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  • ontem
Transcrição
00:00Um grupo de cientistas acaba de flagrar algo inédito no espaço.
00:05A descoberta foi feita com um telescópio conhecido como Caçador de Exoplanetas.
00:12Vamos dar uma olhada.
00:17Astrônomos encontraram um mundo fora do Sistema Solar que está ajudando a causar a própria destruição.
00:24Ele tem esse nome complicado que está aí na sua tela.
00:27O planeta orbita a estrela-mãe tão de perto que provoca explosões violentas na superfície dela.
00:35Essas explosões acabam atingindo o próprio exoplaneta com radiação intensa, fazendo com que ele perca parte da própria massa.
00:43Estamos falando de um gigante gasoso parecido com Júpiter em tamanho, mas com uma densidade muito menor,
00:50o que lhe confere o apelido de um mundo algodão doce.
00:54Uma órbita completa dura apenas uma semana terrestre.
00:58A estrela tem 17 milhões de anos e, por mais que isso pareça muito, ela é considerada bem jovem.
01:04Para efeito de comparação, o nosso Sol ultrapassa 4 bilhões e 600 milhões de anos de idade.
01:12A juventude dessa estrela significa que ela ainda está cheia de energia e instabilidade.
01:18Desde os anos 1990, os astrônomos se perguntam se planetas poderiam influenciar o comportamento de estrelas vizinhas.
01:26Depois de mais de 5 mil exoplanetas descobertos, esta é a primeira vez que surge uma evidência clara de que isso pode sim acontecer.
01:36Relatada em um artigo publicado na revista Nature, a descoberta foi liderada pelo Instituto Holandês de Radioastronomia.
01:43A equipe usou o caçador de exoplanetas TESS da NASA, que monitora estrelas em busca de mundos distantes.
01:51Os astrônomos notaram que as explosões eram mais frequentes justamente nos momentos em que o planeta passava em frente à estrela.
01:58A explicação encontrada é que, pela proximidade, esse gigante gasoso influencia o campo magnético da estrela.
02:06Ou seja, o planeta funciona como um gatilho, liberando uma energia que já estava acumulada na estrela.
02:13O problema é que as explosões resultantes são extremamente perigosas para o próprio exoplaneta.
02:18Com essa exposição constante, ele está perdendo as camadas externas e encolhendo.
02:25Os cientistas calculam que dentro de 100 milhões de anos, o exoplaneta pode encolher de um corpo do tamanho de Júpiter para algo parecido com o Netuno.
02:33Agora, a equipe pretende observar o sistema em diferentes comprimentos de onda, como ultravioleta e raio-x,
02:40para entender melhor o tipo de energia que está envolvida nessas explosões.
02:45Eles também querem buscar outros casos parecidos para estudar o fenômeno de forma mais ampla.

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