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  • 19/06/2025
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Transcrição
00:00Léo Pinheiro falou muita coisa, por isso a gente sabe que já passou, mas nós vamos fazer aqui um compacto
00:08da TV Antagonista, dos momentos que você não viu por aí.
00:13Então vamos à primeira coisa, como é que surgiu essa história do apartamento sair da Bancop,
00:23que era a cooperativa dos bancários, que o sindicato dos bancários, que representava os bancários,
00:31vendia apartamentos para os seus representados e de repente a OAS assumia essas obras.
00:39Quem é que fez essa negociação? O próprio Léo Pinheiro, e ele contou isso.
00:45Que a OAS assumiu esses empreendimentos imobiliários do Bancop.
00:50O senhor participou desse procedimento, dessa negociação?
00:56Participei, sim.
00:57O senhor pode me descrever o que aconteceu?
01:00No ano de 2009, eu fui procurado pelo seu João Vacari, que tinha sido, era ainda, não me recordo,
01:09presidente do Bancop. E ele me colocou que a situação do Bancop era de quase insolvência,
01:16eles não estavam conseguindo, desculpa, eles não estavam conseguindo dar andamento em empreendimentos,
01:24alguns estavam paralisados, já tinham começado e outros não tinham sido ainda iniciados.
01:31Ele me mostrou seis ou sete empreendimentos que o Bancop teria uma intenção de negociação conosco.
01:40Quando ele me mostrou esses dois prédios do Guarujá, eu fiz uma ressalva a ele que não nos interessava atuar,
01:47tinha uma política empresarial nossa na área imobiliária, inclusive adotada por mim,
01:53que só atuar, que a empresa só atuaria em grandes capitais.
01:57Os nossos autos eram Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Porto Alegre,
02:02por causa de um empreendimento grande que nós estamos fazendo lá e ter um projeto imobiliário.
02:08Fora disso, nós não tínhamos interesse.
02:11Ele me disse, olha, aqui temos uma coisa diferente.
02:16Existe um empreendimento que pertence à família do presidente Lula.
02:22Diante do seu relacionamento com o presidente, o relacionamento da empresa,
02:25eu acho que nós estamos lhe convidando para participar disso por conta de todo esse relacionamento
02:31e do grau de confiança que nós depositamos na sua empresa e na sua pessoa.
02:37Diante disso, eu digo, olha, se tratando de uma coisa dessa monta,
02:41eu vou, de qualquer forma, eu teria que mandar fazer um estudo de viabilidade de cada empreendimento.
02:47Eu disse a ele, olha, não vejo problema, eu vou passar isso para a nossa área imobiliária,
02:52que é uma empresa independente, a empresa fará os estudos, eu volto com você
02:56e a gente vê se é viável, como é viável e com quem podemos negociar.
03:03Então, eu procurei o Paulo Camoto e disse,
03:05Paulo, o João Vacari me procurou, conhecesse isso, o que é que você me recomenda,
03:11o que você me orienta?
03:12Ele disse, não, nós temos conhecimento disso e isso tem um significado muito grande.
03:17Primeiro, o Banco Op, o sindicato tem muita ligação conosco, com o partido,
03:23e segundo, porque tem um empreendimento, um apartamento do presidente
03:27e eu acho que você é uma pessoa indicada para fazer isso pela confiança que nós temos em vocês.
03:34Eu disse, então pode, tá bom, pode fazer, tá bom.
03:37E assim foi feito.
03:41Neste edifício específico, a família de Lula, Lula tinha comprado uma unidade?
03:50Tinha, era o apartamento 141.
03:55Todo mundo que tinha comprado um apartamento pela cooperativa do sindicato dos bancários
04:00teve que fazer o quê?
04:02Teve um prazo ali em que a pessoa ou recebia o que pagou de volta da OAS
04:08e aquele apartamento era vendido para um terceiro,
04:11ou ela suplementava o dinheiro para que a obra pudesse ser terminada.
04:18O que aconteceu no caso específico de Lula?
04:22Ele não ficou com o 141, que era o apartamento dele,
04:25ele ficou com o 164, que era o triplex.
04:28E foi dessa forma como o Léo Pinheiro contou.
04:32Tinha um procedimento padrão de que as pessoas que tinham adquirido anteriormente
04:40diretamente na bancópia, se podiam aderir à nossa incorporação
04:47ou simplesmente ter o recurso devolvido, corrigido por uma regra que foi estabelecida.
04:53Eram criadas comissões em cada empreendimento dos adquirentes
04:58e isso era negociado cada empreendimento com cada adquirente.
05:05No caso desse apartamento não houve assinatura do termo de adesão.
05:13Mas e qual que foi a explicação?
05:14Porque todos não tinham que fazer essa adesão?
05:17Todos tinham que ou ficarem com a unidade
05:21ou terem os recursos devolvidos de uma regra pré-fixada.
05:26Nesse apartamento eu fui orientado que eu poderia negociá-lo
05:32porque o apartamento da família seria o triplex.
05:35O apartamento que o senhor poderia negociar então seria o 141?
05:38141, exatamente.
05:40E foi negociado?
05:41Não.
05:42Não poderia negociar?
05:43Não poderia.
05:44Mas e quem ele orientou isso?
05:46O senhor João Vacari e o Paulo Camoto.
05:49Foi-lhe informado alguma coisa sobre o preço, a diferença de preço a ser paga então pelo ex-presidente?
05:55É, respondendo a sua pergunta, que eu acabei não...
05:59O apartamento tipo era de uma área de 80 metros quadrados.
06:03O apartamento triplex era três vezes essa área.
06:06É claro que a conta não é bem multiplicando por três porque tem uma parte do terraço
06:12que tem áreas descobertas.
06:14Mas é como se fosse duas vezes e meio o preço, mais ou menos.
06:17Mas nessa época, em 2009, alguém lhe falou assim,
06:20não se preocupe porque o preço vai ser pago pelo ex-presidente por fora?
06:24Não, isso não.
06:26E o senhor também não quis cobrar o preço?
06:28Eu não.
06:29Naquela época, em 2009, foi dito para mim,
06:32você, o apartamento triplex, essa unidade, ela é uma unidade específica,
06:39você não faça nenhuma comercialização sobre ela.
06:42Isso pertence à família do presidente.
06:45A unidade tipo, você pode vender porque eles não vão ficar com essa unidade.
06:50A unidade seria o triplex.
06:52E eu disse como nós vamos resolver essa questão.
06:56Não.
06:56Vamos iniciar.
06:59Em 2010, eu procurei o Vacari para conversar com ele como é que ele devia fazer.
07:04Não, não mexe nesse assunto.
07:05Tem campanha presidencial.
07:07Não mexe nesse assunto agora.
07:09Vamos deixar.
07:10Depois das eleições, a gente vê a forma.
07:13Eu vejo com o presidente como é que vai ser feito isso.
07:15Bom, depois das eleições, não sei que período, mais ou menos,
07:23o ex-presidente teve uma doença grave e eu não me sentia confortável de tratar um assunto desse.
07:31Eu só vinha voltar a tratar posteriormente com o João Vacari e com o Paulo Okamoto.
07:35Sempre eu tratava com o João Vacari e depois eu procurava o Paulo, que era a forma de...
07:42O presidente não estava hospitalizado ou depois de um tratamento, inclusive de quimioterapia.
07:49E só vim tratar desse assunto com o presidente em 2013.
07:54Bom, muita gente fica questionando a história de ser um apartamento só.
08:00Bom, atentem para uma questão.
08:04Era uma empresa resolvendo a questão de milhares de pessoas que tomaram uma tunga do sindicato
08:13que deveria representá-las, que é a Bancop.
08:16Quem eram os dirigentes da Bancop?
08:20Esses dirigentes da Bancop assumiram depois, nos governos Lula e Dilma, posições de mando,
08:28nas quais, coincidentemente, houve, vamos dizer, não foram benesses, mas houve facilidades para a OAS.
08:38A OAS deixou de pagar multas por trabalho escravo no aeroporto aqui de Cumbica
08:44quando um desses dirigentes da Bancop era superintendente regional do trabalho em São Paulo.
08:50Trata-se de uma grande coincidência?
08:54Era uma das pessoas que negociou esse bolo de coisas que não deveria ser feito no Guarujá.
08:59Então a gente não está falando de um apartamento, a gente está falando de uma coisa muito maior
09:03que envolve um apartamento, que é como uma empreiteira entrou num esquema enorme
09:09do qual ela não fazia parte que um apartamento foi uma coisa no meio.
09:13E aí os advogados de Lula ficaram insistindo para falar se o ex-presidente tinha ou não utilizado o apartamento.
09:25E aí Léo Pinheiro é matador. Não usou porque não estava pronto. A reforma ainda não tinha acabado.
09:34O senhor pode dizer se o ex-presidente Lula ou seus familiares usou esse apartamento alguma vez?
09:43Conforme eu já anteriormente informei, a última vez que eu estive no imóvel foi em agosto,
09:52acompanhado de Dona Marisa e do filho Fábio.
09:56Depois eu não sei lhe dizer se alguém da família esteve lá.
10:02Eu fui preso e não tenho informação.
10:04Certo, mas até o dia que o senhor foi preso, o senhor sabe dizer se o ex-presidente usou esse apartamento?
10:10Não, porque não estava pronto ainda.
10:13Não usou porque não estava pronto.
10:18Ou seja, ele não ia dormir no apartamento que ainda não tinha acabado a reforma.
10:22E como vocês sabem, essa reforma envolveu uma cozinha de 500 mil reais.
10:29Enfim, esse é o depoimento que foi feito.
10:33E é claro que essa história ainda vai continuar muito.
10:36Mas que se preste atenção, não se está falando aqui de um apartamento, não é esse o depoimento do presidente de uma empreiteira desse tamanho.
10:44O depoimento dele, o que ele está falando, é tudo o que ele teve de fazer para entrar no que ele chamava do clube das empresas da Petrobras.
10:55Que era um clube de empresas que tinha determinadas obras e ia ali se revezando em quem pegava quais obras, pagas com o dinheiro de quem?
11:04Com o nosso dinheiro.
11:06Essas obras, a maioria das obras eram feitas, eram entregues, mas nem todas precisavam custar tudo aquilo que custaram.
11:13Então, vamos lá.

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