Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 22/06/2025
O senador José Aníbal (PSDB-SP), um dos responsáveis pela elaboração de um texto alternativo à PEC dos Precatórios, afirmou em entrevista a O Antagonista que o governo federal não tem votos suficientes para aprovar o texto que passou pela Câmara no início do mês.

Até quarta-feira, a matéria será alvo de análise da Comissão de Constituição e Justiça da Casa. A solução apresentada por Aníbal e pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania – SE) e Oriovisto Guimarães (Podemos – PR) foi um outro texto, que viabiliza o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 a partir da extinção do orçamento secreto e excluindo do teto de gastos o pagamento de precatórios do ano de 2022.

Aníbal afirmou que o próprio líder do governo e relator do texto na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE), é a favor da extinção das emendas de relator para custear o novo programa do governo federal.

“O senador Fernando Bezerra nos disse que é a favor de tirar o RP9, o orçamento secreto, aquele que é totalmente incompatível com a sociedade democrática”, disse o parlamentar.

“Eu acho que é possível resolver o que é essencial até semana que vem. O que é essencial nessa PEC? É garantir o auxílio a 21 milhões de famílias de brasileiros que estão em situação de pobreza total, miséria, fome. Chegamos a esse ponto porque todo o ensaio de retomada da economia no meio deste ano foi abortado pelas declarações do presidente [Jair Bolsonaro], pela tentativa de ele dar um golpe, aquela coisa do 7 de Setembro… Tudo isso desanimou os investidores e a economia brasileira continua em um crescimento quase parando”, declarou o senador.

Ele ainda complementou.

“O senador Fernando Bezerra agora está tentando dizer que já tem 50 votos, 51 votos… O governo precisa de 49. Quem tem 50, 51 [votos] e precisa de 49 não está em uma situação tão tranquila assim. Então, espero que realmente que a negociação seja para valer. Não seja enrolação. O líder do governo disse que era contra o orçamento secreto. Então, se é contra o orçamento secreto, vamos tirar do teto os precatórios e vamos pagar o Auxílio Emergencial de R$ 99 bilhões para atender 21 milhões de famílias.”

Desde quinta-feira, o governo passou a discutir a possibilidade de fatiar a PEC dos Precatórios. A ideia do Planalto seria aprovar a parte que é consensual e deixar outros assuntos para outras propostas, como se fossem PECs anexas ao texto da Câmara. A solução, na visão de Aníbal, é uma nova gambiarra do governo federal.

“É um remendo porque o governo não quer enfrentar a situação que a gente tem que enfrentar: a fome dos brasileiros e a necessidade urgente do auxílio emergencial”, disse.

“A nossa proposta é muito objetiva e ela garante o pagamento do auxílio já. Não precisa da PEC da Câmara, que faz uma série de mudanças difíceis de entender”, concluiu o senador.
--
Cadastre-se para receber nossa newsletter:
https://bit.ly/2Gl9AdL​

Confira mais notícias em nosso site:
https://www.oantagonista.com​

Acompanhe nossas redes sociais:
https://www.fb.com/oantagonista​
https://www.twitter.com/o_antagonista​
https://www.instagram.com/o_antagonista

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Olá, a CCJ do Senado vai analisar até a próxima quarta-feira a PEC 12 Precatórios,
00:10proposta apresentada pelo governo para tentar viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400.
00:17Como contraponto ao texto aprovado pela Câmara, o senador Alessandro Vieira, o senador José Aníbal
00:25e o senador Oriovisto Guimarães apresentaram aí um texto alternativo para tentar resolver,
00:32equacionar esse impasse relacionado ao programa social do governo federal,
00:37sem furar o teto de gastos e também sem dar um calote nas contas públicas.
00:41Eu sou o Wilson Lima, repórter de O Antagonista, e eu converso agora com o senador José Aníbal,
00:48justamente para falar sobre a PEC 12 Precatórios, sobre essa alternativa que está sendo viabilizada pelo Senado
00:53e também sobre esse abacaxi, se é possível descascar esse abacaxi até o final de novembro.
00:59Senador, muito obrigado pela presença e obrigado pela sua disponibilidade.
01:03Muito obrigado, obrigado pelo convite. Vamos conversar.
01:08Senador, eu quero começar com essa parte final do texto, essa parte final que eu falei.
01:14É possível descascar esse abacaxi até o final de novembro ou é otimismo demais, hein, senador?
01:19Olha, eu acho que é possível descascar esse abacaxi, eu nem chamaria assim,
01:25é possível resolver o que é essencial já na semana que vem.
01:30O que é essencial nessa PEC, nessa emenda constitucional que o governo mandou para a Câmara?
01:37O essencial é garantir o auxílio emergencial, não só a 17 milhões de famílias de brasileiros,
01:45mas como está na nossa proposta, há 21 milhões de famílias de brasileiros
01:50que estão numa situação de pobreza total, miséria, fome.
01:55Isto porque todo aquele ensaio de retomada da economia no meio deste ano
02:00foi abortado pelas declarações do presidente, pela tentativa dele de dar golpe,
02:06aquela coisa do 7 de setembro, tudo isso desanimou os investidores
02:11e a economia brasileira continua num crescimento quase parando.
02:16Para o ano que vem está prevista estagnação, que é o pior dos mundos.
02:20Então, tem que garantir esse benefício para as famílias
02:23e não só até dezembro do ano que vem.
02:27A nossa proposta, ela vem acompanhada de uma ideia
02:30de como garantir esse benefício, esse auxílio emergencial,
02:35pelos anos que for necessário, em função do pouco crescimento da economia
02:40e, portanto, do emprego, da renda para os trabalhadores.
02:43Como é que se faz isso?
02:46Nós propusemos tirar do teto de gastos, emergencialmente,
02:51exclusivamente para o orçamento do ano que vem,
02:5589 bilhões de reais que são destinados aos precatórios.
03:03Precatórios são dívidas líquidas e setas.
03:05Pessoas que litigaram, disputaram com o governo federal,
03:10pedindo revisão de benefícios previdenciários, de salários.
03:14As pessoas que têm desapropriações de imóveis residenciais urbanos,
03:20já feitos há muito tempo,
03:21finalmente o governo não tem como continuar tentando protelar.
03:26São decisões de última instância.
03:30E é dívida líquida e certa.
03:31Não pagar é calote.
03:34Eles agora estão inventando,
03:35querem fazer um pente fino nos precatórios.
03:38Já dava para ter sido feito.
03:40Eu sou totalmente a favor de que se faça.
03:43E aqueles que, se a aventura tiver dúvidas,
03:45joga para frente até haver uma nova arbitragem.
03:48Mas o princípio é pagar os precatórios.
03:51Feito esse pagamento,
03:52nós teríamos R$ 99 bilhões, não R$ 89 bilhões,
03:58para pagar esse auxílio emergencial em dezembro
04:01para esses R$ 21 milhões de famílias.
04:05Além disso, nós teríamos recursos,
04:08R$ 25 bilhões,
04:10para fazer as correções que o orçamento do ano que vem não fez,
04:14no salário mínimo, no reajuste do salário mínimo,
04:17no reajuste do benefício previdenciário,
04:19e no reajuste dos benefícios de prestação continuada.
04:23Portanto, a nossa proposta é muito objetiva.
04:27A proposta que veio da Câmara,
04:29ela altera dispositivos de finanças e de orçamento,
04:35do orçamento, 56 vezes.
04:39Para você ter uma ideia,
04:41na Constituinte de 88, na nova Constituição,
04:44foram alterados apenas 67 dispositivos.
04:48Numa emenda constitucional,
04:50eles estão alterando 55 dispositivos.
04:53O que quer o governo?
04:56Ou a Câmara, pelo menos, o que veio de lá?
04:58Eles querem garantir recursos extras
05:01para as emendas de relator,
05:03que é chamado de orçamento secreto.
05:06A gente não sabe para onde vai esse dinheiro,
05:08para que serve,
05:10e que resultados tem para a população.
05:12Então, nós estamos tirando isso totalmente fora.
05:14até porque ele já tem as emendas de bancada
05:17e dos deputados e senadores.
05:20Nós também estamos impedindo dar calote
05:23no pagamento dos precatórios.
05:25Tem milhares de famílias que estão esperando isso
05:28para resolver problemas urgentes das suas vidas.
05:31São dívidas líquidas e certas.
05:33E, finalmente, sem mexer na fórmula de cálculo do teto.
05:39O Brasil, junto com a pandemia da Covid,
05:44nós temos a pandemia da fome.
05:46E tem que resolver isso já.
05:47Ô, senador,
05:51mais especificamente sobre a PEC Alternativa,
05:55sobre o texto que o senhor elaborou ali
05:57em parceria com o Alessandro Vieira
06:00e com o senador Ouvir Chico Guimarães,
06:01o que foi até uma atitude inédita no Senado,
06:04porque temos três partidos aí
06:06de correntes ideológicas distintas.
06:08Você teve Cidadania, Podemos de um lado
06:10e o PSDB de outro.
06:13Tem um detalhe nessa proposta,
06:16que é justamente o que o senhor falou agora há pouco,
06:17que é a questão da RP9,
06:18o Orçamento Secreto,
06:19que o texto tenta minar um pouco isso.
06:24Existe uma resistência na Câmara
06:26para se acabar com a RP9.
06:29Como é que isso pode ser negociado com o governo?
06:32É possível?
06:33O líder do governo, o Fernando Bezerra,
06:37que tem negociado com os senhores,
06:39ele deu algum indicativo
06:40de que isso pode entrar na pauta,
06:42pode entrar no cálculo
06:43para você viabilizar o Auxílio Brasil,
06:45ou isso é um sonho um tanto quanto distante?
06:49O senador Fernando Bezerra,
06:51que é o líder do governo do Senado,
06:53ele nos disse que é a favor de tirar
06:55o RP9, como você disse,
06:57o Orçamento Secreto,
06:59aquele que é completamente incompatível
07:01com a sociedade democrática.
07:03Você usa dinheiro público
07:04sem dizer para onde, para o que
07:07e com que resultado para a população.
07:09é inaceitável, tem que tirar isso fora.
07:12Mas mais do que isso,
07:14não pode dar calote nos devedores.
07:17Nós propomos, inclusive,
07:18que se tira os precatórios
07:22do orçamento do ano que vem,
07:24do teto do gasto,
07:25se paga,
07:26o governo tem receitas crescentes atualmente,
07:29pode pagar,
07:30e em 2023
07:33você só vai pagar precatórios
07:36mediante uma auditoria rigorosa
07:39naqueles precatórios
07:40que estiverem para ser pagos
07:42em 2023
07:43e mais uma coisa,
07:46joga a grande parte
07:47do pagamento dos precatórios
07:49para fazer acertos
07:51entre os portadores de precatórios,
07:53sobretudo os precatórios maiores,
07:55sei lá, de um milhão,
07:56de dois milhões,
07:57você só vai negociar
07:59numa câmara de compensação
08:01onde eu tenho direito
08:03a um precatório de 100 mil reais,
08:06você tem uma dívida
08:08com o governo de 120 mil reais,
08:11chama vocês dois,
08:12eu digo, olha,
08:12você que está devendo 120 mil
08:14para o governo,
08:16paga 100 mil para mim,
08:17para o Zé,
08:18do precatório dele,
08:20e eu te dou um desconto
08:21de 20 mil reais na tua dívida.
08:23Com isso eu resolvo
08:24este precatório.
08:25e faz isso
08:26com quantos precatórios tiver.
08:28O governo tem
08:29muita dívida ativa,
08:31o governo tem concessões,
08:33o governo tem terrenos,
08:35ele tem muitas possibilidades
08:36de, nessa câmara de negociação,
08:39não ter que tirar recursos
08:41do orçamento
08:41ou apenas uma parte
08:43relativa aos precatórios pequenos
08:45e o demais
08:46na mesa de negociação.
08:48É isso.
08:49Agora, senador,
08:52algo que começou a ser ventilado
08:54na noite da quinta-feira
08:57é que você aprove
08:59uma PEC fatiada,
09:00que você aprove um texto
09:03que tenha consenso,
09:04quer dizer,
09:04parte do texto,
09:05que tenha um consenso ali
09:06no Senado
09:07para que ele não possa,
09:08não precise voltar para a câmara,
09:10para que ele já possa ser
09:11promulgado.
09:12e alguns detalhes,
09:14inclusive,
09:15alguns detalhes
09:16do seu texto,
09:17o texto do senhor,
09:18do senhor,
09:19do senhor,
09:19do Sandro Alessandro
09:20e do revista,
09:22seria uma PEC complementar,
09:25seria ali um anexo,
09:27digamos,
09:27uma PEC anexo.
09:31O que o senhor acha
09:31dessa solução do governo?
09:32É uma solução plausível
09:34ou parece mais
09:36aquele clássico caso
09:37do cidadão
09:38que não tem dinheiro
09:39para consertar o teto
09:41e ao invés de
09:42comprar uma telha,
09:43coloca um Durepox ali
09:45para tentar remendar
09:46o telhado
09:46e no final você não tem
09:47uma solução definitiva?
09:49É um remendo.
09:50É um remendo
09:51pela ausência do governo
09:52querer enfrentar
09:54a situação
09:54que a gente tem que enfrentar.
09:56A fome dos brasileiros
09:58e a necessidade urgente
10:00do auxílio emergencial.
10:01Quer fazer isso
10:02quarta-feira?
10:04Vamos fazer o seguinte.
10:05Abre-se o teto
10:07para o pagamento
10:08dos precatórios.
10:09Com isso,
10:10se libera o recurso
10:12de R$ 99 bilhões
10:13para pagar
10:14o auxílio emergencial.
10:16Ponto.
10:17Não tem mais nada
10:18que diz
10:18olha, tem dinheiro
10:19para o assamento secreto,
10:20tem que mudar
10:21a data de reajuste
10:22do teto,
10:23não, não, não.
10:24É isso.
10:25O foco é esse
10:26ou é o foco
10:27de buscar
10:29sempre
10:30aproveitando
10:32de um dispositivo
10:33de uma mudança qualquer
10:34colocar os famosos
10:35jabutis.
10:37Teve um caso
10:37há dois meses atrás
10:38no Senado,
10:40naquela proposta
10:41boa do governo
10:41de renovar
10:43a possibilidade
10:44de emprego
10:44do empregador,
10:47negociar com o empregado,
10:48redução da jornada
10:49de trabalho
10:50e redução proporcional
10:51do salário.
10:52A Câmara
10:53tinha 25
10:55parágrafos
10:57do texto
10:57que veio do governo.
10:58A Câmara acrescentou
11:0069 parágrafos
11:02a esses 25.
11:03Num desses parágrafos,
11:05a Câmara fez
11:06uma mudança
11:07em 75 artigos
11:09da CLT,
11:10da Consolidação
11:11das Leis do Trabalho.
11:12E ainda o governo
11:13apresentou
11:14três novas modalidades
11:15de emprego.
11:16Quando nós falamos
11:17sobre isso,
11:19o próprio relator
11:20reconheceu
11:21que dava
11:21para tirar
11:22fora
11:22tudo
11:23que a Câmara
11:24acrescentou
11:25ao que veio
11:27do governo.
11:28E sobrariam
11:29apenas
11:30a proposta,
11:32reproduzindo
11:33o que era possível
11:34fazer até então,
11:35de reduzir salário,
11:37proporcionalmente
11:38reduzir emprego,
11:40e também
11:41as três novas
11:41modalidades de emprego
11:43propostas pelo governo.
11:44Eu fui para a tribuna
11:45e falei,
11:46olha,
11:46a primeira modalidade,
11:47e a única
11:48sobre o que eu vou falar,
11:49é que está permitindo
11:50que os empregadores
11:51desempreguem pessoas
11:52de 18 a 29 anos
11:54e acima
11:55de 55 anos
11:56sem previdência,
11:59sem fundo de garantia
12:00e sem o sistema S.
12:04Sabe o que vai acontecer?
12:05Eu disse,
12:06o empregador vai chamar
12:07o trabalhador,
12:07eu vou te demitir agora,
12:09amanhã eu te recontrato
12:11sem pagar a previdência
12:12para você,
12:13sem pagar fundo de garantia,
12:14sem pagar sistema S.
12:15e olha,
12:17se você não quiser,
12:18eu vou atrás
12:19de uma outra pessoa
12:20para o teu lugar,
12:21que além de eu não pagar isso,
12:22eu vou pagar um salário menor.
12:24Sabe o que o Senado decidiu?
12:27Rejeitar
12:27toda a proposta
12:28do governo.
12:30Foram 47 votos
12:31a 27.
12:32É isso que nós estamos
12:34empenhados em conversar
12:35com os senadores.
12:37O senador Fernando Bezerra
12:38agora está tentando
12:39cantar que,
12:40quer dizer,
12:41dizer que ele já tem
12:4250 votos,
12:4351,
12:44o governo precisa de 49.
12:46Quem tem 50, 51
12:48precisa de 49,
12:49não está numa situação
12:50tão tranquila assim.
12:52Então, eu espero
12:53que realmente
12:53a negociação
12:54seja para valer,
12:55não seja enrolação.
12:57O líder do governo
12:58disse que é contra
12:58o orçamento secreto.
12:59Então, se é contra
13:00o orçamento secreto,
13:01vamos tirar do teto
13:02os precatórios
13:03e vamos pagar
13:05o auxílio emergencial
13:06de R$ 99 bilhões
13:08para atender
13:09R$ 21 milhões de famílias.
13:11É, o senhor tocou
13:12num ponto
13:12que é importante
13:14nessa tramitação.
13:15Até para quem
13:16está acompanhando
13:17a gente agora,
13:19os números
13:19são muito,
13:21são díspares.
13:23O líder do governo
13:24fala de 50,
13:2551, 52,
13:26mas a oposição
13:27ali já crava
13:28que tem 35 votos
13:30contrários à PEC,
13:31o que,
13:32numa conta de 80,
13:33você teria 45,
13:35né,
13:35votos a favor da PEC.
13:37Então,
13:37é uma prova
13:38emenda constitucional
13:39com menos
13:41de 3 quintos
13:42dos votos.
13:42e 3 quintos dos votos
13:43são 49 votos.
13:45Então, quer dizer,
13:46não tem como,
13:46quer dizer,
13:47a conta
13:47não fecha.
13:49E a gente,
13:50o senhor sabe...
13:50O governo está se movimentando
13:51e nós vamos fazer
13:52uma audiência pública
13:53segunda-feira,
13:54às três horas da tarde,
13:55no Senado,
13:56antes da reunião
13:57da Comissão de Constituição
13:58e Justiça,
13:58que deve ser na terça
13:59ou quarta.
14:00E aí nós vamos ter
14:01uma nova oportunidade
14:03de conversar
14:03com os senadores
14:04que se interessarem
14:05em participar
14:06dessa audiência pública.
14:07de qualquer maneira,
14:09na atividade
14:10do Senado,
14:11já a partir
14:11de segunda-feira,
14:12estaremos mostrando
14:13mais uma vez
14:14aos senadores
14:15que a nossa proposta
14:17garante o pagamento
14:19do auxílio já.
14:21Não precisa
14:22aquela PEC
14:23do Senado da Câmara
14:24que veio com mudança
14:25disso,
14:26daquilo,
14:26muda daqui,
14:28muda dali,
14:28faz isso, faz aquilo.
14:29Não tem números.
14:32A gente não consegue
14:32estabilizar as coisas.
14:34É uma coisa difícil
14:35de entender,
14:36porque foi feita
14:37de propósito mesmo,
14:39para poder liberar
14:40não só
14:41orçamento secreto,
14:43como outras coisas
14:44que o presidente
14:45quer fazer
14:45para um objetivo
14:47meramente eleitoral.
14:49Ah, o auxílio emergencial
14:50interessa
14:52politicamente
14:53para o Bolsonaro.
14:54Nós não estamos
14:55tendo preocupação
14:56nenhuma com isso.
14:57O auxílio emergencial,
14:59quando a gente viu
15:00ontem,
15:01no Brasil,
15:02as filas
15:03para receber
15:04o auxílio
15:05do Bolsa Família,
15:07que está pouco mais
15:08de R$ 200,
15:08R$ 217,
15:10eram enormes.
15:12As pessoas
15:12estão precisando
15:13de um dinheirinho,
15:14pagar a conta de luz.
15:16Alguns já estão
15:16ameaçados de corte,
15:17alguns já receberam
15:18o corte,
15:19porque não conseguem pagar.
15:21Aumentou muito
15:22a conta de luz.
15:23Comprar alguma comida,
15:25nem que seja
15:26para 15 dias.
15:28É isso que a Câmara
15:29e o Senado
15:30têm que pensar.
15:32Não é em pensar
15:32é aumentar mais recursos
15:34à disposição
15:34das bancadas,
15:36aumentar mais recursos
15:37à disposição
15:38do governo.
15:39Na origem,
15:40nós propusemos
15:41ao governo
15:42que fizesse
15:43um esforço
15:44de cortes
15:44no orçamento.
15:47E o governo
15:47não se interessou
15:48muito, não.
15:49Olha,
15:50tem um custeio
15:51do orçamento,
15:51R$ 89 bilhões,
15:52R$ 98 bilhões
15:53para o ano que vem.
15:55Tira 10%
15:56disso aí,
15:57até mais.
15:59Custeio
15:59é a manutenção
16:00da máquina pública.
16:01Olha que custo
16:02que tem a manutenção
16:03da máquina pública.
16:04Não tem salários
16:05aí dentro.
16:07Tira também
16:08benefícios fiscais
16:09que o governo
16:09já previu
16:10para sair
16:11ano que vem
16:11de R$ 22 bilhões.
16:13De R$ 350 bilhões
16:16é o total disso aí.
16:17A gente gostaria
16:18que o governo
16:18fizesse um pente fino
16:19aí e cortasse
16:20muito mais do que isso.
16:21Mais R$ 22 bilhões
16:22já é alguma coisa.
16:24Mais R$ 10
16:25das despesas
16:26de custeio
16:27seriam R$ 32.
16:29Mais R$ 16 bilhões
16:31dos precatórios
16:31do Fundef
16:32para a educação
16:33seria R$ 48.
16:35Mais aqui,
16:36mais ali
16:37nós chegaremos
16:37no número.
16:38Mas eles não querem
16:39fazer esse esforço.
16:41O governo
16:41está desarrumado.
16:43Você vê que a equipe
16:44do ministro
16:44quase que se desfez, né?
16:46Saíram quatro
16:47ou cinco figuras
16:47importantes dentro
16:48da equipe.
16:51É, senador,
16:51me parece que é muito
16:53o governo
16:53do puxadinho, né?
16:55Não vou nem dizer
16:55o governo do cercadinho, né?
16:56O governo do puxadinho.
16:58E, senador,
16:59para fechar esse papo
17:00sobre a PEC,
17:01eu queria que o senhor
17:03falasse para a gente
17:03um pouco
17:04por qual motivo
17:06essa PEC da Câmara
17:08ela é considerada
17:09tão ruim, né?
17:10Porque se fala muito
17:11ah, porque a PEC é ruim,
17:12porque a PEC é ruim,
17:13porque a PEC é ruim.
17:15Por que essa PEC
17:16de papo é tão ruim?
17:17E sim,
17:18ela tem alguma chance
17:19de passar pelo Senado
17:20pelo jeito?
17:20Não, né?
17:21Eu acho que não.
17:22Nenhuma chance.
17:23Ela é tão ruim
17:23porque ela muda.
17:25excessivamente
17:26a Constituição.
17:28Sem ter havido
17:29uma boa discussão
17:30sobre isso.
17:32Sem ter havido
17:32audiências públicas.
17:34Para ouvir
17:34setores que se interessam
17:36nesses dispositivos
17:37da Constituição
17:38que eles estão mudando.
17:40Foi um feito
17:40enorme,
17:41se fosse enorme
17:42feito há 32 anos atrás,
17:4433,
17:45na Constituição,
17:46na Constituinte,
17:47agora estão
17:48fazendo como se fosse
17:49um projeto
17:51de lei
17:52que você faz
17:53que você faz
17:53rapidamente
17:54a prova
17:54e manda
17:54para o outro
17:55poder.
17:55Não pode
17:57alterar
17:59a data
18:00de correção
18:02do orçamento
18:04para o ano
18:05seguinte.
18:06Pelo dispositivo
18:07atual,
18:09você corrige
18:10o orçamento
18:12do ano que vem
18:13de acordo
18:14com a inflação
18:15do ano anterior.
18:16o orçamento
18:19de 2022
18:20será corrigido
18:22pela inflação
18:23anterior.
18:23Atenção,
18:24medida de junho
18:26do ano passado
18:27a julho desse ano.
18:29Eles querem fazer
18:30de janeiro
18:31a dezembro
18:32desse ano.
18:33Por quê?
18:34Porque teve
18:35mais inflação
18:36no segundo semestre
18:37e aí vai dar
18:38uma correção maior
18:39para o orçamento
18:40do ano que vem.
18:41Ocorre que
18:42se você não tem
18:43o que você vai poder
18:44corrigir no orçamento
18:45do ano que vem,
18:46você vai chegar
18:47ao seguinte
18:48absurdo
18:49e esdruxo
18:49da situação.
18:50O orçamento
18:51de 31 de dezembro
18:52desse ano
18:53que vai servir
18:54para o ano que vem
18:55vai ser fechado
18:56sem ter a correção
18:57da inflação.
18:59Aí eles estão dizendo
19:00vai corrigindo e tal.
19:01Isso tudo é gambiarra.
19:04Isso tudo é tirar
19:05transparência
19:06das contas públicas
19:09que deviam ser
19:09muito vigiadas
19:11porque é dinheiro
19:12do cidadão.
19:14E aí ficam
19:14já que nós temos
19:15condições
19:16de legislar
19:17sobre isso.
19:18Vamos mudar
19:19algumas coisas
19:19aqui que nos interessam.
19:21Conversa.
19:22Vamos mudar
19:23aquilo que interessa
19:24aquela pessoa
19:24que está ali na rua
19:25e está nas periferias
19:27das cidades
19:27e passando fome.
19:29Senador,
19:30quero te agradecer
19:30pela conversa,
19:31quero te agradecer
19:32pelo papo,
19:32quero te agradecer
19:33pela disponibilidade
19:34e pelo seu tempo.
19:35Um grande abraço
19:36e mais uma vez
19:37obrigado pela atenção,
19:38senador.
19:39Muito obrigado.
19:39Eu que agradeço
19:40a vocês.
19:41Muito bom dia
19:41e bom final de semana.
19:45Tchau.
19:48Tchau.
19:49Tchau.
19:52Tchau.
19:53Tchau.
19:55Tchau.
19:56Tchau.

Recomendado