
10:24Ele mostra,
10:25Caniato,
10:25que a decadência
10:27de um país começa
10:28quando o financiamento
10:30da dívida pública
10:31torna-se maior
10:32do que o financiamento
10:34da defesa.
10:35É esse o ponto
10:36que está os Estados Unidos
10:36hoje.
10:38E o que o governo faz?
10:40Aprova uma BBB,
10:43a Big Beautiful Bill,
10:44que vai aumentar
10:46a dívida americana.
10:47Ou seja,
10:47é um negócio,
10:48é um tiro no pé.
10:50Então,
10:50é contra o interesse
10:52dos Estados Unidos.
10:53Então,
10:54nós precisamos
10:55restabelecer
10:56o diálogo.
10:57Não dá para ter diálogo
10:58político em bom nível
11:00com dois populistas,
11:02mas dá para nós
11:02termos algumas conversas
11:05setoriais
11:06em um ou dois pontos
11:08que seriam fundamentais
11:10para salvar
11:10parte desse comércio
11:12bilateral Brasil-Estados Unidos.
11:14Um deles,
11:15o suco de laranja.
11:16Programa Os Pingos nos Is,
11:17recebendo as pessoas
11:18que também nos acompanham
11:19pelas emissoras de rádio
11:21espalhadas por todo o Brasil.
11:22Hoje,
11:23um programa especial,
11:25monotemático praticamente.
11:26A gente vai trazer
11:26outras informações
11:27daqui a pouco.
11:29Estamos repercutindo
11:30um anúncio
11:30do governo norte-americano,
11:32Donald Trump,
11:33anunciando uma taxa
11:34de 50%
11:35sobre os produtos brasileiros.
11:37Ele enviou uma carta,
11:38inclusive,
11:39ao presidente da República,
11:40presidente Lula,
11:42justificando
11:42essa nova tarifa,
11:44a implementação
11:44deve acontecer
11:45a partir do dia 1º de agosto.
11:47E aí a gente traz,
11:48claro,
11:49na medida do possível,
11:50repercussões
11:51de alguns congressistas,
11:52figuras importantes.
11:53Flávio Bolsonaro,
11:54há pouco,
11:55fez uma postagem
11:56na rede social,
11:57criticando duramente
11:58o governo brasileiro,
12:00o presidente da República,
12:01e justificando que
12:04as muitas ações
12:05tomadas por esse governo
12:06culminaram
12:07com essa taxação,
12:09essa medida
12:10imposta pelo governo
12:11norte-americano.
12:12Mota,
12:12queria também te ouvir
12:13a respeito
12:14das críticas
12:15feitas pelo senador
12:16eleito pelo Estado
12:17do Rio de Janeiro.
12:18Há vários aspectos
12:24dessa questão,
12:26e a gente não pode
12:28misturar essas coisas.
12:30Eu acho
12:31que esse caminho
12:32que o Dávila
12:33está sugerindo
12:34é o que vai acontecer.
12:36Eu não tenho dúvida nenhuma.
12:38Eu duvido
12:39que essa
12:40tarifa de 50%
12:42fique muito tempo.
12:44O Donald Trump
12:45é um negociador
12:46e não tem interesse
12:49nenhum
12:49em aumentar
12:51os produtos
12:52que são consumidos
12:53e importantes
12:54nos Estados Unidos
12:55em 50%.
12:56O que ele está fazendo
12:58é colocar as cartas
12:59na mesa.
13:00Ele está dizendo o seguinte,
13:01deixa eu explicar
13:01para vocês
13:02quem está
13:03em posição de poder aqui.
13:06Deixa eu só
13:07dar uma demonstração.
13:09Eu acho
13:09que essa questão
13:10vai ser resolvida,
13:11mas esse não é
13:12o problema principal.
13:14o problema principal
13:15que nós temos aqui
13:17é um governo
13:19brasileiro
13:20que realmente
13:22acredita
13:23num projeto
13:24de ignorar
13:25ou afrontar
13:26os Estados Unidos
13:27e realinhar
13:30o país
13:30geopoliticamente
13:32com outras nações
13:34com as quais
13:35eu acho que é justo dizer
13:36a sociedade brasileira,
13:38a nação brasileira
13:39não tem nenhum interesse
13:41em se aliar.
13:42Eu acho que é isso.
13:43Esse problema
13:43é que
13:45a gente precisa perguntar
13:46como é que ele vai ser resolvido.
13:49O Dávila
13:49falou muito
13:50da diplomacia.
13:51Eu não tenho dúvida
13:52nenhuma que
13:52a nossa diplomacia
13:54tem pessoas
13:55altamente capacitadas.
13:57O Itamaraty
13:58durante muito tempo
14:00ele foi um símbolo
14:01de excelência.
14:03Mentes brilhantes.
14:04eu estou pensando aqui
14:05em quantos diplomatas
14:07brasileiros
14:08não exerceram
14:09com brilho
14:10funções
14:11em outras áreas
14:12inúmeros nomes.
14:14Não é por falta
14:15de mentes
14:17brilhantes
14:17que o Itamaraty
14:19endossou
14:20essa agenda
14:22doida
14:23de
14:23botar
14:24literalmente
14:25o mapa
14:26de cabeça
14:26para baixo.
14:27Vocês lembram disso?
14:27o Instituto Brasileiro
14:29de Geografia
14:29e Ideologia
14:30montou
14:31botou o mapa
14:32de cabeça
14:32para baixo
14:33e aí
14:33a presidente
14:34dos BRICS
14:35entregou ao Xi Jinping
14:36junto com
14:37o presidente do IBGE
14:39o mapa de cabeça
14:40para baixo.
14:40Meus amigos
14:41essa é
14:43a fotografia
14:44do Brasil
14:46de hoje.
14:47É
14:47aquelas pessoas
14:48sorrindo
14:48entregando ao Xi Jinping
14:50o mapa de cabeça
14:51para baixo.
14:52Essa carta
14:53é um lembrete.
14:55Essa carta
14:55está dizendo
14:56em outras palavras
14:57essa loucura
14:58de vocês
14:59tem limite.
15:00Vocês podem
15:01botar o mapa
15:02de vocês
15:02de cabeça
15:03para baixo
15:03mas o mapa
15:04do mundo
15:05vocês não vão
15:05botar de cabeça
15:06para baixo.
15:07Então eu acho
15:08que não é difícil
15:10entender o que está
15:12acontecendo
15:13e reagir a isso.
15:14O problema
15:15é quando a ideologia
15:16cega as pessoas.
15:18As pessoas
15:19em posições
15:20de poder
15:21muitas pessoas
15:22no Brasil
15:22estão hoje
15:23eu acho que é justo
15:24dizer completamente
15:25cegas.
15:26não conseguem
15:27enxergar
15:28a realidade
15:28que está
15:29diante
15:30delas.
15:31Então
15:31essa carta
15:34não é
15:35para nenhum
15:36brasileiro
15:37ficar feliz.
15:38Essa carta
15:39é péssima
15:40para o Brasil
15:41é um péssimo
15:42sinal que nós
15:43estamos recebendo
15:44da nação mais
15:44poderosa do mundo
15:45significa um ônus
15:48enorme
15:49para as exportações
15:50que a gente faz
15:50a gente tem que
15:52torcer
15:52para que isso
15:53não dure muito
15:54tempo.
15:55Mas acima de tudo
15:57a gente tem que
15:57torcer para que as
15:58pessoas que estão
15:59em posição de poder
16:01hoje
16:01eu já falei isso
16:02várias vezes
16:02os homens
16:04poderosos do Brasil
16:05que tem bom senso
16:07conversem com os
16:09homens poderosos do Brasil
16:11que não tem bom senso
16:12para que a gente
16:14pelo menos
16:15consiga sobreviver
16:16até que essa loucura
16:18toda
16:19acabe
16:19de uma forma
16:20de outro.