- 11/06/2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou uma medida provisória para substituir o aumento do IOF e propôs a taxação de letras de crédito do setor imobiliário e do agronegócio. Durante audiência na Câmara, o assunto gerou um bate-boca com Nikolas Ferreira (PL) e Carlos Jordy (PL), encerrando a sessão em clima tenso.
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NotíciasTranscrição
00:00Eu quero começar falando aqui com o André Anelli porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
00:04participou de uma audiência na Câmara dos Deputados, onde anunciou uma medida provisória
00:08que substituirá o aumento do IOF e propôs também a taxação de letras de crédito imobiliário e do agronegócio.
00:15Só que, durante a sessão, Haddad teve um desentendimento com deputados da oposição
00:20e a gente está falando de Nicolas Ferreira, Carlos Jordi ou André Anelli.
00:24O que a oposição argumentou? Bem-vindo.
00:30Obrigado, Evandro. Muito boa tarde a você e a todos aqui no 3 em 1 da Jovem Pan.
00:34Foram diversas críticas direcionadas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
00:40em especial de autoria, então, essas críticas dos deputados Carlos Jordi,
00:46ele que é líder da oposição aqui na Câmara dos Deputados,
00:50líder também no sentido de fazer com que influencie os outros parlamentares nesse sentido
00:56e um outro expoente da oposição que é justamente o deputado federal Nicolas Ferreira.
01:03Então, esses dois parlamentares foram os principais protagonistas de uma troca de acusações,
01:10troca de insultos e que terminou, então, em bate-boca em uma comissão aqui no Congresso Nacional.
01:17O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estava aqui para apresentar medidas alternativas ao IOF,
01:23ao imposto sobre operações financeiras, que na semana retrasada por meio de decreto
01:28foi aumentado pelo governo federal, principalmente para a compra de moeda estrangeira,
01:33também para lançamento de recursos no exterior, previdência privada,
01:38e isso pegou muito mal, não só aqui no Congresso Nacional, mas também com a iniciativa privada.
01:44E, diante disso, foi dado aquele prazo que a gente já falou bastante aqui na Jovem Pan,
01:50de dez dias para que o ministro apresentasse alternativas, o ministro chegou a afirmar
01:54que não precisava desse tempo, aguardava apenas o presidente Lula voltar da viagem da França,
02:00o que já ocorreu, para a partir de então apresentar essas alternativas pedidas pelo Congresso Nacional.
02:07Só que, enquanto o ministro fazia a apresentação dessas medidas,
02:11na participação de uma comissão do Congresso Nacional, houve troca de acusações,
02:16o ministro Fernando Haddad ficou irritado com o comportamento dos parlamentares oposicionistas,
02:22chegou a se referir como molecagem, e em seguida houve, então, uma troca de acusações,
02:28mas a gente confere primeiro a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesse sentido.
02:33Agora aparecem aí dois deputados, fazem as perguntas e correm do debate.
02:40É, acabaram de falar aí, e o Nicolas sumiu, é só para aparecer, quer dizer, a pessoa fala,
02:48olha, agora eu tenho maturidade, eu não sou mais aquele personagem, agora eu sou um deputado
02:56para valer, vou falar sério com o senhor, é um pouco de molecagem, sabe?
03:01Isso não é bom para a democracia.
03:04Então, já que eles não estão aqui, quem sabe vocês mandem o recado para o Nicolas e para o Jordi
03:09aprenderem um pouco das contas públicas brasileiras.
03:14Vamos começar a falar sério aqui.
03:17E o ministro acabou nem expondo tudo aquilo que ele deveria expor, no sentido de apresentar
03:27as alternativas ao aumento do imposto sobre operações financeiras, uma vez que instalou-se
03:32um clima de bate-boca generalizado na comissão e que acabou, então, impossibilitando o andamento
03:38dos trabalhos.
03:39Evandro.
03:40Obrigado pelas informações.
03:41Agora, o Anneli, Haddad ainda afirmou que a economia brasileira pode continuar crescendo
03:46acima da média mundial e que o Brasil vai recuperar o grau de investimento, deu essa garantia?
03:55Deu essa garantia sim, Evandro, embora houvesse aquele sentimento de desconfiança, de ceticismo,
04:02principalmente junto aos parlamentares da oposição, que acabaram não acreditando muito nessas declarações,
04:08uma vez que a participação de Haddad aqui no Congresso Nacional, nas comissões, acabou
04:14sendo marcada por críticas e acusações de que o governo gasta muito.
04:19O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou também em uma alternativa para a arrecadação
04:24que a gente confere agora.
04:25São 41 bilhões de renúncia fiscal nos títulos isentos.
04:3041 bilhões.
04:32É mais do que o seguro-desemprego inteiro.
04:35É três farmácias populares.
04:38Do que nós estamos falando?
04:39É o tamanho do PAC.
04:42Então, se nós tivermos boa vontade com esse país, abertura de espírito, nós vamos chegar
04:50à conclusão do que tem que ser feito.
04:52Às vezes, as medidas são difíceis de serem tomadas.
04:59Nesse sentido, então, o ministro voltou a defender o fim de isenções fiscais,
05:04que, de acordo com a própria pasta da Fazenda, ultrapassam os 800 bilhões de reais
05:10e que deveriam ser revistos, então, por parte do governo federal,
05:13mas existe uma resistência aqui pelo Congresso Nacional.
05:16Enquanto isso, então, o governo vai procurando outras alternativas, pelo menos é esse o discurso
05:23que o governo federal tem feito, que por conta de muitos incentivos fiscais,
05:27desonerações, principalmente aquela ligada à folha de pagamento dos 17 setores da economia
05:32que mais geram empregos no país, o governo federal perde a arrecadação
05:36e tem que buscar outras formas de recursos, como a gente viu nas semanas atrás,
05:43junto ao aumento do IOF.
05:45Evandro.
05:45Obrigado pelas informações, André Anelli.
05:47Um abraço para você.
05:48O Felipe Monteiro, você confia nessas previsões do ministro da Fazenda
05:51de recuperação fiscal, de manter o Brasil com crescimento acima da média mundial
05:55e, principalmente, de que o governo federal vai dar conta do recado,
05:59mesmo diante de toda essa necessidade que a gente vem percebendo
06:02de se aumentar a arrecadação e contingenciar a parte também dos valores
06:07para, no mínimo, cumprir uma promessa que foi feita lá atrás?
06:12Assim, enquanto você pega o número da economia do Brasil, por si só,
06:16a economia do Brasil não vai mal, não.
06:17Pelo contrário, né?
06:18Crescimento econômico de cerca de 3%,
06:20maior índice de desemprego da história recente do Brasil.
06:25O problema, na minha opinião, é que, infelizmente,
06:27a população não está sentindo esse efeito da economia tão bem assim, né?
06:30Eu lembro da economista Maria Tereza Tavares, né?
06:34Que falava claramente que o brasileiro e o povo não comem PIB, né?
06:37Então, infelizmente, o povo não consegue olhar para a economia do Brasil
06:40e ver o crescimento que está prático e nos números está crescendo de verdade,
06:45olhar para o desemprego e ver que, realmente, aquilo é bom para aquecer a economia.
06:49Por quê?
06:49Porque vai para o mercado e o preço do alimento está muito alto.
06:52Então, há uma certa distopia entre os números da economia,
06:55que não estão ruins, com a economia real,
06:58em que grande parte dos trabalhadores do povo usam e se utilizam, né?
07:02É um fenômeno parecido com o que aconteceu nos Estados Unidos com o Biden.
07:04A economia dos Estados Unidos estava muito boa, né?
07:06Estava com crescimento recorde, estava com o nível de desemprego baixo,
07:10mas a inflação estava muito alta e descontrolada.
07:13Isso fez com que o Trump ganhasse as eleições de forma tranquila
07:16do Partido Democrata, da Kamala Harris.
07:18Então, o Haddad tem um desafio muito grande de fazer com que o povo,
07:23de certa forma, consiga ter o efeito real do crescimento da economia,
07:30da melhoria da economia.
07:31E isso não está acontecendo na prática.
07:32Aí, quando o povo vê que o governo está aumentando,
07:37de certa forma, a tributação,
07:39estrangulando grande parte do povo,
07:41junto com uma inflação muito alta,
07:43isso faz com que a aprovação do governo caia significativamente, né?
07:48Então, ou seja, há uma certa distopia nesse comentário do Haddad.
07:52Vamos dar uma olhada no momento do Aue ali na Câmara dos Deputados?
07:55Acompanhe.
07:56O senhor também tem o número.
07:58O senhor também tem a palavra garantida.
08:00O senhor também tem a palavra garantida.
08:02Eu disse que nós já não podemos passar para falar.
08:06Vossa Excelência, deputado,
08:08já teve um tempo de falar.
08:11Se você já tem a questão de ordem,
08:14anuncie a questão de ordem.
08:16Se vocês não for anunciar a questão de ordem,
08:20o senhor não vai falar.
08:24O deputado não vai falar no berro aqui.
08:26Calma.
08:27Calma.
08:27Vocês não é melhor.
08:29Senhor presidente, tem garantia a questão de ordem.
08:30Eu não sei o que eu tenho que deixar a questão de ordem.
08:34Eu não sei o que eu tenho que deixar a questão de ordem.
08:45Eu não sei o que eu tenho que amassá.
08:46Eu não sei o que eu faço.
08:47Eu não sei o que eu tenho que adiantar.
08:48O senhor não está se medendo.
08:50O senhor não garança o palavra das pessoas.
08:52Eu não sei que eu vou falar no berro aqui.
08:55Bom, depois dessa confusão, a sessão foi encerrada, acabou que as explicações ou o restante delas acabou nem sendo dada.
09:20E logo depois que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou de molecagem a atitude de parte da bancada da oposição, que fez um questionamento e no momento da resposta deixou ali o local, Carlos Jordi voltou à bancada e mencionou que o ministro da Fazenda é que era moleque ao tomar as atitudes que está tomando à frente da economia do país e disse que ali ele é apenas um ministro e que ele tem que respeitar o parlamento.
09:44Como é que você avalia essa confusão que mais atrapalha, digamos, a conclusão ou a compreensão daquilo que é necessário do que de fato entender o que o governo está pensando?
09:57Porque a crítica da oposição tem um motivo, o fato de o governo propor apenas arrecadação e não trazer nenhum tipo de proposta que leve ao corte de gastos para além do contingenciamento que já foi anunciado, Alangani.
10:08Olha só, Evandro, de alguma maneira demonstra uma insatisfação da população com o aumento de impostos, né?
10:16E essa insatisfação está na boca aí dos parlamentares, muitas vezes de uma maneira mais agressiva.
10:23Mas eu concordo ali com a análise que o PP trouxe aqui, porque a gente já tem uma inflação bastante elevada e que é um imposto, inclusive em termos econômicos, um imposto inflacionário, à medida que os preços estão subindo e a população acaba pagando mais e transferindo parte da renda para o governo.
10:44Por isso que chama imposto inflacionário. E aí vem mais aumento de impostos, mais aumento de impostos para compensar uma eventual queda da alíquota do IOF.
10:57Então não faz muito sentido, porque o IOF desagradou bastante a população, o aumento da alíquota desagradou os empresários, investidores, a classe média.
11:08E de repente você fala, papai, eu vou voltar atrás. Só que o voltar atrás, todo mundo esperava que seria medidas de contenção de gastos.
11:15Mas não, eu vou voltar atrás tributando mais, né? Nem que sejam aí títulos de renda fixa.
11:22Por isso que vai gerando esse tipo de insatisfação, porque não há novamente, Evandro, nenhuma medida focada no corte de gastos.
11:31Fica muito claro que é só na arrecadação.
11:34O PP já olhou meio atravessado ali para você, mas antes de passar a palavra para ele, eu quero te ouvir. Gustavo Segret.
11:39Se você tivesse uma proposta dizendo, as contas não estão bem.
11:42Então vamos trabalhar assim? Nós precisamos trabalhar para aumentar a arrecadação, mas nós faremos também a nossa parte.
11:47Vamos diminuir o gasto. Aí tudo bem.
11:49Então o sacrifício seria compartilhado.
11:52Concordo com o PP na questão de que não está chegando na ponta, na base da sociedade, esse crescimento no bolso.
11:59O crescimento da economia para mim é fictício, continua sendo anabolizado, solta crédito, aumenta a política fiscal expansionista e vai crescer.
12:07Não tem como.
12:09Mete anabolizante, coloca testosterona e a pessoa vai ficar forte.
12:13Não tem como errar nessa fórmula.
12:16Não me parece que a taxa de desemprego seja um indicador.
12:19Nós já discutimos bastante com o PP, vale a pena colocar de novo, pelo menos a minha posição,
12:24quando você tem 22,5 milhões de pessoas, na bolsa, perdão, 22,5 milhões de famílias.
12:32São mais de 51 milhões de pessoas.
12:34Numa bolsa família.
12:36Então, qualquer índice de desemprego é fictício.
12:39Se você tirasse essa ajuda, essa pessoa teria ficado desempregada.
12:43Por quê?
12:43Porque não está procurando emprego.
12:45A taxa de desemprego, de novo, e o Alan tem trazido essa informação com muito critério,
12:50se você entra no IBGE, o que o IBGE considera uma pessoa empregada?
12:54Uma hora por semana e não necessariamente salariada.
12:57É piada.
12:58Então, qualquer um está empregado no Brasil.
13:01Não é assim.
13:02Isso está errado.
13:03Mas o governo tem um desafio.
13:05Tem que colocar um círculo no quadrado.
13:07Ele vai ter que colocar a conta em ordem.
13:10Lembrando que já fuimos enganados, todos nós.
13:12O arcabouço fiscal, primeiro ano ia ser deficitário, tiveram uma maquiagem gigantesca.
13:17Adiantaram despesas em 2023, postergaram, protelaram a arrecadação para que a conta feche em 2024.
13:24Mesmo assim, déficit.
13:25E era para ficar equilibrado.
13:272025, superávit de 0,5.
13:29É o que falava o arcabouço.
13:31Não será.
13:322026, 1% do superávit.
13:34Não será.
13:35Então, é mentiroso.
13:36Se era para ser e não é, é mentiroso.
13:39Aí o governo continua vendo que a conta não vai fechar.
13:43Estimaram 500 bilhões no CARF.
13:46Quanto arrecadou?
13:4755 milhões.
13:48E esse ano igual?
13:50P de meia.
13:51No orçamento, 1 bilhão.
13:53Quanto vai ser o que vai precisar?
13:5413 bilhões.
13:55Então, está fazendo uma matemática gigantesca.
13:58É uma cozinhada de números.
14:00E em algum momento a conta vai chegar.
14:02Em cima, para esse ano, sobre 70 bilhões que tem de precatórios, 40 bilhões não entra
14:06na conta, mas entra na dívida.
14:09Porque alguém tem que financiar.
14:10Então, a conta não está fechando.
14:13E quando você vê que partidos aliados já não estão de acordo em apoiar essas medidas
14:20de aumento de impostos, a coisa complica mais ainda.
14:24E aí vem o atrito do STF que corta as emendas e o Congresso diz, opa, peraí, não toca
14:31no meu bolso.
14:32Porque aí a coisa complica.
14:34Então, uma outra ameaça que não vai colocar na pauta o que o governo quer.
14:37A situação daqui para frente, para o governo, é muito desafiadora.
14:40Fala, Pepe Arremate, o que foi?
14:42Eu estava vendo aqui o que o Segreira colocou, o Gani colocou, impressionante como eles vivem
14:45no mundo da lua, né?
14:47Por quê?
14:47Falando sobre perfumaria o tempo inteiro.
14:49O tempo inteiro assim.
14:50Primeiro que o Segreira bate no peito e fala que não está sendo cumprido o marco fiscal
14:54que o governo aprovou no começo do mandato dele.
14:57Mas ele esquece que a regra anterior, que era do teatro de gastos, também nunca foi
15:00cumprida.
15:01Nunca foi cumprida pelo Temer, nunca foi cumprida pelo Bolsonaro.
15:04Nunca não.
15:05Os dois governos têm algo em comum, que é não respeitar as regras fiscais.
15:14E outro ponto também que eu queria colocar aqui, o Segreira esquece que o Bolsa Família,
15:18parece que o Bolsa Família é de mil reais, dois mil reais, três mil reais.
15:20O Bolsa Família é de 600 reais.
15:22Não, é mais.
15:23Se tiver 600 reais.
15:24Se tiver 600 reais.
15:25Quanto que você quiser.
15:26Com os outros benefícios, tem frio na escola.
15:30Aí a média pode ser 700 reais.
15:32Mas a regra do Bolsa Família, que foi aprovada nesse governo e foi promessa de campanha
15:36do Bolsonaro, era colocar em 600 reais.
15:39Quem trocaria o emprego para ganhar 1.500 reais, no salário mínimo, por 600 reais?
15:44Todo mundo.
15:45Todo mundo.
15:46Todo mundo.
15:47Então essa balela dizendo que o povo não procura emprego porque gosta de receber Bolsa
15:51Família e ganhar 600 reais, não sobrevive a uma análise fática e lógica da situação.
15:56Aí o Gani coloca, vamos cortar gasto.
15:58Parece papagaio.
15:59Vamos cortar gasto.
16:00Vamos cortar despesa.
16:01Vamos cortar gasto.
16:02Ele esquece que eu te falo os gastos aqui.
16:04Eu já falei, não, eu faço questão.
16:08Diga.
16:0990% das despesas do Brasil são vinculadas.
16:12Ou seja, tem pouca margem para o governo.
16:14Quem vingulou?
16:16Pouca margem para o governo cortar gasto de despesas.
16:18Não, de fato, eu falei aqui cortar gasto, mas vários programas eu já pontuei quais gastos
16:24deveriam ser cortados.
16:26Então eu falo para você um deles aqui.
16:28Impopular, inclusive.
16:29Vamos desvincular os gastos com saúde e educação das receitas da União.
16:36Como foi feito no Temer, reforma aprovada no governo Temer e que continuou durante o governo Bolsonaro.
16:42Sabe por quê, Pepe?
16:44Porque ao vincular, não necessariamente porque o gasto é com saúde e com educação, que é um gasto bem-vindo.
16:52Você tem escola que não tem mais para onde gastar e fica fazendo quadra e lanchonete.
16:57Então vai se tornar explosivo, porque o dinheiro não nasce em árvore, porque a conta não fecha.
17:02Vamos cortar gasto previdenciário também.
17:05Porque a reforma previdenciária, Pepe, ela precisa ser rediscutida novamente, até porque a economia de 800 bilhões de reais,
17:12ela foi comida pela pandemia.
17:14Vamos fazer uma reforma administrativa cortando todos os privilégios da máquina pública.
17:20Então, não é que eu estou repetindo aqui a corte de gastos como se fosse um mantra.
17:25Eu estou, Pepe, discriminando quais são os gastos a serem cortados.
17:31Tá bom pra você?
17:32Não, tá péssimo. Nada vem uma coisa com a outra.
17:34Não, tá aqui. Eu te dou uns argumentos que você tá péssimo.
17:37Tá bom, assim, se o Brasil quiser ter educação da França, tem que gastar na educação como a França gasta.
17:42O Brasil já gasta em educação na média dos países que você deve.
17:47Desculpa, não é verdade.
17:49Proporcionalmente ao PIB.
17:50Ah, aí sim.
17:51Mas quando você pega, por exemplo, quanto que ele gasta per capita por aluno, é três vezes menor.
17:57É três vezes menor.
17:58A França gasta 9 mil dólares por aluno.
18:01O Brasil gasta 3 mil dólares por aluno.
18:02Ou seja, e olha a solução simplista, desculpa, simplista não, simplória, que o Gany coloca aqui.
18:09Corta gasto da educação.
18:11Pelo amor de Deus, Gany.
18:12Não, desvincula gastos da educação com receitas da União.
18:17Porque vai se tornando explosivo.
18:18Porque no seu mundo, PP, o orçamento é ilimitado.
18:22Esse é o grande problema.
18:23Eu parto de uma premissa que o orçamento é limitado.
18:26Não tem dinheiro pra todo mundo.
18:27Então a gente tem que fazer escolhas.
18:29Temos que definir prioridades.
18:30Mas no seu mundo, o dinheiro é infinito.
18:33Dá pra ter dinheiro a rodo na saúde.
18:35Dá pra ter dinheiro a rodo na educação.
18:37Dá pra ter pro Bolsa Família.
18:38Aí é fácil.
18:39Nesse mundo de ilusão é fácil.
18:42Você vê alguma forma do Brasil crescer, se desenvolver sem ser pra educação?
18:45O problema é que você quer que o Brasil vire poderinho dos Estados Unidos e outros países.
18:49Eu não.
18:49Eu quero que o Brasil se desenvolva.
18:50E não tem outra forma que não seja por meio da educação.
18:56Eu sou absolutamente fã de gastos com educação, com gestão de educação.
19:02Mas você precisa cortar em outras áreas.
19:04Eu falo em corte de gastos, você esperneia, pô.
19:07Então corta a educação que você colocou como corte de gastos.
19:09Qual outra área você corta?
19:11Desvinculação dos gastos com educação com receitas da União.
19:14Senão se torna explosivo.
19:15Então sobe a receita, sobe automaticamente o gasto com educação.
19:19Isso não faz sentido.
19:20Isso ingesta o orçamento.
19:22Então dá pra sim ter...
19:24Primeiro, sabe o que falta, Pepe?
19:25Um plano real fiscal.
19:27Sabe o que seria isso?
19:28Um diagnóstico.
19:30Vamos chamar os melhores especialistas em contas públicas aqui do Brasil.
19:33Então tem lá o Marcos Mendes do Insper.
19:35Tem o Mansueto.
19:36Tem o Felipe Salto, que o Piperno vive citando.
19:40Chama esse pessoal e vamos fazer aqui um estudo dos gargalos.
19:44Como foi feito a pedido do ministro Joaquim Levy ainda no governo de uma a dois?
19:50Ele pediu pro Banco Mundial fazer um diagnóstico.
19:53Evandro, na época foi levantado o que dava pra cortar.
19:58Sabe quanto, na época, em 2015, sabe quanto que dava pra cortar?
20:03300 bilhões de reais.
20:05Do orçamento que é discricionário.
20:09É pouca.
20:09300 bi na época, não.
20:12Já fizeram esse valor corrigido.
20:14Já fizeram esse valor corrigido.
20:16A valores de hoje, o PP, seria algo de 800 bilhões de reais.
20:21É uma reforma da Previdência.
20:23Então tem sim uma série de ineficiências e dá pra cortar.
20:27Agora eu falo em corte de gasto, você tem um ataque cardíaco?
20:29Com os subsídios que tem, que são colocados indevidamente, que distorcem o mercado,
20:34chega a 800 bilhões de reais.
20:37Ou seja, por aí talvez resolveria o problema do tal déficit fiscal que vocês tentaram nessa palavra.
20:42Déficit fiscal zero, déficit fiscal zero, déficit fiscal zero, equilíbrio fiscal, equilíbrio fiscal, equilíbrio fiscal.
20:46Mas não tem outra forma do Brasil pagar a conta.
20:50Ah, não, tem um ponto interessante, sabe qual é o ponto interessante?
20:52Ah, fala.
20:52Sabe quanto é o que o Brasil, o maior gasto que o Brasil tem, sabe qual que é?
20:56O pagamento dos juros da dívida com o Banco Central.
20:58Porque se endividou muito no passado.
21:01Com o Banco Central, com essa taxa de juros absurda de 15%, é um trilhão.
21:05É um trilhão por ano.
21:07Ao contrário do que ele coloca aqui.
21:08Ah, é muito gastar 200 bilhões de educação.
21:11Que isso, pra muito Deus.
21:12O banqueiro do Banco Central.
21:13Quem quis se endividar, o PP?
21:15O banqueiro do Banco Central.
21:16Você coloca como se os juros...
21:17O banqueiro do Banco Central.
21:18Como se os juros fossem uma imposição.
21:20Na verdade, os juros é elevado e pagam-se muito os juros.
21:23Porque o governo se endividou muito historicamente.
21:25É uma consequência.
21:27Segre, vai lá, por favor.
21:28Não, parece a molecada de um e do outro lado.
21:32Eu não consigo nem dar uma pitada nessa coisa toda.
21:36Molecada.
21:37Quando você se endivida, é porque você precisou se financiar.
21:41E se você precisou se financiar, é porque tinha déficit.
21:44Se não, ninguém com superávit se financia.
21:46Não precisa.
21:47Ao contrário.
21:47Com superávit, paga juros da dívida.
21:49Vai diminuindo.
21:50Mas o Banco Central também coloca taxa de juros.
21:52Por que alta?
21:53Porque o governo está colocando o acelerador na motocicleta.
21:56E o Banco Central está brincando.
21:58Pode passar na outra.
21:59Não, não.
21:59Eu quero só falar também com o Zé Maria Trindade, que já está conosco.
22:02Zé, seja muito bem-vindo.
22:03Uma ótima tarde para você.
22:04Gostaria que você analisasse essa pressão que a oposição tem feito
22:08sobre o ministro da Fazenda e o governo federal
22:10por alternativas que não remetam ao aumento de impostos, mas também ao que eles chamam
22:16de corte de gastos e que o PP estava justamente buchando a discussão com o nosso amigo Alangani.
22:21Fale, meu amigo.
22:22Bem-vindo.
22:24Muito obrigado.
22:25É bom estar aqui, entre boas.
22:26Olha, esse debate está fora do equilíbrio, né?
22:32Parece uma coisa estranha ouvir o presidente da Câmara, deputado Hugo Mota, falar em corte de gastos,
22:40exigir corte de gastos e não falar nem citar 40 a 50 bilhões de reais em emendas parlamentares.
22:48Quer dizer, se falar em corte de gastos, teria que falar nas emendas parlamentares.
22:54Por outro lado, o presidente da Câmara ligou para a ministra Gleisi Hoffmann, duro,
22:59numa conversa, segundo me informaram, muito ríspida, e ele exigindo a execução das emendas parlamentares.
23:06Quer dizer, ele assumindo ali a presidência de um grupo corporativista que se preocupa com dinheiro para as bases,
23:12dinheiro para os seus e dinheiro para o bolso de alguns parlamentares,
23:17que, segundo o deputado Hildon Rocha, se transformaram aqui em administradores de emendas parlamentares
23:23e isto é muito importante e dá muito dinheiro, para se terem uma ideia.
23:27Então, para falar de corte de gastos, teria que falar sobre isso.
23:31O depoimento do ministro da Fazenda, ele mostrou ali claramente de que o governo está encurralado
23:37porque o Brasil está encurralado.
23:40O PP tem razão sobre esse engessamento do orçamento.
23:44Está errado quando eu disse que é preciso aplicar mais recursos na educação.
23:47Já existem recursos suficientes na educação que somem 85% desses recursos da educação
23:54vão para salários, vão para universidades, não atendem à base da educação.
24:00E salários, salários, 85%.
24:04Então, o Ministério da Educação se transformou num administrador de uma folha de pagamento.
24:08Então, estruturalmente, o Brasil está errado.
24:11Eu não vou chegar aqui e dizer que o governo gastar, não gasta, porque é obrigado a gastar.
24:15O orçamento de 5 trilhões e 400 bilhões, ele gasta lá 2 trilhões com o serviço da dívida,
24:22o pagamento da dívida.
24:23Não é pagamento da dívida, é do serviço da dívida.
24:26Mais 2 trilhões entre Previdência e Folha de Pagamento.
24:29Trilhões.
24:30Sobram 110 bilhões discricionários, que é a parte onde se pode investir.
24:35E ali o Congresso pega 50 bilhões.
24:38Sobra quase nada para o governo.
24:39O que era preciso era os homens de bem no Congresso votarem uma nova estrutura de governo
24:48até para daqui a 10 anos.
24:50Mas tem que tomar essa decisão.
24:52Uma reforma administrativa futura não é só lidar com funcionários, mas é a função do Estado.
24:59O mundo mudou.
25:00Nós temos datilógrafos contratados aqui na Esplanada.
25:03Temos fotocopiadores, que não existem.
25:06Nós temos assessoristas de elevador, que são automáticos.
25:11Pois é.
25:12Assessoristas de elevador que são automáticos é o melhor exemplo.
25:15É verdade.
25:16Ser dado.
25:17Assessoristas de elevador que são automáticos.
25:19Assessoristas de elevador que são automáticos.
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