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Transcrição
00:00Agora sim, deputado, muito boa noite, seja bem-vindo.
00:02Só para quebrar o gelo, deputado, gostei da sua risada aqui,
00:05muito sincera, quando o Wilson deu a sugestão do meu Fusca Minha Vida.
00:10Boa noite, Quezô, boa noite, Gaebe, boa noite, Wilson,
00:14a todos que nos assistem, é um prazer falar com vocês aí.
00:17Bom, veja, quando ele falou, realmente eu achei engraçado
00:21e me lembrei do Mob, né?
00:23E o intuito dele de fazer esse projeto do Minha Casa Minha Vida
00:29similar ao meu carro Minha Vida, realmente foi bem peculiar.
00:33Bom, mas eu dizia que para mim é um prazer, estou aqui à disposição
00:38e vamos bater esse papo aí.
00:42Vamos lá, deputado.
00:43Então, muito obrigado mais uma vez pela presença aqui conosco.
00:46Eu sei que a sua agenda está super corrida,
00:49foi corrida ao longo das últimas semanas aí,
00:51por conta desse texto do Arcabouço.
00:54Enfim, passou ali na Câmara dos Deputados,
00:57os destaques também, o texto já foi todo para o Senado Federal.
01:02E agora, como é que está sendo feita, deputado, essa transição?
01:07O senhor já conversou com o relator no Senado,
01:09o senador Omar Aziz, como é que está esse azeitamento ali
01:13nessa transição agora do texto do Arcabouço,
01:15que segue para apreciação no Senado Federal?
01:19Deputado, muito boa noite mais uma vez.
01:21Bom, veja, Kenzo, eu tive um trabalho grande aqui na Câmara
01:26para poder, de fato, elaborar um texto ao substitutivo
01:30do texto original enviado pelo governo
01:33que pudesse contemplar os vários pensamentos
01:37que tem aqui na Casa, na Câmara dos Deputados.
01:40Nesse sentido, eu tive uma árdua tarefa
01:43que mostrou-se extremamente eficiente
01:46de conversar com os deputados, com os líderes partidários,
01:50com o presidente da Casa, deputado Arthur Lira,
01:53e com o governo, basicamente, com a interlocução
01:56que eu considero muito privilegiada,
01:59com o ministro Fernando Haddad,
02:01seus assessores direto, Galípolo e Seron,
02:04e também com a ministra Simone Tebet,
02:07que teve uma participação ativa.
02:08Enquanto a gente costurava politicamente
02:10o pensamento dos deputados,
02:13eu me oferecia a visitar as bancadas,
02:16e isso foi extremamente eficiente.
02:18A parte técnica da assessoria daqui,
02:22do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados,
02:24que me assessorava com a assessoria dos ministérios,
02:28trabalhava tecnicamente no aperfeiçoamento do projeto.
02:32E nós tivemos aí, pela votação da urgência,
02:36pela votação do substitutivo, uma votação expressiva.
02:40Muito acima do quórum mínimo para emendas constitucionais,
02:44são de 308 votos, nós tivemos 372.
02:48Inclusive, os destaques apresentados,
02:50todos foram rejeitados, mantendo o texto que nós apresentamos.
02:54Agora, para o encaminhamento no Senado,
02:59eu penso que a liturgia da minha posição como relator,
03:03eu só devo me manifestar, se o convidado for,
03:06para conversar com os senadores,
03:08ou com o relator lá no Senado,
03:11o senador Amaraziz.
03:12Eu não tomarei a iniciativa,
03:14porque eu penso que o Senado tem ampla prerrogativa,
03:17a legitimidade de alterar o texto que eles receberam da Câmara,
03:20eles podem modificar, parte ou a grande parte,
03:24o que entenderem que seja necessário
03:26para aperfeiçoar ainda mais esse regime fiscal.
03:30E eu não gosto muito da palavra arcabouço, viu, Kenzo?
03:32Porque remete alçado a esqueleto,
03:35e isso me lembra restos mortais.
03:36E a lei que nós fizemos é uma lei contemporânea, moderna,
03:39que eu gosto muito do conceito cíclico e procíclico,
03:42e por isso mesmo teve uma aprovação extremamente eficaz aqui,
03:48e grande na Câmara.
03:49Então, eu vou deixar que o Senado faça trabalho.
03:52Agora, lembramos que,
03:54como a iniciativa partiu da Câmara em primeiro momento,
03:59indo para o Senado, se houver modificações,
04:02voltará para que a Câmara decida em último momento.
04:06Meta fiscal está bom, deputado?
04:07Pode ser assim?
04:09Regime fiscal sustentável.
04:12Pronto, está aí.
04:13É um pouco extenso, viu, deputado,
04:15para o público em geral,
04:16para a gente poder girar aqui e dar mais agilidade ao processo.
04:20Mas vamos lá.
04:20Marcos fiscal, Marcos fiscal.
04:23Eu vou ter que frustrar o senhor,
04:26porque a gente estava com essa discussão ontem na redação,
04:29e a gente foi ver como as pessoas estão procurando no Google o assunto,
04:33e já virou arcabouço.
04:35Então, arcabouço virou, já era.
04:37Não tem mais jeito.
04:38Eu gostaria que o senhor contasse um pouquinho o bastidor dessa aprovação,
04:48porque a gente sabe que tinha muita resistência,
04:51e eu queria que o senhor explicasse qual foi,
04:54primeiro, a resistência mais dura a ser rompida aí,
04:59qual foi o pulo do gato para conseguir essa votação tão expressiva,
05:05porque foi muito expressiva mesmo, né?
05:06372 é bastante.
05:09Na verdade, Igreja, foi o diálogo.
05:12Eu estou no oitavo mandato consecutivo de deputado federal,
05:16aprendi a fazer política na Câmara de Vereadores de Ardávila,
05:20fui presidente da Câmara, fui prefeito,
05:22então eu aprendi que não adianta você querer impor a sua vontade,
05:26as suas ideias e opinião.
05:27Eu criei uma rotina de dialogar exaustivamente e mostrar que esse projeto tinha certas tecnicidades
05:37que nem todo mundo tinha conhecimento.
05:39Você falar de décimo primário, você falar de superávit,
05:44você falar de linhas de ajustes de conduta, gatilhos, vedações, LRF,
05:52você falar de LDO, então é uma sopa de letrinhas e de artigos e de incisos e parágrafos
06:00que nem todo mundo tinha uma familiaridade.
06:03Porém, eu achei que o ponto de equilíbrio seria você atender ao máximo possível aos opostos.
06:10Desde quem está na direita ou extrema-direita, quem está na esquerda.
06:14Tirando o pessoal e a rede, que tem um conceito de Estado que quanto mais gastar, melhor,
06:20e não tem que política pública se amparar em nenhum equilíbrio fiscal,
06:25então é um conceito de Estado que não tem, graças a Deus, amparo dentro do Congresso
06:31e na maioria dos países do mundo, os outros, os demais parlamentares e partidos
06:37sabiam que tínhamos que encontrar um ponto de equilíbrio.
06:40E assim, você tem o próprio Partido dos Trabalhadores,
06:44que é o partido do presidente da República, quem criticava o projeto original.
06:49O projeto enviado pelo próprio governo soubeu críticas severas.
06:53Mas eu mostrava o seguinte, olha gente, se não votarmos o regime fiscal, o que prevalece?
06:58Vai ser o teto de gastos, que é muito pior.
07:01Pelo menos esse projeto trará o mínimo de despesas garantidas,
07:08seja quando tiver o desenvolvimento e o crescimento econômico, seja na crise.
07:13Então, vocês terão aí de 50% a 70%, a depender do atingimento do resultado primário,
07:19para poder gastar.
07:20E nós aumentamos em 228 bilhões a base de gastos para esse ano de 2023,
07:26reproduzido para os anos seguintes.
07:28Ou seja, nos quatro anos do presidente Lula,
07:31teremos quase um trilhão a mais que aumentamos essa base orçamentária.
07:37E com um mínimo de investimentos previstos,
07:41que era 78 e nós passamos para 0,25 do PIB.
07:44Portanto, não votar essa lei significa retroceder.
07:50E temos o teto de gastos que impedirá que essas políticas,
07:54principalmente de expansão, de transferência de renda e de gastos públicos,
07:58possam permanecer.
07:59E, obviamente, grande parte do PT e o próprio governo
08:02entenderam dessa forma.
08:04Criamos um substitutivo que, além de dar as trizes,
08:11deu ajustes e controles das condutas.
08:13Porque também não adiantava nada você dizer,
08:16olha, tem que fazer isso.
08:17Tá, e se não fizer, não dá em nada.
08:20Então, o projeto original era mais ou menos isso.
08:22E nós criamos os ajustes, os controles e as condutas
08:27a serem amparadas obrigatoriamente pela gestão agora do atual governo
08:32para que possa atingir a meta.
08:35Se não atingir, entram vedações,
08:38que são espécies de punições pelo não atingimento da meta.
08:41E aí você não vai poder dar aumento de despesas,
08:45cortar desonerações, fazer o que fez agora
08:47para incentivar a indústria automobilística.
08:50Se o governo não atingir a meta, não poderá mais dar desonerações.
08:54Então, nós criamos determinadas condutas de impedimento de gestão
08:58que fará com que o governo tenha, sim,
09:01que elevar as suas receitas,
09:03ancorando o regime fiscal que nós votamos
09:06para que consiga o equilíbrio das contas públicas.
09:09E, com isso, atacamos a política monetária com a queda dos juros.
09:14É um dos grandes objetivos desse regime fiscal
09:17que nós aprovamos aqui na Câmara.
09:20Deputado, o Wilson Lima também participa dessa entrevista.
09:23Wilson.
09:26Boa noite, deputado.
09:28Enfim, nós conversamos muito durante a tramitação
09:31do novo marco fiscal, né, deputado?
09:32Deputado Cláudio de Casado sempre foi um parceiro aqui da gente.
09:36Agora, eu queria só reforçar a pergunta que o Greb fez para o senhor.
09:40Eu sei que o senhor não pode falar muito durante a tramitação.
09:44Inclusive, eu perguntei para o senhor várias vezes,
09:46por mensagem,
09:49que o senhor não podia falar muito sobre
09:51quem foi que trouxe o maior problema, né?
09:54Qual foi a maior trava, né?
09:56Qual foi o partido que dificultou mais.
09:58Eu entendo que, naquele momento,
10:00qualquer declaração, qualquer informação
10:02poderia complicar o seu trabalho de articulação.
10:05Agora, passado todo esse processo,
10:09agora que o projeto foi aprovado, inclusive, por 372 votos,
10:13eu queria lhe perguntar basicamente duas coisas.
10:15Primeiro, surpreendeu esse número de votos, 372?
10:21Se falava inicialmente 310, 320, no máximo,
10:26eu acho que 3102 ninguém esperava.
10:28Primeiro ponto, queria saber do senhor se esse número lhe surpreendeu.
10:32E segundo, o PT deu muito trabalho no processo de articulação,
10:39para aceitar essa proposta, deputado?
10:42Bom, isso, veja, não, primeiro, não me surpreendeu o número de votos, 372.
10:49Nós esperávamos, realmente, uma votação acima de 350 a 360 votos.
10:55Então, 372 foi muito mais positivo do que a gente esperava,
10:59mas a diferença de 10, 12, 15 votos não foi considerável.
11:03Nós esperávamos, realmente.
11:04Por quê?
11:05Primeiro, teve uma atuação muito firme do presidente Arthur Lira.
11:09Ele separou e pediu que todos separassem os ruídos da falta da base do governo,
11:16da falta de atenção, de muitas demandas que alguns partidos estão reclamando,
11:20desse projeto que diz respeito não apenas ao interesse do governo,
11:23mas do Brasil, do país.
11:25Segundo, houve uma grande participação dos líderes partidários.
11:31Todos os líderes, os da base, os que são na base, por exemplo,
11:34os republicanos e o próprio líder do meu partido.
11:37Nós não somos base do governo, somos partidos independentes.
11:40Mas tivemos uma noção clara de que a votação desse projeto era melhor do que o teto de gás
11:47e ia dar ao país condições de poder, melhorando as finanças públicas,
11:52melhorar a iniciativa privada, o ambiente que nós estamos vivendo,
11:56que desejamos um retorno do crescimento econômico.
11:59O governo vai se beneficiar disso?
12:00Sim, muito.
12:01Mas os próximos governos também, e acima de tudo, todos nós brasileiros,
12:05as indústrias brasileiras, o comércio, o serviço, o setor produtivo nacional.
12:11Segundo, eu não posso reclamar do partido dos trabalhadores.
12:14Obviamente que houve muita resistência na apresentação do que nós desejávamos como substitutivo.
12:22Isso é normal.
12:24Porém, o partido votou unido.
12:27Então, houve manifestações de que não deveria ter nenhum tipo de sanção,
12:32que eu não gosto também dessa palavra sanção,
12:34eu prefiro ajustes e condutas,
12:36para que passasse credibilidade
12:38e tivesse escondicionantes como os relatórios trimestrais,
12:43que todos nós vamos ficar avaliando a cada dois meses.
12:47Como é que está a conta do governo?
12:48Se está entrando mais dinheiro do que saindo?
12:50Se está conseguindo gastar mais ou menos do que ia ser recada?
12:54Nesse acompanhamento, tem os contingenciamentos obrigatórios.
13:01Você tem vedações, você tem sanções administrativas na busca da reação,
13:06tiramos a criminalização.
13:07Ou seja, dentro desse processo, nós discutimos com quem queria endurecer a regra,
13:13com quem queria não ter regra alguma e quem queria um meio termo.
13:18E foi o que nós fizemos.
13:19Então, eu aqui só tenho elogios.
13:22Se eu tivesse de dizer quem mais ajudou, todos ajudaram.
13:27Eu falo aqui em nome do líder do governo, o deputado Zé Guimarães,
13:32o líder Zeca do PT,
13:35tiveram atuações muito positivas.
13:39Agora, obviamente, aqui, por exemplo,
13:50nós tivemos muita crítica da bancada,
13:55a legislação é a vítima do Instituto Federal,
14:00mas nós criamos um critério técnico, objetivo,
14:05e trabalhamos não com subjetividade,
14:07com a vontade do relator,
14:12mas para que nós pudéssemos angariar o apoio que a votação tivesse.
14:17Deputado, ótimo.
14:20Deu uma travadinha, mas deixa eu só lhe perguntar uma outra coisa,
14:23mas deu para entender.
14:24A liberação das emendas parlamentares facilitou na aprovação do projeto ou não?
14:30Bom, se teve liberação de emenda, eu desconheço,
14:34porque, normalmente, eu que sou da comissão de orçamento,
14:40sempre nesse mês de maio e junho,
14:42começam a ser liberadas os empenhos e, muitas vezes, os pagamentos,
14:47dos restos a pagar e os pagamentos, muitas vezes, das emendas individuais,
14:51principalmente no custeio de saúde.
14:53Então, eu não tive contato no governo nesse sentido,
14:56eu não pedi nada.
14:57Pelo contrário, início do ano, exoneraram uma posição que eu tinha na Bahia,
15:02a superintendência da FUNASA, não tratei desse assunto,
15:05não pratiquei o Tomalá da Cá,
15:07não conversei nada que não fosse com o ministro Haddad,
15:10com a ministra Simone Terlet,
15:12e, num terceiro momento, com o ministro das Relações Sucionais,
15:16o ministro Padilha,
15:17apenas para ver como é que estava o quadro,
15:20o encaminhamento da base do governo com o projeto,
15:23e, tecnicamente, com o ministro Haddad,
15:24que, aqui, eu quero fazer juízo, excelente interlocutor.
15:29E, nisso, o Haddad demonstrou uma parcimônia, uma atenção,
15:33uma compreensão muito grande dos nossos pontos de vista
15:36em relação aos deles,
15:38e encontramos sempre um ponto de equilíbrio.
15:40Então, eu, aqui, não tenho nenhuma dúvida
15:43de que o sucesso desse arcabouço e desse regime fiscal
15:47deveu-se muito, também, não apenas aos líderes partidários,
15:51aos partidos da base, ao partido de oposição, ao PL.
15:55O PL contribuiu com 30 votos,
15:58mais do que os partidos que integram a base como rede pessoal.
16:02O governo precisa estar atento a esse tipo de comportamento.
16:05E mais, o ministro Haddad,
16:08ele teve sempre aberto ao diálogo.
16:11Então, se eu colocaria a participação dos líderes,
16:14do ministro Haddad, do presidente Artulira,
16:16como os protagonistas para o sucesso dessa votação
16:20que tivemos aqui na casa.
16:23Deputado, eu quero pegar exatamente desse ponto
16:26que o senhor deixou aqui para a gente,
16:27para lhe fazer um questionamento,
16:28que a gente viu muito isso,
16:29essa valorização, não só o senhor,
16:35como relator do projeto,
16:37como também o presidente da Câmara, Arthur Lira,
16:40falou bastante disso,
16:42elogiou muito o trabalho de Fernando Haddad
16:44nessa articulação para a aprovação desse texto do Arcabouço.
16:48Teve ali, a gente viu um envolvimento muito grande,
16:50não só do senhor, como de Arthur Lira,
16:53como também do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
16:56Foram mais de quatro horas, a última reunião,
16:58acho que com os líderes,
16:59foram mais de quatro horas ali de reunião.
17:01Uma articulação intensa.
17:03E pouco se ouviu falar de Padilha,
17:06que deveria ser, de fato, o articulador.
17:09Qual a sua avaliação, deputado,
17:11dessa articulação política do governo Lula?
17:14Olha, não poderia, num projeto dessa complexidade,
17:19você tratar com mais do que um interlocutor.
17:23Então, desde o início, ficou claro
17:24que o ministro Haddad trataria da questão.
17:28No segundo momento, a ministra Simone Tebes
17:30e o ministro Padilha deixaram claro
17:33que quem falaria nesse projeto pelo governo
17:36seria o ministro Haddad.
17:37Então, eu não vejo que houve bypass no ministro Padilha.
17:41Pelo contrário, o ministro Padilha é um parlamentar
17:43que tem grandes amizades aqui dentro.
17:47Eu mesmo admiro muito o ministro Padilha.
17:49não conduziu esse processo porque, como ele tem uma tecnicidade maior,
17:55o correto era ficar com a fazenda como, de fato, ficou,
17:58com os técnicos da fazenda, em especial o Galípoli e o Ceron.
18:01E a demonstração de que tudo deu certo
18:04foi exatamente a votação expressiva que tivemos.
18:08Agora, o ministro Padilha continua conduzindo essa relação com o Congresso,
18:11com a sua base,
18:13esperando que ele possa organizá-la de uma forma mais ampla
18:16para que o governo não tenha surpresas naquilo que ele deseja
18:20em relação ao que a Câmara dos Deputados, na sua maioria, está decidindo.
18:25Muitas vezes, contrariando aquilo que o governo desejaria.
18:30O governo tem base, na sua opinião?
18:33Tem, mas a base não chega a número suficiente
18:37para aprovar sequer uma maioria de votação,
18:41de uma votação com maioria simples.
18:42Hoje, os partidos que integram a base
18:46não conseguem aprovar matéria
18:48se não tiver a participação do centro,
18:51principalmente dos partidos que hoje estão independentes.
18:54Por isso mesmo, o governo não pode confiar
18:56em que todas as votações que ele tem interesse
18:59sejam aprovadas,
19:00porque a base que ele tem hoje
19:02não tem um número suficiente
19:05e, digamos assim, a condução
19:07na quantidade necessária
19:09para aprovar medidas que o governo possa precisar.
19:12Graeb.
19:16Deputado, eu falei até ontem no programa
19:19que o que importa no marco fiscal,
19:24pode ser melhor, pode ser pior e tudo mais,
19:26mas talvez o mais importante
19:27seja a credibilidade que ele tem.
19:31As pessoas olharem para a regra e falarem
19:33que ela vai ser cumprida ao longo do tempo.
19:35E o fato é que executivo e legislativo
19:41têm um histórico ruim
19:43e se deram as mãos recentemente,
19:47no final do governo Bolsonaro, por exemplo,
19:50para estourar a regra que tinha.
19:52É um histórico de jogar para o alto
19:55a regra que está estabelecida,
19:58ao invés de trabalhar dentro dela.
19:59Bom, além da votação expressiva,
20:05quais outros sinais
20:07ou quais outras garantias, vamos dizer assim,
20:10o senhor pode nos dar
20:11de que o Congresso
20:13entendeu
20:15e preservar a regra ao longo do tempo
20:18é importante.
20:20E, sem isso,
20:21se daqui a três ou quatro anos mudar de novo,
20:24trabalho feito,
20:25esforço feito agora ou daqui a...
20:28Também não adianta em nada.
20:31Grae, quem tem que dar essa certeza
20:33é o governo.
20:35Porque, veja,
20:36nós aqui do Congresso...
20:37A gente está com uma dificuldade...
20:46Responda, rapidamente.
20:49A gente...
20:50Só para a gente melhorar essa conexão,
20:51para que todo mundo nos acompanhe.
20:53Pode voltar para cá, para mim
20:54e para o Grae,
20:55Matheus,
20:58só para o deputado Cláudio Cajado
21:02reajustar,
21:03tentar reajustar essa questão,
21:04dar uma estabilizada nessa internet dele.
21:07Se já tiver estabilizado,
21:08a gente volta
21:09para que ele responda
21:10esse questionamento
21:10que foi feito do Grae,
21:12porque teve uma outra resposta também
21:14que ele estava dando para o Wilson
21:15e aí teve um ruído muito grande,
21:18fica ruim,
21:19fica difícil a compreensão
21:20não só para a gente,
21:21como também para o pessoal
21:22que está em casa
21:23ou que está no YouTube
21:25acompanhando a gente.
21:26Em respeito a todos vocês,
21:28é claro,
21:28a gente vai estar fazendo
21:30essa reconexão de novo
21:31com o deputado Cláudio Cajado,
21:32para que a gente tenha
21:33muito cristalino
21:35todas as informações,
21:37todas as declarações
21:38que são dadas
21:40pelo relator do arcabouço fiscal
21:42na Câmara dos Deputados.
21:44Será que a conexão
21:45já foi refeita, Matheus?
21:47A gente pode chamar?
21:48Não?
21:48Então tá,
21:49a gente continua aqui,
21:50é claro,
21:50aguardando essa conexão
21:51com o deputado Cláudio Cajado,
21:54que vai finalizar já
21:55e trazer essa informação para a gente.
21:58O Graeb fez esse questionamento
22:00para o relator
22:02sobre essa questão
22:03do compromisso, de fato,
22:05de cumprir esse arcabouço fiscal
22:08que foi aprovado
22:08na Câmara dos Deputados,
22:10com uma aprovação
22:10bastante significativa,
22:12372 votos a favor.
22:15E a gente vai acompanhar agora também
22:18como vai ser essa tramitação
22:20dentro do Senado Federal.
22:21Vamos lembrar aqui
22:22que no Senado Federal
22:23quem vai ser o relator do arcabouço
22:25será o senador Omar Aziz.
22:28Então, a gente, inclusive,
22:29até perguntou isso
22:31para o deputado Cláudio Cajado
22:33se houve alguma ligação ali
22:35para essa transição, então,
22:38desse texto que está chegando agora
22:39no Senado Federal.
22:41Já está ok?
22:42Ainda não?
22:43Graeb, queria que você fizesse rápido
22:46uma avaliação para a gente
22:47dessas falas do deputado Cláudio Cajado
22:51falando muito claramente ali
22:52sobre a questão
22:53que me chamou bastante a atenção
22:54foi ele falando da questão
22:56da base do governo,
22:57que não há base no governo
22:58para aprovar matérias
23:00de coro simples.
23:02Pois é, isso já virou
23:04um segredo de polichinelo.
23:07Ou seja, segredo nenhum.
23:10Todo mundo fala abertamente
23:11certamente que a base é Mambembe,
23:14que a base não é suficiente
23:16para aprovar nenhuma legislação simples.
23:20Quanto mais uma PEC,
23:21quanto mais...
23:23Então, essa dinâmica...
23:28Ele voltou?
23:29Voltou.
23:29Já voltou, sim, Graeb.
23:30Vamos lá, deputado?
23:32Agora sim.
23:33Acho que agora vai melhorar
23:34essa conexão
23:35para que a fala saia bem cristalina,
23:37para que todo mundo entenda
23:40em casa também.
23:41Pode testar rapidinho, deputado?
23:43Só para a gente...
23:44Está me ouvindo bem?
23:47É.
23:48Então, como eu estava dizendo...
23:49Sim, vamos lá, deputado.
23:50Pode retomar a sua resposta
23:51desde o começo, por favor.
23:54Não, eu parei muito.
23:57Na verdade, como eu estava dizendo,
23:59então, nós...
24:00Quem pode dar essa garantia
24:01é o governo.
24:03No sentido de que
24:04nós criamos a lei,
24:06demos todas as condições
24:08para que o governo
24:08possa implementá-la.
24:11Agora,
24:11a grande dúvida que tem, Graeb,
24:13é que o regime fiscal
24:16está ancorado
24:17na elevação da receita.
24:19Então, o desafio do governo
24:21é elevar as receitas
24:23e não é pouco recurso, não.
24:26Algo em torno
24:27de 150 bilhões de reais.
24:31Medidas como essa,
24:32que são positivas,
24:33de você poder melhorar
24:36o acesso do carro popular,
24:37como vocês falaram,
24:38nem é tão popular
24:40hoje em dia assim,
24:41mas que desonera de um lado
24:43e o governo tendo que
24:43arrecadar do outro
24:45traz uma certa preocupação.
24:48Eu disse ao ministro,
24:49Haddad,
24:50que o grande desafio dele
24:52e do governo
24:53é justamente
24:54conseguir fazer
24:56com que
24:56essa robustez,
24:59esse incremento
25:00da arrecadação
25:00possa, de fato,
25:02dar a ancoragem,
25:03a sustentação
25:04para que o regime fiscal
25:05produza os seus atendidos.
25:08Então,
25:08o senhor pode
25:09só dizer, então,
25:11deputado,
25:12o senhor está de acordo
25:13com essa percepção
25:14de que
25:16conceder esse subsídio
25:17no dia seguinte
25:18à aprovação
25:19do
25:20arcabouço
25:21é uma contradição,
25:22certo?
25:26Bom,
25:27eu não diria
25:29que seja contradição.
25:30Talvez,
25:32se o governo
25:33atingir
25:34a sua necessidade
25:36de arrecadação,
25:38ele possa ter,
25:39digamos assim,
25:40outros coelhos
25:41na cartola.
25:42Eu prefiro pensar
25:43dessa forma,
25:43porque
25:44não teria lógica
25:46alguma
25:46o ministro Haddad
25:49empenhar o seu nome
25:51no início do governo,
25:53fazer uma interlocução
25:54privilegiada
25:55com o Congresso
25:56e,
25:57além de fazer
25:58com que haja
25:59a valorização
26:00do salário mínimo,
26:02o espaço
26:03para que
26:04haja também
26:05o imposto de renda,
26:08ele aumente
26:09o espaço
26:10de benefício
26:12para o imposto
26:13de renda
26:14até dois mil
26:15e poucos reais,
26:17ou dois mil e poucos,
26:18salário mínimo,
26:19e mais,
26:20dar desonerações
26:22sem que isso
26:23não esteja previsto
26:25dentro do impacto
26:26que vai causar
26:27de perda de receita
26:28para a compensação
26:30com novos recursos
26:31para o futuro.
26:32Eu prefiro acreditar
26:33que isso está
26:34dentro do planejamento
26:35que eles fizeram
26:36com essas desonerações,
26:38o aumento da tabela
26:39do imposto de renda,
26:40etc.,
26:41para compensar
26:42com a arrecadação
26:42que virá
26:43necessariamente
26:44daqui para frente.
26:46O senhor é um otimista.
26:49Temos que ser, né?
26:51Temos que ser.
26:52Temos que ser.

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