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NotíciasTranscrição
00:00Olá, sejam muito bem-vindos ao Narrativas Antagonista. Eu sou Madeleine Lasco,
00:20sua companhia de segunda a sexta-feira, às 5 horas da tarde, aqui no YouTube do Antagonista.
00:25Você também lê as minhas colunas no site o Antagonista sem paywall.
00:32Fato do dia, a falsa acusação de transfobia na peça Wicked.
00:39Gente, esse assunto rendeu, esse assunto rendeu.
00:44E eu vou trazer aqui, porque no Antagonista a gente tem liberdade, eu posso falar a verdade,
00:49eu posso seguir o código de ética dos jornalistas e só apresentar fatos sem me dobrar a chantagem de lacração que quer que eu minta.
00:59Não vão conseguir porque eu não me dobro. É só fato. Eu não faço militância.
01:05E eu vou mostrar aqui no Narrativas algo que você não viu em nenhum lugar,
01:10que são os fatos, o boletim de ocorrência, tudo isso.
01:14Muita gente me pedindo, só você tem coragem de falar, só o Antagonista mesmo tem coragem de falar nessas coisas,
01:20você vai me ver falando.
01:23Mas sempre daquele nosso jeito.
01:25Eu te trago primeiros fatos e depois a minha opinião.
01:28Mas antes de opinar, eu te digo uma coisa que você só vê aqui.
01:31Qual é a narrativa da esquerda e qual é a narrativa da direita.
01:36Vamos lá?
01:37Fato do dia, a falsa acusação de transfobia na peça Wicked.
01:48Eu não sei se você viu isso nas redes.
01:50O pessoal tá me pedindo nos meus grupos, nas redes sociais, pra eu falar deste tema.
01:57Porque é um caso que ganhou manchetes em todos os jornais, como se fato fosse.
02:02Sendo que não há nenhum registro do fato.
02:06As pessoas que dizem ter visto não foram à delegacia complementar o boletim de ocorrência.
02:12Não se comprometeram com nada.
02:14E a gente tem uma outra versão sendo contada pela pessoa que está sendo acusada.
02:21Então eu vou trazer tudo o que aconteceu, inclusive essa influencer malévola,
02:27os outros casos em que ela já esteve envolvida.
02:31Então começando com malévola, que nome sugestivo, né?
02:35É um nome bonito de escolher.
02:36Eu adoro essa história da malévola.
02:40Eu sou muito fã.
02:42E eu vou trazer aqui pra vocês um vídeo da Mátria, que foi no Instagram, explicando isso de malévola.
02:49Sobre bruxas e vilões.
02:51Toda criança do século passado conhece a terrível vilã chamada malévola.
02:56Com seu figurino sombrio e uma espécie de chapéu de chifre, a antagonista da Bela Adormecida é capaz de um gesto chocante.
03:05Amaldiçou uma criança no dia do seu batizado.
03:08O motivo?
03:09Ela não foi convidada para o festejo.
03:12Em uma narrativa mais suave e mais recente, a Disney nos apresenta a infância de malévola
03:18e busca explicar os motivos que a tornaram tão malvada e vingativa.
03:24Um detalhe curioso é que as gravações tiveram que contar com a participação da própria filha da atriz Angelina Jolie,
03:32que interpretou a vilã.
03:34Já que a outra criança, que havia sido escalada para interpretar a Aurora,
03:39aquela que recebeu uma audição, chorava de terror ao ver Jolie caracterizada de malévola.
03:45Outro filme, este não é da Disney, vem fazendo sucesso com uma nova geração de crianças
03:53acostumadas ao live action e às grandes produções musicais.
03:58O Wicked, uma deriva da clássica história do Mágico de Oz,
04:02que foi lançado em 2024 e indicada a inúmeras premiações,
04:07ganhando duas estatuetas na última edição do Oscar.
04:10Um lamentável episódio da vida real deu novos significados ao imaginário construído a partir destas produções.
04:20Na última quarta-feira, uma mulher e uma criança foram impedidas de assistir ao espetáculo musical Wicked em São Paulo.
04:29O motivo?
04:30Malévola as desconvidou.
04:32Uma pessoa do sexo masculino, trans identificada, que sendo trans, poderia ter escolhido qualquer nome para substituir o seu nome de registro
04:42e optou pelo nome Malévola.
04:45Isso não é trivial.
04:47Alegou ter ouvido o que considerou ser um insulto da mulher que terminou sendo expulsa do teatro,
04:53junto com sua filha de 10 anos de idade.
04:57O insulto teria sido chamada de homem.
05:00Em que pese o fato de que, de acordo com a acusada, o suposto insulto jamais teria ocorrido
05:06e que a pessoa supostamente ofendida, Malévola, não quis registrar boletim de ocorrência,
05:13a cena do filme aconteceu.
05:16Só que os tempos são outros.
05:19Hoje, os filmes que mais assistimos duram, em média, 15 segundos e são gravados na vertical.
05:27Malévola, que atua como influencer digital, decidiu que era insuportável estar no mesmo ambiente que aquela mulher
05:34e resolveu, como vingança, expor o seu desconforto ao vivo para os seus seguidores.
05:40De posse de um celular, gravou a acusação.
05:43Eu fui vítima de transfobia por aquela mulher, disse apontando o dedo na direção da acusada e de sua filha.
05:52O espetáculo atrasou.
05:54A plateia vaiou.
05:57Na sequência, outro corte de 15 segundos.
06:00Malévola julgou ser necessário explicar melhor para os seus espectadores o que estava ocorrendo.
06:06Então, com certo orgulho, disse, eu fui vítima de transfobia e estou dando um show aqui.
06:12Neste show, agindo de acordo com o script dos vilões, Malévola incentivou o público presente a gritar
06:19Tira, tira, tira!
06:21No sentido de retirar a mulher acusada de transfobia.
06:25Até que o ambiente se tornasse insuportável.
06:28Mãe e filha deixaram o local.
06:31A criança estava aos prantos.
06:34Malévola venceu.
06:35A mãe em vão tentou explicar o ocorrido para os funcionários do teatro.
06:40Todos estavam atormentados com a fúria de Malévola, que contagiou a plateia que, por sua vez, exigia a retirada da transfóbica daquele local.
06:50Assim, apesar do sentimento de injustiça, mãe e filha se retiraram da casa de espetáculos.
06:57No palco, a encenação seguiu narrando a história de duas mulheres na terra de Oz.
07:03E aqui, talvez seja necessário pedir desculpas aos leitores por um spoiler que se faz necessário para explicar a infeliz coincidência.
07:13A história de Wicked também se encerra com uma mulher sendo ofendida com acusações falsas.
07:20O resultado, ela se vê obrigada a ir embora.
07:24Vamos lá ao que aconteceu no teatro.
07:28Porque muita gente está falando, eu vi um vídeo de transfobia no teatro.
07:33O vídeo não tem um momento em que se diz que a pessoa que é uma... que se identifica como mulher trans.
07:41Não tem um momento em que essa pessoa teria sido chamada de homem.
07:44Não tem.
07:44O vídeo é este aqui.
07:47Dá uma olhada.
07:47A gente só fala, não é mulher de assinar as consequências?
07:51Eu fui vítima de transfobia por aquela mulher.
08:06Ela me chamou de homem.
08:07tira, tira, tira, tira, tira, tira, tira, tira.
08:12Vocês não vão tirar?
08:15Vocês não vão tirar?
08:17Tira ela.
08:18Agora deixa, agora deixa.
08:19Agora vocês, olha.
08:20É.
08:30A hora.
08:32Depois, quem a gente tem dizendo que viu o fato?
08:56Na delegacia, só a mãe que foi acusada de transfobia.
09:01Só. Essa que foi retirada aí do teatro.
09:06A influencer não foi e também tem esse outro influencer que disse que viu, mas não foi a polícia. Vamos ver.
09:15Infelizmente, chegamos aqui no Teatro Renault.
09:18Estamos tendo uma péssima experiência, porque eu fui testemunha aqui de uma transfobia descarada por uma mulher aqui dentro do teatro.
09:28Deixa eu até virar pra vocês.
09:29Essa abençoada aqui, na frente da filha dela, teve a capacidade de chamar uma mulher trans de homem, cometeu um crime, óbvio.
09:38A gente tá só aqui no aguardo da produção tirar essa moça, porque são 8 horas, são 8h15 já.
09:46E não começou, porque a gente não vai começar a assistir um espetáculo que é extremamente representativo pra diversidade de uma mulher dessa aqui.
09:54Não faz o menor sentido, né, gente?
09:55Simplesmente não faz o menor sentido.
09:58Então, tô aqui, só esperando.
10:02Já já a gente dá continuidade pra vocês.
10:03E aqui, ó, pra quem vai vir, porque assim, eu sou caxias, eu sou chata, eu sou certinha, se eu vejo um crime acontecendo, eu paro o que eu tô fazendo e vou denunciar.
10:13E muita gente pode argumentar comigo.
10:15Poxa, mas a pessoa pagou não sei quanto pra ver esse musical, o problema nem é do influencer que tava lá.
10:21Aí ele não vai poder ver o musical porque ele vai ter que ir à delegacia.
10:25Não, pode ir depois, viu, gente?
10:27Pode ir depois, pode ir depois do musical, pode ir até no outro dia, 72 horas depois.
10:32Pode, tá bom?
10:35Enfim, vamos aqui adiante ao boletim de ocorrência ao qual a Mátria teve acesso.
10:43Olha esse vídeo.
11:02Eu fui vítima de transfobia por aquela mulher.
11:24Ela me chamou de homem.
11:26Tira.
11:27Eu fui vítima de transfobia, tô dando show aqui.
11:32Deixa eu gravar primeiro.
11:39E o problema.
11:42Ela é louca.
11:42Olha, minha linda.
11:43Vamos embora, minha.
11:44Olha, tchau, vamos embora.
11:45Caixa de bomba.
11:46Com o dedo, com o dedo.
11:47Vitaria, barraco e tapa na cara.
11:50Tudo isso num restaurante japonês de luxo em São Paulo.
11:53E pior, hein?
11:54Envolvendo uma influenciadora digital, a tal da Malévola.
11:56A mulher a qual ela se refere é essa de vestido vinho que aparece no vídeo da briga.
12:01Essa outra.
12:02E aqui, a gente fica com aquela questão.
12:22O que é que aconteceu efetivamente?
12:24Porque a gente vê gritando, fui alvo de transfobia.
12:28Qual foi o momento, qual foi a frase que foi dita?
12:33Não é verdade?
12:33Porque a gente muitas vezes vê na imprensa, fulano é acusado de transfobia.
12:37E não sabe o que é que essa pessoa falou.
12:40Ué, mas importa o que foi dito?
12:42Transfobia é trocar o gênero?
12:43É negar?
12:44Pois é, não existe o crime de transfobia, tá?
12:48O de homofobia foi equiparado ao de racismo pelo poder judiciário.
12:53Mas transfobia não entrou nisso.
12:56Não foi regulamentado.
12:58E lembrando que misoginia não é crime.
13:01Mas enfim, saindo disso do crime, por que eu tô falando que importa o que falou?
13:05O que falou e o que a imprensa publicou.
13:07Por quê?
13:08Geralmente a imprensa publica crime de transfobia e não publica o que a pessoa falou.
13:12Aconteceu comigo.
13:13Eu fui inclusive condenada.
13:15Por quê?
13:16Num desses ataques que os lacradores fazem pra cima de mim, eu pedi a minha equipe que
13:21respondesse aos homens, caro fulano, e aí põe o nome do fulano, caro Joãozinho,
13:26parará, parará, parará.
13:28E as mulheres, cara Mariazinha, parará, parará, parará.
13:32Ou simplesmente, caro tal coisa, cara tal coisa.
13:36E assim foi.
13:36Uma dessas, cara, tal coisa, era uma mulher trans.
13:40Então ela tava recebendo no feminino.
13:42Não caro.
13:43Cara.
13:44E aí ela alegou que eu disse que ela é um cara e que isso foi transfobia porque ameaça
13:49a existência dela.
13:50Enfim, isso ainda, o recurso final não foi julgado na justiça brasileira, mas irei
13:56até os tribunais no exterior para garantir o meu direito de me expressar.
14:01E também, pra reverter uma injustiça.
14:03Saiu na imprensa inteira, vocês podem dar um burro, o antagonista não fez assim, mas
14:08saiu por aí.
14:10A jornalista acusada de transfobia, condenada por transfobia.
14:14Eles colocaram o que eu disse?
14:17Que eu tava escrevendo caro e cara, e coloquei cara, tarará, tarará, tarará, e ela disse
14:22que é um cara e que isso era transfobia?
14:24Não, não colocaram o que eu disse.
14:27E você pode conferir as matérias.
14:29Não tem o que foi dito.
14:30Mas eu vou te mostrar.
14:31Aqui no antagonista você vai ver o que foi dito, porque eu vou tacar na tela agora
14:36o boletim de ocorrência.
14:38Boletim de ocorrência, só a mãe compareceu.
14:41Dizendo que se dirigiu até o Teatro Renault, acompanhada de sua filha de 10 anos, a fim
14:45de assistirem a peça Wicked.
14:46Chegando ao local, percebeu que estava instalada uma pequena confusão, uma vez que aparentemente
14:51uma mulher havia furado a fila, o que gerou desentendimento entre os presentes.
14:57Ocorre que o desentendimento estava impedindo o ingresso ao teatro e soou o segundo sinal.
15:04Segundo sinal, o que que tava acontecendo?
15:06Uma mulher que aparentemente havia furado a fila, tava impedindo todo mundo de entrar
15:10no teatro e o sinal tocando, vocês sabem que tem o primeiro sinal, o segundo sinal e aí
15:16você tem que entrar porque não entra mais.
15:17E ninguém conseguia entrar por causa disso.
15:20Não obstante, a referida mulher que agora sabe se tratar da influenciadora digital Malévola
15:26Alves, se voltou contra a vítima no momento em que ela questionou se era o homem ou a mulher
15:32que estava na fila, se referindo ao casal.
15:35Qual foi o que que aconteceu?
15:37A Malévola Alves estava com seu namorado na fila.
15:41Disse que tava na fila e os outros falando, não, ela furou a fila.
15:44E ela, não, mas eu tava aqui.
15:47Aí essa mãe que tava com a criança perguntou, tá, mas quem que tava na fila?
15:50O homem ou a mulher?
15:52A Malévola ou o seu namorado?
15:54É isso o que está no boletim de ocorrência que depois vai falando que essa mãe passa a
16:00ser acusada de transfobia.
16:02É essa cena que a gente viu.
16:03Quando entra todo mundo no teatro, a Malévola vai lá e fala que a mãe fez isso.
16:08Enfim, confusão instaurada.
16:10O teatro inteiro se mobilizou sem ninguém ter visto o que é que aconteceu.
16:16Ninguém.
16:17Acusou de transfobia, todo mundo se mobilizou.
16:20E vejam agora a atriz do Wicked.
16:22A situação acabou, acho que assim, da pior forma possível.
16:27Só vou contextualizar vocês.
16:30Antes do show começar, a gente teve um episódio de transfobia no foyer do teatro.
16:38Acho que era na fila da pipoca.
16:39E aí, tanto a vítima quanto a pessoa que...
16:44Beijo, Raquel, até amanhã.
16:45Beijo, amor.
16:46Que cometeu o fato transfóbico, sentaram na plateia.
16:51Só que a própria plateia estava se manifestando muito para que essa pessoa saísse da sala de espetáculo.
16:59Porque realmente essa mensagem, essa postura é totalmente contra a história que a gente está contando.
17:06Então, o público realmente se revoltou com essa situação.
17:13E o espetáculo foi atrasando, atrasando, atrasando.
17:16A gente ficou cerca de meia hora adiando o espetáculo.
17:21Até que a pessoa que cometeu o ato aceitasse se levantar da plateia,
17:27deixar a sala de espetáculo para prestar depoimento.
17:30E assim, os seguranças do teatro ficaram tentando fazer com que essa pessoa levantasse verbalmente.
17:39Tentando convencer essa pessoa a se retirar da sala de espetáculo,
17:42porque o show não começaria enquanto ela não saísse.
17:45Eu não sei, na verdade, o que a levou a realmente levantar,
17:48mas imagino que a vítima tenha acionado a polícia.
17:52E talvez se a agressora não tivesse saído por bem,
18:00talvez ela teria que sair por mal, esperando a polícia chegar.
18:04Então, ela resolveu sair.
18:06E aí, e esse agora é um ponto da história que me entristeceu muito,
18:11além, claro, do ato de agressão.
18:14Mas essa pessoa, essa agressora, ela estava acompanhada de uma criança,
18:18que eu imagino que tenha seus 10, 11 anos de idade.
18:22Imagino que a criança estivesse extremamente envergonhada de estar passando por aquela situação,
18:27estar diante de dois seguranças, com um teatro inteiro,
18:30ovacionando a saída da mãe dela, suponho eu que seja mãe.
18:36E até que quando essa mulher resolveu se retirar da sala de espetáculo,
18:40a criança se levantou junto.
18:41Eu estava espiando, assim, pelo buraco da fechadura, praticamente.
18:46A criança se levantou junto e o teatro inteiro estava gravando a situação.
18:52Até que a criança colocou a mão no rosto e chorava corpiosamente de vergonha.
19:00Me entristece muito toda a situação,
19:04principalmente isso acontecendo dentro de um ambiente como uma sala de teatro,
19:08num ambiente onde nenhuma intolerância é bem-vinda,
19:12aonde a gente está contando uma história que é exatamente uma história que faz refletir
19:19sobre a intolerância alheia e sobre a nossa própria intolerância e ignorância, às vezes.
19:24E aí, olha, tem essa conta do Twitter Sam,
19:28o fã de musicais, que trouxe vários vídeos.
19:31A atriz, durante a peça, falou do caso de transfobia,
19:35que ela não viu, ela não viu,
19:38ela não presenciou,
19:40ela não tinha um documento,
19:43ela não conversou com uma testemunha.
19:46e ela fez isso aqui na peça.
19:52Rosa, macadâmia do de frutti.
19:58Pitaia tropical.
20:02Transfobia jamais.
20:04E não foi só esse.
20:19Tem mais um momento.
20:21E agora vamos às manchetes.
20:39Influenciadora denuncia transfobia.
20:43Wicked, acusada de transfobia se manifesta.
20:46Sessão de Wicked atrasa após a acusação de transfobia.
20:49Mulher é expulsa de teatro após a atitude transfóbica.
20:53Atriz de Wicked lamenta episódios de transfobia.
20:56Atriz de Wicked lamenta a casa de transfobia.
21:00Influenciadora denuncia transfobia.
21:02Aí tem um.
21:03Mulher nega transfobia.
21:05Influenciadora sofre transfobia.
21:07E agressora é retirada de plateia de Wicked.
21:11Mulher é expulsa de sessão em São Paulo
21:13após denúncia de transfobia feita por influenciadora.
21:16Nenhuma dessas matérias tem bolegia de ocorrência.
21:19Nenhuma dessas matérias cita o que efetivamente aconteceu
21:23que as pessoas se manifestaram sem o boletim de ocorrência.
21:26Nenhuma dessas matérias tem uma testemunha do caso.
21:29Nenhuma dessas matérias tem um vídeo do caso.
21:32Todas falam em transfobia.
21:34Todas chamam a mulher de agressora
21:36que eu entendo que ela é a vítima que foi retirada do teatro.
21:40Porque não havia uma prova contra ela.
21:42Não tem um vídeo, não tem uma testemunha.
21:43Segurança.
21:44Se ela tivesse feito isso mesmo, segurança já tinha barrado ali.
21:47Enfim, e todo mundo que viu que está fazendo esse salseiro,
21:51na delegacia não foi.
21:52Porque na delegacia se mentir, daí dança.
21:55Na internet pode mentir.
21:56Por que esses veículos de imprensa não corrigiram a informação?
22:00E mais, essas equipes vão continuar trabalhando desse jeito?
22:03Sem nenhum compromisso com os fatos?
22:06Gente, é por isso que eu estou véia.
22:08Eu não tenho mais capacidade de ser chefe.
22:10Tenho mais capacidade de ser chefe.
22:12Porque publica um negócio sem ter certeza, é dali para o RH.
22:16Eu sou antiquada, sou véia, não sirvo para esses negócios.
22:19Tem um povo aí mais novo que eu que tem paciência.
22:22Glória a Deus.
22:23Mas enfim, quem é malévola?
22:24Porque quando você está numa dúvida,
22:26existe uma coisa no direito penal,
22:28que é você saber mais ou menos o caráter da vítima.
22:32Não quer dizer que uma pessoa quer de um jeito em determinada situação,
22:36vai ser de um jeito em outras situações.
22:40Pode ser que uma pessoa que bate em todo mundo,
22:42numa outra situação, ela apanhou.
22:43Mas se vê o caráter para a gente entender mais ou menos
22:46as reclamações, o que está acontecendo ali.
22:49Então vamos ao vídeo, que vocês já viram um trechinho na matra,
22:53mas que é a malévola fazendo caridade com crianças.
22:55Minha linda, vou gravar primeiro.
22:58Aqui vamos ao vídeo da malévola em Dubai.
23:13Assediada aqui, ó, assediada, assediada.
23:18Eles pegaram no meu peito, não posso tirar uma foto em paz.
23:21Vai, menino, vai, tira.
23:22Tchau, lamandra, tchau, lamandra, vai.
23:24Feliz, felicidade.
23:25Chega, arrombado, arrombado, arrombado, arrombado.
23:27Tchau, tchau, tchau.
23:28Deixa o pai.
23:29Gente, não tem ninguém de biquíni, só eu aqui.
23:31Louca, saindo louca, louca, multidão aqui.
23:34Multidão, ó, deixa eu abaixar o vídeo.
23:36Ó, a multidão.
23:37Vai, gente, tira a foto.
23:39Não deixando eu poder tirar uma foto de vídeo na praia.
23:41Olha, gente, a multidão, me dá a mão.
23:45Tchau, amores.
23:46Tchau, minha amores.
23:48Solteira.
23:49Ai, vamos embora, grato.
23:51Vai, amor, vai embora.
23:52Vamos embora, let's go.
23:53A mão abaixou.
23:54Ai, gente, socorro.
23:55Tchau, amores.
23:56Tchau, bye, bye.
23:57Tchau, meu amor.
23:59Não, vai rápido, só falta, tira.
24:00Vai, vamos.
24:00Um outro vídeo que ficou muito conhecido, mas que eu não vou colocar porque o YouTube,
24:06o Instagram, todo mundo barra esse vídeo pra menor de 18, tá uma confusão danada.
24:10Mas a história é a seguinte.
24:12A influencer Malévola se recusou a ceder o lugar dela para uma mulher grávida num restaurante.
24:18Isso deu uma mega confusão que foi parar na imprensa inteira também.
24:23E agora Malévola se pronunciando sobre esse caso do Teatro Renaud.
24:29Sabe, é uma angústia que eu sinto por elas, por elas, não sei se elas fazem isso porque
24:34elas querem, elas foram criadas assim, mas é preconceito, sabe, gente, não tem problema
24:41nenhuma pessoa, qual o problema você respeitar a mão social de uma pessoa, ela poder entrar
24:47no banheiro que ela quer.
24:48E eu recebi um vídeo, tá, e não vai ficar assim.
24:51Eu recebi um vídeo de um menino nos estados que a minha amiga viu, um tal de Bielo, Brian,
24:59que gravou até ler esse vídeo, eu vou postar aqui.
25:02Mas não vai ficar assim, vamos de massacre.
25:05Eu vou contar com o apoio de vocês pra gente massacrar esse menino, porque eu tô cansada
25:09de ser a coitadinha, a bonzinha, e vir aqui só falar no histórico que eu tô sofrendo,
25:12eu vou lutar.
25:14E eu não vou ficar parada não, se vir falar alguma coisa na minha cara vai levar um soco.
25:17Eu já tiro a gilete da bochecha e cloque, ó, na orelha, um pouco.
25:21O garoto, ele fala assim no vídeo, ai, eu tenho um pênis e quero entrar na revista
25:26feminina.
25:28E ele ainda vem dizer que o vídeo não é pra mim.
25:31Ai, não é?
25:32Mas vai ser.
25:33E sendo ou não pra mim, você foi transfóbico, isso é crime.
25:37E todo mundo vai ver o lixo de pessoas que você foi.
25:40Sobre o negócio do Facebook, o pessoal tá querendo me mandar print, do pessoal falando
25:43mal de mim.
25:43Gente, não me mandem.
25:44Eu não quero ver.
25:45Porque assim, eu tenho tanta mensagem, gente boa que se importa comigo, que vocês acham
25:50que o pouco tempo que eu tenho pra responder vocês, vocês acham que eu vou perder respondendo
25:53quem me odeia.
25:54Eu vou dar o tempo que eu tenho pra responder os fãs.
25:57Não pra ver coisa ruim.
25:58Sempre assim, né, gente?
25:59Ele vê que a gente tem um poder, uma voz de fala aqui e vem pedir desculpa, vem falar
26:05que errou, foi uma brincadeira de mau gosto.
26:06Graças a Deus, pelo menos ele reconheceu que foi uma brincadeira de mau gosto.
26:09Senão eu ia massacrar essa pessoa aqui, porque eu tenho um vídeo dela falando dele sendo
26:12transfóbico.
26:14Mas ele implorou, desculpa e eu não vou postar aqui.
26:16Mas eu devia.
26:17Gente, eu sou uma pessoa muito boa.
26:19Sou uma pessoa muito boa.
26:20Mas eu devia.
26:21Mas não vou porque ele pediu desculpa e reconheceu o erro.
26:24Pelo menos ele foi maturo, né?
26:29E aí, o que você acha?
26:33Enfim, vamos adiante.
26:35A mãe, que foi à delegacia, que é uma cidadã, que foi lá pra documentar, pra pôr
26:41tudo no lugar, ela também fez uma nota à imprensa.
26:44Aqui na tela eu vou ler pra vocês.
26:45Devido à imensa repercussão dos acontecimentos da última quarta-feira no Teatro Renaud, antes
26:51do início da peça Wicked, venho por meio dessa trazer alguns esclarecimentos.
26:56Sou mãe de cinco filhos.
26:57Um deles com paralisia cerebral e atualmente internado na UTI do hospital.
27:03Apesar de estar enfrentando o delicado quadro de saúde de meu filho adolescente, fiz questão
27:08de levar minha filha de dez anos, apaixonada por teatro e ela mesma atriz, estudante de
27:14teatro há anos, a apresentação de Wicked, um programa que aguardávamos há três meses
27:20como forma de acolhimento e alegria em meio à apreensão pela saúde do meu filho.
27:25O que deveria ter sido uma experiência agradável para ela se transformou em pesadelo, não
27:30apenas pela violência gratuita que sofremos no teatro, mas também pela subsequente exposição
27:36irresponsável de nossa imagem, pelas acusações de transfobia sem fundamento e afirmações
27:42injustas a respeito da índole da minha família.
27:44Nas últimas 48 horas, as acusações se multiplicaram na mídia e nas redes sociais, resultando em
27:51um julgamento público injusto e com profundo impacto na minha família.
27:56E aqui vou colocar uma fala dessa mãe, da Viviane.
27:59Oi gente, voltei para tirar algumas dúvidas de vocês e algumas perguntas.
28:03Vocês me perdoem, eu precisava respirar.
28:05Tinha que buscar a Mari que estava no teatro, trouxe para casa, deixei ela bonitinha.
28:09Já tomou banho, já jantou, está deitadinha lá com a irmã assistindo televisão.
28:12Então, deixa eu atualizar vocês, tá?
28:14Não gente, a Ateliê de Cultura até agora não entrou em contato comigo, a citada atriz
28:19também não entrou em contato comigo, a Thalma Lévola também não entrou em contato
28:24comigo, ou seja, todos estão muito quietos.
28:26Mas hoje aconteceu uma coisa diferente, tá?
28:29Hoje apareceu na minha conta do Itaú uma devolução de PIX das duas entradas meias que
28:34eu comprei para a Maiara e para a Mariane, porque eu comprei quatro entradas, tá?
28:39Eu comprei duas inteiras, uma para a minha e uma para o Lu, né?
28:42E comprei duas meias, uma para a Maiara e para a Mariane, porque elas são estudantes.
28:46Paguei as meias com o PIX, então eles localizaram muito provavelmente o meu nome e me estornaram
28:51o PIX.
28:52Porém, as inteiras, que foi R$ 980, não me estornaram, porque foi no cartão de crédito
28:58de uma outra pessoa.
28:59A Viviane abriu uma caixinha de perguntas, muita gente fez pergunta e eu vou trazer aqui,
29:04coladinhas, duas respostas que ela deu.
29:06E uma curiosidade de vocês, vocês estão me perguntando por que eu estou expondo tanto
29:10a produção da peça, a atriz e não estou expondo realmente de fato a pessoa que me fez
29:18a acusação.
29:19Porque assim, gente, a partir do momento que vocês estão em um estabelecimento privado,
29:23tá?
29:23A partir do momento que vocês, vamos, deixa eu falar de uma maneira um pouco mais clara
29:25para que vocês entendam.
29:27A partir do momento que vocês entram, por exemplo, no teatro, tá?
29:29A responsabilidade passa a ser daquele local.
29:31A partir do momento que vocês estão lá dentro, de todo e qualquer ato que venha
29:34a ocorrer com você e a sua família.
29:37É bem aquilo que eu falei para vocês, o seu direito começa quando o meu termina e
29:40vice-versa, tá?
29:42E é sim, tá?
29:44Eu acredito sim que a responsabilidade maior não seja da tal influencer, né?
29:50Que me acusou de algo que eu não cometi.
29:52A responsabilidade maior é da direção da peça, do teatro Renault e da atriz, que incitaram
29:59o público, não só contra a minha pessoa, mas contra a minha filha.
30:02Vocês entenderam?
30:03Fazendo, assim, corroborando.
30:05Eles corroboraram de uma maneira muito incisiva, né?
30:10Com as palavras da tal influencer, como se ela fosse a dona da verdade.
30:14Só que eles não tinham provas, eles não tinham evidências.
30:17E o que eles tinham eram duas ou três pessoas que são amigas, né, da tal influencer que
30:22estavam lá próximas, né?
30:24E em nenhum momento se preocuparam em ir lá buscar as câmeras, por exemplo.
30:27Todo esse problema, toda essa confusão, seriam resolvidos se eles tivessem exposto
30:32simplesmente à câmera de segurança que iria mostrar a realidade dos fatos.
30:36E nada disso estaria acontecendo, mas não.
30:38Em nenhum momento eles se manifestaram de uma forma a corrigirem o erro ou o ato que
30:45eles cometeram.
30:46Principalmente a atriz.
30:47Ela tem uma responsabilidade muito grande, porque ela tem fãs, né?
30:52Ela é o formador de opinião.
30:54E por ser o formador de opinião, ela deve ser muito coerente nas palavras dela, porque
30:59isso pode trazer transtornos para a vida de qualquer pessoa, como está trazendo para
31:03a minha, nesse momento.
31:05Bom, mas a pessoa não tem que opinar.
31:07Como é que o título do vídeo é falsa acusação de transfobia?
31:11Não tem nenhuma prova.
31:13Não tem nada no boletim de ocorrência.
31:15A única coisa oficial, o único documento que tem, diz o seguinte.
31:21Malévola furou a fila e ninguém conseguia entrar na porta do teatro.
31:25Estava com seu namorado.
31:27Chega alguém e pergunta, mas quem é que estava nessa fila?
31:30Era mulher ou homem?
31:32Isso é o que tem.
31:33Era ela ou o namorado?
31:34Isso é transfobia?
31:35Isso é o que tem de documento.
31:37Tem vídeo?
31:38Não.
31:38Tem testemunha que foi lá falar?
31:40Não, não tem.
31:41Portanto, a acusação é falsa.
31:45Não existe essa acusação.
31:46Causar em rede social não é acusação.
31:48Quem acusa vai lá e registra.
31:50Como essa mulher fez.
31:52Portanto, as matérias jornalísticas estão erradas.
31:54A pessoa fazer acusação na internet, um acusa para lá, no próprio perfil, outro para cá.
31:58Ok.
31:59Chegou no jornalismo, tem que ir no documento.
32:02Se não tem um vídeo do momento contrariando o que está no documento, o que vale é o documento.
32:07E aí?
32:07O que você acha disso tudo?
32:10Calma, que antes da gente achar, vamos lá para as narrativas.
32:16Não passarão racistas, fascistas, machistas, homofóbicos e transfóbicos.
32:23Não passarão.
32:25E a democracia existe para isso.
32:28Essa mulher foi transfóbica.
32:30É um crime.
32:32Você confundir o gênero de uma pessoa.
32:37Você, quando confunde o gênero de uma pessoa trans,
32:41você está colocando em risco a vida do grupo que mais tem a vida em risco no Brasil.
32:48O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo.
32:53Como se isso já não fosse o suficiente,
32:55a gente tem lá a figurinha da mãe conservadora,
32:58que, na verdade, é fascista.
33:01Ela quer aniquilar a existência de pessoas trans.
33:06Mas não passarão.
33:08Porque isso daqui é uma democracia.
33:12Fez muito bem o pessoal do teatro de se revoltar.
33:16Porque se tem 10 pessoas no lugar e um fascista se senta,
33:20nós temos 11 fascistas.
33:22Não passarão.
33:22Não passarão.
33:23É para isso que eu fiz o L.
33:25Faz o L.
33:32Nós avisamos, nós patriotas avisamos,
33:36que esse governo maldito do PT ia impor a ideologia de gênero nas escolas.
33:43Mas essa imprensa vendida dizia que ideologia de gênero era um delírio nosso,
33:49que era chapéu de alumínio.
33:51Agora está aí.
33:53É a ditadura trans.
33:55Não existe transfobia porque nem existe trans.
33:58Tem cromossomos X e Y.
34:02Homem é homem, mulher é mulher.
34:04Ninguém tem o direito de falar que nasceu homem e quer ser mulher
34:07e que nasceu mulher e quer ser homem.
34:10Isso é uma palhaçada da esquerdalha.
34:13As pessoas não são obrigadas a adivinhar todos os caprichos dessa influência.
34:19E mais, faz isso para causar.
34:22Faz com mulher e criança.
34:24E é homem.
34:26É malevolô.
34:27Nasceu homem, é homem.
34:29E fica causando.
34:31Perseguindo mulher, perseguindo criança.
34:34É isso que virou esse Brasil.
34:36Quem é da jeito?
34:37Bolsonaro.
34:39Mas ele fala palavrão, né?
34:41Faz o L agora, Isentão.
34:42Faz o L.
34:49E qual é a minha opinião?
34:53A minha opinião é que alegar transfobia virou um passe livre
35:00para a influência aparecer e causar, principalmente esmagando mulheres e crianças.
35:09Nós temos visto isso na internet por todo o campo.
35:13Nós temos visto isso nas universidades.
35:16Vou lembrar aqui para vocês, caso da Mara Telles, professora universitária, se recusou
35:23a ser chamada de pessoa que menstrua, até porque não mais menstrua, e pediu para ser
35:30chamada de mulher.
35:31Rechaçada como transfóbica.
35:33Dezenas de processos judiciais por causa disso.
35:37O professor Richard Miskolsi, ele tem uma teoria que é um negócio bem sofisticado de
35:44que existe transgênero, mas o conceito de cisgênero, ele debate.
35:50Como assim, cisgênero?
35:52Porque cisgênero, cis seria o normal e é quem tem todas as características que se espera
35:59do sexo masculino ou do sexo feminino.
36:02E aí ele pergunta, que mulher é 100% o que se espera de uma mulher e que homem é 100% o que se espera de um homem?
36:10Nenhum de nós está dentro de um padrão de normalidade, portanto você não pode usar cis.
36:15É interessante.
36:17Acusado de transfobia.
36:19Perseguido.
36:20E assim acontece diariamente com professores aqui no Brasil.
36:25Se cria, por exemplo, em universidade, cota para trans, sem ter uma justificativa numérica.
36:31E sem ter uma justificativa de se essa população realmente não tem um acesso à universidade, não tem nem os números.
36:40Só que se a pessoa alega transfobia, isso é um escudo para ela poder massacrar quem ela quiser.
36:46E se vem com essa estatística que essa Antra inventou, que não é uma estatística verdadeira,
36:52que o Brasil é o país que mais mata trans e travestis.
36:55Você já viu muita gente repetir isso.
36:58Tem na internet 500 vídeos, não vou nem entrar nisso aqui,
37:01de gente mostrando que essa estatística é completamente furada,
37:06que não tem só assassinatos na estatística.
37:09Enfim.
37:11Vamos para o caso do Wicked agora.
37:14Aqui eu quero desdobrar em duas coisas.
37:16A primeira é, até onde vai o jornalismo sem fatos, ajoelhado para lacração?
37:23Essa gente tem condição de ser jornalista?
37:26E eu digo que não.
37:28Porque há profissões que não são para covardes.
37:31Se a pessoa é covarde, se ela tem medo de contrapor militância,
37:36se ela tem medo de abrir o peito e falar, pode vir que eu topo,
37:39ela prefere, não, eu sou mais do sossego.
37:42Se tem alguém que vai lá guerrear, eu apoio, mas eu sou mais do sossego.
37:46São traços de personalidade.
37:48Há profissões que são perfeitas para quem é mais do sossego.
37:51Até porque quem é de muito enfrentar e briga,
37:54não se enquadra em determinadas coisas.
37:57E há profissões que são para quem briga.
37:59Jornalismo é uma delas.
38:01Não pode ter reportagem falando, agressora, não sei o quê.
38:06Sendo que não tem um vídeo mostrando agressão,
38:09não tendo vídeo, o que equivale?
38:10O documento.
38:12No documento não tem nada de transfobia.
38:15No boletim de ocorrência, a situação não é de transfobia.
38:19No boletim de ocorrência, a situação é qual?
38:21Esta influencer malévola com seu namorado causaram ali na entrada do teatro.
38:27A malévola é conhecida por causar com criança, por causar com mulher grávida.
38:31Toda hora está na imprensa por isso.
38:32Ela gosta muito do enfrentamento.
38:34Inclusive, gravou um vídeo depois falando,
38:36agora nós vamos partir para a briga.
38:39E se vier, eu tiro a minha gilete da boca e vamos lá.
38:42Falou isso?
38:43Ela estava na porta do teatro com o namorado.
38:45Disseram que ela tinha furado a fila.
38:47Ela alegava que não estava, que estava lá já antes a fila.
38:51E aí parou tudo.
38:52Ninguém podia entrar no teatro.
38:54Ia começar a peça, toca o primeiro sinal, toca o segundo sinal.
38:56Aquela muvuca, chega a mãe com a criança.
38:59No meio do bate-boca, a mãe pergunta.
39:01Ali está ela e o namorado.
39:02Fala, tá bom, mas quem é que estava na fila?
39:04Era a mulher ou o homem?
39:06Era a malévola ou o namorado da malévola?
39:09Ela distorceu isso.
39:10Falou que ela foi chamada de homem.
39:12Não foi na polícia, tá lá.
39:14Ela falou isso dentro do teatro.
39:16Fui acusada de transfobia.
39:18Esta mulher aqui, como se fosse uma caça às bruxas, o justiçamento completo apontou.
39:27Fui vítima dessa.
39:28O teatro se levantou.
39:30A atriz do teatro, a atriz falou na peça.
39:34A produção tem que vir a público se desculpar.
39:38Essa atriz, que eu acho que não tem um mínimo de responsabilidade para ser pessoa pública,
39:44tudo bem que tudo que o povo do meio artístico fala...
39:47Eu gosto muito que eles falem.
39:48Eu gosto que artista se meta em política, porque eu gosto de rir.
39:51E não tem mais programa de caceta e planeta, não tem mais TV pirata, não tem humor na televisão.
39:58Então, o que é meu humor?
40:00Quando artista se mete a falar de política.
40:01Que aí eles falam, sério, pra caramba, como quem entende, eu dou risada pra caramba.
40:07Mas o que ela fez aqui é algo contra o público do espetáculo dela.
40:14E assim, ela não entendeu o que é o espetáculo, porque ela fala é com relação à tolerância.
40:18Wicked é sobre a importância de você ouvir os dois lados.
40:24Coisa que ela não fez.
40:26Então assim, ela não entendeu a peça.
40:28Ela não respeita o público da peça.
40:30Ela não sabe ser uma pessoa pública, porque está se pronunciando sobre algo que ela não viu,
40:36sem ler o documento, sem conversar com testemunhas oculares.
40:40Se causa toda uma comoção em cima da pessoa.
40:42E aqui eu quero finalizar falando o seguinte.
40:45Com uma criança de 10 anos no meio.
40:48A sociedade do espetáculo,
40:51a sociedade do causar pra estar no Instagram,
40:53a sociedade do causar pra estar na imprensa,
40:56é uma sociedade que está massacrando as crianças.
41:01Você não faz o que essa multidão fez contra essa mulher,
41:05sem ter um indício, não estou falando nem prova de transfobia,
41:09sem ter um indício de transfobia,
41:11eles fizeram um massacre contra essa mulher,
41:14que assim, a polícia não faz na frente de filho de assassino,
41:19o que essa gente fez.
41:20Que cada um que está ali,
41:23reflita no monstro que está criando dentro de si,
41:26na irresponsabilidade,
41:28em até onde leva
41:30o divórcio da verdade,
41:32a falta de princípios
41:34e a adesão cega a multidões.
41:37Nunca a gente precisou tanto
41:39de princípios
41:40e propósitos.
41:42Você,
41:43pense nisso esse final de semana.
41:45Te convido a pensar comigo.
41:46Eu prometo que toda sexta vai ser
41:55ah, vai ser zoeira,
41:57não sei o que,
41:58e traga esse tema.
41:58Gente, eu não consigo.
42:01Eu não consigo.
42:01Eu vejo uma injustiça,
42:02aquilo me come.
42:03Vocês sabem que eu estava há dias com isso aqui.
42:05Aí me provocaram,
42:07eu vim e fiz,
42:08trouxe aqui os fatos.
42:09É óbvio?
42:10Pode ser que surja um vídeo?
42:12Pode.
42:12Pode ser que vão lá,
42:14faz o boletim de ocorrência dele.
42:15Pode, pode ser.
42:17O fato que eu trouxe aqui
42:19é que virou essa comoção toda
42:21e saiu na imprensa
42:23sem indício
42:25do que aconteceu.
42:27E quando sai na imprensa
42:28o outro lado,
42:29que é assim,
42:29fulana falou isso
42:30e fulana falou aquilo,
42:32isso não é o outro lado.
42:34O outro lado tem de levar
42:35em conta o contexto.
42:36Quem registrou o boletim de ocorrência?
42:38Que prova quem tem aqui?
42:40Isso tem de ser contextualizado.
42:42Então, assim,
42:43aqui no Atagonista
42:44você vê isso sempre, né?
42:45Que a gente é muito...
42:47A gente gosta demais
42:48de documentos, gente.
42:49Vocês sabem que eu sou
42:50apaixonada, ó,
42:52por uma conversa.
42:53Mas amor,
42:55amor mesmo,
42:56eu tenho,
42:58é no documento.
42:58E por enquanto
42:59o que a gente tem
43:00desse caso,
43:01é isso.
43:01Portanto,
43:02é injusto
43:03tudo o que foi feito.
43:04Eu pre...
43:05Assim,
43:06peço que prestem atenção
43:07ao comportamento
43:09da mãe
43:11que apareceu falando,
43:12que eu trouxe o vídeo aqui
43:13e dessa influenciadora.
43:17Prestem atenção
43:18ao comportamento,
43:19aos exemplos, né?
43:20Que a gente está deixando aí
43:22para as nossas crianças.
43:23Vou ficando por aqui.
43:25Volto na próxima
43:25segunda,
43:26cinco da tarde.
43:27Muito obrigada
43:28pela sua companhia.
43:30Grande beijo
43:31e até lá!
43:31Transcrição e Legendas por Quintena Coelho
44:01e Legendas por Quintena Coelho