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A dívida pública bruta do Brasil avançou para 76,1% do PIB em maio, um número que evidencia um crescimento abaixo do esperado. O dado gera preocupação sobre a saúde fiscal do país e a capacidade do governo de equilibrar suas contas.

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Transcrição
00:00Falaremos agora sobre economia novamente. A dívida bruta brasileira avançou a 76,1% do PIB em maio.
00:07Valéria Luizete chega com mais informações e nos explica.
00:10O crescimento foi abaixo do esperado. É isso, Valéria? Boa tarde, bem-vinda.
00:18Boa tarde, Coba, a todos que nos acompanham.
00:20Foi um aumento moderado, mas ainda assim abaixo do esperado por grande parte do mercado.
00:25O próprio FMI estima que esse percentual deva ser de 88,4% do PIB,
00:33o que tem uma boa diferença com os dados que foram divulgados pelo próprio Banco Central.
00:38Mas o que nós temos, então, desses dados que foram divulgados no dia de hoje,
00:42é que a dívida bruta do Brasil subiu, como você mencionou, 76,1% do PIB em maio,
00:49o que representa agora um saldo de 9 trilhões e 300 milhões de reais.
00:54Esse aumento foi de 0,2 ponto percentual em relação a abril,
01:00mas ainda assim bem menor do que o impacto causado pelos juros da dívida,
01:04que por si só elevaram o índice em 0,8 ponto percentual.
01:09O que deu uma aliviada nessa pressão foi, de fato, o crescimento real do próprio PIB,
01:14que gerou um efeito contábil de redução de 0,6 ponto percentual.
01:19Os dados do Banco Central também mostraram que o déficit primário do setor público
01:25somou, nesse mês, 33,7 bilhões de reais.
01:30Apesar disso, foi uma melhora bastante significativa em relação ao mesmo mês no ano passado,
01:37quando esse rombo chegou a quase o dobro, 63,9 bilhões de reais.
01:43O que explica essa melhora, a gente já sabe, boa parte, o aumento das arrecadações,
01:49que bateu recorde para o mês com 178,8 bilhões de reais em receita líquida,
01:56e, por outro lado, também uma leve queda real nas despesas, que foi de 7,6%.
02:03A gente sabe que, apesar de tudo isso também, a meta do governo federal ainda é zerar o déficit este ano,
02:10mas o arcabouço fiscal, o COBA, permite ali aquele limite de até 0,25% do PIB,
02:18que chega a quase 31 bilhões de reais, sem violar as regras,
02:24além do fato de que os precatórios acabam não entrando nessa conta,
02:28que podem chegar até o valor aí de 44,1 bilhões de reais, COBA.
02:34Muito obrigado, Valéria Luizete, ao vivo aqui de São Paulo,
02:37com informações sobre a dívida PIB 76,1%.
02:41Quero entender, Gustavo Segre, o que significa uma dívida PIB 76,1% para nós brasileiros?
02:47Em relação ao PIB, quando aumenta o PIB, se a dívida se mantém estável,
02:51essa proporção decresce.
02:53Se o PIB não aumenta e a dívida vai aumentando, a proporção aumenta.
02:56Mas devemos lembrar que essa dívida estava, em proporção ao PIB, em 78,6%.
03:03No final do ano passado, o Banco Central torrou 30 bilhões de dólares
03:08para conter o aumento do dólar, que chegou no ponto máximo a 6,30
03:13e terminou o ano a 6,19 reais por cada unidade da Mondeia Americana.
03:18Esses reais que foram absorvidos pelo Banco Central pela venda dos 30 bilhões de dólares
03:23só poderiam ser utilizados para pagar dívida.
03:27Por isso, de 78,6% decresce para agora, nesse caso, 76,1%.
03:33Quando a relação PIB e dívida pública chega perto de 80%,
03:39começam a acender luzes amarelas,
03:42dizendo que isso aqui está complicado demais.
03:45Quando nós observamos 92 bilhões de juros da dívida,
03:49que claramente não foram pagos,
03:50porque não tendo superávit fiscal, você não tem como pagar juros,
03:53salvo que você venda reservas para pagar juros.
03:56Então, você observa que essa dívida vai continuar aumentando.
04:00Não tem como você decrescer a dívida quando sequer está pagando juros da dívida.
04:05E devemos lembrar como ponto final, Koba.
04:07Quando o governo do presidente Lula assumiu a presidência,
04:12a relação dívida e PIB estava em 72% números redondos.
04:17Ou seja, aumentou, mesmo com a torrada de 30 bilhões de dólares no final do ano passado,
04:234 pontos e poucos, 5 pontos.
04:26Explica aí, Alan Gani, quando é que isso vai melhorar e de que jeito?
04:30Olha, não tem outro jeito, né?
04:32A não ser que você mexa e faça algumas reformas que são bastante impopulares.
04:39Então, por exemplo, desvinculação de receitas da União,
04:43isso é algo que precisa ser feito, né?
04:45Que voltou neste governo, que é a vinculação do gasto de saúde e educação com as receitas.
04:50Então, isso torna o gasto crescente em duas áreas, onde o gasto é muito grande.
04:56Passa, em alguma medida, por corte de subsídios ou não pela concessão de novos subsídios.
05:02Enxugamento da máquina pública.
05:04E aí a gente pode falar de corte de penduricalhos, de supersalários,
05:09principalmente ligados ao Poder Judiciário, né?
05:13Consome aí 1,6% do PIB e também a reforma previdenciária, né?
05:21E é claro que tudo isso, Copa, que eu estou falando, é impopular.
05:25É impopular porque previdência é algo que ninguém quer.
05:28É impopular, é algo que é para garantir a sustentabilidade do benefício para as próximas gerações,
05:35mas pega para quem está se aposentando agora.
05:38É impopular porque o empresário não quer abrir mão de subsídio.
05:41É impopular porque tem lobby do funcionalismo público.
05:44Então, é impopular em diversos aspectos.
05:47Para isso, o governo tem que assumir esse ônus.
05:50Porque você simplesmente governar jogando para a plateia, né?
05:55Aquilo que é muito fácil fazer, que todo mundo aceita, é fácil.
05:59O difícil é tomar decisões impopulares,
06:02mas que trazem a sustentabilidade da dívida pública ao longo do tempo.
06:09E isso é difícil de fazer.
06:10Zé Maria Trindade, eu quero entender.
06:12Isso aí pesa muito contra o governo em relação à crítica que vem recebendo
06:16pela chamada responsabilidade fiscal, austeridade, corte de gasto público.
06:20Você acha que isso converte em perda de prestígio para o presidente?
06:25Sim, isso é explorado politicamente,
06:29mas eu devo te dizer que boa parte dos políticos e boa parte da esquerda
06:33acha isso positivo, viu?
06:35É incrível, mas é verdade.
06:38O raciocínio, que eu não concordo,
06:40é de que sem dívida o país não desenvolve.
06:45E aí citam vários países do mundo, por exemplo, os Estados Unidos,
06:48que têm uma dívida anual de 2 trilhões de reais.
06:52Isso representa o total da dívida, mais de 100% do PIB.
06:58A previsão de chegar em 2035 com 135% do PIB norte-americano.
07:05Então, qual é o argumento da esquerda?
07:07É de que é preciso endividar, jogar economia no mercado,
07:13jogar dinheiro no mercado,
07:15porque assim o país constrói infraestrutura e cresce,
07:19e isso é muito positivo.
07:21Esse é o discurso.
07:23Só que isso tem lá as suas vantagens até um ponto.
07:28E principalmente porque é onde o dinheiro é aplicado.
07:32Porque o Brasil está gastando dinheiro com folha de pagamento,
07:36o Brasil está gastando dinheiro com juros,
07:39quase 2 trilhões de juros do serviço da dívida.
07:43Isso não é o chamado bom gasto.
07:45Se o Brasil se endividasse para fazer estradas,
07:50fornecimento de energia, melhorar a qualidade da energia,
07:53baratear energia e infraestrutura,
07:55vai lá que o argumento até serviria,
07:58porque seria melhor para alavancar o crescimento do país.
08:02Mas o que está acontecendo?
08:03O Brasil está gastando com manutenção da máquina,
08:07salários, aluguel, juros da dívida e assim por diante.
08:12É um gasto horrível.
08:14E essa tese de endividamento é bom para o desenvolvimento do país?
08:18Já caiu há muito tempo.
08:19Hoje a gente sabe que o bom mesmo, o positivo,
08:22é ter equilíbrio.
08:23O mercado gosta de países que têm equilíbrio.
08:26Uma dívida crescendo assim,
08:28mostra uma trajetória de que o Brasil vai quebrar no futuro.
08:33A discussão, o debate é quando isso vai acontecer.
08:36Gani.
08:37Pedir perfeito o argumento do Zé,
08:39inclusive quando o PP participa aqui do programa,
08:42ele traz o argumento de que precisa mais dívida,
08:45porque os países desenvolvidos têm uma dívida PIB muito maior do que do Brasil.
08:51Mas isso é uma correlação, isso não é uma causalidade.
08:53Eles não se tornaram desenvolvidos por conta de uma relação dívida PIB alta.
08:59Pelo contrário.
09:00Por que eu digo isso?
09:01Você pega o caso dos Estados Unidos,
09:02que tem uma dívida PIB de 100% do PIB.
09:05Os Estados Unidos, se você olhar ali na década de 80 até a década de 90,
09:12a dívida PIB era próxima de 35% do PIB.
09:15Quer dizer, os Estados Unidos já eram a maior nação do mundo,
09:18mais envolvida do mundo, mais rica do mundo,
09:19com uma das maiores rendas per capita do mundo na década de 80.
09:24Então, na verdade, essa dívida PIB se torna exponencial nos Estados Unidos
09:28a partir dos anos 80, dos anos 90, muito relacionada ao orçamento militar.
09:33E isso não significa que não seja um problema lá também.
09:37Porque lá também se discute a diminuição do déficit americano
09:42e que em algum momento isso precisa ser reduzido.
09:45Caso contrário, a dívida americana não vai ser paga e isso é um problema para o mundo.
09:50Se a gente olhar os dados do Japão, Koba, a mesma coisa.
09:53Era ali próximo de 40% do PIB, década de 80, 45%.
09:57E depois se torna explosivo.
09:59Os dados de países da União Europeia, a mesma coisa.
10:02Então, esse crescimento da dívida PIB no mundo desenvolvido
10:06é muito nos anos 2000, ou a partir da década de 90 no século passado.
10:13Agora, Koba, esses países já eram ricos.
10:15Não é a dívida que os tornaram ricos.
10:18Pelo contrário, por serem muito ricos, eles acabaram se endividando.
10:22Mas isso é um problema no mundo desenvolvido.
10:25E o Piper não vai concordar comigo.
10:28A próxima crise mundial é uma crise do superendividamento dos Estados.
10:33Eu, Fábio Piperno, e o...
10:35O economista, você sempre cita...
10:38Ah, o Rubini, o Nurião Rubini.
10:40É verdade, sim.
10:41Piperno, você sabe que eu estou curioso para saber a sua opinião?
10:43Porque o Gani está falando que você vai concordar com ele.
10:45Mas eu já ouvi muito essa conversa do PP de que país bom é país endividado.
10:51Porque quanto mais dívida, mais crescimento.
10:54Olha não sei onde, olha...
10:55Tem que endividar para crescer.
10:57É o que fala o Felipe Monteiro.
10:58E vocês aqui?
10:59Você, Fábio Piperno, Felipe Monteiro, o Loyola, o Leandro Fe...
11:04Essa turminha da esquerda, eles têm até um grupo no WhatsApp.
11:06Fizeram uma camiseta, um com o nome do outro no peito.
11:10Eu quero saber se você abraça essa tese do PP de que bom mesmo é se endividar.
11:16E aí, Fábio Piperno?
11:17Eu prometo para você, Nelsinho, já que você tocou no assunto,
11:20que hoje, então, vou chegar em casa, vou fazer uma foto com a camiseta,
11:24vou publicar no Instagram e quero ver uma curtida sua.
11:27Não, eu curto.
11:28Ah, que beleza.
11:29Então, eu não vou...
11:30Não tem problema, eu só não concordo com nada.
11:32Eu não fiz isso até hoje.
11:33Eu vou lá curtir.
11:34Então, hoje, eu vou fazer essa foto.
11:35Eu também acorde.
11:35Eu vou colocar um comentário.
11:37Eu vou fazer isso hoje.
11:38Mas, olha, veja.
11:41Eu, em momento algum, eu vejo, por exemplo, o ministro Haddad dizendo que tem que explodir o endividamento.
11:48Eu vejo, inclusive, setores do governo anunciando obras de infraestrutura importantes.
11:53Agora mesmo, no final de semana, eu vi lá, enfim, um projeto de construção de cinco ferrovias,
11:59cinco pequenas ferrovias, enfim, regionais.
12:01Então, uma delas, inclusive, ligando Londrina, Maringá, outros projetos visam construções de ferrovias no norte e também no nordeste.
12:09Isso realmente são, enfim, projetos importantes.
12:14Agora, é claro que o endividamento, ele não pode ficar se multiplicando.
12:23Ele não pode se tornar explosivo.
12:25Então, é necessário o corte de despesas?
12:28Claro que sim.
12:28Agora, o dilema é por onde começar.
12:32E essa, para mim, é a questão crucial.
12:36Porque 110% dos economistas de direita, extrema-direita, ou então liberais e tal, que falam que tem que cortar gastos,
12:44assim, a primeira rubrica para onde eles apontam a mão é a dos gastos sociais.
12:51Vamos começar por lá.
12:53Então, tem que mexer no salário mínimo, na vinculação do salário mínimo, enfim, no BPS, em tudo.
13:00Enfim, no BPC, nesse tipo de coisa.
13:04Eu acho que tem que começar, sim.
13:05Tem que começar por corte de supersalários e tem que começar também pela conta de subsídios.
13:13Porque antes de mexer na turma do Bolsa Família, tem que começar a mexer na turma do Bolsa Elite.
13:19Porque essa se beneficia desde o tempo de Pedro Álvares Cabral.
13:23É lá onde tem que começar.
13:25Não significa que só eles tenham que pagar a conta.
13:27Mas é por lá que tem que começar.
13:29É lá onde o governo tem que começar a cortar as suas despesas e aquilo que ele dá de incentivos e benefícios.
13:36Porque, se não, o que vai sobrar?
13:39Vai mexer na conta do salário mínimo o tempo todo?
13:42Ora, o salário mínimo no Brasil, ele historicamente é baixo.
13:46Nós temos que criar condições para que ele possa continuar tendo aumentos reais.
13:51O que hoje, obviamente, é algo complicado, porque ele está vinculado à Previdência.
13:55Mas o país tem que criar, sim, condições para que isso seja sustentável.
14:01Para que essa valorização do salário mínimo não seja um voo de galinha.
14:05Agora, como é que vai poder fazer isso?
14:07Tem que cortar a gordura de quem pode.
14:09Arremate, Gustavo Segredo.
14:11Tem que cortar do bolsa INSS Fraude.
14:14Tem que cortar do bolsa Fraude Pescador.
14:18O estado de Maranhão tem 590 mil pescadores que cobram o bolsa Pescador.
14:23E não tem nenhuma empresa pescadora de pesca, de processamento de pesca.
14:27E tem 621 barcos.
14:29Ou seja, se cada um dos barquinhos tivesse a quantidade que divide 590 mil vezes 621 navios,
14:36barquinhos de pescador, entram mil pescadores por cada barco.
14:40Pelo amor de Deus.
14:41Aí que tem que cortar.
14:42E não tem problema nenhum em aumentar a dívida para investimento.
14:45O problema é que o governo aqui aumenta a dívida para pagar gasto.
14:49Esse é o ponto.
14:50É isso aí, meus amigos.
14:51Daqui a pouco tem mais informação, hein?
14:52E o Piper não concordou comigo, viu?
14:54No final das contas, manda para o Piper esse corte aí.
14:57Ele concordou comigo.
14:58Falou, falou, falou, mas concordou.
14:59É isso aí.
15:00Daqui a pouco tem mais informações, hein?
15:01Notícias do STF, notícias sobre o Nicolas Ferreira envolvendo o INSS.
15:06Ainda teremos informação sobre a impopularidade do presidente Lula.
15:10Tudo isso depois de um rápido intervalo comercial.
15:12Não sai daí.
15:13A gente já volta.

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