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00:00Olá, sejam muito bem-vindos ao Narrativas Antagonista. Eu sou Madeleine Lasco, sou sua companhia de segunda a sexta-feira aqui no YouTube do Antagonista às cinco da tarde.
00:26Você também lê as minhas colunas no site do Antagonista de segunda a sexta-feira sem paywall.
00:34Fato do dia, artistas se rebelam contra a ditadura woke.
00:41Gente, que história é essa? O que é woke? Ditadura? Será que não é exagero?
00:48Calma, calma, que aqui a gente tem um jeito diferente de debater esses temas.
00:52Eu te digo os fatos e depois a minha opinião, mas antes disso, você só vê aqui.
01:00Eu te digo qual é a narrativa da esquerda e a narrativa da direita. Vem comigo.
01:10Fato do dia, artistas se rebelam contra a ditadura woke.
01:15Trago aqui pra vocês um artigo da revista Cruzoé que fala
01:20Cineastas publicam manifesto anti-woke. A arte brasileira está sob censura.
01:28Quem que publicou? Newton Canito e o Josias Teófilo que tem uma coluna na Cruzoé.
01:35Vamos lá ler um trecho. É um manifesto grande.
01:39Sugiro que vocês entrem na Cruzoé pra dar uma olhada.
01:41Enquanto nos Estados Unidos e no resto do mundo a ideologia woke está em decadência,
01:47no Brasil ela reina soberana.
01:50Como dizia o Milor Fernandes, quando uma ideologia fica bem velhinha,
01:55vem morar no Brasil.
01:57Temos visto no nosso país uma escalada do autoritarismo,
02:01que se expressa na censura, nos cancelamentos,
02:04perseguição a artistas e intelectuais que não pensam de acordo com a cartilha vigente.
02:10O identitarismo woke.
02:13Politicamente correto, cancelamentos, lacração,
02:17ataques à liberdade de expressão,
02:20tudo isso faz parte do radicalismo próprio ao identitarismo.
02:27Uma das principais vítimas da censura é o humor.
02:31Tem sido cada vez mais difícil fazer uma comédia popular.
02:34humoristas são cancelados diariamente sob aplausos da base woke.
02:42O que hoje chega ao resto da sociedade,
02:45essa chatice de lacração e de linguagem neutra,
02:48já domina a arte brasileira há mais de uma década.
02:53Isso afastou a arte e a cultura brasileira de seu público.
02:57Nunca o cinema, a televisão e o teatro brasileiro
03:00estiveram tão afastados do gosto popular.
03:02Por um motivo simples, as obras seguem fielmente uma estética importada.
03:09Nós, artistas livres, lutamos pela diversidade estética
03:14e pela liberdade de expressão e de criação.
03:19Você já deve ter ouvido falar em woke.
03:22O que quer dizer woke?
03:24Woke quer dizer desperto, acordado, em inglês.
03:29Mas eu vou trazer alguém aqui que vai te dar uma mega explicação
03:33do que é a ideologia woke.
03:38Luiz Felipe Pondé.
03:40O que eu acho dos wokes?
03:42Eu acho os wokes uns idiotas.
03:45É isso que eu acho dos wokes.
03:48Stay woke.
03:50A ideia de desperto ainda é muito antiga,
03:54inclusive na espiritualidade,
03:56nas formas religiosas mais antigas.
03:58que significa você estar desperto para o grande godo,
04:02que é a realidade, a grande ilusão.
04:05Os gnósticos falavam disso.
04:07Essa ideia de que você desperta para o fato de que existe uma outra realidade,
04:13que não é essa.
04:14Os wokes, na verdade, eles têm algum parentesco com essa ideia,
04:18no sentido de perceber as formas de opressão,
04:22que estão escondidas em toda parte.
04:23Mas o wokes, na verdade, é coisa normalmente de classe média alta, americana.
04:31Apesar que nasceu no movimento afro-americano,
04:35a expressão stay woke, com relação ao racismo.
04:38Mas a migração cultural e o uso da expressão,
04:44o wokes é alguém hoje que derruba estátua,
04:50é alguém que acha que cada prato que ele come tem a ver com a salvação do planeta,
04:59é alguém que tem certeza que, do alto dos seus 15 anos de idade,
05:03entendeu tudo o que acontece no mundo,
05:05é alguém que fala todes.
05:07Você consegue imaginar uma coisa mais ridícula do que falar todes.
05:12Bem-vindes.
05:15Woke é alguém que tem como objetivo na vida
05:21que sua filha seja uma espécie de Greta Thunberg,
05:25que ouve conselhos de pessoas de 16 anos.
05:30Woke é, na verdade, um nome para a esquerda Nutella.
05:35Para os esquerdinhas que fazem documentários por aí sobre pobres,
05:42quando são, na realidade, filhos de banqueiros,
05:45e que acham que é assim, estão salvando o mundo.
05:48E agora vamos passar para a arte.
05:50De que forma essa ideologia se manifesta na arte?
05:54Vou trazer aqui um bate-papo do Vilela com o Peter Jordan no Inteligência Limitada,
06:03falando de um exemplo, que é o Branca de Neve e os Sete Anões sem os anões.
06:10Eu concordo, sim, que tem muitas obras que forçam a barra pra caramba.
06:15Não vou negar que Branca de Neve deveria ter outro nome, ok?
06:19Porque não tem nada a ver com o clássico.
06:21O próprio autor da parada que fez o clássico da Disney,
06:25ele também reclamou que isso aqui forçaram demais a barra,
06:28mas não acho que seja o problema, só esse o problema da Disney,
06:32porque a Disney é muito maior do que só cinema, entende?
06:34Mas sim, acho que isso tem um peso forte nas produções,
06:38porque, cara, a pessoa falar que isso não está acontecendo,
06:41tem muita gente que deixa de ir e ver,
06:44porque está cansado dessa forçação.
06:45Não vai ter anão, né? Não vai ter anões e tal.
06:47Porra, vão ser oito pessoas, não mais.
06:51Bom, não que anão não seja.
06:53Foi mal.
06:54Tem que ficar corrigido.
06:56É porque são oito pessoas de estatura normal.
06:59É mesmo?
07:00E os anões ficam o pé da vida, pô.
07:02Claro, pô.
07:02Que raio de inclusão que exclui, né, cara?
07:04Inclusão não, gente.
07:06Trabalho.
07:06Mas excluíram os anões.
07:08Eu até falei para o Paquito,
07:10vou fazer um episódio sobre cultura woke, né, cara?
07:12É legal fazer alguma coisa.
07:13Eu acho bacana demais.
07:15E tem gente que fala que isso não existe, ok?
07:17Eu acho o seguinte, eu acho que existe,
07:20mas também tem muito exagero.
07:21Tem muita gente que vê cultura woke e onde não tem.
07:23Tem, esses são os neodolas chatos.
07:24É, os caras chatos.
07:25Cara, cara, olha, olha.
07:25Tudo, ai meu Deus, não sei o quê.
07:27Exato.
07:28Mas isso é um movimento contrário
07:30ao movimento de militância do outro viés.
07:32E aí, aqui, a gente tem um ponto bem especial.
07:38Bem especial que é o seguinte.
07:40É essa mistura entre quem diz debater cultura
07:45ou fazer arte e quem está fazendo militância.
07:49A pessoa pode fazer arte ou pode fazer militância,
07:54mas nós não podemos substituir a arte por militância.
07:59E a gente tem esse exemplo dado pelo Peter Jordan aqui.
08:02O core do conteúdo pop é deixar de lado
08:06e ir levantando bandeira para um viés,
08:09que era um viés de esquerda na época, né?
08:11Ainda tem...
08:11Que não era se o filme era bom ou não.
08:13O filme é necessário.
08:14Exato.
08:14Mas é bom ou não?
08:15Não, é um filme necessário.
08:17Fala se é bom ou não, cara.
08:18Exato, exato.
08:19E, tipo, não era para chegar e falar
08:21os poderes do personagem e tal.
08:23Era para falar se o personagem...
08:24Ele era aceito na sociedade,
08:26se ele estava fazendo inclusão.
08:28Então, começou a surgir esses canais.
08:30Esses canais que...
08:31Eu acho que tem que ter, mas não ser só isso.
08:33Tem que ter outras coisas.
08:34Cara, olha, o que eu digo é o seguinte.
08:36O cara que faz esse tipo de conteúdo,
08:37ele não está fazendo cultura pop.
08:39Ele está fazendo militância.
08:40Comportamento.
08:41Ele está fazendo comportamento.
08:42Exatamente.
08:43Eu faço cultura pop.
08:44Eu não falo de militância.
08:46Eu não levanto bandeira, entende?
08:47Se você que está nesse lado acha que eu faço isso,
08:50é porque na tua cabeça você está analisando
08:51provavelmente os comentários do meu vídeo.
08:53E aí, cara, beleza.
08:54Pode ser reflexo do meu?
08:55Pode.
08:55Mas eu estou lá falando de cultura pop.
08:59Sempre.
08:59E, lógico, com o movimento contrário
09:02a esses outros canais,
09:03surgiram os militantes de direita.
09:05É.
09:06E são esses caras que vêm também.
09:07Belocação em tudo.
09:08Belocação em tudo.
09:09Porra, braço.
09:10O cara espirrala.
09:11Espirrou para a cara.
09:12Do lado da esquerda os caras veem
09:14que os aviões do Top Gun são objetos fálicos, né?
09:17Que é um absurdo porque é muito machista.
09:20Do outro lado também os caras veem qualquer coisa de...
09:23O pessoal não pode ir vestido de rosa no filme da Barbie.
09:26Exato, exato.
09:27O que eu acho absurdo.
09:28Quero deixar claro que no filme da Barbie
09:30é totalmente permitido, sabia disso,
09:32ir com uma boneca Barbie e assistir.
09:34Mas no Oppenheim é proibido você
09:35com uma bomba atômica assistir o filme.
09:37Num outro podcast,
09:39o Linhagem Geek,
09:41do Juan Alba,
09:43a gente tem uma entrevista muito interessante
09:45com o professor Guilherme Freire
09:46falando desses arquétipos.
09:49Por que que se quer tirar tanto
09:52o lugar de mãe da mulher?
09:56Por que que até a palavra mãe
09:57se tenta apagar
09:59pessoas que gestam
10:01ou pessoas que gestem?
10:03Ou como é que querem colocar?
10:07Parturiente
10:07ou parturienta, parturiento
10:09em vez de mãe.
10:11O que que acontece com o feminino?
10:14Vamos entender melhor.
10:15O símbolo próprio da mulher é a maternidade.
10:18Só que daí não encaixa com a ideologia feminista.
10:20Perfeito.
10:21Porque a mulher é a avó,
10:22então sei lá, interstellar.
10:25A Murphy,
10:26ela é a mulher cientista
10:29que vai virar o que?
10:30Mãe?
10:31Vai ser mãe, vai ser uma matriarca
10:33de uma família.
10:34Ela vai ter uma árvore genealógica
10:35embaixo dela.
10:37Ela quer ter
10:38uma linhagem,
10:40uma série de filhos.
10:41A Galadriel,
10:42no Imaginário Tolkien,
10:44é mãe.
10:46Vários personagens importantes
10:47na história são mães.
10:49Então a mulher já não pode mais ser esposa,
10:50não pode ser filha,
10:51não pode ser mãe.
10:52Então, o papel que sobra
10:54é o da adolescente.
10:56Porque a adolescente
10:58está em revolta contra o pai,
10:59ela não casou ainda
11:03e ela não é uma figura,
11:07não é uma avó.
11:09Porque a avó,
11:09se você olhar,
11:10já é uma figura reacionária.
11:11Todo mundo aqui tem a avózinha no interior
11:12com filtro de barro,
11:15prato transparente marrom.
11:17Moringa.
11:18É,
11:18e que tinha um chinelo
11:20que voava nas pessoas.
11:21Essa pessoa de extrema direita,
11:23certeza.
11:23Cheia de bebelô na sala.
11:24Certeza.
11:25E chinelo,
11:25casco vermelho.
11:26E absolutamente todas as pessoas
11:28amaram ela
11:29e ela é uma pessoa incrível.
11:30Esses personagens não vão fazer.
11:31Nem a pau,
11:32porque se fizerem
11:33vai quebrar toda a narrativa.
11:36Então assim,
11:38dado que tudo que é feminino
11:39tem que ser excluído,
11:40sobra adolescente.
11:41Então é como se você tivesse
11:42um personagem que é
11:42perpetuamente imaturo.
11:44Está em perpétua revolta.
11:46Você vê muito isso
11:47na Capitã Marvel.
11:48Você vê muito isso na Rey.
11:51Você vê muito isso na Galadriel.
11:52É basicamente
11:53a Mary Sue total.
11:54É o mesmo personagem.
11:56É a mesma pessoa.
11:57Você está vendo
11:57a mesma coisa na tela.
11:59Se você pegar a Marvel
12:00e a Galadriel,
12:01não tem diferença nenhuma.
12:03É sempre a careia de nojo.
12:04E aqui,
12:06pega agora
12:06o que eu estou te falando.
12:08Você está falando
12:08do filme?
12:09Ah, bobagem.
12:10Não quer ver o filme?
12:11Não assiste.
12:11Já ouvi muita gente
12:12falar isso.
12:14Mas nós não estamos falando
12:15do filme pronto
12:17e se você gostou ou não.
12:18O que nós estamos falando
12:20é de moldar a máquina
12:23para que nada
12:25seja produzido na arte
12:28fora da cultura Wunk.
12:30E como é que se faz isso?
12:33O Newton Canito,
12:34que é um dos cineastas
12:36que assina esse manifesto,
12:37que criou esse manifesto,
12:39ele junto com José Esteófilo,
12:42o Newton Canito explica
12:43como que se controla
12:46esse sistema
12:47para que nada
12:49fora do Wunk prospere.
12:51Aí a classe artística
12:52que fala que gosta de índio
12:53fica regristicando
12:55a comédia trash
12:55lá do Paulo Cursino
12:56que tem uma comédia muito boa,
12:57a última do Cursino,
12:58muito boa mesmo.
13:00Você viu?
13:01Só o Feiro dos Dois.
13:02Excelente o filme.
13:04Maravilhoso o filme.
13:04Gostei um.
13:05Foi um sucesso.
13:06O dois é melhor.
13:06É melhor que um.
13:07Porque um é bom.
13:09Não, é muito legal.
13:10Já gostei do um.
13:11É muito legal.
13:11O dois, tá.
13:13Falou.
13:13Foi aquelas comédias
13:14que você falou,
13:14opa, acertou.
13:16Aí o cara vai lá
13:16com a classe artística.
13:17A comédia é fomfarrona.
13:18Fomfarrona.
13:18Muito legal.
13:18Tirando sal mesmo,
13:19todo mundo.
13:20E você se identifica
13:21porque você vai viajar
13:22às vezes com a sua família
13:23e tal, é perrengue.
13:24Você se identifica muito
13:25com aquilo.
13:26Eu, minha mãe,
13:27tem nove irmãos.
13:28Eu vi aquilo lá,
13:29eu vi a minha família,
13:30entendeu?
13:31Eu adoro.
13:31Eu também.
13:31Mas eu não assisti o dois ainda.
13:33Eu adoro.
13:33Mas a gente é subúrbio.
13:35E a classe artística brasileira,
13:36até quem é de subúrbio,
13:37fica fingindo
13:38que não é subúrbio.
13:39E fica essa bolinha
13:40que a gente tem que falar
13:41mais de subúrbio,
13:42que rico gosta de pobre.
13:44Ele fica rico
13:44e periferia.
13:46Aí fica nessa coisa
13:46do pobre e do rico.
13:48A classe artística
13:49é só milionário,
13:51misturado com os ricos,
13:52com os pobres.
13:53Aí fica essa parceria.
13:54Só que o povo brasileiro
13:55é subúrbio.
13:56É subúrbio.
13:57São Bernardo, ABC, Guarulhos,
13:58aí que está o público real.
14:00E mesmo que é da favela,
14:01também é subúrbio.
14:02Estética, subúrbio.
14:02Estética brega.
14:04Essa é a estética real, cara.
14:05Da Tropicália.
14:06A estética do povo brasileiro.
14:08Aí os caras querem
14:08impor uma estética importada
14:10dentro da arte brasileira,
14:11lacrando os outros,
14:12passando lição de moral.
14:13Isso é chato, cara.
14:14Não conecta.
14:15Parece que é chato.
14:16Fica chato, chato.
14:17Aí toda a classe acha isso.
14:18Todos os editais
14:19acreditam nessa ideologia.
14:21Todos os financiamentos
14:22de empresas
14:23acreditam nessa ideologia
14:23que vem da SG.
14:25Então é uma estética toda
14:26que vem todo o dinheiro.
14:28Todo o dinheiro vai pra isso.
14:29Aí todo mundo
14:29quer adequar aquilo.
14:30Aí as pessoas não são aquilo,
14:31mas ficam se adequando também.
14:33É pagar as contas, né?
14:34Não estou culpando
14:35a classe artística.
14:36A maioria está
14:36tentando se adequar.
14:38Aí vai lá,
14:39vai se adequando.
14:40Começa a acreditar.
14:41Aí os mais chatos
14:42começam a ser premiados.
14:43Porque quem é chato
14:44profissional mesmo
14:45começa a ganhar.
14:46Mas é digital.
14:47Quem é mais ou menos chato
14:48já se ferra.
14:49Não consegue.
14:50Porque não consegue.
14:51As pessoas realmente criativas,
14:52cara, os principais artistas brasileiros
14:54estão sem trabalho.
14:55Nós estamos num momento
14:56de cinema, estou falando.
14:57Num momento
14:58que nós temos recursos
14:59para fazer filmes
15:01e os principais artistas brasileiros
15:03estão sem trabalho.
15:05Eu me incluo.
15:07Não sou eu,
15:08mas todo mundo
15:08que é artista
15:09que já fez sucesso,
15:10já fez filmes de alta bilheteria.
15:12Tenho vários amigos,
15:13roteiristas principais.
15:15Ela não tem trabalho.
15:16Por que está acontecendo isso?
15:17Ela é de 50 anos.
15:18Ou um cara de 70,
15:19que tem gente de 70,
15:20uma flor da idade,
15:21o cara está com a cabeça ótima,
15:22arrasando.
15:22O Hugo Jorgetti,
15:23que eu estava citando,
15:24gente de artistas maravilhosos brasileiros
15:26que eu acho geniais
15:27que não tem trabalho
15:28apesar de ter dinheiro.
15:29Então, por que está acontecendo isso?
15:31Porque é mais fácil
15:32doutrinar jovem.
15:33Esse movimento
15:35não está só na arte.
15:38Ele está nas universidades
15:40que formam as pessoas
15:41que vão fazer a arte,
15:42que vão fazer a cultura.
15:44Eu trago aqui para vocês
15:45a Pathy Silva,
15:47que você deve conhecer da internet
15:49como Preta de Rodinhas.
15:52E ela vai contar
15:53um caso real,
15:55um caso real
15:57em que uma professora negra
16:00foi demitida
16:01segundo
16:03as regras
16:04dos canceladores
16:05por supremacia
16:07branca.
16:09Oi?
16:10Sim.
16:11Perceba
16:12esta manipulação
16:13como é feita
16:14e pensa aí
16:15se você já não viu igual.
16:16O ativismo
16:17negro,
16:18ele já não está interessado,
16:19não parece,
16:20pelo menos,
16:21interessado
16:21em combater o racismo.
16:23Ele quer combater
16:24quem discorda deles.
16:26Interessante isso.
16:29Interessante.
16:29A qualquer custo.
16:30Mudou o enfoque.
16:31A qualquer custo.
16:34Nós colocamos aqui
16:34no livro
16:35um caso
16:36de uma professora,
16:37uma coordenadora
16:39que era
16:40coordenadora
16:42do setor de diversidade
16:43e igualdade.
16:44Esse D,
16:45setores de D
16:47das universidades.
16:49e ela é uma mulher
16:52negra,
16:53doutorada,
16:54doutora,
16:55com mais de
16:56dez anos
16:57de experiência
16:58na área de educação,
16:59foi professora
17:00de escola,
17:01educação básica
17:02e tal.
17:03Mas ela,
17:04olha que louco,
17:04ela era uma pessoa
17:05que é a favor
17:06da democracia liberal,
17:07uma liberal clássica,
17:08olha que doido.
17:09Então,
17:09ela era a favor
17:10que os grupos raciais
17:12fossem todos tratados
17:13igualmente,
17:14fossem ter celebrações
17:16de todos os grupos raciais,
17:18inclusive os judeus.
17:20Entendeu?
17:20Então,
17:20olha que ideia
17:21de gerir que ela teve
17:22de botar
17:24dentro do calendário
17:25da universidade
17:26uma celebração
17:27lá judaica,
17:28porque ela,
17:28já que o setor dela
17:30cuidava disso,
17:31botou.
17:32Ela foi acusada
17:33pelo Zouk
17:34de supremacista branca,
17:35porque como?
17:36Ela é diretora do Day
17:38e está tratando
17:39os brancos
17:40como objetos
17:42de celebração.
17:44Ela falou,
17:44mas são os judeus
17:45e a gente está falando
17:46de todos os grupos étnicos.
17:49Não,
17:49mas não pode.
17:49E aí,
17:50outros acontecimentos,
17:52ela foi demitida.
17:54Ela foi demitida
17:55por fazer o trabalho dela.
17:57E eu fiquei muito assustada
17:59quando eu vi o caso dela,
18:01porque eu,
18:01se eu estivesse
18:02naquela função dela,
18:03eu faria igualzinho.
18:04Eu falei,
18:05gente,
18:05eu seria demitida.
18:06Porque tudo que ela fez ali
18:07não tem absolutamente nada,
18:09nada de preconceituoso,
18:12racista,
18:13discriminador
18:13com nenhum grupo.
18:14ela só não estava
18:16atrelada ao dogma
18:17do ativismo antirracista.
18:20Ela não estava sendo racista,
18:21ela estava só fazendo trabalho
18:23de uma maneira muito,
18:24numa perspectiva muito liberal
18:26de agir.
18:26Ela estava assim,
18:27vamos tratar todos
18:28igualmente,
18:30vamos valorizar todas
18:31as culturas,
18:32vamos falar de todas
18:33as etnias,
18:34já que a ideia é
18:35equidade e inclusão.
18:37Deuton,
18:38é todo mundo.
18:39Ela estava realmente
18:40celebrando a diversidade cultural,
18:41mas não era esse o propósito
18:43do cargo dela.
18:44O propósito do cargo dela
18:45é que ela celebrasse
18:47a inclusão
18:48de determinados grupos
18:50em detrimento
18:51do grupo branco.
18:52Não importa
18:53se o branco
18:54pode ser judeu
18:55e seja uma etnia,
18:57não importa.
18:58O que importa
18:58é que ele é um branco.
18:59O esquerdista
19:01ele tende a achar
19:02que o judeu
19:03é todo tipo
19:04de safra,
19:05todo mundo,
19:05todo judeu
19:06é o safra.
19:06e não é bem
19:08desse jeito.
19:10E é um grupo
19:10étnico,
19:11é o grupo que merece
19:12ser trabalhado
19:13ao conjunto
19:14dos outros grupos.
19:15É o que ela fez.
19:16E ela foi demitida,
19:17foi chamada
19:18de supremacista branca,
19:20racista,
19:21fascista,
19:22uma mulher negra,
19:24muito,
19:25olha para ela,
19:26parece que é uma pessoa
19:27legal, sabe?
19:28Pessoa normal.
19:29Neste momento
19:31que eu costumo
19:32ouvir
19:34do espertão
19:35de internet
19:36do cara
19:38que descobriu
19:39a América,
19:40desse pioneiro,
19:42né,
19:43internauta,
19:44mas só agora
19:45que você percebeu
19:46isso?
19:48Porque ele
19:48veio falando
19:49uma coisa hoje,
19:50ele acha que hoje
19:51é a primeira vez
19:52que eu falei isso,
19:53porque nós só falamos
19:54coisas inéditas
19:56o tempo todo,
19:57correto?
19:58Então eu quero trazer
19:59aqui para vocês
20:00uma entrevista
20:01que eu fiz
20:01em 1º de julho
20:02de 2018
20:04com o Aldo
20:06Rebello,
20:07com o Aldo
20:08Rebello,
20:10que, aliás,
20:11por causa dessa entrevista
20:12ele acabou fazendo
20:13o prefácio
20:14do meu livro
20:14Cancelando o Cancelamento,
20:16o Aldo Rebello
20:17falando
20:18da cultura
20:19identitária
20:20e do ONG.
20:21É que a questão
20:22nacional,
20:23ela gera
20:24atritos,
20:25tá certo?
20:25Ela cria,
20:27de fato,
20:27conflitos
20:28entre o interesse
20:30nacional brasileiro
20:31e o interesse
20:31nacional lá de fora.
20:33Os Estados Unidos
20:34financiam
20:36essas organizações
20:37não governamentais
20:38que cuidam
20:39dessas políticas
20:40identitárias
20:41exatamente
20:41para subtrair
20:43energia,
20:44para subtrair
20:44força,
20:45para subtrair
20:46inteligência
20:47da luta
20:48nacionalista
20:49e encaminhá-la
20:51para essas lutas
20:52identitárias
20:53que são financiadas
20:54pela Fundação
20:55do Soros,
20:56pela Fundação
20:57Ford,
20:58por essas
20:59fundações
21:00norte-americanas
21:01que dizem,
21:02olha,
21:02se você
21:02deixar de ser
21:04nacionalista
21:04e passar
21:05a ser o defensor
21:06dessas outras bandeiras,
21:08nós
21:09te financiamos.
21:10E as universidades
21:11estão cheias
21:12de pessoas
21:12que fazem
21:13essas pesquisas,
21:14muitas ONGs
21:15que tratam disso.
21:16o ambientalismo
21:17também é financiado
21:19com essa finalidade
21:20de acusar o Brasil
21:21de ser o país
21:22inimigo do meio ambiente,
21:23inimigo das florestas,
21:24o país que tem
21:25mais florestas no mundo,
21:26o país que tem
21:27mais água doce no mundo,
21:28o país que tem
21:28mais rios no mundo,
21:30preservados,
21:31como na Amazônia,
21:32é o país que é acusado
21:33do mundo de ser
21:34contra o meio ambiente.
21:35Então,
21:35essas coisas
21:36se confundem
21:39e confundem as pessoas
21:40por quê?
21:41Porque, de fato,
21:42é preciso haver
21:43uma luta
21:44pela valorização
21:44da mulher,
21:45pela promoção
21:46dos direitos
21:47da mulher,
21:47é preciso haver
21:48uma luta
21:48contra o racismo,
21:50é preciso haver
21:50uma luta
21:51pela valorização
21:52da herança
21:54africana
21:55na cultura brasileira,
21:57é preciso haver
21:58uma luta
21:58em defesa
21:59do meio ambiente,
22:00mas, às vezes,
22:02essas lutas
22:03são usadas
22:04para tirar
22:06as energias
22:07da luta principal.
22:09Ou seja,
22:09o Brasil precisa
22:10voltar a crescer,
22:11precisa ser um país forte.
22:13Isso interessa
22:13aos homens,
22:14isso interessa
22:15às mulheres,
22:16isso interessa
22:16aos brancos,
22:17isso interessa
22:18aos negros,
22:19aos mestiços,
22:20aos mulatos,
22:22que compõem a maioria
22:22da população brasileira,
22:24que não é negra
22:25nem é branca,
22:25ou seja,
22:26é mestiça,
22:27isso interessa
22:27a todo mundo,
22:28mas isso se transforma
22:30como se fosse
22:31na luta principal.
22:32Qual é a disputa
22:34que existe no Brasil?
22:35Não é entre o crescimento
22:36da economia
22:37e o não crescimento,
22:38é como se fosse
22:39uma disputa
22:39entre pretos e brancos,
22:40entre homens e mulheres,
22:41e isso eu acho
22:44que é um desserviço
22:46ao país.
22:48Você pode valorizar
22:49essas lutas
22:51sem desvalorizar
22:53e sem abandonar
22:54a questão nacional.
22:55Ué, gente,
22:57mas isso não é
22:58uma questão de esquerda
22:59versus direita?
23:02Não.
23:03Isso é uma questão
23:04publicitária,
23:06de domínio do mercado.
23:08se reconta
23:10a história
23:11da humanidade,
23:13tendo ali
23:13determinados padrões
23:15que definem
23:15quem é bom
23:16e quem é mal.
23:18E esses padrões
23:19passam a ser
23:20utilizados,
23:22inclusive,
23:23na aplicação
23:23de verbas públicas
23:25da cultura.
23:28O Newton Canito
23:29eu vou trazer
23:30de volta aqui
23:31para contar
23:32os bastidores
23:33de como isso funciona.
23:35Como era gostoso
23:36o meu francês.
23:38Eu não conheço
23:39esse tema aí.
23:40Não conheço.
23:40Uma obra-prima.
23:41É mesmo.
23:41Do Nelson Pereira dos Santos,
23:43no década de 70,
23:44fazendo um filme
23:44sobre as índias
23:46transando com os franceses.
23:47Um filme sobre
23:48a missa de nação brasileira.
23:50Existiu muito encontro
23:51e muito amor no Brasil.
23:52A nação brasileira
23:53foi feita com muito amor.
23:55Muito amor.
23:55Muitos encontros
23:56afetivos e amorosos.
23:58Entre plantas e pretas.
23:59A missa de nação
24:00teve muito amor.
24:01Teve muito casamento
24:01interracial.
24:03É o país que tem
24:03mais casamento
24:04interracial.
24:05E é um filme
24:06super divertido.
24:07É uma pornochanchada,
24:08que é um gênero
24:08que eu adoro.
24:10E também foi cancelado
24:11pelo cinema brasileiro atual.
24:12Você não pode fazer
24:13erotismo mais.
24:14Você vai fazer
24:15uma putariazinha
24:15e já fica
24:16putariazinha.
24:17Gente!
24:19Não é muito...
24:20O que é isso, cara?
24:22Careta é isso?
24:23Eu morria aqui.
24:25Não, mano.
24:27Olha só que...
24:28Eu vou falar duas coisas.
24:30Outra coisa, assim...
24:31Eu queria fazer
24:31questão de falar isso
24:32porque eu fiquei chocado.
24:33Teve um edital
24:33em São Bernardo.
24:34Eu sou de São Bernardo.
24:35Paulo Gustavo.
24:36São André, ali do lado.
24:37É, Paulo Gustavo.
24:38Paulo Gustavo de São Bernardo.
24:39Tinha financiamento
24:39de longa-metragem.
24:40Apresentei um projeto.
24:41Vou reclamar.
24:43Vou reclamar!
24:44Põe aí música do Datena.
24:46Põe na hora aí, meu.
24:46Põe na tela.
24:47Põe na tela.
24:47Põe na tela.
24:47Põe na tela.
24:48Tô brincando.
24:49Tô brincando.
24:49Mas, assim...
24:50Artista sempre reclama
24:51que perdeu o edital, né?
24:52Claro.
24:52É normal.
24:53Mas eu fiquei meio chocado, cara.
24:54Porque, assim...
24:55Em São Bernardo
24:56tem várias cineastas legais.
24:57Mas, em termos de carreira,
24:59eu sou disparado
25:00o que tem mais currículo.
25:01A minha produtora
25:02que tem mais currículo.
25:03Todos os cristãos.
25:04Aí eu fiquei
25:06em oitavo lugar.
25:07De dez projetos.
25:08Tinha dez projetos participando
25:09e fiquei em oitavo.
25:10Fiquei quase no último.
25:11Em que ano foi?
25:12Agora.
25:13Agora, recente.
25:13E aí eu falei...
25:15Mas como é que pode, cara?
25:16Não é por mal?
25:16Porque supostamente avaria currículo
25:18que não é questão de ego.
25:22É questão objetivamente
25:23eu tenho mais currículo
25:23que eu sou o cineasta
25:25mais importante em São Bernardo.
25:26Não é questão de produtora
25:28que a minha produtora
25:29é a que tem mais produção
25:30em São Bernardo.
25:31Eu tenho...
25:31Para mim é produtora.
25:33Então, é questão do roteiro.
25:34Então, qual que é?
25:35O meu roteiro é tão ruim assim?
25:36Será que eu sou tão ruim?
25:39E o roteiro?
25:39Qual que é o roteiro?
25:40Aventuras do Menino Jesus.
25:41Eu sou super cristão.
25:44Quero fazer um filme cristão
25:45sobre o Menino Jesus.
25:46Porque eu sou super conectado
25:47com o Menino Jesus.
25:48Não passa.
25:49Nenhum edital do Brasil
25:50vai ter um apoio
25:51a um filme cristão.
25:52Não tem.
25:53A Paulo Gustavo não vai conseguir.
25:55Quem é cristão
25:55não vai conseguir fazer filme
25:56no Brasil, gente.
25:58Tem que fazer filme
25:59e a Universal faz
26:00porque pega o dinheiro da igreja.
26:01Outra coisa.
26:02Eu estou falando de edital normal
26:03porque os júris acreditam
26:04que não.
26:05Imagina, filme cristão.
26:06Fazer filme,
26:06apoiar cristianismo.
26:07Eu sou...
26:07Cara, o que é isso, gente?
26:10Como é que você pode cortar?
26:10Tem um público imenso
26:12de filmes cristãs no Brasil.
26:13Era um projeto
26:14que tinha o elenco
26:14do SBT inteiro.
26:16Eu não consigo ganhar
26:17o edital de São Bernardo.
26:18Fico em oitavo lugar
26:18no edital de São Bernardo, gente.
26:20Não é questão do São Bernardo.
26:21Você está entendendo
26:21o que eu estou falando?
26:22Não é edital nacional.
26:23O edital nacional não pode
26:24porque não pode apoiar
26:25filme cristão.
26:27Gente,
26:28não vai fazer um filme cristão nunca?
26:30Estou reclamando do meu caso.
26:31Mas não é só o meu caso.
26:32É todos os casos.
26:33Cadê as pessoas?
26:33Tem tanto cristão no Brasil.
26:3580% do povo
26:36se define como cristão.
26:37A gente não pode fazer
26:38um filme sobre isso?
26:38De onde tirou essa ideia?
26:42E aí?
26:43O que é que você acha?
26:46Qual é a sua opinião
26:47sobre essa história toda?
26:49Calma,
26:50que antes de você opinar,
26:52a gente vai para as narrativas.
26:57A extrema-direita fasciste
27:00criou um pânico moral
27:02porque agora
27:03ela não pode mais ser racista.
27:06Agora ela não pode mais ser homofóbica.
27:09Agora ela não pode mais ser transfóbica.
27:13Que as pessoas se posicionam.
27:16As pessoas aprenderam.
27:18Se ameaça a minha existência,
27:21eu serei resistência.
27:24Um autor,
27:25um roteirista,
27:26fala por meio dos seus personagens.
27:29como ele pode ter
27:31um personagem raciste
27:32porque ele é raciste?
27:34É óbvio que sim.
27:36Se a obra tiver
27:38um vilão pedófile,
27:40isso quer dizer
27:41que o diretor
27:43e todo mundo que está ali
27:44é todo mundo pedófile.
27:46E é por isso
27:46que o Danilo Gentili
27:47tem de ir preso
27:49por aquele filme criminoso
27:51que ele fez,
27:52o pior aluno da escola.
27:53Que deveria, aliás,
27:54ser o pior alune.
27:55se ele realmente
27:57estivesse preocupado
27:58com o Brasil.
27:59Existe uma histeria
28:01da extrema-direita
28:03em torno do woke.
28:04Eu fiz o L.
28:06Foi pra isso mesmo.
28:11Nós avisamos.
28:14Agora parece que os isentões
28:16estão descobrindo
28:18que havia uma ditadura
28:20da esquerdália em curso.
28:22Só que eles não reconhecem
28:24que o único meio
28:26de combater o woke
28:28é elegendo Jair Bolsonaro.
28:31Mas eles desdenharam
28:33dos bolsonaristas.
28:35Eles desdenharam
28:36do conservadorismo.
28:38Eles desdenharam
28:40de figuras
28:41do movimento masculinista
28:43que vieram restabelecer
28:45a ordem dentro das famílias.
28:48E agora estão tomando
28:50aí na cara.
28:51Nós avisamos.
28:53Nós estamos
28:54há anos
28:55avisando
28:56que é preciso
28:57resgatar
28:58a família tradicional brasileira
29:00e parar
29:01com o gayzismo.
29:02Mas, enfim,
29:04o Bolsonaro
29:04falava palavrão.
29:06O Bolsonaro
29:08derramava farofa
29:10quando comia.
29:11Então fez carta
29:12pela demogracinha
29:14esse pessoal.
29:15Faz o L
29:15agora, isentão.
29:20E qual é a minha opinião?
29:24A minha opinião
29:25é que chegou o momento
29:26de botar o pé
29:28na porta
29:28da galerinha woke.
29:31E sim,
29:32eles vão te acusar
29:33de raciste,
29:35de homofóbico,
29:36de transfóbico,
29:38de fasciste,
29:39de extreme-direite.
29:41Vão tentar
29:42te cancelar,
29:43vão defender
29:43que você tem
29:44de perder
29:44todos os seus empregos,
29:47mas deu.
29:47é um movimento
29:49de mercado,
29:51de publicidade,
29:52de interesses
29:53que não são
29:54dos brasileiros
29:55e que,
29:56quando esses identitários
29:58entram pela porta,
30:00os direitos
30:00das minorias
30:01têm saído
30:02pela janela.
30:04Eles já
30:04contaminaram
30:06demais
30:06a universidade,
30:09o meio
30:09artístico.
30:11Eles estão
30:12afetando
30:12para pior
30:14a cultura
30:15brasileira
30:16que eles
30:16desprezam,
30:17porque desprezam
30:18o brasileiro,
30:19inventaram
30:20o brasileiro
30:21ideal
30:21e desprezam
30:24a realidade
30:25e as necessidades
30:27do povo.
30:27Tudo aquilo
30:28que o povo gosta,
30:29essa gente
30:30acha cafona.
30:32São movimentos
30:33que dizem
30:34defender
30:35minorias.
30:37Aqui,
30:37eu trouxe
30:37para vocês
30:38narrativas
30:39contando o caso
30:40da professora negra
30:41num departamento
30:43de diversidade
30:44e inclusão.
30:45ela tinha lá
30:46datas
30:47comemorativas
30:48para incluir
30:48todos os grupos.
30:49Ela incluiu
30:50todos,
30:50tinha de tudo,
30:51tudo,
30:52tudo quanto é grupo
30:53étnico,
30:54religioso,
30:55social,
30:56estava ali
30:56representado
30:57nas comemorações,
30:58mas tinha uma
30:59comemoração
30:59de um feriado
31:00judaico.
31:02Ah,
31:02como essa
31:03galerinha,
31:04a galerinha woke,
31:05a galerinha que te
31:06corrige porque você
31:07está falando a palavra
31:07errada,
31:08é tudo antissemita,
31:10tudo antissemita.
31:11eles disseram
31:13que ela era
31:14supremacista
31:15branca,
31:16só que conseguiram
31:16demitir a professora.
31:18E esse que é o problema,
31:20muita gente fala,
31:21ah,
31:21deixa eles falarem,
31:23eu acho também,
31:24deixa eles falarem
31:26que eles incluem
31:26falando todes,
31:28deixa eles falarem
31:29que eles estão sendo
31:30inclusíveis
31:31porque eles botaram
31:32uma trans
31:32numa propaganda
31:33de um banco,
31:34só que as pessoas
31:36estão levando a sério
31:37e isso é que tem
31:39de parar.
31:40Eu vi
31:41hoje
31:42a escola
31:44da AGU,
31:44um órgão oficial,
31:45a Advocacia Geral
31:46da União,
31:48falando
31:48num seminário
31:50de religiosidade
31:51africana.
31:53Não falou
31:54de cristianismo
31:55e não falou
31:56de islamismo,
31:57que representa
31:5891%
32:00das religiões
32:02do continente
32:02africano.
32:03Foi falar
32:05do que?
32:05O imaginário
32:07do branco
32:08elitista
32:09de classe média
32:10de zona urbana
32:11acha que é
32:12a África.
32:14A África
32:14imaginária
32:15deles
32:16nunca existiu.
32:17Ela só existe
32:18na cabeça
32:19de racista.
32:20Racista de verdade,
32:21porque essa gente
32:22é racista de verdade.
32:24Eles desprezam
32:25que seja a África.
32:26Eles desprezam
32:27que são as minorias
32:28negras no Brasil.
32:30Eles desprezam
32:31os mestiços
32:33brasileiros
32:34porque só pode existir
32:36o que eles projetam
32:37no mundo,
32:38o que eles imaginam.
32:41Muita gente
32:42me fala
32:43não,
32:43é só deixar
32:44para lá,
32:45é só não
32:46debater com eles
32:47que some.
32:49Porque pensam
32:51que eles já
32:51não tomaram
32:52toda a máquina.
32:53Como são decididos
32:54hoje editais
32:55públicos de filmes?
32:58Eles não são
32:58decididos mais
32:59com base
33:00nem no mérito
33:01do roteiro,
33:02nem no quanto
33:02isso tem a ver
33:03com a cultura
33:04brasileira
33:05ou com o povo
33:06brasileiro.
33:07Trouxe aqui
33:08o Newton Canito
33:09falando para vocês
33:10não há chance
33:12de um edital
33:13de um filme
33:14cristão
33:15passar
33:16em nada
33:18que a gente
33:18tenha público
33:19aqui no Brasil.
33:21Se for
33:22um edital
33:24de religião
33:26de matriz
33:27africana,
33:28eles não sabem
33:29que é um banda
33:29e religião de branco,
33:31então entra também.
33:31eles acham
33:32que é um banda
33:32negra,
33:33mas beleza.
33:34Se for edital
33:35com coisa
33:35de religião
33:36de matriz
33:36africana,
33:37passa.
33:38Por que
33:39que das demais
33:39religiões
33:40não passa
33:40também?
33:42Não é um
33:43Estado laico
33:44que teria
33:45de dar lugar
33:45a todas
33:46as religiões?
33:48E quando
33:48isso
33:49começa
33:49a entrar
33:50no teatro,
33:52no cinema,
33:54na música,
33:55você baixa
33:56a qualidade.
33:58Por quê?
33:59Porque
33:59não é
34:00pela arte
34:01como beleza,
34:02pela arte
34:03como provocação.
34:05Tudo
34:05passa a ser
34:06um seminário
34:08de justiceiro
34:09social
34:10de internet.
34:12E,
34:12geralmente,
34:13é um seminário
34:14feito por gente
34:16que usa
34:17produtos
34:18da Hermes,
34:20que bebe
34:20champanhe
34:21e cristal
34:22servida
34:23por seus
34:23empregados
34:24invisíveis,
34:25enquanto discursa
34:26sobre a beleza
34:28da inclusão.
34:28e,
34:29é claro,
34:30essa pessoa
34:31que está
34:31discursando
34:32é a mais
34:33inclusiva
34:33do planeta.
34:35E,
34:35para você ser
34:35inclusivo,
34:36você tem
34:37que concordar
34:39100%
34:39com tudo
34:40que essas
34:40pessoas falam.
34:42O movimento
34:43woke
34:43não é
34:44militância.
34:45É a publicidade
34:46tomando o lugar
34:47da militância.
34:49É um movimento
34:50que não quer
34:51incluir
34:52pessoas.
34:54Ele quer
34:54combater,
34:57aniquilar
34:58todo mundo
34:59que discorde
35:00das pataquadas
35:01que eles falam.
35:03Acho que
35:03passou da hora
35:04da gente
35:05aprender a se
35:06posicionar.
35:07Se você está
35:08em empresa
35:08privada
35:09que tem
35:10programa de
35:10diversidade,
35:11você sabe
35:12muito bem
35:12do que eu estou
35:13falando.
35:13bom,
35:21pessoal,
35:22o Narrativas
35:22Antagonistas
35:23vai ficando
35:24por aqui.
35:25O que é
35:26que você
35:26acha?
35:28Eu pus
35:28o nome
35:29ditadura
35:29woke
35:30que é
35:31só para
35:31irritar
35:32os filhinhos
35:33de papai
35:33que eles
35:33dizem
35:34que
35:34triscura,
35:35por que
35:36ditadura?
35:37Eles adoram
35:39corrigir mulher.
35:40Não pode
35:40ver uma mulher
35:41falando
35:42ah, não,
35:43não pode ser
35:44misógino?
35:44O misógino pode
35:46porque mulher
35:47não é mãe,
35:48é partoriente.
35:49Gente,
35:49eu adoro
35:50esse tema.
35:52Vamos pegar fogo.
35:53Comenta aqui
35:54embaixo,
35:55curta,
35:55comente,
35:56compartilha esse vídeo.
35:57Amanhã eu estou
35:58de volta
35:58às cinco da tarde.
36:00Grande beijo,
36:00até lá.
36:12o
36:14o
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