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  • 25/06/2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), culpou o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela sétima alta consecutiva da taxa Selic, que atingiu 15%. A fala poupa Gabriel Galípolo (sem partido), atual presidente do BC.

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Transcrição
00:00Agora, ainda aqui em São Paulo, o ministro Fernando Haddad isentou o atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo,
00:06da responsabilidade pela alta da Selic a 15%.
00:10Criticou esse impacto e disse que essa decisão foi tomada ainda quando Roberto Campos Neto estava participando do Conselho em Matheus Dias.
00:21Bem-vindo.
00:24Pois é, Evandro. Boa tarde pra você, boa tarde a todos que nos acompanham.
00:28Bom, essa foi uma fala do ministro Fernando Haddad, quando ele deu uma entrevista ontem.
00:32Ele disse que está, sim, incomodado com essa alta da Selic de 15%.
00:36Disse que isso torna o país muito restritivo, as movimentações financeiras muito limitadas.
00:42Mas ele isentou o atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, dessa culpa.
00:46Ele disse que a culpa é da gestão anterior, quando o Campos Neto era o presidente do Banco Central.
00:51Ele disse ainda, abre aspas, que é como se tivesse estabelecido uma contratação futura da taxa de juros.
00:58Ele falou em relação à gestão anterior.
01:02Ele que se posicionou em uma entrevista, agora que também é um momento muito importante, né, Evandro?
01:06Isso porque hoje é votada a alta do IOF também, que foi discutida bastante nessas últimas semanas.
01:12O ministro Fernando Haddad disse que seria uma proposta relevante ao país para tentar organizar as contas públicas,
01:19atingindo apenas a classe alta para tentar manter direitos sociais à classe dos trabalhadores.
01:25Esse é um momento, então, bem importante.
01:27A taxa de juros está muito alta, 15%.
01:29É a maior taxa de juros desde 2006.
01:32Então, agora, o ministro Fernando Haddad, ministro da Fazenda, se posicionou isentando a culpa do atual governo.
01:37Fernando Haddad disse também que ontem ele se reuniu com o presidente Lula, se reuniu também com o Gabriel Galípolo.
01:43Eles estudam novas formas de movimentar o mercado brasileiro.
01:47Não deu detalhes sobre quais serão as alternativas, mas falou que o setor da construção civil tende a crescer bastante.
01:56É uma aposta deles, eles que se reuniram ontem e podem apresentar novas propostas em breve,
02:01caso essa proposta do IOF também seja recusada, que é o que se espera que aconteça hoje, né, Evandro?
02:06Sim. Obrigado, Matheus Dias. Um abraço para você.
02:09Piperno, você acha que já chegou a hora do ministro Fernando Haddad deixar Roberto Campos Neto ir?
02:18Partir? Esquecê-lo? Deixá-lo descansar?
02:24Desapega, né? O tempo passou.
02:27Vê, Roberto Campos Neto...
02:28Está parecendo um encosto segurando nos pés de Roberto Campos Neto.
02:32A mão gelada à noite chega no pé da pessoa deitada na cama e só pega bem de levinho assim, ó.
02:39No fim do ano, bem no finalzinho da gestão Roberto Campos Neto, eles falaram, foram muito claros que a taxa Selic teria três aumentos sucessivos de 1%.
02:53Dois aumentos?
02:55Não, não. Foram três. Um no final do governo dele e mais dois depois.
03:00Isso só estava contratado.
03:02Perfeito.
03:02Depois disso, a Selic aumentou mais duas vezes, inclusive 0,25 agora.
03:07Não me parece que o Roberto Campos Neto tenha optado em relação a esse último aumento de 0,25.
03:17Que, veja, também...
03:20E seria injusto jogar a responsabilidade para Roberto Campos Neto, assim como seria injusto também jogar a responsabilidade apenas para Gabriel Galípolo,
03:28porque não é o presidente do Banco Central que vai lá e fala o seguinte, estou assinando aqui uma taxa Selic de 15%.
03:35Você tem um comitê, você tem o Copom que vai lá com vários diretores, mais o presidente do Banco Central,
03:42faz uma discussão baseada naquilo que vários setores do mercado financeiro vão e identificam e sinalizam.
03:51Então, a partir disso, você toma uma decisão.
03:54Então, seria injusto para qualquer um, né?
03:55Não dá para você responsabilizar apenas uma pessoa e dizer que um presidente é responsável por isso.
04:00Uma perfeita tua análise e uma outra coisa.
04:03Então, se não tem muito o que dizer numa hora dessa, evita esse tipo de comentário que não é bom, não é inteiramente verdadeiro,
04:12e pula esse assunto, vamos discutir outros temas, né?
04:17É? Fala, Gani.
04:19Não, não é uma decisão monocrática, né? Você vai lá e pronto, 15%. Não é assim.
04:23Além do que o Segreia trouxe aqui, a lembrança, né, de que os aumentos, e o Piperno também corroborou,
04:30já estavam contratados, ou seja, dois aumentos, depois os que vieram adicionalmente, esses dois, não tem nada a ver com isso,
04:38isso não estava contratado. Além disso, foi mais do que isso, Evandro,
04:42esse aumento de 0,25 pontos percentuais não estava esperado pelo mercado, não estava precificado.
04:49Nem na curva de juros e nem no boletim Focus. Ninguém estava esperando.
04:54Então, por que queriam aumentar se não havia essa necessidade?
04:58Se o mercado concordaria com o patamar de 14,75%?
05:03Não faz sentido.
05:04Então, mostra que o Banco Central, felizmente, agiu de maneira técnica.
05:10E não só isso, a ata foi dura. A ata cobrou, não é, Segreia?
05:15A ata cobrou responsabilidade fiscal do governo federal.
05:19Como sempre.
05:20Fala, Gustavo Segreia.
05:21Sempre, está cobrando fiscal e está dizendo, inclusive, estamos tomando uma medida monetária,
05:25uma política monetária restritiva.
05:27Quando restringe, restringe o consumo e, naturalmente, vai restringir o crescimento econômico também.
05:32Mas o governo está acelerando, de novo, testosterona, injeção na avena, whey protein,
05:38todas aquelas coisas que te fazem que a economia seja um monstro gigantesco.
05:42Aí a arrecadação aumenta.
05:44O Banco Central tem que, com uma política monetária, colocando freio.
05:48Em novembro de 2024, espero que a memória não me fale, estava 11h25 a taxa Selic.
05:53Aí, na reunião de dezembro, e eu acho que foi uma negociação,
05:57em que Campos Neto aceita, e estou falando apenas por pura suposição,
06:02aceita dizer, se eu não coloco na ata, que já tenho especificada dois aumentos pela frente,
06:10vai sobrar para você, Gabriel Galípolo, esses aumentos.
06:13Então, vamos fazer o seguinte, eu te dou uma força,
06:16já colocamos que vai ter dois aumentos pela frente e você aí vai regulando.
06:20Então, aumentou um ponto na reunião de dezembro, um ponto na reunião de janeiro,
06:24um ponto na reunião de março.
06:26E aí parou.
06:27O que tinha sido negociado, parava por aí.
06:30Aí veio a reunião de maio, 0,5.
06:33Que, Campos Neto?
06:34Não, não, Gabriel Galípolo.
06:35E ele explicou, junto com a ata daquela época.
06:39Meninos, estamos gerando que o Conselho Monetário Nacional
06:43determinou que a meta por inflação é 3%.
06:47Com mais um e meio para cima, dá 4,5.
06:50No pior dos casos, estamos acima de 5.
06:53Então, temos que continuar colocando medidas monetárias restritivas.
06:58E aí vem o segundo, Júnior, 0,25.
07:01Aonde que entra Campos Neto nessa colocação?
07:04Mas já sabemos que a culpa, se não é do Campos Neto, é do Bolsonaro.
07:07O Zé Maria Trindade, como é que se avalia, hein?
07:12Mas é muito alto mesmo, né?
07:14Os juros no Brasil, de 15%, taxa altíssima.
07:19Mas é necessária.
07:20O Banco Central, ele é muito competente.
07:23Ele tem um corpo técnico muito competente, muito bem avaliado, né?
07:28E que assessora os integrantes do Copom.
07:31Para ter uma ideia, 7 dos integrantes do Copom são indicados por Lula.
07:36Foram indicados pelo presidente Lula, né?
07:38O próprio Galípolo é do governo um homem de confiança,
07:42de Fernando Haddad, que fazia parte do Ministério da Fazenda.
07:46E foi indicado por ele.
07:48E chegando lá, ele viu os argumentos técnicos
07:51e vem acompanhando esta posição de Campos Neto
07:55desde quando era diretor.
07:58Havia uma coerência e há uma coerência nessas taxas de juros.
08:04Há uma incompatibilidade com o que fala o governo
08:07em termos de ajuste fiscal, em termos de rigor fiscal,
08:11com o que está na prática.
08:13Então, assim, já que não tem esse apoio,
08:15o Banco Central tem que pesar na ferramenta que tem,
08:19que é exatamente a taxa de juros.
08:21Agora, não dá para culpar Campos Neto,
08:24até porque o Galípolo já vem há muito tempo
08:26acompanhando essa situação,
08:29desde quando ele era diretor.
08:31E o presidente do Banco Central não é ditador do Banco Central.
08:35Ninguém vai para o Banco Central nomeado
08:38para ser o ditador do Banco Central.
08:40Lá existem técnicos, avaliações consistentes
08:43para se chegar a essa decisão.
08:46É só analisar a ata.
08:49Toda a ata de todo mês é muito bem argumentada
08:52e mostra exatamente o porquê de cada decisão.
08:57O Campos Neto ainda está na fase de quarentena
09:01e depois vai para o mercado.
09:03Aí ele pode continuar falando o que quiser.
09:07Mas ele tem apoiado o Galípolo,
09:10até porque trabalharam juntos e no mesmo sentido.
09:13Piperno, eu vi que você discordou de parte da fala
09:15do Zé Maria Trindade sobre a necessidade da taxa Selic.
09:18Por quê?
09:18O Zé, por exemplo, ele toca em algo extremamente importante,
09:21que é em relação à qualificação do corpo técnico do Banco Central.
09:25E é verdade, técnicos em primeiríssima linha
09:27a ponto, por exemplo, desses personagens
09:30têm sido os responsáveis pela criação do PIX.
09:34É uma obra do corpo técnico do Banco Central.
09:36Por isso estão assediados também pelo setor privado.
09:39E, aliás, o Roberto Campos Neto chamava a atenção
09:41e o Galípolo falou outro dia
09:44de que esses técnicos estão indo embora.
09:47O setor privado está levando essa turma
09:48e o Banco Central não tem como competir em ela só os salários.
09:52Agora, a inflação no Brasil caiu já por três meses seguidos.
09:56Ela continua em curva de queda.
09:59Daqui a pouquinho, a taxa de juros do Brasil,
10:04ela vai ser, enfim, a Selic,
10:06ela vai ser de mais ou menos 200% acima do que tem a inflação.
10:13Isso é um case mundial.
10:15O Brasil realmente está exportando novas tecnologias
10:18de controle de inflação.
10:20Fala, Sagré.
10:20E não conseguem controlar,
10:22porque se fosse apenas pela taxa de juros...
10:24Está caindo.
10:24Mas está caindo na escada.
10:27E a taxa de juros está assumindo pelo elevador.
10:29Mas eu gostaria de dar um exemplo.
10:31Quando o Milley assumiu,
10:32a taxa de inflação desse mês,
10:34dezembro de 2023,
10:36foi de 25,5%.
10:37Opa!
10:38O que foi?
10:39Milley assumiu no dia 10 de dezembro.
10:42A inflação vinha na casa dos dois dias,
10:45mas em 10, 12.
10:46Aí, quando o Milley assume no dia 10,
10:48aquela liberação de preço,
10:50aí sobe de 10, 12 para 25.
10:52Foi a liberação única do tipo de câmbio.
10:54Não tem problema, não tem problema.
10:56Pode considerar o número que você quiser.
10:58Taxa de juros, naquele momento, 133%.
11:01Mas era uma inflação superior a 200 e pouco.
11:04Ou seja, a taxa de juros,
11:05entre os reais, era negativa.
11:06Estava por baixo da inflação.
11:08Diminuiu 5% o gasto público.
11:115 pontos do PIB, o gasto público.
11:14Fazendo uma equivalência com o Brasil,
11:16seria como se cortasse 500 bilhões de reais.
11:20500 bilhões de reais de gasto público.
11:22A taxa de inflação começou a cair.
11:27Estamos agora em 1,7%, 1,5%.
11:29Quanto está a taxa de juros hoje?
11:31Menos de 30%.
11:32Porque tem a ver com o gasto público.
11:34O governo não consegue entender isso.
11:36Se você controla o resultado fiscal,
11:39tudo melhora.
11:40Tudo melhora.
11:42Mas o governo não tem moço.
11:43Não entende nada.
11:44Economia e faz aí saindo...
11:45Me fala uma coisa.
11:46Está aumentando o déficit fiscal do Brasil?
11:49Qual?
11:50Porque tem vários.
11:51O real está aumentando.
11:55Aquele que vem depois...
11:56Não, me dá um crédito extraordinário para pagar INSS.
11:59Me dá um crédito extraordinário.
12:0140 bilhões de reais dos pagamentos de precatórios
12:04não entram na conta, mas entram na dívida.
12:06Por isso, cada dia a mais,
12:08eu assino embaixo o comentário de Alan Garni.
12:11Olha o déficit nominal.
12:12Olha o crescimento da dívida.
12:13O fiscal é mentiroso.
12:15Mentiroso.
12:15Esses 40 bilhões de reais dos precatórios,
12:20desse ano, eles não foram pagos ainda.
12:22Será?
12:22Entra na conta.
12:23Não entra na conta.
12:2540 bilhões não entrou.
12:26Tá bom.
12:26Mas eles não foram pagos ainda.
12:28Então, ainda não entrou.
12:30Então, mesmo pagando, não entra na conta o déficit?
12:33Tá bom.
12:34Mas aí é o negócio.
12:35Eles vão ser...
12:35Não, não.
12:36Porque eu quero voltar naquilo que seria o real.
12:38Aí que vocês argumentam que seria o real.
12:40Isso vai ser pago no segundo semestre.
12:42Então, isso ainda não entrou.
12:45Então, nos últimos 12 meses,
12:48você sabia que o Brasil já está com superávit de 30 bilhões de reais?
12:51Mas que maravilha.
12:53Eu gostaria de ver o final do ano.
12:56Essa é a conta que vale.
12:57Até aqui, é como se uma empresa te dissesse, em janeiro.
13:01Pô, tô vendendo um monte de coisa.
13:03O que você vende?
13:04Sorvete.
13:04Tá, então vai vender sorvete em junho, a ver julho.
13:07Em junho do ano passado, a maio desse ano, 12 meses, está com superávit.
13:12Tá bom, se isso te faz feliz, pra mim tá tudo bem.
13:14Mas você sabe que, tudo bem, você tá pagando o precatório,
13:17mas uma parte não é contabilizada.
13:18Não entra.
13:1940 bilhões não entra.
13:20Isso valeu pro Bolsonaro e vale pra agora.
13:23Não.
13:23Uma parte não é contabilizada desse gasto.
13:25Aí se tiver que pagar o INSS, você já tem crédito extraordinário.
13:27Essa parte não foi paga ainda.
13:30Não, mas mesmo que seja paga no cálculo primário, não entra.
13:33Eu sei, mas o que eu tô dizendo é que a gente tá até falando do que seria o gasto real.
13:39Esse gasto real, ele vai acontecer, ok, porque isso não vai entrar nesse, enfim, nesse bolo.
13:46Mas, de qualquer forma, ele ainda não foi depositado.
13:48Ô, Piperno, você viu a previsão da instituição fiscal independente?
13:54Dentro do Senado.
13:56100% de dívida pública em 2030 e 124,9% em 2035.
14:02Você viu isso aí?
14:03Só uma pequena pergunta.
14:05Eles estão acertando nos últimos tempos?
14:07Eu não sei.
14:07E a dívida, a trajetória é ascendente.
14:11Você sabe que todo dia a gente tá tendo manifestações aqui do nosso Torinho,
14:14o Pablo Speyer, com o movimento de mercado.
14:16Mas antes dele entrar com as informações...
14:18Bem-vindo, Torinho.
14:19Tudo bem?
14:20Ah, como é que tá?
14:20Eu quero aproveitar que a gente tá nessa discussão do Banco Central
14:23e ouvi a tua avaliação sobre essa fala do ministro Fernando Haddad
14:26de que Roberto Campos Neto teria sido o responsável pela situação que nós estamos vivendo agora
14:31por ter contratado essa taxa básica de juros enquanto ele ainda integrava o Conselho.
14:37É, eu acho que a gente tem que lembrar que na última reunião do Roberto Campos Neto
14:42quando ele presidiu o Banco Central, o Galípulo atuou como protagonista da reunião.
14:47Foi ele que contratou as duas altas para se proteger dos ataques dos petistas do governo
14:53que tava atacando o Roberto Campos Neto.
14:54Então, a gente tem que lembrar que foi ele que contratou essa alta para se proteger.
14:59E que o Banco Central tem agradado pela rigidez técnica que tem atuado pra combater a inflação,
15:06pra combater a alta dos preços.
15:08Assim, o Banco Central, eles contrataram essas duas altas,
15:13mas essas duas altas já passaram, já subiram mais as outras duas.
15:17E o Banco Central tem votado de maneira unânime pra alta de juros.
15:22Ou seja, não há nem divergência ali na escolha.
15:24Então, não há divergência.
15:25E tá agradando o mercado.
15:28O mercado tá confiando nesse Banco Central que tá lutando contra a inflação.
15:32Agora, Langane, eu quero perguntar pra você.
15:34Na visão do Piperno não existem mais motivos,
15:37e principalmente não existiam nessa última decisão,
15:39pra se elevar ainda mais.
15:41Agora eles estão indicando que o ritmo da alta vai parar ali.
15:46Mas você entende que a economia dá demonstrações de que essa decisão foi equivocada?
15:52Ou não?
15:52Olha, talvez se mantivessem 14,75% ao ano, não faria tanta diferença.
15:59Talvez se eu estivesse lá, não teria votado pelo aumento.
16:02Agora, o que tá faltando...
16:03Por que que...
16:04A grande pergunta, Evandro, é...
16:06A gente tem um patamar de taxa de juros muito elevado,
16:09só que a inflação acumulada em 12 meses cede de maneira muito lenta
16:16e as expectativas de inflação continuam deterioradas.
16:22E a resposta...
16:22E a pergunta é...
16:24Por quê?
16:24A resposta é pelo elevado gasto público.
16:28Porque a política monetária tá trabalhando em dobro,
16:31porque a política fiscal tá ultra-expansionista.
16:34Então é por isso que os juros têm que ser muito altos
16:37pra compensar essa política fiscal que piora o risco,
16:41que pressiona a demanda do país acima da capacidade de oferta,
16:45trazendo inflação, piorando as expectativas inflacionárias.
16:50É o caminho do Milley, que o Segret bem descreveu aqui.
16:53É o caminho do Milley, é a rota do Milley, Piperno.
16:56Eu não fiz cara de crente porque você tava falando, não.
16:59Fala, Piperno.
16:59Enquanto esse negócio da rota do Milley, você sabe que o mercado lá na Argentina
17:03previa, inclusive, pra esse primeiro trimestre, um crescimento do PIB que foi,
17:08que foi mais ou menos o dobro do que o número que...
17:13O real foi a metade do projetado.
17:15Exatamente.
17:16Ou seja, o mercado, né?
17:19Eu diria pra você que ele não tem, assim, uma espécie de toque de midas
17:23e também não lida com ciência exata muitas vezes.
17:27Pergunta ao mercado, ou quem quiser que seja, o que ele prefere?
17:31Se um crescimento anabolizado da economia ou um controle de inflação rígido?
17:35Vai ver o que ele te responde.
17:36Vale dizer também que o Banco Central de Lula,
17:39com sete membros indicados pelo Lula,
17:41desses nove que têm direito a voto,
17:43têm criticado o esmorecimento do governo sobre as reformas estruturais.
17:48Têm criticado abertamente, né?

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