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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos, SP), alertou durante evento em Portugal que o alinhamento do Brasil com o sul global é "perigoso", defendendo a neutralidade na política externa.

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Transcrição
00:00E o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou em evento em Portugal que um alinhamento do Brasil com países do sul global seria extremamente perigoso.
00:11Ele destacou que tais nações apresentam fragilidades democráticas, o que poderia afastar investidores e mercados importantes do Brasil.
00:19Quem tem mais informações sobre esse discurso do governador de São Paulo é a Valéria Luizete, que vai trazer mais detalhes do que falou Tarcísio de Freitas.
00:28Valéria, boa tarde, bem-vinda.
00:30Boa tarde, Koba, a todos que nos acompanham.
00:35Pois é, uma fala impactante, principalmente falando de um fórum internacional tão importante para o cenário global e principalmente no momento em que estamos vivendo.
00:45O governador Tarcísio de Freitas participou de um painel neste fórum, no 13º Fórum de Lisboa, em Portugal, na manhã de hoje.
00:55O painel que ele participou se chamava Relações de Força Internacionais e Novos Blocos Militares.
01:01Inclusive foi mediado pelo ex-ministro e também atual presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, Raul Jungmann, que, trazendo um pouquinho aí do que aconteceu, Koba, chegou a chamar Tarcísio de presidenciável.
01:14Houve ali uma comoção, inclusive no evento, aplausos.
01:18E isso é um assunto à parte.
01:20Mas o que a gente está trazendo aqui, principalmente hoje, é essa fala bastante impactante de Tarcísio com relação a essa relação do Brasil com os países do sul global.
01:30E ele destacou exatamente como você trouxe a fragilidade dos países, principalmente quando se refere ao campo político.
01:38Vamos ouvir o que ele disse.
01:41A gente está falando de países que têm uma grande fragilidade, que é justamente a fragilidade democrática, a falta de democracia.
01:50E isso talvez nos afaste dos maiores investidores e dos melhores mercados.
01:55É como se a gente tivesse um estoque de capital gigantesco para competir e a gente estivesse restringindo as nossas possibilidades a uma parcela muito ínfima, muito pequena deste capital.
02:07Logo em seguida dessa fala, o governador de São Paulo ainda assim reconheceu a força dos países do sul global,
02:19considerando que é a maior população mundial, quase 50% da economia global.
02:26Inclusive, segundo ele, que tem uma relevância aí que chega a ser maior, inclusive, que o próprio G7.
02:32Mas ele fez esse reforço, esse alerta para os riscos de alianças com esses países,
02:39que, segundo ele, afastam das práticas recomendadas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE,
02:48o que pode, como você trouxe, afastar os investimentos internacionais no país.
02:54Tarcísio também se posicionou, Koba, com relação às tensões entre Estados Unidos e China
02:58e disse que o papel do Brasil, nesse momento, é de uma diplomacia neutra, um alinhamento com o interesse nacional
03:05e destacou ainda que não existe amizade entre os países, o que existe de fato são interesses,
03:12colocando aí esse papel do Brasil na geopolítica internacional.
03:17O governador finalizou também sua fala dizendo que a geopolítica mundial mudou muito rapidamente
03:24e que o pessimismo recente deu lugar a um otimismo nos mercados.
03:30O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, chegou à Lisboa na quarta-feira
03:34e deve retornar a São Paulo amanhã pela manhã, Koba.
03:38Muito obrigado, Valéria, Luizete, com todas as informações do discurso de Tarcísio de Freitas lá em Portugal
03:44a respeito desse alinhamento aí que parece ser uma intenção do presidente brasileiro se alinhar com o Sul Global.
03:50O próprio bloco dos BRICS é uma demonstração disso.
03:53Como é que você vê, hein, o Fábio Piperno?
03:55Você acha positivo esse alinhamento ou você tem esses receios como tem o Tarcísio de Freitas?
04:00Não, eu tenho receio quando alguém, por exemplo, usa o bonezinho maga.
04:04Até porque há setores que já estão perdendo.
04:07Aliás, por sinal, o repórter colunista Jamil Chad fez um levantamento publicado nessa semana
04:12de setores que já perderam em relação ao mesmo período do ano anterior.
04:19Veja, é claro que alinhamentos incondicionais eles não são bons.
04:23É evidente que se você se alinha, faz um alinhamento incondicional em determinado bloco,
04:30você por tabela está se distanciando de outros.
04:33Isso é fato.
04:33Agora, quando um país se alinha a vários blocos e a tentativa de aproximação com a União Europeia
04:43também significa um alinhamento ser positivo.
04:46Então, é um Brasil que realmente está muito próximo dos BRICS, da mesma forma que está
04:52cada vez mais próximo, inclusive, de países árabes.
04:57Enfim, o relacionamento é cada vez melhor.
04:59É um país que tenta se alinhar cada vez mais ao bloco dos europeus.
05:05Então, eu não vejo grande distanciamento.
05:09É evidente que há um esfriamento nas relações com os Estados Unidos.
05:14Isso é muito localizado.
05:16É evidente que em algum momento tem que haver uma distensão maior com esse grande parceiro.
05:22Agora, imaginar que porque está próximo dos BRICS, vai ficar longe, por exemplo, da União Europeia,
05:28aí também é forçar a barra.
05:30Quero te ouvir, hein, ô Segre, você tem um receio, você acha positivo.
05:35Como você enxerga este alinhamento do sul global?
05:39É uma frase, um termo recente, mas que tem sido muito utilizado, né?
05:43Mas vamos contar para a nossa audiência, pode ter alguém que não sabe quais são os países do sul global.
05:47África, América Latina, alguns países da Ásia.
05:51Isso que se denomina como o sul global, né?
05:53Todo o hemisfério sul.
05:56Eu acho que não é bom para o Brasil ir nessa linha somente.
06:02Mas, de qualquer maneira, concordo com o Piperno, que menciona de ter a possibilidade de se alinhar com várias pessoas ou vários blocos.
06:12Isso, Piperno, e você sabe disso, tenho certeza, é o que se denomina nas relações internacionais multilateralismo.
06:19Perfeito.
06:20Mas a própria Dilma Rousseff, hoje, no começo do nosso programa, falou que o multilateralismo estava finalizando.
06:27Aliás, ela não consegue nem falar uma frase em português, imagina outro idioma.
06:31Mas o multilateralismo é a base fundamental para você não ter que brigar com um por se alinhar com o outro.
06:37Mas se você vê que a representante brasileira, presidente do Banco dos BRICS, está deixando o multilateralismo de lado, pelo menos na sua ideia,
06:45está nos obrigando a falar, vamos aqui ou vamos aqui.
06:49E nesse vamos aqui ou vamos aqui, o Brasil está escolhendo, na minha humilde opinião, o aqui errado.
06:56Mas ela não é mais uma autoridade aqui, né? Ela está emitindo uma opinião, né, Segredo?
07:01É, mas é representante brasileira.
07:02O Segredo, aliás, nesse...
07:03O próprio presidente também falou.
07:05E nesse momento, inclusive, ela é uma representante da Rússia, né?
07:08Foi a Rússia que, agora, atrocinou a recondução dela à presidência do Banco.
07:14Deus não sacuda.
07:14Não era, porque não era mais a vez do Brasil, né?
07:18Então, a Rússia falou, não, queremos que...
07:20Era a vez da Rússia e a Rússia foi o campeão de uma.
07:22Era tão boa que queremos a Dilma mais uns cinco anos, quatro anos.
07:25O problema não é a concessão russa, é a cobrança da dívida depois da Rússia.
07:29Tem essa também, né, Alangani?
07:31Ah, com certeza, né?
07:32O Putin de bobo não tem nada.
07:34Agora, a fala do Tarcísio eu acho muito pertinente, porque tudo depende como você faz esse alinhamento.
07:41Então, negócios com os países do BRICS, lógico que é bem-vindo e não dá para desprezar.
07:48Nem os Estados Unidos despreza.
07:49China, hoje, né, tem muito negócio com os Estados Unidos, tanto é que existe aí uma tentativa de chegar no consenso
07:55durante a... com toda essa guerra tarifária, todos esses acordos aí protecionistas.
08:02Agora, então, assim, não dá para você desprezar uma Índia, não dá para desprezar a China,
08:06não dá para desprezar a Rússia, que acabou se recompondo, né, uma grande produtora de energia e com ódio.
08:13Então, se você ficar apenas no campo comercial, não há nenhum problema, é do jogo.
08:18Agora, o que não dá, e aí eu acredito que o governo brasileiro tenha esticado a corda dando um passo além,
08:27é justamente o alinhamento ideológico, é escolher um lado ideológico,
08:31é sair do campo comercial e econômico e começar a dar pitacos ideológicos e geopolíticos.
08:39Isso não é bom.
08:40E você, hein, Zé Maria Trindade, como vê?
08:42Porque a crítica é justamente essa.
08:44São países que não respeitam direitos das mulheres, não respeitam direitos humanos,
08:48não tem democracia em alguns deles, né, a gente tem, inclusive,
08:52teocracias envolvidas nessas relações dos novos parceiros do Brasil.
08:58Qual a sua opinião, Zé Maria Trindade?
09:02O que fazer, né?
09:04Nós estamos num mundo em transição.
09:07Nós estamos saindo de uma tendência muito clara de globalização.
09:11Eu ouvi aqui em Brasília de pessoas que lidavam muito com projeções, né,
09:18inclusive o Cristóvão Buarque dizendo, olha, já houve uma globalização de indústrias,
09:23não existe mais um produto 100% nacional, os carros, tudo, eles passam por vários países,
09:32então a globalização agora vai partir para o ser humano.
09:35O ser humano será globalizado e o mundo será uma aldeia global.
09:40E nada, pelo contrário, deu uma ré danada e agora tudo está tomando uma infeção
09:47e os países estão se fechando, inclusive comercialmente, e formando blocos.
09:53O que já estava numa tendência ali de, vamos dizer, de redução dos poderes dos blocos comerciais.
10:02O Itamaraty, e nós temos uma escola que é muito boa de relações exteriores,
10:08também mudou o conceito, né, aquele conceito de amigo,
10:11país amigo, país que tenha afinidades, isso mudou para negócio.
10:18E aí, de repente, de repente, o Itamaraty, o Ministério de Relações Exteriores,
10:23foca muito em comércio e pouco em relações, aquelas relações tradicionais entre países.
10:30E aí, isso está justificando tudo, quer dizer,
10:33Ah, não, mas o Irã é muito bom, a gente vai vender carne, vai vender não sei o quê,
10:40não interessa o que fazem lá, né.
10:43Outro país lá, a Venezuela, ah, mas a Venezuela racionalizou, né.
10:49Então, esta é a grande justificativa.
10:52E o governador Tassi, isso tem toda a razão.
10:55É preciso ver isso com muito cuidado e não ir na frente arrebentando tudo,
11:01porque pode, num determinado momento, voltar ali os interesses.
11:06É claro que o Donald Trump, nesse momento, ele quer dar um freio de arrumação
11:11e mostrar que os Estados Unidos, por serem um grande líder mundial,
11:15não pode ceder sempre, tem que cobrar e tem que receber vantagem.
11:19Esse é o momento.
11:20Mas, daqui a pouco, ele vai olhar e ver que o Brasil está jogando contra os Estados Unidos
11:27e pode se aliar aqui na América do Sul a outro país, como, por exemplo, a Argentina.
11:32E a Argentina já foi o parceiro prioritário dos Estados Unidos aqui.
11:36Então, o que ele faz é um alerta interessante,
11:39de que o Brasil tem que se ater às suas necessidades,
11:43às suas expectativas e não entrar na política de uma maneira tão de peito aberto assim,
11:49porque pode ter um revés e certamente terá.
11:52Então, o que ele vai olhar e ver que o Brasil tem que se ater às suas necessidades,

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