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  • yesterday
At the end of the 19th century in Rio de Janeiro, a young man, who lives in favor of his parents' boss's house, falls madly in love with his wife's arms. She, in turn, notices the boy's almost adult traits. Dreams and desires blend with reality.
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00:00Transcribed by ESO, translated by —
00:30Transcribed by —
01:00Transcribed by —
01:30Transcribed by —
02:00Onde anda que nunca ouve o que lhe digo?
02:04Hei de contar tudo ao seu pai
02:06para que ele lhe sacuda a preguiça do corpo
02:09com uma boa vara de marmelo ou um pau.
02:13É o que eu vou fazer.
02:15Estúpido.
02:18Maluco.
02:18E olha que lá fora é o mesmo que se vê aqui.
02:23Confunde-me os papéis todos.
02:26Erra as casas.
02:28Vai em um escrivão ao invés de no outro.
02:31Troca os advogados.
02:32É o diabo.
02:33É o tal sono pesado e contínuo.
02:39De manhã é o que se vê.
02:41Primeiro que acorde é preciso quebrar-lhe os ossos.
02:45Deixe.
02:45Amanhã...
02:47Hei de acordá-lo a pau de vassoura.
02:51Toma.
02:55Toma.
02:59Passava-se-se na Rua da Lapa em 1870.
03:03Toma.
03:03Durante alguns minutos
03:06não se ouviu mais que o tinir dos talheres
03:09e o ruído da mastigação.
03:12Borges abarrotava-se de alface e vaca.
03:25Nunca ele pôs os olhos nos braços de Dona Severina
03:28que não se esquecesse de si e de tudo.
03:32Também a culpa era antes de Dona Severina
03:34em trazê-los assim nus constantemente.
03:38Via só os braços de Dona Severina
03:40ou porque sorrateiramente olhasse para eles
03:43ou porque andasse com eles
03:45impresso na memória.
04:01Inácio demorou o café o mais que pôde.
04:06Homem...
04:08Você não acaba mais.
04:14Não havia remédio.
04:16Inácio bebeu a última gota, já fria,
04:19e retirou-se, como de costume,
04:21para o seu quarto,
04:22nos fundos da casa.
04:23Cinco minutos depois,
04:30à vista das águas próximas
04:32e das montanhas ao longe,
04:34restituí-lhe o sentimento confuso,
04:36vago, inquieto,
04:37que lhe doía e fazia bem.
04:40Tinha vontade de ir embora
04:42e de ficar.
04:45O pai barbeiro na Cidade Nova
04:47e polo de agente, escrevente,
04:49ou que quer que era,
04:50do Borges,
04:51com esperança de vê-lo no foro.
04:56Havia cinco semanas que ali morava
04:58e a vida era sempre a mesma.
05:02Sair de manhã com o Borges...
05:13Andar por audiências e cartórios,
05:16correndo, levando papéis ao selo,
05:18ao distribuidor, aos escrivães,
05:19aos oficiais de justiça.
05:35Voltava à tarde, jantava
05:37e recolhia-se ao quarto
05:39e ia dormir.
05:40Cinco semanas de solidão,
05:47de trabalho sem gosto,
05:49longe da mãe e das irmãs,
05:51cinco semanas de silêncio.
05:55Deixe estar, pensou ele,
05:57um dia fujo daqui
05:58e não volto mais.
05:59Não foi, sentiu-se agarrado
06:07e acorrentado pelos braços
06:09de Dona Severina.
06:13Nunca vira outros
06:14tão bonitos e tão frescos.
06:21A educação que tivera
06:23não lhe permitia encará-los
06:24logo abertamente.
06:25Parece até que, a princípio,
06:27afastava os olhos, vexado.
06:29Encarou-os pouco a pouco,
06:31ao ver que eles não tinham
06:33outras mangas.
06:35E assim,
06:36os foi descobrindo,
06:37mirando e amando.
06:40No fim de três semanas,
06:42eram eles,
06:43moralmente falando,
06:44às suas tendas de repouso.
06:46Aguentava toda a trabalheira
06:53de fora,
06:54toda a melancolia
06:54da solidão e do silêncio,
06:56toda a grosseria do patrão
06:58pela única paga de ver,
07:00três vezes por dia,
07:01o famoso par de braços.
07:09Dona Severina,
07:10na sala da frente,
07:12recapitulava o episódio
07:13do jantar
07:14e, pela primeira vez,
07:16desconfiou alguma coisa.
07:18Rejeitou a ideia logo,
07:20uma criança.
07:21Mas há ideias que são
07:22da família das moscas teimosas.
07:25Por mais que a gente as sacuda,
07:27elas tornam e pousam.
07:33Criança,
07:34tinha 15 anos.
07:38Não admira que começasse a amar.
07:41E não era ela bonita.
07:45Esta outra ideia
07:46não foi rejeitada.
07:48Antes, afagada
07:49e beijada.
07:54E recordou, então,
07:55os modos deles,
07:56os esquecimentos,
07:57as distrações
07:58e mais um incidente
08:00e mais outro.
08:03Tudo eram sintomas
08:04e concluíram que sim.
08:08Você vê, Nina?
08:10Você vê, Nina?
08:12O que a senhora tem?
08:14Está pálida?
08:15O que me preocupa?
08:16Sente alguma coisa?
08:18Não tenho nada.
08:20Estava apenas descansando.
08:23Descansando?
08:25Parece que nessa casa
08:26todos estão dormindo.
08:28Pode deixar.
08:31Eu sei de um bom remédio
08:32para tirar o sono
08:33aos dorminhocos.
08:35Engano seu.
08:36Eu não estava dormindo.
08:39Estava
08:39pensando na comadre Fortunata.
08:43Não a visitamos desde o Natal?
08:45Por que não vamos lá
08:45uma noite dessas?
08:47Ah, não.
08:48Por Deus.
08:49Está cansado.
08:50Estou trabalhando muito.
08:52A comadre é uma faladeira.
08:53Eu não a suporto.
08:55Não fale uma coisa dessas,
08:57coitada.
08:59Fala assim.
09:01Fala pelos cotovelos.
09:04E é maledicente.
09:05Ao contrário do marido,
09:06que não fala nada
09:06porque ela não deixa, não.
09:08Tudo isso é implicância tua.
09:10Pois tens um bom coração.
09:11Isso é o que a senhora acha.
09:14Estamos uns pobretões.
09:16Toda aquela gente
09:16tem muito a ver
09:17com o nosso Inácio.
09:20Porque agora é nosso.
09:21Por culpa minha.
09:22Não fale essas coisas feias.
09:25Eu não sei
09:26por que a senhora
09:27defende tanto aquela gente.
09:28Porque todos nós
09:29temos defeitos, meu querido.
09:30E eu estou aqui
09:31para apontá-los.
09:34Inclusive os nossos.
09:36Não me venha a senhora
09:36querer calar.
09:37Shhh.
09:38Shhh.
09:40Não se irrite.
09:42Onde está aquele sorriso?
09:45Hum?
09:45Onde?
09:49Agora que já sorri,
09:51vamos comer qualquer coisa.
09:53Trabalhaste tanto.
09:55Que tal dormimos mais cedo?
09:57Não.
09:58Não.
10:01A noite caíra de todo.
10:04Borges, cansado do dia,
10:06pois era realmente
10:07um trabalhador
10:07de primeira ordem,
10:09foi,
10:10fechou os olhos
10:10e pegou no sono.
10:13E deixou-a só na sala,
10:15às escuras,
10:16consigo
10:17e com a descoberta
10:18que tinha feito.
10:19Tudo parecia dizer
10:25à dama
10:26que era verdade.
10:27Mas essa verdade,
10:29desfeita
10:29à impressão
10:30de assombro,
10:31trouxe-lhe
10:31uma complicação moral.
10:39Já nesse dia,
10:40dona Severina
10:41mirava
10:42por baixo dos olhos
10:43os gestos
10:43de Inácio.
10:45Não chegou
10:45a achar nada,
10:46porque o tempo
10:47do café era curto
10:48e o rapazinho
10:49não tirou os olhos
10:50da xícara.
11:05No dia seguinte,
11:07pôde observar melhor.
11:08E nos outros,
11:15otimamente,
11:16percebeu que sim,
11:17que era amada
11:18e temida.
11:27Já se persuadia bem
11:28que ele era criança
11:29e assentou
11:31de o tratar
11:31tão secamente
11:32como até ali
11:33ou ainda mais.
11:35tchau, tchau, tchau.
12:05Dona Severina
12:07Desculpe incomodar, Dona Severina.
12:09Não foi nada.
12:11Chegava a casa e não se ia embora.
12:15Os braços de Dona Severina fechavam-lhe um parênteses
12:19no meio do longo e fastidioso período da vida que levava.
12:27E essa oração intercalada trazia uma ideia original e profunda
12:31inventada pelo céu unicamente para ele.
12:33Deixava-se estar e ia andando.
12:39Afinal, porém, teve de sair.
12:43E para nunca mais.
12:45Inácio, não beba água fria depois do café.
12:49Não faz bem.
12:51A rudeza da voz parecia acabada e havia mais do que brandura.
12:55Havia desvelo e carinho.
12:57A agitação de Inácio é crescendo sem que ele pudesse acalmar-se nem entender-se.
13:09Não estava bem em parte alguma.
13:11Acordava de noite, pensando em Dona Severina.
13:21Na rua, trocava de esquinas.
13:31E não via a mulher ao longe ou ao perto que não lhe trouxesse a memória.
13:41Ao entrar no corredor da casa, voltando do trabalho, sentia sempre algum alvoroço, às vezes grande.
13:55Inácio!
14:01Inácio!
14:03Inácio!
14:05Boa tarde, Dona Severina!
14:06Inácio!
14:09Boa tarde, Dona Severina!
14:14Boa tarde!
14:19Boa tarde!
14:32Inácio
14:49percebeu pela primeira vez uma fragilidade em seu olhar e sentiu-se mais forte.
14:55A CIDADE NO BRASIL
15:25A CIDADE NO BRASIL
15:54A CIDADE NO BRASIL
15:56A CIDADE NO BRASIL
15:58A CIDADE NO BRASIL
16:00A CIDADE NO BRASIL
16:02A CIDADE NO BRASIL
16:04A CIDADE NO BRASIL
16:06Doutor
16:08A CIDADE NO BRASIL
16:10Doutor
16:12A CIDADE NO BRASIL
16:14A CIDADE NO BRASIL
16:16A CIDADE NO BRASIL
16:18A CIDADE NO BRASIL
16:20A CIDADE NO BRASIL
16:22A CIDADE NO BRASIL
16:24A CIDADE NO BRASIL
16:26A CIDADE NO BRASIL
16:28A CIDADE NO BRASIL
16:30A CIDADE NO BRASIL
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16:34A CIDADE NO BRASIL
16:36A CIDADE NO BRASIL
16:38A CIDADE NO BRASIL
16:40A CIDADE NO BRASIL
16:42A CIDADE NO BRASIL
16:43A PRECIA
16:44A CIDADE NO BRASIL
16:45A CIDADE NO BRASIL
16:47SCARED contrario
16:49Concuito
16:55MOBILE
16:57A CIDADE NO BRASIL
17:00A CIDADE NO BRASIL
17:04ESPERARifs
17:05CIDADE NO BRASIL
17:41Onde é que ele está?
17:47Eu acabo com ele.
17:49Calma, por favor, calma.
17:51Eu mato esse imbecil.
17:54Olha o que ele fez.
17:55Eu expolo.
17:56Calma.
17:58Deseja um copo d'água.
18:01Processos que estavam sob minha responsabilidade.
18:05Destruídos, destruídos.
18:07Eu pedi para que ele trouxesse os processos para casa.
18:12Eu confiei nele.
18:13Isso é, a gente tem que acertar.
18:15O que eu faço agora?
18:20Como é que eu fico perante os escrivães?
18:24Perante os advogados?
18:26O juiz?
18:27Se ele aparecer na minha frente e eu escano-o, eu passo uma loucura.
18:33Calma.
18:34Senta, senta aqui.
18:36Descanse um pouco.
18:37Eu vou tentar secá-los.
18:39Se ele aparecer para jantar, eu expulso ele daqui a pontapés.
18:44E se a gente tentar secar?
18:46Na seta, estava flamando à beira-mar.
18:54Estava...
18:55Deixou voar os papéis.
18:58Que parvo!
19:16Desculpe.
19:25Sim, dona Severina.
19:26Eu sei que...
19:26Borges está lá.
19:28Furioso consigo.
19:30Não falamos alto para que não nos ouça.
19:32Eu só vim dizer que não apareça a janta até que ele se acalme.
19:36Está bem?
19:38Está bem.
19:40Vou ver o que posso fazer.
19:42De preferência, assovar o café amanhã.
19:43Agora, tenha cuidado.
19:49Durma bem.
20:07Onde é que ele está?
20:10Ele não vem tomar café?
20:11Com os gritos de ontem, deve estar assustado.
20:16Além de tudo, ainda tem medo.
20:20Isso é desfeita.
20:24Afinal de contas, eu sou amigo do Euvécio.
20:27Ele é meu barbeiro há anos.
20:29Eu lhe devo uma satisfação.
20:32Sabe de uma coisa?
20:35Eu vou chamá-lo.
20:36Ah, está aí?
20:40Pensei que não vinha mais.
20:43Senta.
20:46Com licença.
20:47Escute bem.
20:59A respeito do acidente a beira-mar.
21:04Não se fala mais nisso sob pena de esganá-lo.
21:06Dona Severina sentiu-se orgulhosa,
21:15pois que salvara Inácio das garras do Borges.
21:18Açúcar.
21:20Titoral.
21:22Tempo.
21:24A sozinha.
21:27Tempo.
21:30Tempo.
21:31Tempo.
21:32Tempo.
21:35Tempo.
21:37Tempo.
21:38Tempo.
21:41Tempo.
21:42Tempo.
21:42Tempo.
21:43Inácio, please, take that heater and bring it here.
22:13And so he continued,
22:23disfrutando da presença doce de Inácio ao seu lado.
22:43A CIDADE NO BRASIL
23:13Então, um domingo, nunca ele esqueceu esse domingo.
23:43O dia estava lindíssimo, não era só um domingo cristão, era um imenso domingo universal.
23:56A CIDADE NO BRASIL
23:58A CIDADE NO BRASIL
24:00A CIDADE NO BRASIL
24:02A CIDADE NO BRASIL
24:04A CIDADE NO BRASIL
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24:08A CIDADE NO BRASIL
24:10A CIDADE NO BRASIL
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24:14A CIDADE NO BRASIL
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24:20A CIDADE NO BRASIL
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24:28A CIDADE NO BRASIL
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24:38A CIDADE NO BRASIL
24:40A CIDADE NO BRASIL
24:42A CIDADE NO BRASIL
24:44A CIDADE NO BRASIL
28:26To dream at night with him,
28:31it may be that he was dreaming with her,
28:34since the morning morning,
28:35when the figure of the little boy
28:36walked in front of his eyes
28:38like a terrible temptation.
28:56Fartou-se de vê-lo com a cabeça inclinada,
29:00o braço caído,
29:02mas, ao mesmo tempo que eu achava criança,
29:04achava-o bonito,
29:06muito mais bonito que acordado,
29:08e uma dessas ideias corrigia
29:10ou corrompia a outra.
29:26Elefante
29:47Elefante
29:56Meow.
30:06Meow.
30:10Meow.
30:26Meow.
30:34Voltou devagarinho e o espiou.
30:46Viu que dormia profundamente.
30:49Tinha um sono duro a criança.
30:52O rumor que abalara tanto
30:54o fez sequer mudar de posição.
30:57E ela continuou a vê-lo dormir.
31:00Dormir e talvez sonhar.
31:12Que não possamos ver os sonhos uns dos outros.
31:24Dona Severina teria se visto a si mesmo na imaginação do rapaz.
31:35Teria se visto diante da cama, risonha e parada.
31:39Depois, inclinar-se, pegar-lhes nas mãos, levá-las ao peito,
31:44cruzando ali os braços, os famosos braços.
31:50Duas, três e quatro vezes, a figura esvaía-se.
32:02Para tornar logo, vindo do mar ou de outra parte.
32:06E aí
32:09E aí
32:11E aí
32:13E aí
32:14E tornando-o, inclinava-se, pegava-lhe outras vezes,
32:16E aí
32:17E aí
32:18E aí
32:19E aí
32:20E aí
32:21E aí
32:22E aí
32:23E aí
32:24E aí
32:25E aí
32:26E aí
32:27E aí
32:28E aí
32:29E aí
32:30E aí
32:31E aí
32:32E aí
32:33E aí
32:40E aí
32:41E aí
32:42E aí
32:43Andando-o, inclinava-se, pegava-lhe outra vez, das mãos,
32:45E cruzavas ao peito os braços.
32:48E aí
32:52E aí
32:53E aí
32:55e
32:56E aí
32:57E aí
32:58E aí
32:59E aí
33:00Here, the dream coincided with reality and the same mouths united themselves in imagination and outside of it.
33:10The difference is that the vision didn't recue and the real person, so depressed to cump the gesture,
33:28as she fled to the door, closed and medrosa.
33:40In fact, the child had a hard time.
33:52Nothing to open her eyes, nor the mistakes of her, nor the real hugs.
33:59But if the fear was passing, the shame became and grew.
34:11Dona Severina didn't just believe that she would do it.
34:15She was like she was confused, irritated, aborrected with me and bad with him.
34:24The fear that he could be saying that he slept, pointed to the soul and gave him a calafrio.
34:44But the truth is that he slept a lot and just woke up for dinner.
34:49He told me that he slept with him.
34:51At least he slept with him.
34:53Sentou-se à mesa lépido.
34:55Enquanto achasse Dona Severina calada e severa,
34:59e Borges, tão ríspido como nos outros dias,
35:02nem a ríspidez de um, nem a severidade da outra
35:06podiam dissipar-lhe a visão graciosa
35:09que ainda trazia consigo
35:11ou amortecer-lhe a sensação do beijo.
35:14Não reparou que Dona Severina tinha um chale que lhe cobria os braços.
35:20Reparou depois, na segunda-feira...
35:24Beijo, um pedaço de queijo?
35:26E na terça também.
35:29E até sábado, que foi o dia que Borges mandou dizer ao pai
35:34que não podia ficar com ele.
35:37Se precisar de mim pra alguma coisa, procure-me.
35:58Sim, senhor. A senhora Dona Severina...
36:03Está lá para o quarto. Muita dor de cabeça.
36:09Amanhã ou depois, venha se despedir.
36:33Inácio saiu sem entender nada.
36:48Não entendia a despedida, nem a completa mudança de Dona Severina.
36:54Não importa. Levava consigo o sabor do sonho.
37:03E, através dos anos, por meio de outros amores, mais efetivos e longos,
37:10nenhuma sensação achou nunca igual à daquele domínio,
37:14na Rua da Lapa, quando ele tinha quinze anos.
37:19Ele mesmo exclama às vezes, sem saber que se engana.
37:28Foi um sonho. Um simples sonho.
37:31Não é um sonho. Um dos anos...

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