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Fernanda Torres, uma renomada atriz brasileira, recentemente chamou a atenção da indústria cinematográfica internacional com sua atuação no filme “Ainda Estou Aqui”. Embora não tenha conquistado o Oscar de Melhor Atriz, sua performance foi amplamente reconhecida e aplaudida, rendendo-lhe o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama. Este feito destaca a crescente presença e influência de artistas latino-americanos no cenário global do cinema.
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NotíciasTranscrição
00:00E vamos falar agora sobre o Oscar 2025, como todo mundo já deve saber, ainda estou aqui e venceu o Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro, mas perdeu na categoria de melhor filme e a Fernanda Torres também não levou na categoria de melhor atriz.
00:14Para falar sobre essas lições do Oscar em 2025, que foi agora no domingo, vamos falar com o cineasta Josias Teófilo, ao vivo aqui no Meio Dia em Brasília, e o Wilson Lima vai conduzir com a minha modesta ajuda lá de Brasília.
00:30Boa tarde Josias, boa tarde Wilson, manda bala.
00:35Boa tarde Josias, mais uma vez meu grande amigo, grande nome do cinema nacional.
00:40Josias, eu queria te perguntar algo muito... aquela pergunta que não quer calar desde domingo.
00:49Eu vou tirar, ainda estou aqui da lista, mas Fernanda Torres, ela merecia perder? Eu vou fazer, normalmente ela merecia ganhar, normalmente essa é a pergunta, não é?
00:59Mas eu queria te fazer essa provocação. Você acredita que ela foi justa, a derrota dela para a Mickey Madison, como melhor atriz?
01:10Eu acho que não foi justa, não. A atuação dela no Ainda Estou Aqui foi muito melhor do que essa moça que fez um filme muito ruim, é um filme realmente péssimo.
01:21Tudo bem, ela é uma moça bonita, teve muita coragem ao se expor daquela forma, porque as cenas são um pouco vulgares, e assim fica parecendo um filme pornô mesmo.
01:35Então eu achei que era um exagero que estavam dizendo que parecia um pornô, mas parece mesmo, a linguagem parece.
01:41É um filme todo desconjuntado, um filme mal montado, mal roteirizado, e eu ainda estou aqui, curiosamente, é o filme mais caretinha que teve no Oscar esse ano.
01:55É um filme comportado, digamos, conservador, do ponto de vista da linguagem, da montagem.
02:00É um filme bem, digamos assim, conservador mesmo, do ponto de vista da linguagem, apesar de ser um tema caro à esquerda brasileira, que é a questão da ditadura militar, que já foi motivo de tantos filmes.
02:15Então eu acho que a Fernanda Torres tinha que ter ganhado esse Oscar, assim como a Fernanda Montenegro tinha que ter ganhado também o Oscar para o Central do Brasil.
02:26E não é nada de patriotismo não, é uma coisa objetiva.
02:29A atuação dela foi muito boa, ela se destacou muito no filme, não é à toa que ela ganhou o Globo de Ouro.
02:35Ela fez um trabalho de excelência, e o filme também é muito melhor.
02:38Eu vi também o Brutalista, achei um péssimo filme, um filme muito mal montado, um filme mal elaborado, mal decupado, um filme que não prende a atenção das pessoas.
02:51E eu ainda estou aqui, eu vi no cinema aqui no Belas Artes, e o filme prende a atenção das pessoas de verdade, as pessoas não tiram o olho da tela.
03:00Isso é um grande mérito, realmente isso é um grande mérito, é o melhor mérito, na minha opinião, que uma obra de arte pode ter.
03:06E qualquer obra de arte, você vê um livro, uma música, uma sinfonia, um filme, a principal característica que ela tem que ter é prender a atenção do espectador, fazer o espectador ser levado de um ponto a outro.
03:19E é isso que o filme consegue, então acho que ela merecia sim.
03:23Agora Josias, algo que se falou muito nas redes sociais, até comentava aqui no meu grupo de pessoas próximas,
03:30é que é no mínimo curioso como é que as coisas se desencadearam.
03:38Quer dizer, a Demi Moore me faz um filme, A Substância, que critica o etarismo.
03:45A Demi Moore, durante anos, sofreu justamente por passar uma imagem vulgar para a Hollywood, pelos filmes que ela fez ali no início dos anos 90.
03:55E aí, tanto a Demi Moore quanto a Fernanda Torres, elas perdem para uma menina, como você falou, para a Mickey Madison, que teve uma atuação.
04:07Se você tirar as cenas ali de simulação de striptease, etc., essas cenas mais vulgares,
04:15são poucas as cenas em que você de fato sente a Mickey Madison como uma atriz de punch, de volume.
04:25Então acho que acabou sendo uma bela de uma ironia e a própria academia ratificando a mensagem, a crítica feita pelo filme, pela Substância.
04:36Você também enxerga dessa forma, Josias?
04:38Enxergo. Eu acho que isso aí é porque é o seguinte, os votantes da academia, eles têm todos os sentimentos que as pessoas normais têm.
04:48Então, eles veem uma moça nova, bonita, que chama atenção na tela, que prende atenção pela sua beleza,
04:56eles são influenciados por isso também, não tem nenhum mistério nisso.
05:00Agora, se você for ver objetivamente, a atuação da Demi Moore foi muito importante, apesar de eu não gostar do filme,
05:08eu acho que a Substância é um TikTok de duas horas, eu não gosto desse tipo de filme, não consigo nem assistir, apreciar e tal,
05:18mas realmente teve uma injustiça ali.
05:22Agora, isso tudo é preciso levar uma coisa em conta, é a decadência do cinema de uma forma geral.
05:28O cinema não está achando seu lugar entre o streaming, entre as séries, entre o produto digital, entre o que é feito pela internet.
05:38Então, o cinema está com uma crise de identidade muito grave.
05:43Então, isso se reflete nas premiações.
05:45Você vê esses filmes, até o Ainda Estou Aqui, é um bom filme, é um filme competente, prende a atenção das pessoas.
05:52Mas se esse filme tivesse sido feito na década de 90, seria só mais um filme brasileiro que entra em cartaz,
05:59o pessoal ia gostar e tal, mas não teria grande destaque.
06:04A decadência do cinema como arte está ficando muito evidente, isso é uma coisa que preocupa muito.
06:11Até eu gostei da cerimônia do Oscar, porque foi uma cerimônia sem lacração.
06:16Então, lacração é uma coisa que incomoda muito, ficar falando de Trump, falando desse tipo de coisa que aconteceu na primeira mandata de Trump,
06:24é uma coisa muito desagradável, tem que focar no cinema e não ficar falando de política.
06:28Mas aí, eles fizeram uma cerimônia bem canetinha, que não teve uma politização, teve só uma piadinha com o Trump.
06:36E, entretanto, a cerimônia não teve brilho, não foi estimulante, um clima de fim de festa, sabe?
06:45Apareceu o Tarantino e tal, eu gostei da aparição de Tarantino, eu gostei da aparição de Laura Derner e de Isabela Rossellini,
06:57que são as estrelas do filme Veludo Azul, de Dave Lynch, que faleceu esse ano e tal.
07:02Foi muito bom, mas é um clima de nostalgia, é um clima de fim de festa, é um clima um pouco triste.
07:06Aliás, José, só uma parte, eu li uma crítica do Wall Street Journal, numa coluna, que a festa do Oscar estabiliza,
07:18não, escancarou justamente o que você falou, a decadência de Hollywood.
07:23Dizendo que um monte de ganhador é gente desconhecida, que você nunca viu, em filmes que você também não vê,
07:28que você não tem interesse em ver, que quando mostra aquela câmera da plateia, um monte de gente desconhecida,
07:35os grandes aços, mesmo do cinema americano, estariam subrepresentados no Oscar.
07:41Você imagina que essa decadência, digamos assim, do Oscar, seria, na verdade, uma reciclagem,
07:48já que o próprio Oscar passou por uma grande mudança nos seus jurados, trazendo uma, digamos assim,
07:55uma disposição mais eclética, mais pluralista, e com isso diluiu aquele, digamos assim, glamour dos velhos medalhões,
08:04ou você acha que não, é simplesmente a queda do modal cinema, em prol de, por exemplo, streamings, séries, minisséries?
08:14É, olha só, uma característica das artes, não é só do cinema, é que ela vai se expandindo até perder a sua identidade, né?
08:24Por exemplo, isso aconteceu com a música sinfônica, que era feita principalmente na Alemanha,
08:28depois começou a ser feita nos países mais periféricos, e foi se ampliando até que entrou em decadência.
08:34Aconteceu a mesma coisa com a arte do romance, e começou na Europa, na França, foi se expandindo,
08:39chegou no Brasil, na Rússia, e uma hora entrou em decadência, então, isso aí pode ser um sinal de que está havendo uma ampliação tão grande
08:50que está perdendo a sua essência, né? Está se diluindo.
08:55Realmente, é muito preocupante, não é?
08:57E eu escrevi um artigo na Cruzoé, na minha coluna semanal, dizendo como, antigamente, as séries emulavam os filmes.
09:06Se você ver Sopranos, por exemplo, a grande série Sopranos, ela emulava vários filmes,
09:12inclusive contratando vários atores relevantes desses filmes, né?
09:18Então, dos filmes de Scorsese, dos filmes de Máfia, essa série emula.
09:24Então, por exemplo, Breaking Bad também emula vários filmes de Hollywood, filmes de Scorsese,
09:30filmes no ar, tem uma influência muito grande de filmes no ar.
09:33Mas aí, agora, o que é que está acontecendo? Está acontecendo o oposto.
09:37Você vê quantos filmes foram inspirados em Stranger Things, quantos filmes foram inspirados na The Crown, né?
09:46Todo mundo assistiu The Crown, todo mundo assistiu Stranger Things, e os filmes, entretanto, não é todo mundo que vê.
09:53Os filmes viraram uma coisa de nicho.
09:55É muito triste o que está acontecendo, mas, infelizmente, é o que está acontecendo.
09:59Eu acho que o cinema, o caminho para isso, é o cinema voltar à sua essência.
10:05Fazer filme em película, com trilha sonora original, com grandes atores, fazer histórias originais,
10:12adaptar obras novas, literárias, que ainda não foram adaptadas.
10:16Porque essa coisa de excesso de remake está virando um problema também.
10:21Filmar em digital, você não consegue mais ver a diferença entre uma série e um filme.
10:24Um filme virou uma série pequena? O quê? Um capítulo pequeno de uma série?
10:29Não, o filme tem que ser uma coisa essencial.
10:31Tem que ser feito com trilha sonora original, contratar orquestra, fazer...
10:37Uma coisa que eu gostei no Brutalista é que foi feita em película,
10:41com um formato muito especial de película, que tem as cores muito lindas.
10:46E isso é bom. Não gostei do filme, mas isso do filme é muito bom.
10:49Isso pode ser um modelo também.
10:50Ainda estou aqui, também foi filmado em película, 35 milímetros.
10:55Isso também deve ser um caminho, tem que ser um caminho do cinema brasileiro.
10:59Porque a gente tem que começar a agregar valor aos filmes.
11:04Não dá para filmar com qualquer formato.
11:06Não dá para usar só a trilha que existe.
11:10Tem que fazer obras novas, lançar trilha sonora original,
11:14trazer atores realmente bons, atuações memoráveis.
11:18Foi isso que fez o prestígio do cinema.
11:21E nesse bloco, vamos continuar falando de cinema com o Josias Teófilo.
11:25Isso porque com a vitória de Ainda Estou Aqui,
11:28há ainda uma expectativa que ocorra um crescimento do cinema brasileiro.
11:33E aí eu já pergunto para o Josias,
11:35é muito otimismo porque o Brasil ganhou o Oscar?
11:40Ou realmente o fato de a gente ter levado a estatueta,
11:43a primeira da história do cinema brasileiro,
11:45pode ter sim um impacto na nossa indústria cinematográfica?
11:50Eu acho que tem um impacto sim, e muito grande, muito evidente.
11:54Isso aconteceu com o cinema coreano.
11:56Quando o Parasita ganhou o Oscar, tudo bem que foi o Oscar mais importante,
12:01que foi o Oscar de melhor filme, não o Oscar de melhor filme estrangeiro.
12:04Mas mesmo assim, é extremamente relevante.
12:06Todo mundo está de olho no cinema brasileiro agora.
12:09A quantidade de textos que saiu, de críticas favoráveis, é muito grande.
12:15Cineastas importantíssimas agora estão olhando para os outros filmes.
12:19Vão procurar outros filmes brasileiros, vão procurar atores brasileiros para atuar.
12:25Tem atores que já fizeram a carreira internacional, como Rodrigo Santoro,
12:29como tantos outros já fizeram.
12:32E agora, as pessoas que atuaram no filme Ainda Estou Aqui, os atores,
12:38eles têm tudo para fazer uma carreira internacional.
12:40E não só os protagonistas, hein, que é o Celton Mello e a Fernanda Torres,
12:45mas até os papéis menores, têm tudo para ter uma carreira internacional,
12:52para serem chamados para atuar em inglês e em outros filmes.
12:55E não só isso, também atrair recursos para o cinema brasileiro.
12:59O cinema brasileiro é muito importante do ponto de vista do mercado audiovisual.
13:04Então, se não me engano, é o nono maior mercado audiovisual do mundo.
13:09E é um mercado muito grande que pode ser explorado.
13:12Mas pode ser explorado não só pelo cinema brasileiro com investimento brasileiro,
13:17mas pelo cinema brasileiro com investimento estrangeiro.
13:21Então, isso aí pode ser muito bom, porque o mercado é muito grande.
13:25Um filme que faz sucesso no Brasil, ele atinge muita gente.
13:29Você vê, ainda estou aqui, teve 4 milhões de espectadores.
13:32É uma coisa extremamente relevante.
13:35Então, dá para...
13:37E também, filmes brasileiros com investimento exterior,
13:42filmes brasileiros com coprodução para o Brasil e para o exterior,
13:48que também é uma coisa que poderia ser muito mais explorado.
13:51Então, quando um filme é uma coprodução,
13:53ele entra em cartaz como um filme natural daqueles dois países.
13:58Então, por exemplo, se for uma coprodução Brasil-França,
14:02ele vai entrar em cartaz diretamente no Brasil e na França.
14:05Claro, pode ter distribuição internacional também para os outros países.
14:08Então, se isso começar a ser mais feito,
14:11e existe um espaço muito grande para se fazer,
14:15o cinema brasileiro vai ganhar muito.
14:17E também, esse filme salvou o cinema brasileiro,
14:21porque a bilheteria estava muito mal.
14:23Apesar da cota de tela que foi aprovada,
14:26levou 10% das salas para filmes brasileiros.
14:30O que eu concordo inteiramente,
14:32porque realmente o cinema brasileiro tem que ter sua reserva de mercado.
14:36Porque senão vem um fenômeno como o Barbie Heimer,
14:39vocês lembram do Barbie Heimer?
14:41E ocupa 100% das salas brasileiras.
14:44E mesmo que um filme brasileiro esteja fazendo um sucesso tremendo,
14:48ele vai ter que sair de cartaz.
14:50Então, isso não é livre-mercado.
14:53A reserva de, a cota de tela precisa acontecer sim.
14:57Só que o que estava acontecendo?
14:58Apesar de 10% das salas estarem reservadas para o cinema brasileiro,
15:02o público só era 5%.
15:06Então, estava indo muito mal o cinema brasileiro.
15:08Aí veio, ainda estou aqui, e salvou o cinema brasileiro.
15:11Ou seja, lotou as salas,
15:14estimulou o mercado brasileiro.
15:18Eu acho que a direita,
15:20boa parte da direita,
15:22tem cometido um erro muito grande
15:24ao dizer que o prêmio do ainda estou aqui
15:28foi para a esquerda,
15:29foi para uma certa narrativa da esquerda.
15:31Isso não faz o menor sentido.
15:33Todos os brasileiros ganharam com esse Oscar.
15:36Rigorosamente, todos os brasileiros.
15:38De esquerda, de direita, de centro,
15:40governista, de oposição.
15:42Inclusive, porque criou-se uma caricatura da direita
15:46de que a direita era a favor da ditadura
15:49e a esquerda é contra a ditadura.
15:53Infelizmente, boa parte da direita assimilou,
15:56vestiu a carapuça.
15:57Assimilou a caricatura, o que é uma vergonha.
16:00Eu ainda estou aqui e mostra um fato da história do Brasil.
16:05Tudo bem, é um fato que está sendo politizado,
16:08mas a gente precisa entender o contexto completo
16:10e ver que é um fato da história do Brasil.
16:13É o Rio de Janeiro da década de 70 que está sendo representado.
16:16É um fato da nossa história comum,
16:18uma história que pertence a todos nós.
16:20Entende?
16:21De fato.
16:24Lembrando, só para contextualizar também uma coisa,
16:26o Ainda Estou Aqui não usou a Lei Rouanet,
16:29como algumas pessoas haviam aventado.
16:32Inclusive, porque longa-metragem nem pode ter Lei Rouanet
16:36dentro do sistema que o Ainda Estou Aqui foi pensado.
16:40Diga, Wilson.
16:40Não, e tem um detalhe que o José falou sobre a politização do filme.
16:45Alguns parlamentares de direita, que inclusive são líderes,
16:49como o Carlos Portinho e o Bibo Nunes,
16:52foram no final de semana falar,
16:53olha, gente,
16:56eu posso não concordar com a temática do filme,
16:59mas é uma vitória do cinema brasileiro.
17:01Então, precisamos comemorar, sim, essa vitória do cinema brasileiro.
17:05Então, você vê que tem alguns parlamentares ali,
17:08mesmo do aspecto mais ali,
17:10que são até mais uns apoiadores mais radicais,
17:13do ex-presidente da República, o Jair Bolsonaro,
17:16que falam, olha, gente, vamos separar as coisas,
17:18vamos separar a temática do filme e da vitória do cinema nacional.
17:21A gente precisa separar o joio do trigo.
17:24Pois é, verdade.
17:27Eu agradeço muito a participação do Josias Teófilo
17:31nesse nosso debate pós-Oscar 2025,
17:35enaltecendo, sobretudo, a importância dessa vitória
17:38para o cinema brasileiro,
17:39para a indústria cinematográfica brasileira,
17:41independente, como disse agora o Wilson,
17:44também com seu aparte, citando líderes da direita,
17:47independente do viés político que você está assistindo,
17:49você que está nos assistindo,
17:50ah, eu sou de direita, não gostei da temática,
17:52ah, eu sou de esquerda,
17:54e acho que tinha que ser até mais vocal
17:55em algum aspecto político,
17:57independente das suas crenças pessoais,
18:00das suas participações.
18:02Esse filme é importante justamente porque
18:04deu visibilidade para o cinema brasileiro
18:06e, com isso, a gente pode ter uma indústria
18:08cada vez mais forte nisso.