00:00Mais um ponto Anderson, voltando também para esses manifestantes que estão presos ainda aqui em Brasília, nós até relatamos aqui no meio dia, nós falamos inclusive contigo sobre a supernotação dos presídios, isso permanece, teve alguma alteração, eles ficaram mais confortáveis depois, havia muita reclamação sobre alimentação e sobre também a questão da supernotação das celas, como é que está isso agora?
00:27As manifestantes, elas estão, as manifestantes e os manifestantes, homens e mulheres, eles estão em blocos separados, eles não estão misturados com a população carcerária comum, eles estão em blocos distintos, nesses blocos, eu estou atuando mais ali no presídio feminino, a gente tem tido notícia através das mulheres que a dificuldade é grande,
00:52a dificuldade é grande, primeiramente porque o Distrito Federal, ele já não tinha capacidade para fazer um atendimento aos presos comuns que estavam ali, mas depois que chegaram esses outros presos, a coisa ficou um pouco pior, porque o Estado, ele teve que se reorganizar, a Secretaria de Administração Prisional teve que se reorganizar,
01:12mas em um contexto geral, deu-se uma melhorada, deu-se uma melhorada, a direção ali do presídio de Capcoméia, pelo que eu tive notícia através das minhas clientes, tiveram várias conversas com elas e escutaram demandas ali delas,
01:26tentando ajudá-las de alguma forma, no sentido de deixá-las um pouco mais confortáveis por não serem empresas comuns, criminosas quanto mais e etc, tá bom?
01:36Na maioria são pessoas que nunca pisaram na delegacia, na maioria são pessoas que nunca tiveram uma passagem na polícia, então é um ambiente muito pesado para esse tipo de pessoa e realmente tem que ser visto de uma forma mais atenciosa, tá?
01:51Mas a penitenciária não deixa de ser penitenciária, existem sim problemas com comida, muitas vezes a alimentação chega até as detentas da manifestação já azeda, estragada, tá?
02:06Muitas vezes elas têm algum problema ali também com um problema de saúde, não conseguem ser atendidas na mesma hora, porque nós sabemos também a limitação do Estado quanto a isso.
02:15Então, com relação à superlotação, o local que elas estão é um local mais confortável, elas estão em celas para oito, nove mulheres e cada uma tem a sua cama ali, o seu canto, tá?
02:30Pelo menos é o que eu tive notícia aí das minhas clientes.
02:33Esse ambiente, ele é pesado, mas elas estão conseguindo aí, na medida do possível, inclusive com a ajuda lá da direção do presídio, ter uma, aspas, tranquilidade.
